Apostila 2
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Apostila 2
DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA NO
SISTEMA ELÉTRICO.
Rede de Transmissão
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo.
Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são
conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas.
A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta
neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de
consumidores. A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um
centro de controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de
tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV.
Rede de Sub-Transmissão
A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de
transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores
industriais. O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV.
Em geral, o arranjo das redes de sub-transmissão é em anel para aumentar a
segurança do sistema. A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, por vezes
cabos subterrâneos próximos a centros urbanos fazem parte da rede. A permissão para
novas linhas aéreas está cada vez mais demorada devido ao grande número de estudos
de impacto ambiental e oposição social. Como resultado, é cada vez mais difícil e caro
para as redes de sub-transmissão alcançar áreas de alta densidade populacional. Os
sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de
transmissão e o controle é regional.
Redes de Distribuição
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte,
consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais.
De acordo com a Resolução No 456/2000 da ANEEL e o módulo 3 do Prodist, a tensão
de fornecimento para a unidade consumidora se dará de acordo com a potência
instalada:
Classificação:
Acima de 765 kV (UAT)
230kV<V≤765kV (EAT)
35 kV <V≤ 230kV (AT)
1 kV<V≤ 35 kV (MT)
V ≤ 1000 V (BT)
Sistemas de Distribuição
Os sistemas de distribuição de energia elétrica no Brasil incluem todas as redes e linhas
de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa tensão
(BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT).
– Alta tensão (AT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e
inferior a 230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando
especificamente definidas pela ANEEL.
– Média tensão (MT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a
69 kV.
– Baixa tensão (BT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
Conceito de Carga.
Está relacionada com a potência elétrica absorvida.
Em um sistema existem:
- carga de um consumidor
- carga de um transformador
- carga de uma linha primária
- carga de um gerador
Conforme a fonte considerada.
1- Posição geográfica.
Urbana ou rural
2- Pagamento e rentabilidade.
Grandes, médios e pequeno
3- Dependência de suprimento.
Hospitais, fábricas de processamento contínuo
4- Condições especiais.
Flutuações fortes de tensão e freqüência (fornos elétricos), operação em limites
estreitos de tensão (estações de rádio difusão).
5- Tipo de atividade.
Indica a natureza da carga alimentada
- Industrial, Comercial
- Residencial
- Tração Elétrica
- Rural
Definições:
- Carga instalada:
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos ligados em uma instalação ou
sistema.
- Demanda:
É a carga realmente absorvida pelo aparelho ou sistema.
- Demanda Média:
É a média de todas as demandas verificadas em uma instalação ou sistema.
- Demanda Máxima:
É a maior de todas as demandas ocorridas em um período especificado. Também
chamada ponta de carga ou pico de carga.
- Fator de Demanda:
É a relação entre a demanda máxima e a carga total instalada.
- Fator de Utilização:
É a relação entre a demanda máxima solicitada pelo equipamento ou sistema em um
período considerado e a capacidade total do sistema ou equipamento.
Ex. transformador.
- Fator de Carga:
É a relação entre a potência média e a potência máxima.
DIVERSIDADE DA CARGA
Demanda diversificada
Num dado instante, é a soma das demandas individuais das cargas, naquele
instante. É expressa por:
FATOR DE DIVERSIDADE
FATOR DE COINCIDÊNCIA
fcoin = 1/fdiv
FATOR DE CONTRIBUIÇÃO
EXERCÍCIO
Um sistema elétrico de potência supre uma pequena cidade que conta com 3 circuitos,
que atendem, respectivamente, cargas industriais, residenciais e de iluminação pública.
A curva diária de demanda de cada um dos circuitos, em termos de potência ativa, kW,
está apresentada na tabela a seguir:
Determinar:
Tipos de Sistemas
O sistema de subtransmissão é o elo que tem a função de captar a energia em grosso
das subestações de subtransmissão e transferi-las às SEs de distribuição e aos
consumidores, em tensão de subtransmissão, através de linhas trifásicas operando em
tensões, usualmente de 138kV ou 69kV, ou mais raramente em 34,5kV, com
capacidade de transporte de dezenas de MW por circuito.
Os consumidores em tensões de subtransmissão são representados por grandes
instalações industriais, estações de tratamento e bombeamento de água.
apresenta potência nominal de 10MVA. Este tipo de SE pode contar com uma única
linha de suprimento. Este arranjo conta, na alta tensão de um único dispositivo para a
proteção do transformador. Sua confiabilidade é baixa, pois quando ocorre uma
contingência na subtransmissão, há a perda de suprimento da SE.
Barra dupla com dois circuitos de Suprimento – Saída dos alimentadores primários
Tipos de Redes
As redes de distribuição primária, emergem das SEs de distribuição. Elas podem ser
tanto aéreas como subterrâneas, sendo as primeiras de uso mais difundido, pelo seu
menor custo, e as segundas, encontrando grande aplicação em áreas de maior
densidade de carga, por exemplo: zona central de uma metrópole, ou onde há restrições
paisagísticas. As redes aéreas são construídas utilizando-se postes, de concreto, em
zonas urbanas, ou de madeira tratada, em zonas rurais. Suportam em seu topo a
cruzeta, usualmente de madeira, com cerca de dois metros de comprimento, na qual
são fixados os isoladores de pino ou de disco. Utilizam-se condutores de alumínio com
alma de aço CAA, ou sem alma de aço CA, nus ou protegidos.
- Radial Simples:
Os sistemas radiais simples deverão ser utilizados em áreas de baixa densidade de
carga, nas quais os circuitos tomam direções distintas, face às próprias características
de distribuição da carga, tornando anti-econômico o estabelecimento de pontos de
interligação.
É usual instalar-se num mesmo circuito ou entre circuitos diferentes, chaves que operam
abertas, chaves normalmente abertas (NA), que podem ser fechadas em manobras de
transferência de carga.
O critério usual para fixação do carregamento de circuitos, em regime normal de
operação, é o de se definir o número de circuitos que irão receber a carga a ser
transferida. Usualmente dois circuitos socorrem um terceiro, e estabelece-se que o
carregamento dos circuitos que receberão carga, não exceda o correspondente ao limite
térmico. Assim sendo:
onde :
n – número de circuitos que irão absorver carga do circuito em contingência;
Sterm – carregamento correspondente ao limite térmico do circuito;
Sreg – carregamento do circuito para operação em condições normais.
Configuração em Anel
– Sistema Radial:
O sistema radial é aquele no qual a alimentação é feita apenas por uma extremidade. É
o mais simples e de custo mais baixo.
A principal desvantagem é que demanda maior tempo para que o fornecimento seja
restabelecido quando há um defeito, pois neste caso, o circuito todo fica desligado ou
pelo menos, o trecho além do ponto de falha.
O custo é mais elevado que o radial, não só pela maior capacidade dos cabos, que
devem ter folga para atender às emergências quando a alimentação passa a ser feita de
uma só extremidade, como também, pela multiplicidade de disjuntores e o conjunto de
relés necessários para dar flexibilidade ao sistema
– Sistema Reticulado:
O sistema reticulado consiste de dois ou mais circuitos primários radiais, partindo de
uma mesma SE, alimentam um certo número de transformadores de distribuição,
ligados alternadamente para evitar a interrupção de dois transformadores adjacentes no
caso de desligamento de um dos primários.
É um sistema em que os circuitos operam em paralelo, formando uma malha, rede ou
reticulado. Quando o paralelismo se faz no lado do secundário do transformador, na
baixa tensão, diz-se que o sistema é reticulado secundário, e quando na alta tensão,
reticulado no primário. Geralmente, a proteção do circuito primário é feita unicamente
pelo disjuntor instalado na SE.
Os transformadores são os normais para distribuição, e tem seus secundários
interligados entre si. O principal equipamento do reticulado secundário é o “protetor”,
(network protector), que é essencialmente um interruptor automático de corrente
invertida, cuja finalidade é evitar a alimentação do transformador pelo circuito
secundário.