Semana 08
Semana 08
Semana 08
TRIBUTÁRIO
TRIBUTÁRIO
SEMANA 08
EXECUÇÃO FISCAL
REsp 1.164.452/MG, STJ: "A lei que regula a compensação tributária é a vigente
à data do encontro de contas entre os recíprocos débito e crédito da Fazenda
e do contribuinte".
10. A despeito ao art. 16, §3º, LEF, o STJ entende que a compensação adquirirá
natureza de direito subjetivo e poderá ser fundamento de defesa nos
embargos à execução fiscal se, antes do ajuizamento do feito executivo,
houver a presença simultânea quando do pedido de compensação:
18. Na prática do direito processual tributário, verifica-se que, em regra, o fisco tem
legalmente à sua disposição tutelas jurisdicionais de naturezas executiva (nos termos
da ação de execução fiscal - Lei n.º 6.830/80) e de natureza cautelar (nos termos da
ação cautelar fiscal – Lei n.º 8.397/92). Esclareça-se, por oportuno, que o fisco também
pode fazer uso da ação mandamental (a exemplo do mandado de segurança), mas, via
de regra, se vale das duas ações acima nominadas no âmbito processual tributário.
19. Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou
arrolamento.
A execução fiscal deve ser proposta no prazo prescricional cujo lapso de cinco anos
deve ocorrer entre a constituição definitiva do crédito tributário e o despacho do juiz
que ordena a citação.= FUNDAMENTO: 174 CTN.
27. No âmbito de uma execução fiscal por dívida tributária, restando constatada a
existência de erro material e não havendo modificação do sujeito passivo, entende o
STJ que a certidão de dívida ativa pode ser substituída até a prolação da sentença de
embargos, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.
28. Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o
valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que
sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados,
ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente
obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
administrativa ou judicial.
32. enunciado do Fórum de Execuções Fiscais ( Forexec): "9.O prazo de que dispõe a
Fazenda, como exequente, para depositar o valor da diferença em caso de
adjudicação de bem de valor superior ao crédito é de 30 dias conforme art.24,
parágrafo único, da LEF, e não de imediato conforme a previsão do art. 876, § 4º
do Novo Código de Processo Civil".
Como exemplo de causa de alçada é citado pela doutrina o art. 34, LEF.
34. deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo fique paralisado
por mais de cinco anos após a decisão que determinou o arquivamento da execução
fiscal em razão do pequeno valor do débito executado, sem baixa na distribuição, uma
vez que não há suspensão do prazo prescricional.
35.
CIVIL
ATOS UNILATERIAIS
RESPONSABILIDADE CIVIL
2. xemplos nos quais o STJ reconheceu que o fato de terceiro era causa
excludente da responsabilidade (fortuito EXTERNO):
3. • dano sofrido pelo passageiro em virtude de uma pedra que foi
arremessada contra o ônibus ou trem (AgInt nos EREsp 1.325.225/SP,
DJe de 19/09/2016);
4. • assalto a mão armada no interior do veículo de transporte coletivo
(AgRg no REsp 620.259/MG, DJe de 26/10/2009);
5. • assalto a mão armada nas dependências da estação metroviária
(REsp 974.138/SP, DJe de 09/12/2016);
6. • morte de usuário do transporte coletivo, vítima de “bala perdida”
(AgRg no REsp 1.049.090/SP, DJe de 19/08/2014);
7. • danos decorrentes de explosão de bomba em composição de trem
(AgRg nos EDcl nos EREsp 1.200.369/SP, DJe de 16/12/2013).
8. JULGADO RECENTE:
9. A concessionária de serviço público de transporte não tem
responsabilidade civil em caso de assédio sexual cometido por
terceiro em suas dependências.
10.A importunação sexual no transporte de passageiros, cometida
por pessoa estranha à empresa, configura fato de terceiro, que
rompe o nexo de causalidade entre o dano e o serviço prestado
pela concessionária – excluindo, para o transportador, o dever
de indenizar.
11.O crime era inevitável, quando muito previsível apenas em tese, de
forma abstrativa, com alto grau de generalização. Por mais que se
saiba da possibilidade de sua ocorrência, não se sabe quando, nem
onde, nem como e nem quem o praticará. Apenas se sabe que, em
algum momento, em algum lugar, em alguma oportunidade, algum
malvado o consumará. Então, só pode ter por responsável o próprio
criminoso.
12.STJ. 2ª Seção. REsp 1.833.722/SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em
03/12/2020.
13.O dano moral in re ipsa é caracterizado pela sua evidência intrínseca,
ou seja, é aquele que dispensa a prova do dano. Nesse tipo de dano,
a própria natureza do evento é suficiente para demonstrar a
ocorrência do dano moral, não sendo necessária a produção de
provas adicionais. Geralmente, é aplicado em situações em que a
ofensa é tão flagrante que o prejuízo moral é presumido, como casos
de violação de direitos fundamentais, honra, imagem, intimidade,
entre outros. O dano moral in re ipsa não está diretamente
relacionado à responsabilidade objetiva ou à dispensa da prova da
culpa. Além disso, não é um tipo de dano que tenha seu valor fixado
pelo legislador ou que seja incompatível com indenizações
imputáveis a entes públicos .
25.TERMO INICIAL
1. JUROS DE MORA
a) Responsabilidade
a.1) Extracontratual ou Aquiliana (ato ilícito) -> do Evento danoso
(súm.54 STJ).
a.2) Contratual -> da Citação - Art. 405, CC
b) Dívida
b.1) Ilíquida -> Citação (art.405 CC).
b.2) Líquida -> do vencimento.
26. STJ Súmula 642: "O direito à indenização por danos morais
transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da
vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação
indenizatória". Sabemos que, com a morte, extinguem-se os direitos
da personalidade. Assim, eles não são transmitidos. Neste caso,
transmite-se aos herdeiros o direito de requerer a indenização, dado
o seu caráter patrimonial.
27. Súmula 479/STJ, “As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo
a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de
operações bancárias."
STJ- Não se aplica a súmula 54 do STJ, que somente tem incidência para
condenações que são fixadas em parcela única. Se a condenação for por
responsabilidade extracontratual, mas o juiz fixar pensão mensal, neste
caso, sobre as parcelas já vencidas incidirão juros de mora a contar
da data que venceu cada prestação. Sobre as parcelas vincendas, em
princípio não haverá juros de mora, a não ser que o devedor atrase o
pagamento, situação na qual os juros irão incidir sobre a data do
respectivo vencimento.
Responsabilidade contratual- desde a citação:
Art. 405. Os juros moratórios fluem a partir da citação.
29. STJ: "Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, não há responsabilidade
da empresa de transporte coletivo em caso de ilícito alheio e estranho à atividade
de transporte, pois o evento é considerado caso fortuito ou força maior, excluindo-
se, portanto, a responsabilidade da empresa transportadora".
30. O controle preventivo de constitucionalidade exercido, pela via de exceção, a
pedido de parlamentar federal, contra projeto de lei que viole o devido
processo legislativo, deverá ser extinto pelo STF se o autor vier a perder o
mandato parlamentar durante o trâmite da respectiva ação.
As CPIs não possuem todos os poderes instrutórios dos juízes. Elas apenas investigam
fatos determinados, mas não processam e julgam.
Não há Poder Judiciário Municipal. Logo, os poderes das CPIs municipais são mais
restritos. Elas não podem, por exemplo, determinar a quebra de sigilo telefônico.
Para a constituição válida da CPI estadual, é necessário haver correlação entre o
respectivo objeto e a competência conferida constitucionalmente à AL.
Munícipio NÃO tem poder Judiciário.
-STF Info. 969 - 2020: O fato de o parlamentar estar na Casa legislativa no momento
em que proferiu as declarações não afasta a possibilidade de cometimento de crimes
contra a honra, nos casos em que as ofensas são divulgadas pelo próprio parlamentar
na Internet.
17. TCU irá julgar as contas de todos os administradores que lidem com verbas
federais, salvo as do Presidente da República, que são julgadas pelo Congresso
Nacional.
13. "O STJ vem decidindo que não há nulidade na instauração de Processo
Administrativo Disciplinar instaurado após a realização de investigação
preliminar para averiguar o conteúdo de denúncia anônima, na medida em
que, na forma do art. 143 da Lei 8.112/1990, a autoridade que tiver ciência de
irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, como ocorreu o presente casu. Precedente: MS 18.664/DF, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção do STJ, julgado em
23/04/2014, DJe 30/04/2014."
14. i) a delegação deve ser parcial, não podendo ser genérica, abrangendo,
amplamente, todas as competências do delegante;
ii) a delegação precisa ter prazo determinado, uma vez que a lei exige que seja
estabelecida a sua duração; e
iii) a delegação é revogável, de fato, a qualquer tempo.
15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior".
16. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada".
17. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato
à autoridade competente, abstendo-se de atuar".
18. "Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria Administração".
Os bens públicos são objetos do estado que podem usados pelo público de
maneira ampla ou restrita.
Em regra são impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis, exceto estes que
vieram de um processo de desafetação, bens de PJ de direito privado
prestadoras de serviço público e o que está previsto na lei de licitações.
São classificados em bens de domínio público e dominicais, estes que são bens
privativos do estado sem fins específicos como os terrenos da marinha.
Os bens de domino público podem ser de uso comum (todos usam, sem
restrições, como praças e jardins) e de uso especial (parte da população usa
com restrições, como viaturas, prédios de órgãos e cemitérios).
O processo de afetação consiste em transformar o bem de domino do estado
em bem de dominio público. Enquanto a desafetação é o contrário.
Autorização e Permissão são atos negociais, precários e discricionários.
Aqueles não fazem licitação e são usados com interesse privado e estes fazem
licitação e são utilizados com um fim particular/coletivo, isto é, o particular ele
usa do bem pensando no interesse público, é tipo os food trucks na rua que
pedem permissão nas praças. Por último a concessão, que é um contrato
administrativo, com prazo, faz licitação e tem a finalidade pública/privada.
bens de domínio público de uso especial, pois estão afetados para o uso
designado pela AP.
13. bens de uso especial indireto: o ente público não utiliza os bens diretamente,
mas conserva os mesmos com a intenção de garantir proteção a determinado
bem jurídico de interesse da coletividade. Podem ser citadas como
exemplos as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, as terras públicas
utilizadas para proteção do meio ambiente.
14. bens do domínio público do Estado: "o conjunto das coisas móveis e imóveis
de que é detentora a Administração, afetados quer a seu próprio uso, quer
ao uso direito ou indireto da coletividade, submetidos a regime jurídico de
direito público derrogatório e exorbitante do direito comum."
Como daí se extrai, o conceito abrange os bens afetados a uma destinação
pública, de maneira que aí se inserem apenas os bens de uso comum do povo
e os de uso especial.
No processo penal, no entanto, não há que se falar em revelia ou efeitos da revelia, somente em
omissão ou ausência do réu. É o que explica Aury Lopes Jr. (2016): “Não existe, no processo penal,
revelia em sentido próprio. A inatividade processual (incluindo a omissão e a ausência) não
encontra qualquer tipo de reprovação jurídica. Não conduz a nenhuma presunção, exceto a de
inocência, que continua inabalável".
4. CONEXAO: Envolve vários crimes e várias pessoas obrigatoriamente:
c) Questão prejudicial não devolutiva: será sempre analisada pelo juízo penal. Quais
são elas? As homogêneas.
d.1) Absoluta: jamais poderá ser analisada pelo juízo penal. São as questões
heterogêneas relacionadas ao estado civil das pessoas. Sempre que o juiz penal se
deparar com isso, jamais poderá decidir. Automaticamente cessa a sua competência e
ele se vê obrigado a remeter as partes para que o cível dirima a questão.
d.2) Relativa: pode, eventualmente, ser analisada pelo juízo penal. São as
heterogêneas, à exceção daquelas relativas ao estado civil das pessoas.
6. das decisões proferidas pelo juiz das execuções cabe, em regra, agravo em
execução. Em regra, porque pode haver exceções, ou situações específicas.
Súmula 700 do STF: É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da
execução penal.
E, ainda, o procedimento, que deve seguir o do Recurso em Sentido Estrito:
Apesar de o agravo em execução não possuir rito processual próprio, é pacífica na
jurisprudência a aplicação do procedimento do recurso em sentido
estrito, sendo, portanto, devido o exercício do juízo de retratação. (...) STJ. 5ª T., HC
101.114/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 27/05/10. (...) Pelo princípio da
fungibilidade recursal, a irresignação do Parquet pode ser tida como recurso de
agravo em execução, eis que interposto no prazo correto, sendo que o referido
recurso rege-se pelo rito do recurso em sentido estrito, sendo cabível, portanto
a retratação, como procedida pelo Julgador monocrático. STJ. 5ª T., HC 26.978/SP, Rel.
Min. Gilson Dipp, j. 09/12/03. (...)".
9. A súmula 523 do Supremo Tribunal Federal estabelece que “no processo penal, a
falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se
houver prova de prejuízo para o réu." Portanto, para que seja decretada a nulidade, se
faz necessária a valoração do prejuízo sofrido pelo réu.
11. CF. Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar,
originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça
Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros
do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
12. O assistente da acusação não tem legitimidade para interpor recurso em sentido
estrito contra decisão que concede a suspensão condicional do processo, tendo em
vista que referida hipótese não se encontra no rol taxativo do art. 271 do Código de
Processo Penal
(HC 137.339/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 09/11/2010)
15. CPP, Art. 73: Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá
preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando
conhecido o lugar da infração.
23. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu
tenha mais de oitenta anos ou prove ser portador de doença grave que cause
extrema debilidade. Neste caso, do art. 318 do CPP, há a substituição da
preventiva pela domiciliar; ou seja, o réu fica recolhido em sua residência,
aguardando. Já a LEP, no inciso I do 117 há a idade de maior de 70 anos.
versando sobre o cumprimento de regime de pena; a pessoa já foi condenada
e este artigo traz a ideia da pena privativa de liberdade ser cumprida em casa.
STF. Plenário. ADI 4109/DF e ADI 3360/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para
o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 11/2/2022 (Info 1043).
32.
30/11/2021). ✅
À luz da jurisprudência do STJ, é incabível a interposição de agravo interno
contra decisão que indefira o pedido de ingresso de amicus curiae na demanda
(Dizer o Direito). ✅
3. De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a
indicação da necessidade do IRDR é requisito necessário para embasar o
pedido de suspensão nacional.
4. Requisitos para a instauração de IRDR (art. 976)
É que, uma vez instaurado o IRDR, o processo será afetado para julgamento por órgão
a que se tenha especificamente atribuído a competência para conhecer do incidente, o
qual julgará o caso concreto como uma verdadeira causa-piloto, devendo ser um
precedente que funcionará como padrão decisório para outros casos, pendentes ou
futuros.
Há, ainda, um requisito negativo (art. 976, § 4): não se admite a instauração do
incidente de resolução de demandas repetitivas se algum tribunal superior, ou o
Supremo Tribunal Federal, já tiver, no âmbito de sua competência, afetado recurso (de
revista, especial ou extraordinário) para definição da tese sobre a mesma questão
repetitiva. Afinal, se já está instaurado um procedimento destinado a estabelecer um
precedente que terá eficácia vinculante em todo o território nacional, não há utilidade
(e, pois, interesse) na instauração de um procedimento que só permitiria a produção
de um padrão decisório a ser empregado em um Estado ou Região.
FONTE: https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/
novo-codigo-de-processo-civil/juizo-de-admissibilidade-irdr
Fonte: DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: teoria da pova,
direito probatório, ações probatórias, decisão, precedente, coisa julgada e
antecipação de tutela. 10 e.d. – Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015.
[...]
- Aplicação:
- Não aplicação:
DIREITO CIVIL
2. Art. 573. A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo
o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
3. 5. A Teoria da Imprevisão (art. 317 do CC), de matriz francesa, exige a
comprovação dos seguintes requisitos: (I) obrigação a ser adimplida em
momento posterior ao de sua origem; (II) superveniência de evento
imprevisível; (III) que acarrete desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução. A pedido da parte,
o juiz poderá corrigir o valor da prestação, de modo a assegurar,
quanto possível, o seu valor real.
4. 6. A Teoria da Onerosidade Excessiva (art. 478 do CC), de origem
italiana, pressupõe (I) contratos de execução continuada ou diferida;
(II) superveniência de acontecimento extraordinário e imprevisível; (III)
que acarrete prestação excessivamente onerosa para uma das partes;
(IV) extrema vantagem para a outra; e (V) inimputabilidade da excessiva
onerosidade da prestação ao lesado.
-No CC: arts. 317 e 478 – correntes doutrinárias acerca da revisão contratual
por fato superveniente:
TEORIA DA IMPREVISÃO
-Teoria subjetiva.
2. Nas relações jurídicas de trato sucessivo, quando não estiver sendo negado o
próprio fundo de direito, pode o contratante, durante a vigência do contrato, a
qualquer tempo, requerer a revisão de cláusula contratual que considere
abusiva ou ilegal, seja com base em nulidade absoluta ou relativa. Porém, sua
pretensão condenatória de repetição do indébito terá que se sujeitar à
prescrição das parcelas vencidas no período anterior à data da propositura da
ação, conforme o prazo prescricional aplicável.
3. Cuidando-se de pretensão de nulidade de cláusula de reajuste prevista em
contrato de plano ou seguro de assistência à saúde ainda vigente, com a
consequente repetição do indébito, a ação ajuizada está fundada no enriquecimento
sem causa e, por isso, o prazo prescricional é o trienal de que trata o art. 206, § 3º,
IV, do Código Civil de 2002.[...]
[STJ – 2ª Turma – REsp n. 1.360.969/RS – Rel.: Min. Marco Aurélio Bellizze – D.J.:
10.08.2016]
8. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. TEMPO DO PAGAMENTO E EXIGIBILIDADE DA
PRESTAÇÃO. VENCIMENTO ANTECIPADO DA OBRIGAÇÃO. ROL LEGAL
EXEMPLIFICATIVO.
STF. Plenário. RE 695911, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/12/2020 (Repercussão
Geral – Tema 492).
9.
[...]
3. Nos termos do art. 1.261 do CC/2002, aquele que exercer a posse de bem móvel,
interrupta e incontestadamente, por 5 (cinco) anos, adquire a propriedade originária
do bem, fazendo sanar todo e qualquer vício anterior.
(REsp 1637370/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado
em 10/09/2019, DJe 13/09/2019)