Antonio Trabalho 2 Semiotica

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Escola Superior de Jornalismo

Nome: António Rafael Muianga

PM- Laboral

Docente: Mendes Mutenda

Tema: Romper a resistência ideológica do signo

Nesta discussão retomaremos a fórmula do Ernst Bloch no qual diz que o trabalho da semiótica
deve ser capaz de tornar exterior o interior, senão tornar o exterior semelhante ao interior. O que
será exteriorizando é o que constitui na grande barreira ideológica que deve ser combatida e
destruída, a tal operação da prática teórica e da prática da semiótica. A semiótica não tem um
objecto recente, ao redor de 1928, formalistas russos colocavam se questões sobre o material
significante.

Em 1956, Roland Barthes tentava fornecer sobre a ideologia um discurso de linguagem retirada
do curso de Linguística geral de Saussure. Doze anos depois em ensaios sobre a semanálise
"Julia Kristeva, trouxe a crítica da semiótica que desemboca em algo diferente da semiótica: a
ideologia". Portanto estes foram exemplos de fracasso ou dificuldades que a semiótica veio
encontrado em projectos de Saussure inscrita em 1916.

Para Saussure era possível conhecer, uma ciência (a semiologia) que estude a vida dos signos no
seio da vida social. Saussure não se dedicou aos estudos dos elementos da semiótica enquanto
disciplina de análise das ideologias.

Os textos de Barthes não ultrapassaram o nível pelo qual foram dirigidas, os das revistas
semanais e a sua crítica ideológica dos mitos. O ensaio de Kristeve tampouco ultrapassou da
manifestação de uma vontade. Em suma a semiótica não consegue romper o círculo dentro do
qual se isola da " vida social". É uma prática que não isola uma ideologia mas pelo contrário
produz uma ideologia ou reforma outra preexistente.
O projecto inicial de Saussure é contornado em 1942, por Louis Hjelmslev quando desprezou a
matriz do linguística ao apresentar a teoria da linguagem como um todo, que de basta a si
mesmo, uma estrutura "Sui generis" que produz uma linguagem que não se interessa por aspectos
físicos, psicológicos, sociológicos.

E acredita ser desse modo possível " um tratamento científico". Hjelmslev acredita na
possibilidade de manter se isolada a prática técnica das práticas políticas, ideológica e teórica.
Em consequência nega, implicitamente a possibilidade da ruptura epistemologica, e nega
explicitamente a questão epistemologica ao afirmar que o debate epistemologico é um problema
perante o qual nem ele, nem o esquema linguístico tem tomar posição. Ao final da década de
sessenta a postura de Hjelmslev encontra uma contra partida na constatação de Umberto Eco
(tradutora de uma crença espalhada um pouco por toda parte) que constatou que a ideologia
surgiu como " resíduo extra-semiotico" capaz de identificar a semiose mas estranho no processo
da codificação.

A semiotica primária que adotou o modelo fonológico como fudante de seu procedimento, o
trabalho de base era negar ao sujeito a possibilidade de sua consciência transformar se em uma
nova consciência, isto é, uma ideologia que impede a reflexão de consciência sobre si próprio. O
mesmo modelo é aplicado no discurso de Hjelmslev no discurso de fragmentado da ordem
burguesa.

O problema começa a ser resolvida quando se Pierce constatou a impossibilidade da incoerência


de uma teoria do signo desacompanhada de uma filosofia do signo, que fornece bases para uma
avaliação adequada, e o caminho para uma prática semiotica pode ser obtida desde a definição
do pragmatismo.

Para Pierce o pragmatismo é uma doutrina que consiste em comprovar uma concepção através de
seus efeitos práticos. No entanto o significado não é uma ideia de que o símbolo evoca na mente,
mas e a consequência que gera os homens "racionais".

Estás bases, tranpostas para teoria do signo provocaram uma classificação do significado e
signicante em três espécies distintas.
Segundo o pragmaticista, o significado próprio de um signo " é a forma na qual a proposição se
torna aplicável a conduta humana". Sendo está razão que o pragmaticista situa está razão num
tempo futuro. E só assim seria possível para esse signo apresentar a descrição geral dos
fenômenos experimentais que a asserçao da proposição virtualmente prediz". Se pretende
exercitar uma prática semiotica do teatro, por exemplo - do teatro não enquanto texto
representado num espaço determinado, num certo tempo, diante de espectadores concretos. Esse
texto teatral só alcansa seu significado pleno, sua significação, quando se apresenta como
fenômeno experimental desenvolvido e diante de intérprete : Actores e espectadores,
concretamente existentes, historicamente descritos, constituindo uma realidade do tipo aqui -e-
agora.

Nós próprios termos de peirce a consciência é constituída por três elementos:

- os elementos de compreensão (sentimentos) , elementos de estensão (esforço) e , em terceiro,


os elementos de formação, noções, formadas pela união entre a extensão e a compreensão. Sem
intérprete a noção não se forma, e a consciência se perde sem ter dado o existir.

É verdade que, numa carta de fins de 1908 (ef.Orden e Richards) o significado de significado. O
signo é tudo que, determinado por uma outra coisa (objecto) determina um efeito sobre uma
pessoa (interpreta te).

O interpretante mediato é o sentido, aquilo que o expressa, em circunstâncias possíveis e virtuais.


Uma ciência, para tal, deve ser ciência do geral e é aqui que o interpretante imediato encontra
seu lugar sem particularidades objectivas, porque, essa ciência não terá sentido para esse sujeito.
Discurso Burocrático e produção do sentido seguido de semiotica ou da semiofania

Discurso Burocrático e produção do sentido.

A Burocracia para Hegel seria uma actividade que serviria para os Monarcos para a manutenção
da unidade do estado. Portanto Marx refutou o posicionamento do Hegel alegando que a
burocracia nada mais séria que uma monarquia, nada Além de um círculo, sustentado pela
hierarquia do conhecimento mas não do saber, uma hierquia buscado no segredo, no mistério, no
vazio e na autoridade.

O descurso burocracia é o lugar da alienação sem rosto, sem marca e anônimo no fundo sem voz.

Numa distinção entre o discurso e o diálogo, V. Flusser, propôs que o discurso acontece quando
há um interpretante para o outro sem que haja interpretação, enquanto o diálogo apresenta se
como um jogo de real inteiração entre dois, um jogo de perguntas e respostas.

O discurso Burocrático visa a eliminação do sujeito, se apresenta como um buraco negro


ideológico e uma itopia histórica.

Marx analisou o trabalho como valor e estabeleceu uma distinção entre dois tipos de valores, o
de uso e de troca.Em linhas gerais, do ponto de vista do valor do uso o trabalho poderia ser um
despêndio de força humana no sentido concreto e útil. Como valor de troca, o trabalho surge
como produto posto em circulação sob uma natureza símbolica, na medida em que não é de
imediato útil, não atende directamente uma actividade específica.

É possível contestar a ideia de Kristeva segundo a qual o trabalho de sonho não se constitui num
processo de uso, embora seja claro que não é de troca. No sistema de Freud, esse processo de
transformação não apenas é útil como vital ao homem e, neste caso, conforme a descrição do
Marx o processo a sumiria a forma de um despêndio de energia num trabalho concreto e útil
configurando-se o valor de uso ou algo equivalente. Neste caso esse processo teria um sentido
não num sentido da lógica tradicional, mas não deixaria de ter um sentido.

2. Semiotica ou Semiofania

Na tentativa de identificar e combater o discurso Burocrático uma vez que a mesma usa seu
próprio sistema, Há, para Peirce, três categorias de consciência que são:

- Secundidade, consiste numa realidade, aquilo que acontece num lugar e num tempo
relacionando-se com outros seres.

- primeiridade, é o modo ser de algo independente de qualquer outra coisa, ou de possibilidade s.

- Terceiridade, é modo de ser de que consiste no fato de que futuros fatos da Secundidade
assumirão determinada natureza geral. É o nível da lei, do pensamento, isto é, da abstração.

Um terceiro é o que é em virtude de atribuir uma qualidade a reações situadas no futuro,


enquanto um segundo está no nível do foi e um primeiro, no nível do é agora.

Neste quadro das categorias de Peirce, o que interessa é a possibilidade de chegar ao mesmo pré-
sentido, vislumbrando em Marx, e que, instaurado efetivamente o sujeito, poderia opor-se ao
burocrático e resgatar a prática semiotica. Do pré-sentido trocando o sentir de Peirce para Pré-
sentir, se teria aqui a instância " desse tipo de consciência que não envolve análise alguma, nem
comparação ou qualquer outro process, e que não consiste, total ou parcialmente, de acto pelo
qual um traço da consciência se distingue do outro " essa primeiridade, é a noção de vividez,
existência e liberdade, básicas como contrário do Burocrático.

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