Saude Bucal
Saude Bucal
Saude Bucal
Introdução
Criação do SUS
Princípios e Diretrizes do SUS
Saúde Bucal no SUS – Brasil Sorridente
Estruturação das equipes de saúde bucal
Conclusão
Referência
Introdução
As diretrizes formam com os Princípios a base do SUS. Há quem opte pela divisão
Princípios Doutrinários (vistos acima) e Princípios Organizacionais (que
abordaremos como diretrizes), não havendo consenso sobre isso.
Mas uma vez que os itens do tópico acima se pautaram nos Princípios Doutrinários,
julgamos adequadas as nomenclaturas Princípios e Diretrizes.
Dentro deste contexto, também são três as diretrizes (ou princípios organizacionais)
do SUS:
a) Descentralização do SUS
Refere-se à redistribuição de responsabilidades de ações e de serviços de saúde
entre as três esferas de governo. Nesse caso, não tem relação com
descentralização política, mas sim com cada esfera incorporando os objetivos do
SUS, estando cientes de suas obrigações;
b) Regionalização e hierarquização
Tem a ver com os serviços organizados em graus de complexidade. Por
regionalização, entende-se a articulação dos serviços existentes, buscando unificá-
los.
E por hierarquização, divisão em níveis de atenção para assegurar meios de acesso
aos serviços que cada caso demanda (dentro dos limites dos recursos disponíveis
em certa região);
c) Participação da comunidade do SUS
Como já vimos, a participação da sociedade no SUS é importante e legalmente
prevista. Cabe à comunidade engajar-se no dia a dia do sistema.
Conselhos e as Conferências de Saúde devem ser criados e representantes da
população devem acompanhar a formulação de estratégias, bem como controlar e
avaliar como a política de saúde é executada.
Saúde Bucal no SUS – Brasil Sorridente
A preocupação com a
atenção à saúde básica
no Brasil tem origem na
década de 1970, durante
o período do Regime
Militar. As primeiras
manifestações a respeito
do tema surgiram junto
com os movimentos
sociais da época, como o
estudantil e o da classe operária, que lutavam pela redemocratização do Brasil e
pela conquista de direitos sociais. Dentro do contexto de saúde pública e direitos
sociais, a primeira conquista desses movimentos foi a Reforma Sanitária Brasileira
(RSB), cujas propostas mais tarde serviriam como base para a criação do Sistema
Único de Saúde (SUS), em 1988. (MATOS, 2020)
Anos mais tarde, em 1994, foi criado pelo Ministério da Saúde (MS) o Programa
Saúde da Família (PSF), que dava prosseguimento ao trabalho realizado pelo
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), formulado e implantado em
1991. Nesse momento a atenção à saúde básica mudava o foco do indivíduo para a
família e a comunidade, buscando a promoção, a prevenção, a recuperação e a
reabilitação da saúde em detrimento do assistencialismo curativo. (CUTOLO, 2003)
Inicialmente, o trabalho no PSF era realizado por uma equipe multiprofissional,
porém centrado no médico e na saúde geral. A Odontologia só foi inserida nesse
Programa a partir dos anos 2000, com o objetivo de entregar às famílias um
trabalho de prevenção mais completo. (OLIVEIRA, 2005)
Com o tempo, o PSF evoluiu e passou a se chamar Estratégia Saúde da Família
(ESF). Acompanhando essa evolução, a atuação de um cirurgião-dentista (CD)
dentro da atenção à saúde básica ficou mais abrangente. A partir desse momento,
há uma mudança no modus operandi do dentista dentro da rede pública de saúde,
onde entende-se que a assistência odontológica deve atuar de forma mais
preventiva, deixando de ser empregada apenas em momentos emergenciais. Com
isso, a principal atribuição do cirurgião-dentista passou a ser o atendimento clínico
voltado para a promoção da saúde, com ações para prevenir as doenças da
cavidade oral, como cárie, gengivite, periodontite, dentre outras. (MATOS, 2020)
Assim, a partir dessa mudança de modelo de atendimento, este trabalho tem como
objetivo responder o seguinte questionamento: Podemos identificar melhorias para
os usuários da rede pública de saúde a partir da entrada das equipes de saúde
bucal? Para isso, será analisado se o maior acesso aos serviços odontológicos
básicos trouxe melhorias nos índices nacionais de saúde bucal. Como objetivo
específico, o trabalho realizará uma revisão de literatura sobre a evolução histórica
do Sistema Único de Saúde e a inserção das equipes de saúde bucal nos
programas de saúde voltados para a atenção básica.
Conforme visto na seção 2.2, o PSF foi criado em 1994. Porém, percebe-se que nos
primeiros anos o foco do programa era o atendimento médico às famílias, sem levar
em consideração a saúde bucal. A odontologia só foi inserida no Programa Saúde
da Família seis anos depois, por meio das Portarias Ministeriais 1.444, de
28/12/2000, e 267, de 29/09/2001, cujo objetivo era construir novos processos de
trabalho voltados para às famílias. (OLIVEIRA, 2005)
Em 2004, as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) foram
apresentadas. Nelas houve uma reorientação do modelo de atenção em saúde
bucal, tendo como uma das suas aspirações qualificar a atenção básica,
independentemente da estratégia adotada pelo município para sua organização.
(MATOS, 2020)
Ao cirurgião-dentista,
profissional central desta
equipe, destacam-se, entre
outras, as atribuições de se
realizar o diagnóstico com a
finalidade de obter o perfil
epidemiológico para o
planejamento e a
programação em saúde
bucal; realizar os
procedimentos clínicos da
atenção básica em saúde
bucal; coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à
prevenção de doenças bucais; e acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
Em relação aos técnicos de saúde bucal, a eles cabe, entre outras atribuições,
coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos;
participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das
doenças bucais; realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; e
proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos
cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares.
Por último, ao auxiliar de saúde bucal é atribuído a função de realizar ações de
promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos,
mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; auxiliar e
instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas; processar filme radiográfico;
e manipular materiais de uso odontológico.