Aula 03 - Princípios Econômicos
Aula 03 - Princípios Econômicos
Aula 03 - Princípios Econômicos
Econômicos na
realidade brasileira
Aula 03 – Prof. Dr. Kevin Corcino
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Circulação no Sistema Econômico
Governo Nações
Empresas Famílias
Empresas - todos os agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços influenciados por um ambiente
externo. A produção se dá pela combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. As decisões da empresa são
todas voltadas para o objetivo de conseguir o máximo de lucro e mais investimentos.
Famílias - todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais
diversos tipos de bens e serviços para o atendimento de suas necessidades. Por outro lado, são as famílias as proprietárias
dos recursos produtivos e as que fornecem às empresas os diversos fatores de produção, tais como: trabalho, terra, capital e
capacidade empresarial. Recebem em troca, como pagamento, salários, aluguéis, juros e lucros, e é com essa renda que
compram os bens e serviços produzidos.
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Circulação no Sistema Econômico
Governo Nações
Empresas Famílias
Governo - todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas esferas: federal,
estadual ou municipal. Vez por outra o governo atua no sistema econômico, produzindo bens e serviços, através de empresas
de natureza pública como a Petrobrás, os Correios etc.
Nações - Estados soberanos que reagem de forma diplomática e política entre si, impactando o comércio e a indústria entre
os países.
Fluxo de Renda - Demanda Unidades Produtoras –
Mercado – onde os
agentes encontram-se
Assim como uma família não pode ter todos os bens que deseja, ou seja, dar aos seus membros todos
os produtos e serviços que desejam, uma sociedade também não pode fazer o mesmo. A razão para
que isso aconteça está na escassez*, isto é, quando os recursos são limitados em termos de quantidade
disponível para uso imediato.
*Escassez – caracteriza a
Como os recursos são escassos e as necessidades/desejos são ilimitados, a situação normal da
Economia precisa responder a algumas perguntas, que compõem o chamado sociedade onde os recursos
problema econômico fundamental: são limitados para satisfazer
sua demanda por bens e
serviços. Fonte: Lacombe
(2004)
Se não houvesse escassez, nenhuma dessas perguntas seria um problema. Afinal, o que produzir? Se não há
escassez, vamos produzir tudo. Para quem produzir? Ah, não tem escassez mesmo... bora produzir pra todo mundo
também. Quanto? Infinito. Como? Ah... De qualquer jeito. Tanto, faz. Afinal, não tem problema desperdiçar. E
quando? Sempre. Vamos produzir agasalhos no verão e carros de ouro. E daí?
Mas é claro que a realidade é que existe escassez. Por
isso, precisamos nos debruçar sobre o problema Princípios econômicos
econômico básico e saber quais bens vamos produzir,
qual é a melhor forma e o melhor momento de Você estuda princípios em algumas áreas do direito. Saiba que a
produzir esses bens, quem vai consumi-los e em quais economia também tem seus princípios, que são ideias centrais
quantidades. que regem a forma de pensar dos economistas
Tradeoff é um termo utilizado para demonstrar que para obter algo, devemos abrir mão de
outra coisa, e decorre diretamente da escassez dos recursos.
Você tem o concurso pela frente, e certamente tem várias matérias para estudar. Quanto
do seu recurso mais precioso (seu tempo) você investirá em cada assunto é uma escolha
que você deverá fazer.
Por causa dos tradeoffs, sempre que adquirimos algo, estamos abrindo mão de outra coisa que poderíamos adquirir. Por
isso, os economistas se preocupam com o chamado custo de oportunidade.
Em algum momento você decidiu estudar para obter um curso superior. Se alguém perguntar qual o custo dessa decisão,
é possível dizer que é a soma dos gastos que você teve com materiais, mensalidade, cursos e até xerox.
Mas isso não está completo, do ponto de vista econômico. Claro que esses gastos fazem parte do seu custo, mas há que
se considerar algo bem mais importante que o dinheiro gasto: o tempo.
O custo de oportunidade de algo é aquilo que você abriu mão de fazer para obtê-lo. Portanto, se sua segunda opção aos
estudos no curso de graduação, for um uma viagem, pode acrescentá-la aos seus custos
Em economia, muitas decisões são sobre “quanto” fazer, partindo de alguma situação atual. Por exemplo:
imagine que você está estudando para uma prova. Para simplificar as coisas, imagine que você já dominou
todas as matérias dessa prova e só falta estudar economia e português.
Suponha que você esteja dedicando 50% do seu tempo para cada matéria, mas percebe que a matéria
economia está mais adiantada que língua portuguesa. Claro que você irá passar a estudar mais português, mas
quanto mais você dedicará do seu tempo é uma decisão que terá de ser feita.
Deixar de estudar economia e dedicar 100% do tempo para português é uma ideia ruim.
Por outro lado, você pode decidir diminuir em 10% o tempo de economia se decidir que o benefício de estudar
um pouco mais português é maior do que o custo de deixar de estudar um pouco de economia.
Por isso, um tomador de decisões racional executa uma ação sempre que o benefício marginal superar o custo
marginal. É a chamada análise marginal, e recebe esse nome porque as mudanças ocorrem nos limites atuais
(margens).
Um dono de restaurante poderia decidir
se deve manter seu estabelecimento
aberto por mais uma hora ou não.
O princípio marginal se baseia na
comparação de benefícios e custos
marginais de uma determinada atividade.
O benefício marginal de alguma atividade
é o benefício adicional resultante de um
pequeno aumento na atividade, como,
por exemplo, a receita adicional gerada
quando o restaurante fica aberto por
mais 1 hora.
De modo semelhante, o custo marginal é
o custo adicional resultante de um
pequeno aumento na atividade, como,
por exemplo, os custos adicionais
incorridos quando se mantém o
estabelecimento aberto por mais 1 hora.
Princípio IV: Incentivos
Naturalmente, reagimos aos incentivos em busca de oportunidades de melhorarmos nossa situação atual,
ou seja, algo que nos induz a agir é o que os incentivos são.
Os incentivos mais importantes em economia são os preços. Mudanças nos preços provocarão mudanças
nas atitudes dos compradores e vendedores. Mas não são apenas os produtos e serviços que têm seus
preços ajustados: impostos também podem sofrer mudanças, e os governos devem estar atentos aos
incentivos (e consequências) que essas alterações podem gerar.
Incentivos podem alterar os benefícios e custos marginais de uma situação. Por isso provocam ações.
"Isso é uma sinalização de que os R$ 360 bilhões de renúncia fiscal anual no Brasil vão ser atacados. A
obrigação prevista na PEC é de que o presidente envie o projeto de lei à Câmara, e ele cumpre a obrigação
dele. Mas a Câmara e o Senado vão debater o projeto da melhor maneira, para resolver a questão de
tornar a nossa economia mais competitiva e menos dependente de incentivos fiscais", disse Ricardo
Barros ao Correio.
Princípio V: Há benefícios no comércio
Imagine se você decidisse plantar e criar animais para ter sua própria comida e confeccionar suas próprias
roupas.
Você também poderia escrever seu próprio curso de economia e prover sua própria diversão.
Claro que fica muito mais fácil quando as pessoas se especializam na produção de determinados bens ou
serviços e depois os comercializam. Essa divisão de tarefas gera um benefício enorme à sociedade, que
pode então desfrutar de muito mais do que se cada indivíduo decidisse ser autossuficiente.
Este princípio é mais simples de entender com um exemplo. Eu costumo pegar o metrô de Recife para ir
trabalhar. Quando o vagão está vazio, as pessoas se espalham, distribuindo-se de forma mais ou menos
equilibrada.
Cada pessoa que entra incentiva um pequeno deslocamento das outras, que mantém cada uma um
espaço mais ou menos igual.
Por outro lado, quando alguém saí do vagão surge um incentivo para que as demais ocupem o espaço
deixado. Você não verá um vagão com uma metade vazia e pessoas se aglomerando e espremendo na
outra metade.
A situação na qual não é possível para o indivíduo ficar em melhor situação se fizer algo diferente é o
equilíbrio. Um vagão com uma metade cheia e a outra vazia provocaria um deslocamento das pessoas
da área cheia para a área vazia até que todo mundo fique com mais ou menos o mesmo espaço, sem
possibilidade de aumentar sem prejudicar alguém.
A Fiat também vai rapidamente lançar um carrinho como o Mobi quando perceber que o público
recebeu bem o Volkswagen Up, aumentando a competição nesse segmento de mercado e reduzindo os
preços para o consumidor (pelo menos na teoria).
A mão invisível do Mercado é um termo que foi introduzido por Adam Smith em
1759 no livro “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações”
para se referir à interferência natural que o mercado exerce na economia. Dessa
forma, a mão invisível seria o mecanismo básico que forneceria as condições para
o funcionamento do chamado livre mercado. A autorregulação do mercado!
A mão invisível do mercado
Visto também o oligopólio de certas áreas, e monopólio de grandes empresas foi necessário o governo
intervir através da criação de agências reguladoras, que visam a manutenção de bons serviços e
resolução de problemas entre empresa e consumidor, das quais não são resolvidos na relação direta.
Porém tal intervenção do estado deveria ser mínima, apenas para atuar garantindo a saúde do sistema e
salvar o mercado de eventuais crises econômicas.
Cada agência tem poderes delimitados por lei e sua atuação passa por diversas áreas, como fiscalização,
regulamentação, regulação, arbitragem e também mediação. Porém para possuam estes poderes,
quando criadas, as agências são providas de personalidade jurídica de direito público.
Em 1929 ocorreu uma crise econômica tão grave que ficou conhecida como Grande Depressão – imagine só quanto
as pessoas não ficaram chateadas para darem esse nome!
Tudo começou porque a capacidade do mercado de encontrar o equilíbrio foi superestimada, e só terminou quando
o governo americano assumiu as rédeas da economia, em grande parte seguindo recomendações de Keynes. Essa
pitada de história é apenas para introduzir o papel do governo em corrigir as falhas de mercado, que causam
ineficiências.
Princípio VIII: Relação entre a produção e o padrão de vida de um país
Princípio IX: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais
O governo tem o poder de imprimir esses disquinhos de metal e esses pedaços de papel colorido que tanto
batalhamos para adquirir. Quando o governo exagera, o resultado é a desvalorização do próprio dinheiro. Dá
na mesma falar que o nível de preços aumenta, já que o dinheiro estará valendo menos.
Portanto, quando o governo emite muita moeda, a inflação, também conhecida como aumento geral do nível
de preços da economia, é uma consequência certa.
Princípio X: Há um tradeoff entre inflação e desemprego
A maioria dos economistas aceita que há um tradeoff entre desemprego e inflação no curto prazo.
Em outras palavras, se o governo quiser manter um baixo nível de inflação, suas políticas causarão um
maior nível de desemprego, e vice-versa: o desemprego baixo costuma vir acompanhado de alto nível
de inflação.
Inflação
Desemprego
RELAÇÃO
INFLAÇÃO X PIB X
DESEMPREGO