Depois da Última Ceia, Jesus e seus discípulos foram para o jardim do Getsêmani, um

lugar próximo ao Monte das Oliveiras. Ele pediu a seus discípulos que o
acompanhassem enquanto orava, mas eles dormiram. Enquanto orava, seu suor tornou-
se como gotas de sangue a escorrer pela terra. Ele sabia que estava chegando sua hora.

Aflito... pesado... com medo... Ele sabia que estava chegando sua hora.

O único evangelista que relata o fato é um médico... Lucas. E o faz com a precisão de
um clínico. Alguém “suar sangue” , é um fenômeno raríssimo... É produzido em
condições excepcionais... e para provocá-lo é necessário uma fraqueza física...
Acompanhada de um abatimento moral violento, causado por uma profunda emoção...
por um grande medo... O terror... o susto... a angústia terrível de sentir-se carregando
TODOS OS PECADOS dos homens devem ter esmagado Jesus...

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares... e o sangue de
sua cabeça se mistura ao suor e se concentra sobre a pele... escorrendo então por todo
o corpo até a terra...

Olha o estado de espírito que leva alguém a suar sangue...

O terror... o susto... a angústia terrível de sentir-se carregando TODOS OS PECADOS dos

homens devem ter esmagado Jesus...

Conhecemos a farsa do processo preparado pelos líderes religiosos, o envio de Jesus a

Pilatos, e a negociação entre Herodes e Pilatos... Pilatos não encontrou em Jesus
NENHUMA CULPA, mas pela pressão popular TEVE que ceder. Então ordenou a tortura,
o chicoteamento de Jesus...

Os soldados tiram a roupa de Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio... e a
tortura começa... Os carrascos devem ter sido dois... um de cada lado... E golpeiam com
chibatadas, a pele já alterada por milhões de hemorragias do suor de sangue... A pele se
dilacera e se rompe, o sangue espirra, a cada golpe Jesus reage, não se suportando de
dor...

As forças se esvaem, o suor frio chega em seu rosto, a cabeça gira por conta da dor,
calafrios que correm ao longo das costas... Se não estivesse preso no alto pelos pulsos
cairia em uma poça de sangue... ...

... Depois a humilhação da coroação... com longos espinhos como agulhas... os soldados
entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça de Jesus... Os espinhos
penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar... e os cirurgiões sabem o quanto
sangra o couro cabeludo...

Pilatos depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz... o entrega
para ser crucificado...

Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz, que pesa uns
cinquenta quilos... a estaca vertical já está plantada sobre o calvário,
Jesus caminha com os pés pelas ruas do terreno irregular, cheia de pedregulhos... Os
soldados o puxam com as cordas, o percurso é de cerca de SEICENTOS METROS...

Jesus, exausto, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre o joelho e os teus
ombros estão cobertos de chagas, de ferimentos... Quando ele cai por terra, a madeira
escapa, escorrega e esfola seu dorso... E sobre o calvário tem início a crucificação...

Os carrascos tiram a roupa do condenado, mas a sua túnica está colada na pele rasgada
pelos ferimentos... Tirar essa roupa produz UMA DOR ÁCIDA. A pele cola em sua túnica
ao ser tirada, em carne viva, e os soldados dão um puxão violento pela túnica, trazendo
uma dor AGONIZANTE.

(abaixa o tom de voz)

Mas ainda não é o fim... o sangue volta a escorrer.... Jesus é deitado de costas, os
carrascos pegam um prego... um longo prego, pontudo e quadrado, apoiam-nos sobre
o pulso de Jesus e com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a
madeira.

(aumenta o tom de voz)

Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente, o nervo mediano foi lesado, pode
se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado, uma dor agoniante, agudíssima que se
difundiu pelos dedos e espalhou-se pelos ombros atingindo o cérebro. A DOR MAIS
INSUPORTÁVEL QUE UM HOMEM PODE PROVAR, uma dor produzida pela lesão dos
grandes troncos nervosos que provocam a perda a consciência... Mas em Jesus não!

O nervo é destruído só em parte e a lesão do tronco nervoso permanece em contato

com o prego e quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente
como uma corda de violino esticada, e a cada solavanco, a cada movimento vibrará
despertando dores DILACERANTES.

(abaixa o tom de voz)

Elevam a Jesus na cruz...

Os ombros... ... da vítima esfrega dolorosamente sobre a madeira áspera... As pontas

cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio, a cabeça de Jesus inclina-se
para frente... Cada ver que o mártir inclina a cabeça começam pontadas agudas de dor...

...

Pregam-lhe os pés... ...

(aumenta um pouco o tom de voz)

Ao meio-dia Jesus tem sede, não bebeu desde a tarde anterior e estava desidratado
pela perda de tanto sangue. Seu corpo é uma máscara de sangue, a boca está
semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta seca lhe queima, mas ele não
pode engolir, tem sede.

Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja com bebida ácida, de
uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz... De repente um estranho
fenômeno se produz no corpo de Jesus, os músculos dos braços se enrijecem em uma
contração que vai se acentuando, os bíceps esticados e levantados, os dedos se
curvando... os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis... em seguida,

os músculos entre as costelas, depois os do pescoço...

e finalmente os músculos res-pi-ra-tórios se enrijessem... a respiração se faz pouco a

pouco mais curta, o ar entra mas não consegue mais sair. Jesus respira com ápice dos
pulmões tem sede de ar como o um asmático em plena crise.

Jesus é envolvido pela asfixia, seus pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar, a
fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita, mas de repente algo
acontece... de repente algo acontece... lentamente... como um esforço sobre humano,

(aumenta o tom de voz)

Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés, ele esforça-se a pequenos
golpes que eleva aliviando a tração dos braços, os músculos do tórax estendem, a
respiração torna-se mais ampla e profunda,

(abaixa o tom de voz)

os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial...

...

Mas por quê? .... ....

(gritando - ÁPICE)

POR QUE ESTE ESFORÇO? PORQUE JESUS QUER BRADAAAR:

PAAAAI, PERDOA-LHES PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEEEEM!!!!! ...

...

...

E logo em seguida o corpo de Jesus começa a afrouxar-se de novo e a asfixia

recomeça...

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz e cada vez que quer falar
ele deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés... INIMAGINÁVEL!! ...

...
Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem
ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las.

(aumenta o tom de voz) (ÁPICE)

Pouco depois o céu escurece, os maus se escondem, de repente a temperatura diminui,

logo serão três da tarde, e depois de uma tortura que dura hoooras e hooras, todas as
suas dores, toda a sua sede, todas as cãibras, toda aflição, todo o latejar dos nervos
medianos, LHE ARRANCAM O LAMENTO:

DEEEUS MEEU, DEEEEUS MEEU!! POR QUEEE ME DESAMPARAASTEEES?

(pausa mais longa...)

JESUS GRITA ESTÁÁ CONSUMAAADOO!!. E em seguida num grande brado diz

PAAAI!! NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍÍÍRITOOO!!!

(abaixa o tom de voz)

E morreu no meu lugar... e no seu.

(Música Pra Sempre)

(aumenta o tom de voz) (ÁPICE)

MAS A HISTÓRIA NÃO ACABA AÍ! A história REALMENTE NÃO PODERIA ACABAR ALI.
Naquele momento, o véu do templo foi rasgado em duas partes, algo sobrenatural
estava acontecendo, não era qualquer homem que tinha sido morto naquele lugar. Era
o Cristo, o Deus invencível, o leão de judá, o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, o
Príncipe da paz, o dono da vida e da morte. AQUELE ERA JESUS CRISTO O SENHOR!!!!

Ao terceiro dia... AO TERCEEEIRO DIA... a terra estremece, o sepulcro se abre, e eis que
vem a grande notícia que todos esperavam: JESUUUS ESTÁÁ VIIIVOOO!!!

CRISTO RESSUSCITOOOU!!! CRISTO RESSUSCITOOOU!!!

OH MORTE ONDE TU ESTÁS? O REI DOS REIS RESSUSCITOOOU!

SANTO! SANTO! SANTO! SANTO!

SANTO! SANTO! SANTO!

(Música Pra Sempre / A morte venceste)

Após isso, dois discípulos estavam indo de Jerusalém para a cidade de Emaús...

Enquanto caminhavam, os dois discípulos estavam tristes, desanimados, desolados, pois

haviam visto Jesus ser crucificado, e agora o seu corpo havia desaparecido. Pensavam:
“O que será de nós? Nosso Messias realmente se foi? Onde estará nossa esperança?”

Em meio a tristeza desses homens, de repente, Jesus se aproxima deles como um

homem qualquer, e começa a caminhar ao seu lado, mas por algum motivo eles não o
reconheceram.

Jesus perguntou a eles o que estava acontecendo... e eles contaram a Ele TUDO o que
havia ocorrido nos últimos dias. Jesus, então, começou a explicar a eles, a partir das
Escrituras do Antigo Testamento, como era necessário que o Messias sofresse e
morresse antes de ressuscitar. A profecia precisava se cumprir.

Após uma breve conversa com Jesus, os discípulos ainda sem o reconhecer, pensavam
entre si: Quem é esse homem? Quem é esse homem com tanta sabedoria e mansidão?
Quem é esse homem com um olhar tão simples e puro?

Chegando a Emaús, os discípulos convidaram Jesus para ficar com eles e jantar.
Enquanto estavam à mesa, em um momento leve, Jesus partiu o pão e deu a eles. E
através do partir desse pão, as escamas de seus olhos finalmente caíram, seus olhos
espirituais se abriram, sentiram seus corações queimaaarem de amor, lááágrimas
desciam pelos seus olhos, sentiam uma emoção JAMAIS sentida antes... e finalmente se
deram conta de aquele, AQUELE era o Messias, ressuscitado dos mortos. Aquele era o
Cristo. Os discípulos ficaram extasiados com o que acabaram de presenciar. JESUS
ESTAVA VIVO!! JESUS CEIOU COM ELES! A ESPERANÇA ESTÁ ENTRE NÓS!

A alegria era estampada em suas faces.

(abaixa o tom de voz)

Um momento i-nex-plicável...

(Música Emaús)

A partir dali, Jesus vai ao encontro aos seus discípulos reunidos em Jerusalém, e aparece
bem na frente deles. Eles ficaram assustados e pensaram que viam um fantasma, mas
Jesus lhes mostrou suas mãos e pés para que pudessem ver as marcas dos pregos e da
lança que o haviam ferido na crucificação.
O grupo dos discípulos teve dificuldades para enxergar em Jesus ressuscitado o mesmo
Mestre com o qual haviam convivido antes de sua morte. Todas as vezes que Jesus
aparecia, precisava mostrar-lhes que se tratava dele mesmo.

E a prova de que a única diferença entre o Jesus de antes e o Jesus de depois da

ressurreição era o seu corpo glorioso.

Jesus, enfim, estava terminando sua missão aqui na Terra. Estava concluindo tudo que
Deus o encarregou. Nos amou, realizou milagres, nos perdoou, nos curou, nos deu uma
segunda chance, e nos ensinou de todas as formas possíveis a como viver unicamente
PARA Deus.

Antes de voltar para o pai, deixou suas últimas palavras. Estou voltando para o Pai, mas
vocês não estarão sozinhos. O Espírito Santo passará a habitar em vocês, e ELE estará
em vocês até a consumação dos séculos. Ide, pregai o evangelho e fazei discípulos.

Obras... maiores... vocês... farão!

(fim da narração)

(Música Jesus é o caminho)

(Música Pra onde eu irei)