Habilidades - Domingas
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Tema do trabalho:
Código։ 708220323
Turma: E
Bibliografia ................................................................................................................................. 9
1. Considerações iniciais
De acordo com a OMS, a saúde sexual é um “estado de bem-estar físico, emocional, mental e
social em relação à sexualidade”. Ou seja, estar saudável sexualmente abrange diversos outros
fatores que não somente a ausência de uma doença. É um conceito que incorpora aspectos
positivos quanto à aceitação da sexualidade e suas relações. Ter experiências sexuais
prazerosas, seguras e livres de qualquer tipo de violência também é cuidar da saúde sexual.
Portanto, mais do que prevenir-se contra ISTs ou gestação precoce, cuidar da saúde sexual é
importante para a saúde mental, psicológica e emocional.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
1.1.2. Específico:
• Analisar em que medida falar de saúde sexual e reprodutiva ajuda na prevenção de ITS
e gravidez precoce Igreja.
1.2.Metodologia
A estratégia escolhida foi a pesquisa bibliográfica, o estudo foi feito através de levantamento
de informações já processados através de pesquisas anteriores. Esta estratégia de pesquisa é
aplicada na academia com a finalidade de aprimorar e atualizar o conhecimento, através de
investigações científica de obras já publicadas (Andrade, 2010). Para Fonseca (2002), a
pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web
sites.
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2. Revisão da literatura
2.1. Quando se inicia a puberdade?
Dentro do contexto da saúde sexual e reprodutiva, a puberdade é, sem dúvida, um marco muito
importante. É o período da vida que compreende a maturação sexual de meninas (8 -13 anos) e
meninos (9 -14 anos) (Carvalho, 2000)
É uma fase de grandes transformações e dúvidas. Manter o diálogo aberto com os jovens sobre
saúde sexual representa uma medida preventiva e educativa importante para contribuir na
redução de questões como a gravidez precoce, por exemplo.
Mães precoces enfrentam diversos desafios por não estarem preparadas psicologicamente e
fisicamente para uma gestação.
Ser mãe e pai requer maturidade e responsabilidade, que muitos jovens não estão preparados
para enfrentar. Pode ser comum o surgimento de transtornos mentais, como depressão e
ansiedade, durante e após a gravidez.
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Muitas vezes, “os jovens ainda não possuem formação acadêmica e decidem abandonar os
estudos, o que afeta significativamente fatores socioeconômicos dessas famílias. Além disso, a
gravidez pode ser uma barreira para ingresso no mercado de trabalho”(Daniel, 2007).
Para a criança, os riscos durante a gestação são múltiplos. Há maior chance de parto prematuro,
rompimento precoce da bolsa, aborto espontâneo e atraso no desenvolvimento do bebê. Somado
a isso, cresce o índice de abandono infantil, principalmente paterno, gerando consequências na
educação e formação da criança.
A camisinha (masculina e feminina) é um método excelente para evitar a gravidez, além de ser
o único método disponível para evitar o contágio por ISTs.
Por fim, existem outros dispositivos, como o diafragma vaginal — feito de borracha, que
impede a entrada de espermatozoides no útero — e o anel vaginal — também feito de borracha,
faz a liberação progressiva de hormônios.
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2.4. Infecções sexualmente transmissíveis
A saúde sexual abrange, ainda, outro ponto bastante preocupante: as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs).
Segundo a OMS, as ISTs mais comuns são a tricomoníase, clamídia, gonorreia e sífilis. Todas
elas são tratáveis e curáveis, principalmente se o diagnóstico for precoce e o paciente tiver boa
adesão ao tratamento.
Existem também as ISTs virais, como o HIV (vírus causador da Aids), vírus herpes simples
genital (HSV), hepatite viral B, papilomavírus humano (HPV).
O HIV continua sendo a maior ameaça dentro das ISTs, cujo número de casos está voltando a
aumentar nos últimos anos. A infecção pelo HIV não tem cura e o tratamento requer a utilização
de vários medicamentos pelo resto da vida para controle da carga viral. Além disso, não há
vacina contra o HIV (Mejia, 2009).
Por outro lado, existem vacinas contra a hepatite B, uma infecção que pode levar a doenças
como a cirrose e o câncer de fígado. O HPV é outra IST que atualmente possui vacinas com
boa eficácia para sua prevenção.
No entanto, é preciso compreender que a melhor forma de se proteger é por meio do uso de
preservativos. Independente da vacinação e tratamento, o uso da camisinha, além de oferecer
autoproteção, diminui o risco de disseminação dessas doenças, já que muitas são silenciosas e
não apresentam sintomas aparentes.
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2.5. Promovendo a saúde sexual e a diversidade
A saúde sexual e reprodutiva deve ser tema de conversas entre pais (ou responsáveis legais) e
seus filhos.
Nas relações saudáveis existe uma boa comunicação. Numa relação saudável devemos sentir-
nos confortáveis para falar sobre qualquer tema e expressarmo-nos de forma assertiva.
Ser assertivo é saber dizer “Sim” e “Não”. A assertividade é uma forma saudável de comunicar.
É a capacidade de falarmos por nós mesmos, de dizermos e defendermos aquilo que pensamos
e sentimos, mas de forma honesta e respeitosa”(Campos, 2000, p.57).
A assertividade pode ser especialmente importante quando falamos de relações sexuais. Muitos
adolescentes não se sentem preparados para ter relações sexuais, mesmo quando gostam muito
do seu/sua namorado/a. temos sempre o direito de decidir se queremos ou não ter relações
sexuais. E para haver relações sexuais tem de haver consentimento.
2.6.1. O Consentimento
O consentimento significa que “sim” é “sim” e “não” é “não”. Sem um “sim” muito claro não
há consentimento e o sexo não deve acontecer.
O consentimento significa dizer “sim” e querer realmente dizer “sim”. Pode parecer muito
simples, mas na verdade nem sempre é assim tão simples e fácil. Isto porque o consentimento
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deve ser dado livremente, ou seja, sem pressões, sem manipulação ou já a meio da relação
sexual.
O consentimento também deve ser informado. Os parceiros devem ser honestos sobre doenças
sexualmente transmissíveis, a utilização de contracetivos e a existência ou não de outros
parceiros sexuais.
O consentimento significa que ambos estão entusiasmados. Não significa apenas “deixar
acontecer”. O silêncio não é consentimento. Dizer “não sei” também não é consentimento.
E não, não basta usar a linguagem corporal ou esperar que o nosso parceiro perceba que não
estamos interessados/as. É preciso usar as palavras, de forma clara e direta.
Dizer “não” pode ser difícil, mas é a forma certa de nos continuarmos a sentir bem connosco
próprios. É importante confiarmos em nós e naquilo que queremos. Não devemos explicações
a ninguém. Podemos explicar o nosso “não” se quisermos, mas não precisamos de o fazer.
Como é que sabemos que temos o consentimento do nosso parceiro? Se ele nos disser “sim” de
forma totalmente clara. Quando ficamos na dúvida ou não temos a certeza, perguntamos
diretamente. Não ouvimos um “sim”? É para parar!
Quando o/a nosso/a namorado/a nos pressiona para termos relações sexuais ou ameaça acabar
connosco se não tivermos relações sexuais estamos, provavelmente, numa relação abusiva. O
sexo só deve acontecer com alguém que nos respeita, não alguém que nos pressiona ou nos faz
sentir desconfortáveis.
E não basta termos o consentimento do nosso parceiro apenas uma vez. De TODAS as vezes
precisamos do seu consentimento. Todos temos o direito de dizer “não” seja ao que for e seja
quando for, independentemente de já termos dito que “sim” no passado.
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O consentimento não atrapalha minimamente a relação sexual, nem “estraga o momento”.
Aliás, até pode ser bastante sexy. Dar consentimento pode ser uma forma de mostrarmos ao
nosso parceiro que gostamos realmente dele e dos momentos de intimidade com ele. O mesmo
acontece quando pedimos consentimento. Podemos dizer “gostava que eu…” ou “queres
experimentar…”. Desta forma não estamos apenas a pedir consentimento, mas também estamos
a falar sobre o que ambos gostamos, o que é muito importante numa relação saudável.
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3. Considerações finais
Conclui se que, Dentro dos direitos reprodutivos, as diretrizes da ONU reconhecem que as
pessoas são livres para decidir se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que
momento de suas vidas. Devem possuir acesso amplo a informações, métodos e técnicas para
ter ou não filhos. Além disso, é direito exercer a sexualidade e a reprodução livre de
discriminação, imposição e violência.
Quanto aos direitos sexuais, cada pessoa é livre para escolher seu parceiro sexual e viver e
expressar livremente sua sexualidade, independente da orientação sexual. As pessoas não
devem sentir medo, vergonha ou culpa, e possuem o direito de escolher ou não se querem ter
uma relação sexual.
É direito universal ter acesso a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e
atendimento adequado para o cuidado da saúde sexual e prevenção de ISTs.
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Bibliografia