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Resumos de SIT

Contents
1.1. Sistemas de informação e alinhamento estratégico ....................................................................... 1
1.1.1. Dos dados aos sistemas de informação .................................................................................. 2
1.1.2. O sistema de informação e o negócio ..................................................................................... 4
1.2. A empresa e o seu contexto........................................................................................................... 5
1.2.1. A sociedade da informação ..................................................................................................... 6
1.2.2. Desafios e oportunidades da globalização .............................................................................. 6
1.3. Dimensões éticas e sociais ............................................................................................................ 7
1.3.1 Desafios de segurança ............................................................................................................. 8
1.3.2 Regulamento geral de proteção de dados ................................................................................ 8
1.4 Tecnologias e SI .............................................................................................................................. 8
1.4.1 Abordagem Tecnológica .......................................................................................................... 9
1.4.2 Abordagem Comportamental ................................................................................................. 10
2.2.1. ERP, CRM e SCM.................................................................................................................. 11
3.1. Ferramentas de análise ................................................................................................................ 13
3.1.1. Cubos OLAP – Online Analytical Processing ......................................................................... 13
3.1.2. A folha de cálculo .................................................................................................................. 13
Excel Pivot e Power Pivot Table ................................................................................................... 13
Tabela Power Pivot ...................................................................................................................... 13
Excel – Tarefas Automáticas com Macro ..................................................................................... 13
3.1.3. Power BI ................................................................................................................................ 14
3.2. Outros domínios do Analytics ....................................................................................................... 14
3.2.1. Process mining ...................................................................................................................... 15
3.2.2. Web Analytics........................................................................................................................ 15
3.2.3. Text mining ............................................................................................................................ 15
3.2.4 Análise de redes: .................................................................................................................... 16
3.2.5 Visão Global: .......................................................................................................................... 16
3.3 File organization concepts:............................................................................................................ 16
3.3.1 Da mais elementar unidade de informação até à base de dados: .......................................... 17
3.3.2 Redundância e inconsistência dos dados: .............................................................................. 17
3.4 Sistema gestor de base de dados: ................................................................................................ 17
3.4.1. Relational data base tables: ................................................................................................... 17
3.4.2 Capacidade para criar relatórios e analisar os dados: ............................................................ 18
3.5 Desenho de bases de dados ......................................................................................................... 18
3.5.1 Normalização ......................................................................................................................... 19
3.5.2 Entidades e relacionamentos.................................................................................................. 19
3.6. Gestores de bases de dados ....................................................................................................... 20
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3.6.1. Características fundamentais ................................................................................................ 20


3.6.2. Microsoft Access ................................................................................................................... 20
3.6.2.1. Consultas – Queries ....................................................................................................... 21
3.6.2.2. Formulários ..................................................................................................................... 21
3.7 Criação de Apps ........................................................................................................................... 22
4.1. Inovação e adoção da tecnologia................................................................................................. 22
4.2 Gestão e adoção de tecnologia..................................................................................................... 22
4.2.1 Motivações para a adoção ..................................................................................................... 22
4.2.2. Envolvimento da gestão de topo ........................................................................................... 22
4.3. O papel do Chief Informational Officer ........................................................................................ 23
4.4 Sistemas de informação de base tecnológica ............................................................................... 23
4.4.1 Aquisição de software ............................................................................................................ 24
4.4.2 Desenvolvimento de software ................................................................................................. 24
4.4.3 Ferramentas de desenvolvimento de software ........................................................................... 25
4.4 Desenvolvimento de portais e apps............................................................................................... 27
4.5 Avaliação ...................................................................................................................................... 28
4.5.1 Aplicações.............................................................................................................................. 28
4.5.2 Websites e apps ..................................................................................................................... 29
5.1. Tecnologias de processo ............................................................................................................. 30
Questão: ...................................................................................................................................... 30
5.1.1. Perceber as tecnologias de processo.................................................................................... 30
5.1.2. Tipos de tecnologias.............................................................................................................. 31
5.1.2.1. Tecnologias de processamento de materiais .................................................................. 32
5.1.2.2. Tecnologias de processamento de informação ............................................................... 33
5.1.2.3. Tecnologias de interação com o cliente .......................................................................... 35
5.1.3. Avaliação das tecnologias de processo ................................................................................. 35
5.1.4. Implementação de tecnologias de processo ......................................................................... 35
5.2. Inovação tecnológica ................................................................................................................... 37
5.2.1. Importância da inovação ....................................................................................................... 37
5.2.2. Definição de inovação ........................................................................................................... 38
Modelo de Henderson e Clark ..................................................................................................... 39
5.2.3. Riscos associados à inovação ............................................................................................... 40
5.2.4. Processo de desenvolvimento de um novo produto .............................................................. 40
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Lecture 1
As tecnologias da informação e da comunicação são centrais na vida das unidades económicas e na
vida pessoal.

As tecnologias da informação (TI) foram adotadas pelas empesas, desde o século passado, para
facilitarem o controlo da sua atividade no plano operacional. Naquela época era:

• Vertente muito algorítmica


• Direcionada para responder a necessidades de controlo de transações

Após esta fase verificaram-se progressivas mudanças:

o Anos 1990 – surgem recursos de apoio à colaboração mediada e à tomada de decisão


o Século XXI – massificação da Internet e das plataformas sociais proporciona a chamada
economia de relacionamento

A vida torna-se progressivamente mais digital, ligando mais as pessoas, as coisas e as instituições.

Neste contexto emerge a informação ambiental – capacidade de objetos instalados em casa, ou nas
empresas, terem informações sobre nós e personalizarem toda a comunicação.

Os sistemas de informação são cada vez mais de base tecnológica, e quase toda a informação circula
nesse suporte, obrigando a um estreito alinhamento entre a estratégia do negócio e os seus sistemas
de informação.

O desenho destes deve superar o surgimento de “reservatórios” informativos com fronteiras e


rivalidades, pois estes facilmente se transformam em feudos destruidores da inovação.

Atualmente são múltiplas as fontes de dados que as empresas pretendem gerir e que podem ter uma
natureza ou não:

• É preciso gerir dados estruturados (parte operacional – compras e vendas)


• É preciso gerir dados não estruturados (sentimentos manifestados nas plataformas sociais, etc.)

Esta multiplicidade de fontes digitais de dados cria o Big Data (floresta de dados).

Nesta floresta de dados exige-se serenidade, cultura e conhecimento para identificar qual o smart data
essencial e focado que permita a competitividade da empresa.

A competitividade global implica exigir dos sistemas de informação a capacidade de informar com
precisão o que aconteceu e porquê; mas também permitir acompanhar o que está a acontecer em
tempo real e, simultaneamente, nos ambientes mais evoluídos, antecipar o que pode vir a acontecer e
identificar as possíveis consequências.

1.1. Sistemas de informação e alinhamento estratégico


A interdependência entre os SI e a competitividade das empresas ou vitalidade dos diferentes tipos de
Organizações é clara.

Numa Organização é impossível avançar com uma estratégia diferente se um SI de base tecnológica
que a suporte.

Grant define a estratégia de uma empresa como uma questão multidimensional. Está relacionada com:

• o produto ou serviço que a empresa presta o público-alvo que pretende atingir


• o país em que opera e as atividades verticais na cadeia de abastecimento
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No plano tecnológico, a estratégia, é dispendiosa e complexa, mas a mudança e inovação dos sistemas
é cada vez mais flexível e rápida.

No plano humano e Organizacional, continua a ser difícil a conceção de um novo sistema que siga
novas opções estratégicas, ou a adaptação a esse novo sistema.

A nuvem/cloud é uma parte muito visível do progresso da infraestrutura tecnológica, pois introduz uma
maior flexibilidade que facilita a adequação atempada dos sistemas de informação às motivações
estratégicas.

A teoria cultural argumenta que existem culturas dominantes nas Organizações. Por isso, tem de haver
uma inequívoca aposta e ideias de negócio empolgantes. Tais desafios podem ser suportados pelas
capacidades internas, porque a alta gestão sabe que a mudança deve emergir do seu interior, desde
que a cultura saiba acolher a novidade e as novas capacidades se as sufocar (Nadella, 2018).

As tecnologias têm ganho inequívoca centralidade nos negócios tradicionais, e a sua relevância é
inegável nos negócios emergentes mais centrados na informação, no serviço e na mobilidade.

1.1.1. Dos dados aos sistemas de informação


Para que é precisa a informação?

✓ Controlar
✓ Decidir
✓ Agir

Os dados recolhidos automaticamente e/ou com intervenção humana são a matéria-prima, que
tecnologicamente tratada e na perspetiva que a gestão achar adequada, produz informação.

Este SI de base tecnológica serve três níveis de gestão identificados por Anthony (1965):

Nível operacional – gestão de atividades


diárias, normalmente repetitivas e com
processos claros que garantem o normal
didático e funcionamento da empresa.

Nível tático – tem complexidade superior e


envolve atividades com um ciclo de vida
maior exigindo competências mais
sofisticadas para exercer o controlo
(dashbords ou tableux de bord) e a
capacidade de correção de desvios, mas
também planeamento e de programação.

Nível estratégico – as preocupações com os


objetivos da organização são de médio e longo prazo; incorpora a informação externa e estudam-se e
desenham-se eventuais parcerias com outras unidades económicas; são tomadas decisões que
envolvem um grande grau de incerteza, pelo que o decisor deve ter informação que lhe permita
perceber “o texto e o contexto”.

A tecnologia garante o controlo e apoio à decisão através de abordagens:

▪ Descritiva (explica o passado e o presente)


▪ Diagnóstica (explica o que aconteceu)
▪ Preditiva (prevê resultados)
▪ Prescritiva (identifica consequências)

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No processo de decisão intervém diversos elementos e atributos de natureza cultural, pessoal e


psicológica e aspetos relativos à qualidade da informação empresarial.

De acordo com Oliveira (1999), este processo pode ter como objetivos mais evidentes o feedback, o
controlo, a eficiência, a eficácia, a produtividade e o contexto da envolvente.

Este é um processo complexo e com


diferentes níveis de execução.

Para os diferentes níveis de gestão, existem DIFERENTES PROBLEMAS em particular, na sua


estruturação, grau de incerteza e horizonte temporal.

Nível Operacional – as decisões envolvem uma baixa diversidade de problemas com alto grau de
estruturação; estes problemas necessitam sobretudo de informação interna e em tempo real e muito
detalhada.

Nível tático – decisões envolvem uma diversidade moderada de problemas com um moderado grau de
estruturação; necessitam de informação interna, mas também externa, em tempo real e mais agregada.

Nível estratégico – decisões envolvem em alta diversidade de problemas com baixo grau de
estruturação, que necessitam de informação interna e, muito especialmente, de informação externa e
de síntese.

Dados
Factos/eventos, imagens ou sons que podem ser pertinentes, ou úteis, para o desempenho de uma
tarefa, mas que por si só não conduzem à cooperação de determinado facto ou situação.

Informação
Algo que dá forma ao pensamento; objeto formado criado artificialmente pelo homem, sendo por
finalidade representar um tipo de acontecimento identificável por ele no mundo real; “é uma entidade
tangível ou intangível que reduz a incerteza sobre uma dada situação ou acontecimento”; “é tudo aquilo
que aumenta o grau de conhecimento ou diminui o meu grau de incerteza”.
Conhecimento
É a capacidade de uma pessoa relacionar estruturas complexas de informação para um novo contexto.
O conhecimento não pode ser partilhado, embora a técnica e os componentes da informação possam
ser partilhados.

Informação VS Dados

Dados – correntes de factos brutos; são “passivos” e resultam da recolha de várias fontes

Informação – dados moldados de forma significativa; apresentação “ativa” dos dados.

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A transformação dos dados em informação decorre do facto de lhe acrescentarmos significado.

Ocorrências e os propósitos mais relevantes por que tal acontece:

o Contextualização (recolha de informação)


o Categorização (identificação dos componentes relevantes)
o Cálculo (tratamento matemático ou estatístico)
o Correção (eliminação de erros)
o Condensação (agregação para uma forma mais concisa)

Sendo a informação um bem económico, é fundamental, no plano empresarial, perceber e estar


consciente da qualidade nos diferentes fatores que a compõem e ter em atenção o seu valor para a
Organização.

Fatores para avaliar a qualidade da informação:

o Forma (objetividade / fiabilidade / descritiva / gráfica / analítica / comparada / sintética /


codificada)
o Idade (do evento à tomada de conhecimento do utilizador ou decisor)
o Frequência (utilização por unidade de tempo)
o Oportunidade (disponibilidade em tempo útil)
o Relevância (adequação à utilização)
o Segurança (proteção contra o acesso ou utilização indevidos)
o Rendabilidade (proveitos da sua utilização ou consumo)

Sistema de Informação

Conjunto variado de elementos de diferente e diversa natureza, que, mediante modelos de combinação
produtiva, se combinam entre si, com vista à recolha, tratamento, armazenamento e disponibilização
de informação.

▪ Conjunto de componentes inter-relacionadas


▪ Coleta, processa, armazena e distribui informação
▪ Apoia a tomada de decisão, coordenação e controlo

1.1.2. O sistema de informação e o negócio


A motivação para a adoção de tecnologias na gestão é diversa, destacando-se a melhoria dos
processos, a redução de custos, a melhoria dos processos, a redução de custos, a melhoria de
mecanismos de decisão a um melhor serviço ao cliente.

Os diversos ciclos de tecnologia de gestão estão focados

o no processamento de dados
o na cobertura interna de todos os processos
o no alinhamento total com a missão e a estratégia

Process mining – aprofunda a correção dos processos com base tecnológica, ou seja, a exploração
das aplicações informáticas, na busca do seu real alinhamento com objetivos da unidade economia
com ou sem fins lucrativos.

Para haver arquitetura dos SI, implica que haja:

• identificação de equipamentos
• construção e gestão das infraestruturas

Não havendo estes dois pontos → não existe um bom sistema de informação

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É fundamental

✓ identificar o papel e a arquitetura lógica de um sistema de informação para uma organização de


qualquer dimensão
✓ subordinar o sistema de informação à estratégia

É muito importante → o nível de integração das aplicações, com uma base de dados central onde as
aplicações modulares escrevam e leiam os seus dados para manter o sistema atualizado

Nota:

Os sucessos das mudanças profundas nos sistemas de informação SÓ RESULTAM com o


envolvimento da gestão de topo: os departamentos dos sistemas de informação têm
relevância, mas não são suficientes.

1.2. A empresa e o seu contexto


Um bom SI pode ajudar a sistematizar:

o Condições macroeconómicas
o Legislação
o Ecologia
o Taxas de câmbio
o Tendências
o Etc.

Os utilizadores utilizam cada vez mais dispositivos e tecnologia em contexto empresarial, formativo ou
pessoal. Isto cria uma nova visão na criação de software de produtividade, na gestão de dispositivos e
na sua segurança, no contexto empresarial.

5
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1.2.1. A sociedade da informação


Hoje é possível ter acesso a informação de natureza pessoal, empresarial, noticiosa ou outra, em
múltiplos dispositivos e em todos os lugares.

Somos, não só recetores como emissores de informação. Isto cria um contexto tecnológico diferente,
que é simultaneamente um desafio e uma oportunidade para as empresas.

Esta tendência acentua-se com a propensão para a digitalização progressiva da vida pessoal e o
aproveitamento estratégico pelas empresas (Quarta Revolução Industrial ou Transformação Digital)

O advento desta revolução tem, na convergência de tecnologias comandadas pela Inteligência Artificial,
a alavanca que está a alterar o paradigma social, onde a falta de trabalho no futuro próximo parece ser
evidente e a ciberguerra uma ameaça clara.

Uma visão mais otimista evidencia o potencial da Inteligência Artificial como complemento à ação
humana em situações profundamente complexas.

Nesta nova fase, as máquinas não auxiliam os trabalhadores; são elas mesmo os trabalhadores.

Estas mudanças constituem um DESAFIO na segurança, na organização do trabalho, nas falácias na


produtividade e na competitividade e ainda na capacidade de aproveitamento dos novos meios.

Mas existem também OPORTUNIDADES:

• Transformar os trabalhadores em contínuos


• Fazer evoluir canais de venda e comunicação
• Reduzir custos de operação

1.2.2. Desafios e oportunidades da globalização


Hoje habitamos um mundo mais próximo da “aldeia global” (conceito de Marshal McLuhan).

Atualmente podemos aproveitar a comunicação com conhecimento partilhado, mas de facto, a maioria
das pessoas que publica informação e participa ativamente nas plataformas sociais não é sábia: convive
com notícias falsas e partilha informação pessoal que pode ser manipulada.

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Lecture 2
1.3. Dimensões éticas e sociais
Tipo de organização:
Era industrial:
• Os dados emergiam da base para o topo;
• As ordens emergiam do topo para a base.

Era da Informação:

• Permitiu alterar os canais de comunicação, surgindo por via tecnológica, a possibilidade de


comunicação direta e supressão de níveis hierárquicos intermédios que funcionavam como
amplificadores humanos da comunicação da informação.

(conduz a)

- achatamento da pirâmide de Anthony

(Priveligiando a gestão da informação e a organização do trabalho por tarefas ou projetos.)

Assim, ao longo do tempo, foram suprimidos lugares de chefias intermédias, pois a sofisticação
do software permite atualmente a definição de rotas e de regras nos processos, o que otimiza o trabalho
humano.

Computação cognitiva e Inteligência Artificial, permitem:

• Melhoria do desempenho de qualquer profissão, capacitando-a com Inteligência Aumentada;

• Colocam em risco os tradicionais postos de trabalho;

A sociedade da informação apresenta diversas dimensões éticas:

• Direitos e deveres relativos à posse da informação;


• Direitos de propriedade intelectual;
• Qualidade de vida relativa à qualidade de informação;

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• Qualidade do sistema nas normas que garantam a sua fiabilidade e segurança de proteção de
dados individuais.

1.3.1 Desafios de segurança


O desenvolvimento tecnológico que permite às empresas cumprir a máxima do "anytime anywhere"
pode estar a incorrer em práticas não éticas, ao intervir na esfera da privacidade, da pessoal e da vida
familiar. O desenvolvimento de portais e de websites deve evitar o uso de informação que viole os
direitos de propriedade.

A segurança dos SI é completada com uma política de controlo baseada em barreiras físicas, acesso
por controlo biométrico e comunicações de segurança por meio alternativo:

• Controlo físico: barreiras físicas de acesso a áreas reservadas para evitar atos de vandalismo e
acesso facilitado a dados;
• Controlo Biométrico: impõe fortes restrições no acesso a locais e a meios sensíveis (retina,
impressão digital, voz);
• Telecomunicações: meio alternativo de comunicações de dados sensíveis como o envio ou
receção e confirmação de passwords, etc.

1.3.2 Regulamento geral de proteção de dados


O Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) na União Europeia obriga a:

• Prestar informação aos titulares dos dados;


• Obter consentimento para o tratamento de dados;
• Respeitar a finalidade a que os dados recolhidos se destinam;
• Conferir ao titular dos dados o direito de aceder aos mesmos e ao seu histórico;
• Garantir que dados sensíveis como os biométricos odedeçam a controlo especial;
• Permitir que os dados de subcontratação de serviços de tratamento de dados contemplem as
exigências da lei.

1.4 Tecnologias e SI
1980

Os PC (Personal Computers) fizeram uma revolução quando ocuparam um lugar "em cada secretária
e lar".

Marcas que se destacaram no software e no hardware: IBM, Microsoft, Apple.

1990

Predominou a arquitetura cliente/servidor.

2000

Surge a Cloud, com a Google, a Amazon, o Facebook e a Microsoft.


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Os fornecedores de serviços Cloud possuem centros de dados sofisticados e geograficamente


dispersos por todo o mundo, com uma elastecidade capaz de responder à dinâmica do negócio de
cada cliente e cumprindo normas internacionais de segurança sofisticaddissimas.

O papel dos SI nos negócios

1.4.1 Abordagem Tecnológica


A abordagem Computer Science aos SI centra-se na arquitetura física e lógica de todo o sistema,
permitindo gerir toda a atividade da empresa e otimizando as operações. Nesta vertente enfatizam-se
os modelos matemáticos de estudo e de tratamento de dados e da informação, bem como a capacidade
técnica e a eficiência das tecnologias envolvidas.

Para além do Computer Science, sobressaem nesta abordagem as disciplinas de Gestão e de Gestão
de Operações.

Gestão

• Contribui na perspetiva dos modelos de suporte à decisão e de gestão dos sistemas;

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Gestão de Operações

• Foca-se na otimização de processos, transportes, stocks, custos de transações que o SI de


base tecnológica incorpora.

Arquitetura dos SI

1.4.2 Abordagem Comportamental


O alinhamento do SI com a estratégia de negócio, o seu desenho, implementação, utilização e gestão
ganha com a perspetiva sociológica que tem resultado da investigação de como os SI afetam os
sujeitos, os grupos e as organizações.

É então importante manter o equilíbrio entre forças cuja harmonia é essencial ao sucesso empresarial.
A visão estratégica do negócio é interdependente da cultura da empresa, que condiciona positivamente
a escolha tecnológica e se propõe facilitar o redesenho e otimização de processos, com o envolvimento
motivados pelos colaboradores.

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Lecture 3
Os sistemas de informação foram evoluindo de acordo com as necessidades das empresas:
começaram pelas áreas operacionais e de controlo e foram avançando para o apoio à decisão,
permitindo a progressiva ligação entre os clientes, parceiros e entidades estatais e governamentais com
a organização.

De acordo com Davenport, os Sistemas de Gestão Empresarial (ERP) são fundamentais para perceber
a arquitetura lógica dos sistemas de informação.

2.2.1. ERP, CRM e SCM


ERP (Enterprise Resource Planning)

É um sistema modular, onde podem ser implementados módulos de acordo com o tipo de negócio que
cada empresa desempenha, como contabilidade, finanças, produção, vendas, RH,… Pode também
conter os módulos CRM e SCM (principalmente, nos ERP das empresas industriais, que adquirem a
capacidade de gerir a sua cadeia de abastecimento, bem como programar a produção e distribuição
dos seus produtos). Atualmente, se não se registarem atrasos na recolha de informação, os ERP
disponibilizam relatórios analíticos para se perceber o que se está passar na empresa.

Exemplos de ERP são o SAP, o Dynamics 365, o INFOR, o Sales Force ou o PHC.

CRM (Customer Relationship Management)

É um modulo de vital importância, que está indexado ao marketing, ou seja, gere múltiplos canais de
interação com o cliente (CRM operacional), devendo ter meios de análise da informação recolhida
(CRM analítico) e de gerir os espaços sociais e online da empresa (CRM social). Porém, nem sempre
tem a exploração expectável, por falta de envolvimento e de uma correta perceção do seu valor por
parte dos colaboradores. Razão pela qual está muitas vezes associado a estratégias de gamification
destinadas a estimular a sua adoção pelos colaboradores.

CRM operacional – visa gerir todos os canais de comunicação do cliente com a empresa, seja
presencialmente, por email, website, telefone, app ou chatbot, entre outros, e campanhas de mail-
marketing.

CRM analítico – destina-se à análise de dados, que permite perceber o que aconteceu ou pode
vir a acontecer na interação da empresa com os clientes.

CRM social – permite gerir a interação com os clientes ou potenciais clientes nas plataformas
sociais, facilitando, por exemplo, análises de sentimento relativos à satisfação dos clientes com a
empresa.

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Lecture 4
A centralidade dos dados para a gestão é evidente.

Dados – são a matéria-prima para conceber informação e com ela controlar e suportar a decisão que
conduz à ação.

O software de gestão empresarial (ERP, CRM, SCM) deve ter uma arquitetura que integre todos os
dados resultantes de transações, numa base de dados central concebida e gerida, entre outras
soluções, em SQL server, DB2 ou Oracle.

Este software disponibiliza relatórios de gestão, mas é comum as empresas exigirem dos fornecedores
de ERP a capacidade de extraírem dados para Excel, ou terem outros conectores que lhes permitam
ler e tratar em Excel, Tableau, Power Bi, Qlik View, etc.

Os gestores querem ter acesso aos dados reais para realizar as suas próprias análises, podendo a
informação ser apresentada em:

▪ “Cubos” tratados em Excel


▪ Tabelas e dashboards em Excel, via pivot tables e power pivot tables

Muitas empresas já usam ferramentas mais avançadas no tratamento, visualização e exploração


interativa dos dados, usando recursos como o Power BI.

Nota: Power BI

➢ Lê mais dados do que o Excel


➢ Junta dados de outros websites e de outras fontes
➢ Analisa dados não estruturados

Há ferramentas específicas para análise de texto (text mining), de imagens e vídeo, e próprio uso das
aplicações, no sentido de melhorar os processos internos e desempenho das mesmas (process mining).

Os relatórios podem:

✓ naturalmente servir para informar, de forma estruturada, sobre alguma forma de desempenho,
facilitando a tomada de conhecimento que suporta o controlo e as decisões operacionais;
✓ ser de investigação ou, simplesmente, com objetivos de fornecer informação estratégica.

Nota: Dashboards

➢ Têm uma vocação de monotorização em tempo real.


➢ Devem ser claros na informação que prestam através de indicadores essenciais (muitas vezes
verifica-se uma sobrecarga informativa ou o contrário)
➢ Podem ter diferentes destinatários, disponibilizando informação estratégica, de controlo
operacional ou de estudo e investigação em departamentos de inovação e desenvolvimento.

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3.1. Ferramentas de análise


A complexidade de gestão pode obrigar à análise conjunta de dados de múltiplas fontes.

As ferramentas de análise – analytical tolls – como o Tableau, o Qlik ou o Power BI permitem essa
facilidade de conexão a múltiplas fontes, ao seu tratamento e capacidade de visualização.

3.1.1. Cubos OLAP – Online Analytical Processing


Os cubos OLAP são uma técnica de análise de dados em diferentes perspetivas e variadas operações.
A analogia do cubo visa intuir a possibilidade de olhar para diferentes facetas dos dados e para
diferenciados níveis de detalhe.

→ permite ver dados por tipo de produto, por tipo de produto e distrito, por vendedor, etc.

Estes recursos são mais complexos e podem ser preparados por exemplo em SQL (Structured Query
Language – Linguagem de Consulta Estruturada):

✓ Uma linguagem para tratamento de dados, muito potente, capaz de lida com quantidades
enormes de registos e tabelas e disponibilizar essas estruturas intermédias aos utilizadores finais
para análise em Excel ou Power BI.

3.1.2. A folha de cálculo


As folhas de cálculo são hoje, aplicações sofisticadas no cálculo, no trabalho colaborativo, na conexão
a fontes de dados e na integração progressiva da Inteligência Artificial. Podem trabalhar com uma ou
várias tabelas em simultâneo, e é também possível associar automatismos via macros simples ou
complexas.

Excel Pivot e Power Pivot Table


o As Power Pivot são um dos recursos mais poderosos do Excel. Uma Power Pivot permite que
extraia o significado de um grande conjunto de dados detalhado.
o Ser capaz de analisar dados rapidamente pode ajudá-lo a fazer melhores negócios decisões.
o As Power Pivot são uma ótima maneira de resumir, analisar, explorar e apresentar os seus
dados e pode criá-los com apenas alguns cliques.
o As Power Pivot são altamente flexíveis e podem ser ajustadas rapidamente, dependendo de
como precisa de exibir os seus resultados.
o Também pode criar PivotCharts com base no Power Pivot que se irão atualizar automaticamente
quando as Power Pivot se atualizarem.

Tabela Power Pivot


o Power Pivot, você pode misturar grandes volumes de dados de várias fontes, executar análises
de informações rapidamente e compartilhar perceções facilmente.
o No Excel Power Pivot, pode criar uma Data Model (Modelo de Dados), uma coleção de tabelas
com relacionamentos.

Excel – Tarefas Automáticas com Macro


Macro Recorder
• Ao criar uma macro, grava os cliques do rato e do teclado.
• Depois de criar uma macro, você pode editá-la para fazer pequenas alterações na forma que
funciona.
• Pode criar um ponto de acesso (hotspot) num gráfico no qual os usuários podem clicar para
executar uma macro.

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Macro Visual Basic


• Mais complexo
• Requer um computer programming (code)

3.1.3. Power BI
O Power BI, o Qlik e o Tableau são recursos importantes para a análise e visualização de dados.

O Power BI é uma suite de Business Analytics que possui mais de uma centena de conectores paa os
mais variados serviços, ERP, IoT, ou diversos tipos de ficheiros. Os relatórios e dashboards produzidos
podem ser facilmente distribuídos pela organização em acesso mobile ou incorporados em páginas web
da empresa.

→ é de fácil integração com novas soluções da Microsoft como PowerApps, Flow e Teams.

É possível adaptar os relatórios do Power BI para serem usados pela Microsoft Cortana e tirar partido
da linguagem natural para realizar queries à base de dados.

Os gráficos, com acesso em tempo real aos dados, podem também ser vistos diretamente em Power
Point. O Teams é muito poderoso na variedade e originalidade dos seus Costum Visuals, que permitem
ver e interagir com os dados.

Este produto (Power BI) surgiu em 2015, está especialmente VOCACIONADO para três tipos de
utilizadores:

• Profissionais de TI, que cumprem tarefas tipicamente como Corporate BI


• Os utilizadores de Business Analytics, que recorrem a uma abordagem self-service que o Office
365 incorpora
• Os advanced analytics, especialistas em data science, que recorrem a algoritmos com
incorporação de Inteligência Artificial

Com o Power BI o utilizador pode:

➢ ler dados e criar relatórios rápidos, com gráficos modernos e outras formas livres de explicitação
de conteúdos
➢ publicar os relatórios no serviço online (Power BI Report Server), onde pode organizá-lo por
pastas, completar ou atualizar
➢ gerir permissões de acesso e partilhar conteúdos com a Organização, permitindo aos membros
desta o acesso

Os cálculos, aqui designados por MÉTRICAS, são desenvolvidos em DAX (Data Analytics Expression
Language in Power BI).

O Power BI poderá identificar relacionamentos:

➢ se existirem nas diferentes tabelas importadas/ligadas campos com o mesmo nome, tipo e
devidamente consistentes, o Power BI identifica os relacionamentos, ao contrário do Power
Pivot Table no Excel.

O Power BI incorpora serviços cognitivos (IA).

3.2. Outros domínios do Analytics


O analytics estende-se progressivamente a todas as áreas e tipos de dados.

14
Resumos de SIT

3.2.1. Process mining


✓ Analisa o uso de uma aplicação; possibilita melhorar o desenho da mesma
✓ Visa verificar como se usa uma aplicação para a melhorar e otimizar processos.

É uma abordagem que visa a análise, centrada nos dados, de processos de negócio baseado em event
logs, isto é, registos que ficam gravados relativamente ao uso de aplicações.

Com o recurso a aplicações como o QPR ou o ProM (Process Mining Framework), é possível melhorar
o desenho do sftware e assim otimizar o fluxo dos processos.

O process mining faz a ponte entre a engenharia e a gestão de processos, os dados e o seu fluxo nos
sistemas de informação, com vista à melhoria de desempenho.

3.2.2. Web Analytics


✓ Aplicações para análise de dados gerados pelo tráfego dos utilizadores em websites e apps

Google Analytics tem especial relevância pois associa estratégias de marketing para colocar a
organização no topo das pesquisas realizadas no seu motor de busca. Para tal conhecimento
contribuem duas abordagens complementares:

• Search Engine Optimization (SEO), que permite que o website seja devidamente indexado pelos
serviços da google
• Search Engine Marketing (SEM), que se centra num sistema de promoções pagas juntos dos
serviços detentores de motores de busca

O Google Analytics, ou outro similar, produz relatórios muito completos sobre as páginas visitadas, o
tempo de permanência, o abandono do site, a origem da pesquisa, o equipamento usado, o sistema
operativo desse equipamento, o género do utilizador, os seus principais interesses, etc.

As plataformas de social media têm recursos próprios com métricas de desempenho que podem ser
úteis a quem gere a presença da empresa no desenvolvimento de comunidades em torno da sua marca,
produto ou campanha.

Estes sistemas de análise de web, app e social media, para além de apresentarem relatórios para
períodos à escolha, permitem a exportação de dados para tratamento autónomo, e ainda disponibilizam
conectores para ferramenta de Analytics como o Power BI.

3.2.3. Text mining


✓ “O que os consumidores dizem nas plataformas sociais sobre a marca, produto, etc.”

Pode ser útil em contexto empresarial para analisar a informação publicada pelos competidores.

Também se aplica ao estudo de emails, permitindo, por ex. seriar quem responder primeiro, elegendo,
por hipótese, aqueles em que o cliente manifesta sentimentos de abandono da marca ou da
encomenda.

O texto mining é também adotado na análise de sentimentos explicitados nas plataformas sociais.

O text mining é muito importante na gestão da marca, porque qualquer rumor pode comprometer o seu
prestígio.

15
Resumos de SIT

Lecture 5
3.2.4 Análise de redes:
A técnica de análise de redes pode ser aplicada a diversas áreas como a um jogo de futebol, a
publiações cientificas e também aos clientes de um fornecedor de telecomunicações. O Gephi aplica
a teoria de redes e grafos e como outras permite trabalhar os dados para perceber os aglomerados
que se formam, através da análise de nodos e arestas de rede.
É um instrumento de gestão importante num tempo em que o detalhe, o rigor, a profundidade e
simultaneamente a visão sistemática relevam para a gestão.

3.2.5 Visão Global:


O processo de elaboração de informação evidencia importância dos repositórios de dados (base de
dados) para registar as transações ou a presença empresarial nas plataformas digitais com os seus
seguidores, emails trocados.
O objetivo é a partir destes dados, produzir análises simples, relatórios, dashboards) ou realizar
estudos exploratórios através de cubos de OLAP ou da aplicação de algoritmos preditivos, por
exemplo.

3.3 File organization concepts:


As bases de dados transacionais que estão no centro da dinâmica dos ERP seguem um modelo
rigoroso e aceite pela indústria, que incorpora tais principios e regras nos seus produtos: BD 2, SQL,
Service, Oracle, Acess, etc.
Estas bases de dados representam o mundo real sob a forma de comunicação.
Vejamos com um exemplo em concreto: um conjunto de estudantes, de professores, de disciplinas.
Sobre cada uma destas entidades queremos preservar determinados atributos (nomes) e gerir
ocorrências ( matriculas, avaliação), construindo relacionamentos ( o estudante está matriculado
numa determinada disciplina e esta é lecionada por determinado docente).
Tendo os três dados separados em tabelas, só é preciso escrever o nome de um determinado
estudante uma vez , poupndo tempo e diminuindo a probabilidade de erro.
16
Resumos de SIT

3.3.1 Da mais elementar unidade de informação até à base de dados:


Os dados no computador representam-se por zeros e uns, ou seja, pelo sistema
binário.Trabalhamos com o cálculo matemático com o sistema decimal (0 a 9) e o sistema 60 na
gestão do tempo ( minutos e segundos).
A unidade mais elementar é o bit. Para representar um caracter são necessários oito bits ou um
byte.

3.3.2 Redundância e inconsistência dos dados:


Ao utilizar o Power Pivot Table em Excel, od dados para a análise podem ter origem em diferentes
tabelas que se relacionam entre si. Qualquer alteração que seja feita tem de ser produzida, uma só
vez, num sítio único, apesar dessa informação poder chamada a aparecer em diferentes
circunstâncias.
O sistema de gestor da base de dados conhece e aplica esta e outras regras, como por exmeplo,
a de manter a integridade referencial do sistema, ou seja, evita que a que toda a informação seja
apagada ou alterada.

3.4 Sistema gestor de base de dados:


É útil perceber esta estrutura, quando se trabalha com o Power Pivot Table ou com o Power BI para
aceder a um ERP. Por isso é vantajoso compreender e saber explorar estes recursos.
Os relacionamentos entre as tabelas fazem-se através de campos que ora são chaves primárias
ora são chaves estrangeiras ou externas.
São dois universos: o da conceção e construção e o da exploração, com uma interface de alto nível,
logo, de mais dácil operação.
É util perceber esta estrutura quando se trabalha quando se trabalha com o PowerPivot Table ou
com o Power BI para aceder a um ERP. É vantajoso compreender e saber explorar estes recursos.

3.4.1. Relational data base tables:

Nos sistemas de Gestão de Base de Dados Relacional os dados são guardados em tabelas que
representam entidades do mundo real como por exemplo produtos, clientes, fornecedores, etc).
Cada tabela tem campos que representam atributos como o nome, morada e telefone. Estes
campos têm propriedades que permitem evitar dados erradas. Cada linha da tabela representa um
registo que é uma ocurrência verificada no mundo real.

17
Resumos de SIT

O ambiente de criação de uma tabela permite identificar os campos e as suas propriedades como
mostra a figura 8. Acresce um conjunto de outras propriedades como regras de validaçã. Por
exemplo a nota do estudante só pode ser entre zero e vinte.
A indexação assegurada pelo SGBD é solicitada para os campos em que seja pertinente considerar
pesquisas ou consultas pela ordem daquele campo. Isto tem uma maior eficiência, pois o SGBD
tem os indices prontos a ler e entregra a comunicação pedida sme ter de a preparar nesse
momento, atrasando a resposta.
Se, por exemplo, pedirmos uma lista de cidades por ordem alfabética, o SGBD sabe que deve ler
as colunas dos indices que apontam prara 60,50,20,40,10,30.

Se quiser informação acerca de Las Vegas, o sistema irá pesquisar pelos indices da seguinte tabela:

Esta busca pelos indíces não ocorrer de registo em registo, mas utiliza o indice todo.
Cada chave primária está ligada a uma chave estrangeira ou externa, que é um campo
indexado com repetições numa outra tabela. No exemplo, temos duas tabelas que se relacionam
através da DepID de Departement com o DepID em Human R. Por exemplo, admitindo que um
funcionário pertence ao mesmo departamento.
Desta forma evita-se a redundância dos dados e quando se quiser saber quais os colaboradores
do Departamento de Inovação e Design de Novos Produtos, o sistema não precisa de ir à tabela
HUmanR ler aquela cadeia de caracteres em milhares de registos. Supunhamos que o
departamento tem o código 10, o sistema apenas irá pesquisar 10 e não a expressão Departamento
de Inovação e Design de Novos Produtos.

3.4.2 Capacidade para criar relatórios e analisar os dados:


Os SGBDR usam SQL para realizar queries à base de dados, quer para fazer consultas quer para
agir sobre os mesmo, fazendo alterações ou eliminações de registos.
Para listar ordenadamente, por número de colaborador, cmapos número de colaborador e apelido
dos funcionários faria-se o seguinte:
Para facilitar o acesso dos dados por não especialistas, há ferramentas gráficas em ambiente
Microsoft Access. , em que o utilizador só precisa de abrir a tabela e fazer duplo clique sobre esse
campo que pretende listar.
O sistema automaticamente escreve o código SQL e rapidamente se cria uma lista.

3.5 Desenho de bases de dados


Desenhar ou conceber bases de dados é ter a capacidade de olhar para a realidade e analisá-la,
identificando entidades e atributos e compreendo os seus relacionamentos.
Inicia-se portanto o processo de normalização que guia a construção da estrutura para a obdiência
às regras do Modelo Relacional. Nesta tabela também se definem os relacionamentos entre as
tabelas.

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Resumos de SIT

3.5.1 Normalização
A normalização de uma base de dados é uma técnica de organização da estrutura das tabelas e
dos respetivos campos na base de dados, sendo que o principal é eliminar redundâncias e
assegurar que as dependências fazem sentido.
Inicialmente são estudadas tres formas normais: Primeira Forma Normal ( 1FN), Segunda Forma
Normal(2FN) e a Terceira Forma Normal (3FN).
Primeira Fase:
✓ Só deve ter valores atómicos em cada atributo (coluna)
✓ Os valores de cada coluna devem ser do mesmo domínio
✓ Cada coluna de uma tabela deve ter o mesmo nome.
Segunda Fase:
✓ Deve estar na 1FN
✓ Não deve existir dependência parcial.
Terceira Fase:
✓ Deve estar na 2FN
✓ Não deve existir dependência parcial.

3.5.2 Entidades e relacionamentos


Os relacionamentos admitidos são de um-para-zero (1:0), de um para um (1:1) e tipicamente de
um-para-muitos (1:n).
Na prática encontramos ainda relacioanmentos de muitos-para-muitos (n:m) como por exemplo uma
disciplina ter vários alunos e cada aluno está inscrito em vários disciplinas.

19
Resumos de SIT

Lecture 6
3.6. Gestores de bases de dados
Existem diversos SGBDR que suportam bases de dados de grandes, médias e pequenas
empresas (como por exemplo, DB2, Microsoft SQL Server, Oracle Server, Sybase Server e
Informix Dynamic Server).
Ferramentas como Microsoft Access, que disponibilizam muitas ajudas e um ambiente
simplificado, podem ter grande utilidade para utilizadores finais que precisem de ler e de tratar
dados de um ERP ou CRM, ou que têm de gerir situações pequenas e imprevistas (mas bem
definidas no tempo), ou ainda que precisem de criar um protótipo.
Num exemplo real:
• Imagine, que a sua empresa multidimensional organiza uma iniciativa que reúne
delegações de 34 países, com seminários e programas sociais. Os participantes têm de
ser inscritos previamente, dando informação relativa à sua estadia, os seus interesses,
em que querem participar, a sua origem, etc. O Microsoft Access é uma solução
possível.

3.6.1. Características fundamentais


Antes das bases de dados, eram utilizados ficheiros informáticos. Que permitia ter os mesmos
dados gravados em vários ficheiros (rebundância), no entanto:
− dificilmente aplicações, ou programas diferentes, poderiam aceder aos mesmos
ficheiros, em simultâneo;
− Verificam-se cópias diferentes dos mesmos dados (inconsistência).

Os SGBD (em inglês, DBMS – DataBase Management Systems), superam estas fragilidades
da tecnologia de ficheiros, pois:
+ Estão equipados com mecanismos de proteção contra acessos não autorizados;
+ Possuem validação de operações que podem ameaçar a consistência dos dados;
+ Possuem mecanismos de recuperação de falhas e de reposição das últimas transações;
+ Garantindo a partilha de dados por diferentes utilizadores.

3.6.2. Microsoft Access


O Microsoft Access é uma solução que pode servir para ler e analisar dados de uma base de
dados de maior dimensão (SQL Server), ou para criar protótipos rápidos de aplicações,
permitindo compreender rapidamente se a solução é adequada e servindo também de suporte
a problemas de pequena ou média dimensão.

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Resumos de SIT

O Access simplifica a criação de bases de dados na identificação: de campos e das suas


propriedades (texto, número), de regras de validação e de indexação.
Mecanismos para análise de dados via Query by Example, Criação de formulários para recolha
ou verificação de dados, e Preparação de relatórios são fortemente assistidos para que o
utilizador tenha sucesso numa atividade de gestão de alguma complexidade.

3.6.2.1. Consultas – Queries


Os gestores de bases de dados usam linguagem SQL para manipular os dados (em atividades
como: consulta, alteração ou eliminação). O Access permite a edição desses comandos ou a
simplificação do processo pelo recurso Query by Example. Neste mecanismo, o utilizador
seleciona as tabelas (esta escolha condiciona os resultados) e os campos desejados, com os
filtros adequados, e o sistema escreve internamente o comando SQL respetivo e executa o
processo. Em síntese os tipos de escolhas, ou seja, a tipologia de Queries:

SELECT QUERY
• Selecionar dados de campos de uma ou várias tabelas com ou sem restrições e
cálculos.

ACTION QUERY
• Append Query – identifica registos a acrescentar a uma tabela;
• Delete Query – apaga registos de uma tabela que cumpram um determinado critério;
• Make table Query – cria uma nova tabela com dados obtidos numa consulta;
• Update Query – altera dados de uma tabela de acordo com determinada regra.

3.6.2.2. Formulários
Nós estamos habituados a ver, em qualquer estabelecimento comercial, os colaboradores a
recolher dados e a fazer consultas. A recolha de dados pode ser feita, por exemplo, no registo
de vendas; e a consulta pode ser feita diretamente na base de dados ou através de queries.
No dia a dia, esta consulta pode consistir em saber a quantidade de telemóveis vendidos da
marca X ou Y, num determinado dia.

21
Resumos de SIT

Lecture 7
3.7 Criação de Apps
Num contexto empresarial, a Microsoft disposnibiliza uma ferramenta muito útil e de fácil domínio para
a produção de apss, PowerApps.

A ideia é ajudar as equipas a ter acesso mobile a dados de negócuio com um recurso que permite ler
e escrever dados deo ecossitema Microsoft em base de dados, partilhados no SharepPoint ou no One
Drive.

No PowerApps pode optar por usar um ecrã em branco sem nehuma sugestão de estrutura inicial ou
então escolher um dos modelos disponiveis com conectores de dados e acrescentar páginas,
navegação e até comunicação de outras apliações.

Segundo a Miccrosoft, os programadores t


êm fácil acesso ao recurso de Software Development Kit do common data service para aplicaçõe
spodendo codificar plug-ins para criar aplicações e personalizações com ferramentas como o Visual
Studio.

2º TESTE – A PARTIR DAQUI

4.1. Inovação e adoção da tecnologia


É habitual procurar inovar no plano organizacional através da adoção de tecnologias feita na perspetiva
de gestão da qualidade, e reengenharia de procesos ou do planeamento dos sistemas de comunicação.

É importante contar com a resistência à mudança, pois a automatização e a inteligência artificial são
dois aspetos que preocupam muitas pessoas.

Existem muitos projetos que não são aprovados pelos obejtivos ambiciosos e custos elevados ou por
serem desenvolvidos em ambientes de turbelência.

4.2 Gestão e adoção de tecnologia


Os projetos que envolvem uma adoção de tecnologias mais complexas tem de ser apoiadas pela gestão
de topo da organização, caso contrário o invenstimento é normalmente um fracasso.

4.2.1 Motivações para a adoção


1. Razões sem base racional- moda ou imitação,

2. Razões estratégicas – melhoria dos processos, redução dos custos, melhor serviço ao cliente, o
aumento das vendas, a fidelização dos clientes ou até mesmo o melhoramento da relação com
fornecedores.

4.2.2. Envolvimento da gestão de topo


Os gestores devem estar atentos às normas subjetivas que podem dificultar a inclusão de todos na
missão da empresa.

Estes gestores têm de perceber qual a pressão e a influência social, traduzida na importancia dada ao
que os outros pensam, sobre a capacidade de cada um, para superar os novos desafios.

22
Resumos de SIT

O responsável pelos sistemas de informação e a gestão do topo tem um papel determinante na


motivação e envolviemnto dos colaboradores na conceção da nova solução e a garantia de mobilizar
meios adequados de formação e de treino para a mesma.

4.3. O papel do Chief Informational Officer


A informação é fundamental para controlar e tomar decisões, pelo que responsável pelos sistemas de
informação tem uma missão mais central no desempenho da organização.

O CIO é o coordenador do planeamento, desenvolvimento e exploração dos SI. Este envolve-se com a
organização e a sua estratégia, as pessoas, as tecnologias e os processos. Intervém, também, na
melhoria dos SI.

Trata-se de alinhar os SI com a estratégia da empresa, de fazer a ponte entre os utilizadores e a equipa
TI, para que os sistemas evoluam em segurnaça, tanto internamente como na articulção com parceiros
e com o Estado.

Compete ao CIO o desenvolvimento de um trabalho metódico, que se inicia na formulação da visão dos
SI, alinhada com a estratégia empresarial.

Esta visão é desenvolvida por:

1. Estabelecer objetivos, de politicas e de regras para a exploração das TI


2. Identificar os requesitos de informação que permitem definir evoluções, orçamento, etc.

A Gestão dos Sistemas de Informação envolve as áreas de planeamento, desenvolvimento e explorção


dos sistemas de informação.

A missão do CIO envolve as seguintes tarefas:

✓ Adquirir tecnologia;
✓ Desenvolver ou adquirir e adaptar o software;
✓ Avaliar aplicações, websites e apps;
✓ Formar e apoiar os utilizadores;
✓ Definir as políticas de segurança;
✓ Fazer a manutenção do sistema.

Os sistemas de informação, sendo uma área de interesse partilhado, exigem que o CIO tenha um perfil
híbrido, que lhe permita compreender o diálogo da gestão intermédia e da de topo e assim fazer alinhar
a sua equipa com o posicionamento estratégico da empresa.

O CIO, desta forma, torna-se um catalisador para a construção de uma visão sistémica do sistema de
informação da organização. O desempenho e o sucesso da empresa estarão fortemente
comprometidos com a inovação tecnológica.

4.4 Sistemas de informação de base tecnológica


O ERP é central para qualquer organização. Como tal, a adequação dos módulos dos ERP ao negócio,
o seu nível de parametrização e de integração, assim como a credibilidade dos fornecedores, são
fatores importantes para a escolha do ERP.

23
Resumos de SIT

4.4.1 Aquisição de software


Os ERP têm o seu ciclo de vida e podem ter de se modificar para que possam estar ao nível da evolução
da empresa.

Para melhor descrever este processo, no quadro 6 estão todas as atividades detalhadas.

4.4.2 Desenvolvimento de software


O desenvolvimento dos sistemas de informação pode ser encarado pelo lado de aquisição de software
ou pela conceção de novas aplicações.

Tanto num caso como noutro visa-se a melhoria do sistema de informação no sentido de facilitar o
controlo e a tomada de decisão.

É importante compreender o contexto da organização e conhecer aprofundadamente o sistema de


informação existente. Desta forma, será possível conceber as alterações de reformulação do sistema,
identificando os requisitos necessários ao sistema informático que as suporta.

O departamento de sistemas de informação tem um papel estritamente técnico ligado às tecnologias


da informação, com os seus métodos, técnicas e ferramentas destinados a providenciar a eficiência do
sistema.

As eventuais mudanças obrigam à formação dos utilizadores, procurando a sua satisfação e motivação
com o novo sistema.

O fluxograma é uma técnica ainda usada para explicitar um processo. A ferramenta Microsoft Visio é
um dos recursos que permitem fazê-lo com facilidade.

Porém, estes métodos de desenvolvimento são lentos. No caso da produção de novas aplicações,
quem produz pode correr o risco de estar meses a programar e no momento de apresentar ao cliente,
24
Resumos de SIT

este diz não ser o que pretendia. Por isso, surgiram metodologia baseadas em protótipos e novas
abordagens, como o Rapid Application Development (RAD).

O advento do web design teve influência no progresso desta metodologia, pois permite mostrar
ciclicamente, ao cliente e em pequenos sprints, a evolução do produto, adequando-o às pretensões da
empresa.

→ Trata-se de uma abordagem que envolve dinamicamente o utilizador, apresentando mais


iterações em comunicação direta, visando a satisfação do cliente com a solução. A SCRUM é
uma das abordagens mais conhecidas da metodologia da metoldologia Agile.
→ A gestão destes projetos poder ser suportada por aplicações especificas como Microsoft
Project ou Microsoft Planner. Constam a identificação de atividades e das suas precedências.

O Microsoft Project tem disponível uma instalação desktop, útil para realidade pouco complexas. Existe
também uma visão servidor que facilita a gestão de múltiplos projetos, por níveis de responsabilidade,
com a partilha colaborativa de documentação e a adequada gestão de recursos de recursos que não
pode ser automaticamente feita em versão desktop.

O Microsoft Planner, incluído no office 365, é a proposta da Microsoft para a abordagem Agile, tal como
Jira Software.

4.4.3 Ferramentas de desenvolvimento de software


A capacidade de gerir projetos de aquisição e software ou do seu desenvolvimento com recurso a
ferramentas é muito importante:

▪ pela sua abordagem sistémica, que engloba recursos humanos e materiais e os custos
inerentes
▪ pela possibilidade de gestão dos prazos de execução.

Na construção de sistemas de informação, há representações que nos dão uma visão mais global do
sistema e outras que se focam mais num detalhe.

→ Conhecer essas representações permite-nos uma melhor envolvência na gestão dos sistemas
e facilita o diálogo entre os engenheiros de sistemas, os gestores e outros colaboradores
envolvidos.

A abordagem clássica identifica recursos focados no desenho


da estrutura do sistema, como os diagramas de fluxo de dados
(DFD) e os diagramas de entidade – relacionamento (E-R).

Os DFD são uma representação gráfica que retrata o fluxo de


dados num determinado processo. A figura 40. Ilustra o
potencial dos DFD que de forma simples e pedagógica, mostra
o fluxo de dados no exemplo de compras numa caixa de
supermercados.

Os E-R mostram a estrutura de dados, explicitando o


relacionamento entre entidades; por isso assemelha-se à
estrutura de uma base de dados, que é útil perceber para
realizar um query ou desenvolver uma abordagem PowerBI.

Os fluxogramas e a linguagem estruturada têm uma utilidade


que extravasa a dos sistemas de comunicação.

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Resumos de SIT

Pode ser útil desenhar um fluxograma para clarificar uma determinada abordagem ou usar a linguagem
estruturada para apresentar inequivocamente a regra para aplicar um desconto.

Imaginemos a aplicação de um desconto que foi apresentado de forma pouco clara, induzindo em erro
o programador ou o funcionário que recebeu a ordem para o aplicar.

Optando pela linguagem estruturada ficaria:

Se o prazo de pagamento <=5

Então se o valor da fatura >=1000 €

Então se o desconto =3%

Se não =2%

Se não desconto =0%

Optando por uma árvore estruturada ficaria:

Estas abordagens partem do pressuposto de que são usadas estruturas de controlo muito simples para
o desenvolvimento de qualquer atividade.

Temos estruturas sequenciais, condicionais(seleção) e de iteração(repetição).

Estruturas de controlo:

26
Resumos de SIT

4.4 Desenvolvimento de portais e apps


A presença das organizações online é fundamental para a sua notoriedade e missão. A maioria das
empresas opta pela construção de portais através de desenvolvimento próprio ou da adjudicação a
empresas especializadas.

Algumas das infraestruturas vocacionadas para esse efeito são: Joomla, Drupal ou o Plone. São
plataformas que permitem gerir uma parte pública da informação uma parte privada e personalizada
para cada utilizador.

Estes sistemas possibilitam ainda a descentralização da edição, pois identificam diferentes


colaboradores da empresa que editam o portal e que obedecem a uma hierarquia de aprovação até à
publicação dos seus conteúdos.

Numa alternativa mais simples e económica, a organização pode optar por um website, que se articula
com plataformas sociais ( LinkedIn, Twitter, Facebok, Instagram, etc) e se complementa com uma ou
mais apps, no sentido de tirar partido da especialidade das plataformas móveis.

Há diversas ferramentas que simplificam a construção de um website e a personalização de um domínio


como é o caso da Wix.

Há recursos adequados e vocacionados para a construção de lojas online com conectores para alguns
ERP do mercado, como são os casos identificados no quadro 8.

Os websites e portais podem ser responsivos, isto é, têm a capacidade de detetar as dimensões do
ecrã do dispositivo do cliente e adaptar os elementos dessas páginas às características do
equipamento.

Os chatbots apresentam-se como um recurso tecnológico que, sendo integrado nos websites e portais,
permite desenvolver uma estratégia de aproximação e de apoio aos utilizadores do espaço. São
programas de IA (inteligência artificial) que desenvolvem um diálogo escrito com os utilizadores,
procurando ser autónomos, reativos, proativos e também sociais.

27
Resumos de SIT

4.5 Avaliação
Todo o software, websites, portais ou apps podem e devem ser avaliados segundo diversos atributos
de qualidade.

Uma forma de avaliar é através de inquéritos para a recolha de opinião dos utilizadores com variáveis
moderadoras como género, idade e nível de formação académica.

Outra abordagem para avaliação é o uso do software específico que avalia diferentes requisitos
técnicos, tais como o funcionamento dos links, a harmonia da palete de cores, a atenção do utilizador
através da análise do seu olhar e a seleção da informação que o motiva através dos cliques efetuados.

O quadro 9 sintetiza e simplifica a abordagem relativa à avaliação dos websites, portais ou apps.

4.5.1 Aplicações
A avaliação do software depende do setor, da natureza ou do propósito a que se destinou pode até
mesmo ser open source.

O ciclo de vida do software passa pelas versões:

1. Alpha – destinada a testes internos;


2. Beta- testada por parceiros externos;
3. Release Candidate- sem erros significativos;
4. Gold- versão final.

Neste âmbito destacam-se os esforços desenvolvidos com os designados modelos de maturidade:

• capazes de identificar diferentes estágios de exploração do software


• permitem a cada empresa, identificar o seu estágio e tomando conhecimento de eventuais
níveis superiores
• desenvolver a estratégia adequada para aprofundar e otimizar o aproveitamento dos recursos
tecnológicos ao dispor

28
Resumos de SIT

4.5.2 Websites e apps


A necessidade de avaliação dos serviços fez emergir muitos modelos de avaliação, dos quais se
destaca Servqual. Em 2000 foi apresentado o modelo Webqual. Em 2003. DeLone e McLean sugerem
a avaliação da qualidade relativamente aos eixos: informação, sistema e serviço.

Sendo uma área nova que apresenta frequentemente novas funcionalidades, percebe-se a dinâmica
na apresentação e na atualização dos modelos.

Em 2005, Parasuraman e a sua equipa apresentam uma proposta de avaliação de websites que
denominam E-S-QUAL, Eletronic Servisse Quality.

É pertinente avaliar uma app de m-commerce no sentido de apurar a satisfação dos utilizadores com
base em modelos que podemos adaptar ao nosso negócio, confinado no rigor dos resultados.

O M-S-QUAL ( Mobile Service Quality Measurement ) é uma proposta que acolhe a possibilidade de
comércio de bens orgânicos ou digitais e se desenvolve em torno das dimensões da eficiência,
realização, privacidade, contacto e capacidade de resposta.

29
Resumos de SIT

Lecture 8
5.1. Tecnologias de processo
As tecnologias são apresentadas de forma simplificada e é dado enfoque à forma como estas podem
contribuir para o aumento da competitividade das empresas.

Sem quebra de rigor, poderíamos afirmar que hoje toda a atividade empresarial, industrial ou de
serviços beneficia, ou depende, do uso de tecnologias. Mesmo atividades que não associamos ao uso
de tecnologia, podem beneficiar dela.

Reconhecendo este benefício, bem como a rápida evolução tecnológica que se tem vindo a verificar,
facilmente podemos concluir que uma gestão de sucesso passa, quase obrigatoriamente, pelo
conhecimento atual de como a tecnologia pode aumentar a competitividade de cada negócio.

O valor acrescentado da tecnologia advém da forma como é feita a sua gestão, já que, do ponto de
vista teórico, a tecnologia está acessível a todos, desde que disponham de recursos para a adquirir.

Contudo a aquisição da tecnologia não é condição suficiente para as empresas aumentarem a


competitividade, pois têm de as saber selecionar, aplicar e gerir. Daí a importância do conhecimento
sobre tecnologia por parte dos gestores.

Questão: que precisa um gestor de saber sobre tecnologia para


melhorar os seus processos de negócio – sejam eles de operação,
produção, desenvolvimento de produto, entrega, gestão financeira
ou outros?

O gestor necessita de saber três coisas:

1) Perceber as tecnologias e saber o que elas fazem


2) Saber avaliar a tecnologia, isto é, estimar de que modo
pode melhorar os seus processos
3) Saber como implementar novas tecnologias, isto é, de
acordo com a natureza do negócio, e definir qual a melhor
metodologia de implementação

5.1.1. Perceber as tecnologias de processo


Importa enfatizar a rápida evolução da tecnologia na atualidade, a qual por vezes tarda em ser aplicada
nas empresas, em grande parte por desconhecimento.

O efeito da evolução tecnológica pode ter um resultado negativo sobre os negócios, particularmente
nas empresas que não acompanham a evolução. (ex. Kodak, Nokia)

A perspetiva de conhecimento dos gestores sobre as tecnologias prende-se menos com os aspetos
intrínsecos desta, e mais com a sua aplicabilidade ao negócio, isto é, com a vantagem competitiva que
advém dessa aplicação.

A decisão de adotar ou não determinada tecnologia implica, por parte do gestor, uma compreensão
ampla das suas implicações nas várias dimensões do negócio.

Não necessitando de ser um especialista em tecnologia, o gestor, precisa de conhecer os princípios e


as implicações fundamentais daquela, de modo a que a sua aplicação seja eficiente:

30
Resumos de SIT

✓ Escala mais macro


o O gestor deve ter a capacidade para comparar tecnologias, de modo a identificar o que
uma faz em relação a outras e verificar o seu alinhamento com a estratégia da empresa.
✓ Nível operacional
o Conhecer características específicas da tecnologia, necessárias para desempenhar
funções que a empresa deseja desenvolver
o Tem de ser claro para o gestor quais os benefícios que podem resultar da utilização da
tecnologia, de modo a compará-los com o investimento e os custos de funcionamento
o Importa avaliar limitações e riscos
* Algumas tecnologias surgem no mercado, mas rapidamente são substituídas, não
chegando a amadurecer
o Saber a que níveis do negócio pode a tecnologia ser útil
* Esta utilidade depende da natureza da empresa, mas podemos identificar alguns
níveis-chave
✓ Nível da comunicação
o Telemóvel → permite aceder, em tempo real, a informação sobre a empresa e tomar
decisões de forma célebre
o Facilitadoras do teletrabalho e teleconferências
* Teleconferência – ajudam as empresas a promover reuniões colaborativas à
distância através da internet
* Teams da Microsoft – ferramenta muito ágil para desenvolver trabalho colaborativo
✓ Nível do marketing
o Novas tecnologias de informação relevaram ser importantes ferramentas, não apenas para
recolher dados do mercado, mas também para a sua análise, tornando as decisões mais
rápidas e mais fiáveis, principalmente no que diz respeito à satisfação das necessidades e
desejos dos clientes
✓ Nível da produtividade
o A tecnologia pode contribuir para a redução dos custos e o aumento de receita
✓ Nos serviços
o A tecnologia pode também contribuir para o melhoramento da produtividade
✓ Na banca
o O tele- e o net-banking permitem reduzir significativamente o número de ativos de suporte
a clientes
✓ Apoio ao serviço ao cliente
o As tecnologias vieram aproximar os negócios dos clientes

5.1.2. Tipos de tecnologias


O gestor não necessita de conhecer em detalhe os princípios fundamentais da tecnologia, mas tem de
estar capacitado para fazer uma avaliação eficiente e assim proceder a uma seleção que se traduza
numa mais-valia para o seu negócio.

Importa conhecer a tipologia que classifica as tecnologias, pois isso facilita a comunicação com os
especialistas em tecnologia.

As tecnologias de processo podem ser classificadas em três grupos:

▪ Tecnologias de processamento de materiais


▪ Tecnologias de processamento de informação
▪ Tecnologias de interação com o cliente

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Resumos de SIT

5.1.2.1. Tecnologias de processamento de materiais


São responsáveis por transformar materiais como metal, plástico, tecido, em produtos de valor
acrescentado, que podem ser transacionados. Esta transformação é realizada através da modificação
da forma dos materiais e/ou através da sua montagem.

São vastas e numerosas.

Exemplos:

o Máquinas CNC (Computer Numerically Controlled Machine Tools)


* Destinadas a processar materiais metálicos através de ações de corte
ou conformação, de forma autónoma e controlada de acordo com
instruções programadas em computador
* Permite um trabalho de precisão com elevada taxa de produtividade,
mas exige mão de obra especializada e implica um investimento
significativo.
o Robôs
* Utilizados para o manuseamento de produtos, montagens, processos de soldadura
* Usados particularmente em tarefas muito repetitivas, ou que envolvem risco para o ser
humano
* Os robôs são muitas vezes utilizados em processos normalizados e que exigem elevadas
taxas produtivas
* Não permitem elevados graus de flexibilidade, tendem a ser evitados em processos com
índices elevados de variedade
→ AVG (automated guides vehicles) – transporte autónomo de produtos; apresentam
vantagens como o funcionamento permanente e ininterrupto ou a possibilidade de
ultrapassarem limitações humanas, como a altura e ambientes adversos ou nocivos
→ FMS (flexible manufacturing systems) – incorporam um conjunto de tecnologias que
juntas, formam células autónomas de produção; permitem elevadas taxas de
produção, bem como algum grau de flexibilização na adaptação à produção de
novos produtos

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Resumos de SIT

5.1.2.2. Tecnologias de processamento de informação


Tecnologias de processamento de informação = tecnologias de informação

Destinam-se sobretudo a recolher, manipular, armazenar e distribuir


informação.

Tecnologias que contribuíram para o desenvolvimento das comunicações:

• Tecnologias de rede
o Permitem ligar dois ou mais computadores, através da
combinação de hardware e software, em diferentes escalas
o Impõem limitações físicas quanto à distância entre
equipamentos a conectar, já que implicam uma ligação física
por cabo, restringindo a sua aplicação a escritórios ou edifícios
o DAN (Desk-Area Network)
o LAN (Local-Area Network)
o WAN (Wide-Area Network)
• Com o aparecimento da Internet
o As tecnologias de informação tiveram um crescimento exponencial
o Veio permitir conectar computadores e equipamentos sem uma ligação física, à escala
mundial – daí a designação World Wide Web (WWW)

Internet → rede de computadores que dispõe de informação e acesso público.

Extranet → rede com os mesmos princípios tecnológicos, mas a que apenas um grupo restrito de
organizações acede e partilha informação de forma segura.

Intranet → rede restrita a uma determinada empresa, a que apenas os colaboradores podem aceder;
permite às empresas usar redes de computadores para trocar informação e estabelecer transações de
forma eletrónica com fornecedores, clientes e parceiros, de modo mais eficiente, isto é, mais rápido e
a menor custo.

A utilização de tenologias baseadas na Internet veio permitir às empresas definirem novos modelos de
negócio e melhorarem os processos existentes. Este novo canal de comunicação com clientes e
fornecedores:

• gerou uma nova forma de comprar e vender designada comércio eletrónico (e-commerce)
• revolucionou a atividade da generalidade das empresas, aumentando por um lado o mercado
de clientes e fornecedores, e por outro os concorrentes
• pode ser feita em dois modos
o e-business
o m-business (realizado através de equipamentos móveis)

Sistemas de apoio à decisão

• importante tecnologia de processamento de informação na gestão


• estes sistemas armazenam, processam e apresentam informação de modo apropriado para
facilitar a decisão da gestão
• “não tomam decisões”, fazem apenas uma análise causa-consequência, cabendo ao gestor a
decisão

Expert systems seguem os mesmos princípios dos sistemas de apoio à decisão, mas procuram simular
a solução que seria tomada pelo ser humano.

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Resumos de SIT

Tecnologias de identificação automática

• Exemplo de tecnologia com vasta aplicação na gestão


o Códigos de barras, que evoluíram para QR-codes – agilizaram muitos dos processos de
negócio, em particular no retalho e no controlo de armazéns de produtos; mas também
apresenta desvantagens: exigência do alinhamento do item para a leitura correta do
código, a proximidade entre o item e o dispositivo de leitura, a possibilidade de registar
apenas um código de cada vez, entre outras.
Desvantagens podem ser
ultrapassadas recorrendo a

o RFID (Radio Frequency Identification) que permite ler à distância, por radiofrequência, a
informação contida no microship. Pode ser utilizada em processos de identificação de
pessoas, localização de animais, controlo de stocks em armazém, realização de
compras em supermercados, controlo de portagens, entre outros.

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Resumos de SIT

5.1.2.3. Tecnologias de interação com o cliente


Podem ser classificadas pela forma como interagem com os clientes.

• Interação direta com o cliente, este interage de forma ativa com a tecnologia e tem controlo
sobre ela (máquinas de multibanco)
• Cliente atua de forma passiva, sendo guiado pela tecnologia, o que permite reduzir a
variabilidade do processo (sistemas de transporte)

Tecnologias “escondidas” – tecnologias de monotorização da segurança e alarmes, por exemplo, em


que o cliente não interage com a tecnologia e em alguns casos nem sente a sua existência

Tecnologias em que a interação é feita através de um intermediário, como são os casos dos sistemas
de reserva de hotéis ou as tecnologias de call center e chatbot (programa de computador que tenta
simular um ser humano na conversação com as pessoas).

5.1.3. Avaliação das tecnologias de processo


A decisão sobre que tecnologia selecionar para a sua atividade é comum para o gestor e reveste-se de
alguma complexidade.

O gestor deve começar por avaliar a adequabilidade da tecnologia ao tipo de tarefa ou processo a
desempenhar.

Na avaliação da adequabilidade, o gestor deve considerar o nível de automação, a escala e o nível de


integração da tecnologia.

Ao nível de escala, e em termos de capacidade, o gestor tem de considerar entre ter um só equipamento
com elevada capacidade ou ter vários equipamentos de menor capacidade individual, mas com a
mesma capacidade agregada.

→ A primeira opção proporciona geralmente um processamento com menor custo, mas também
implica menor flexibilidade e maior risco em caso de avaria, pelo que tende a ser a opção num
processo de elevado volume e baixa variedade.

5.1.4. Implementação de tecnologias de processo


Após a avaliação e seleção da tecnologia, o gestor tem a responsabilidade de definir uma estratégia de
implementação.

Esta fase é tão ou mais importante, e tão ou mais complexa, que as anteriores, pois está sujeita a fatores
de contexto da empresa.

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Resumos de SIT

A mesma tecnologia pode ser implementada seguindo diferentes abordagens e variando de empresa
para empresa.

O nível de dificuldade de implementação está diretamente relacionado com o nível de inovação dos
recursos exigidos pela nova tecnologia, assim como o nível de mudança do processo requerido.

Quando maior for o nível de mudança, quer nos recursos, quer nos processos, maior será a dificuldade
de implementação – isto porque existe um maior número de variáveis, o que torna difícil identificar
causas e efeitos.

A introdução de uma nova tecnologia causa, de um modo geral, uma quebra na eficiência dos
processos, que depende da curva de aprendizagem da empresa e do grau de mudança exigido, sendo
motivada pelos necessários ajustes decorrentes da adaptação.

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Resumos de SIT

Lecture 9
5.2. Inovação tecnológica
O crescimento económico está diretamente associado à capacidade das organizações de criarem
novos produtos e serviços (inovação) que vão ao encontro das necessidades e desejos do mercado;
e, para isso, é essencial o recurso à tecnologia.

5.2.1. Importância da inovação


No início do século XX, a filosofia predominante na gestão era a produção em massa: os mercados mais
desenvolvidos eram caracterizados por uma procura superior à oferta, isto é, as empresas não tinham
capacidade suficiente para produzir as quantidades que o mercado exigia. O que importava era dominar
a capacidade de produzir, a tecnologia.

No final do século XX, a proximidade dos mercados fez subir os níveis de concorrência, o que provocou
a descida dos preços e a diminuição da rentabilidade das empresas. Estas viram-se, assim, obrigadas
a otimizar os seus processos produtivos e de gestão, reduzindo os custos de produção e já não era
suficiente saberem produzir. Tinham de dominar as técnicas de gestão para melhorar a eficiência dos
seus processos.

No início do século XXI, com a globalização, a concorrência assume uma maior dimensão obrigando as
empresas a dar maior atenção à função “receita”. A gestão continua a dar um importante contributo na
otimização dos processos e na redução da função “custos”. Porém, as empresas procuram melhorar a
sua competitividade, de modo a conseguirem aumentar as vendas, sendo para isso essencial
apostarem numa estratégia de inovação, no sentido da criação de novos produtos/serviços.
Concluindo, a inovação assume uma dimensão estratégica nas empresas.

Produto – É algo que pode ser “oferecido a outro cliente para lhe satisfazer uma necessidade ou
desejo. É a satisfação do desejo do cliente; no entanto, os recursos do cliente são limitados, o
que significa que ele irá investir em produtos que lhe ofereçam uma maior diferenciação que lhe
transmitam uma maior noção de valor e satisfação.

A competição global entre empresas faz da diferenciação de um produto um fator de sucesso nos
negócios. Como forma de ganharem vantagem competitiva, as empresas de sucesso procuram
desenvolver novos produtos que sejam diferenciadores face à concorrência.

Os produtos mais competitivos e diferenciadores não são os melhores ou os mais baratos, mais sim
aqueles que alcançam, ou conquistam, o mercado mais rapidamente.

As empresas podem oferecer diferenciação nos seus produtos, se inovarem na qualidade, tendo em
conta a perspetiva e a satisfação do cliente. Importa salientar que este processo de diferenciação é
dinâmico: criar produtos inovadores e diferenciadores não é condição suficiente para garantir a
competitividade; a empresa tem de o fazer de forma continuada, isto é, ter uma estratégia de inovação.

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Resumos de SIT

No ciclo de vida de um produto, as vendas tendem a entrar em declínio passado algum tempo, em
consequência da saturação do mercado ou da ação dos concorrentes. Quando isto acontece, as
empresas tendem a implementar táticas para inverter o declínio das vendas. No entanto, as táticas,
apesar do seu efeito rápido, não perduram no tempo; por isso, necessitam de ser complementadas
com uma estratégia de inovação.

As empresas que têm implementada uma estratégia de inovação estão conscientes de que algures no
tempo as suas vendas vão diminuir e que a melhor forma de contrariar essa tendência é o lançamento
de produtos inovadores. Ter uma estratégia de inovação significa começar a investigar e a desenvolver
novos produtos com antecipação.

5.2.2. Definição de inovação


A inovação corresponde à implementação, numa empresa, de uma solução nova (inovação radical), ou
significativamente melhorada (inovação incrementada), de um produto, processo, método
organizacional ou marketing, no sentido de fortalecer a sua posição competitiva e melhorar o seu
desempenho ou conhecimento. Também tem o propósito de melhorar o desempenho empresarial, ao
nível das vendas e dos custos.

Invenção – criação de algo novo, que não existia.

Inovação – ato de introduzir algo novo, que pode resultar de uma ideia ou tecnologia, o que significa
que uma nova tecnologia não é necessariamente uma inovação.

Os produtos podem ser “puxados” para o mercado ou “empurrados” para o mercado.

Os produtos que são “empurrados” para o mercado decorrem de novas tecnologias, resultam em
inovações radicais e originam tipicamente novos mercados.

Ex: primeiro iphone que criou o mercado dos smartphones

Os produtos que são “puxados” para o mercado resulta de necessidades, ou desejos, dos
consumidores e normalmente dá origem a inovações incrementais, que se inserem num mercado já
existente.

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Resumos de SIT

A inovação pode ser realizada em 4 tipos:

Inovação de produto – criação de um produto ou serviço, que regista pelo menos significativas
modificações (especificações técnicas, materiais, software) face ao já existente.

Inovação de processo – implementação de um novo, ou significativamente melhorado, processo de


fabrico, logístico ou de distribuição.

Inovação organizacional – implementação de um novo método organizacional nas práticas


empresariais, no ambiente de trabalho ou nas relações com o exterior.

Inovação de marketing – implementação de novos métodos que envolvem um significativo


melhoramento no design do produto ou embalagem, no preço ou numa promoção.

Modelo de Henderson e Clark


Este modelo classifica a inovação em 4 tipos, consoante o impacto no sistema e conhecimento da
componente.

Inovação arquitetural – tem um impacto elevado no sistema e baixo no conhecimento da componente.

Inovação incremental – o impacto no sistema e na componente é baixo.

Inovação radical – o impacto no sistema e na componente é elevado.

Inovação modular – o impacto no sistema é elevado e elevado na componente.

Elevado impacto na
arquitetura

Inovação Inovação

Arquitetural Radical
Baixo impacto na
Elevado impacto na
componente
componente

Inovação Inovação

Incremental Modular

Baixo impacto na
arquitetura

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Resumos de SIT

5.2.3. Riscos associados à inovação


• Riscos de não inovar
o No futuro é provável que não tenha produtos ou serviços que vão ao encontro das necessidades
dos consumidores.
o Perda de vendas e, consequentemente, perda de competitividade.
o Insolvência da empresa.
o É necessário alterar constantemente as equipas, antes de se começar a perder no negócio.
• Riscos de inovar
o O novo produto pode não ser aceite pelo consumidor, isto é, ser rejeitado pelo mercado.
o O produto ter um ciclo de vida mais curto, do que aquele que compensa o investimento inicial.
o Os concorrentes ganharem vantagem com a inovação através do benchmarking, da cópia e/ou
do aperfeiçoamento da inovação.
o Não possuir recursos financeiros, ou técnicas para implementar e manter a inovação.
o Risco de dependência que o novo produto pode criar na empresa devido ao seu sucesso, que
limita a necessidade de inovar.

5.2.4. Processo de desenvolvimento de um novo produto


É um processo que obedece a uma metodologia que compreende várias fases:

1. Geração de conceito – Identificar as necessidades dos clientes, para que a empresa possa
procurar ideias ou conceitos que possam responder a essas necessidades. O grande objetivo
desta etapa é gerar o maior número de ideias.
2. Seleção de conceito – Procede-se a uma avaliação, de modo a selecionar a ideia, que, no
momento, parece ser a mais vantajosa para a empresa.
3. Design preliminar – As empresas costumam elaborar uma matriz de apoio à decisão, de modo
a minimizar o erro.
4. Avaliação e melhoramento – Projeto inicial para refinar a avaliação e fazer melhoramentos.
5. Prototipagem e design final – Elaboração de um protótipo. Esta fase é importante para garantir
a correção de todos os pormenores, uma vez que, após o início da produção, os custos de
correção serão muito elevados.

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