Tipos de Filtros

Filtros.
Qualquer combinação de dispositivos passivos (R, L e C) e/ou ativos (transistores e amplificadores operacionais) projetada
para selecionar ou rejeitar uma faixa de frequências é denominada Filtro.
Em sistemas de comunicação são usados para deixar passar as frequências que contêm as informações desejadas e rejeitar
as frequências restantes.
São usados para eliminar frequências indesejáveis, denominadas ruído, geradas por alguns componentes eletrônicos com
características não lineares ou captadas do ambiente.
Em sistemas de som estéreo, os filtros podem ser usados para reforçar ou atenuar certas bandas de frequências enviadas
ao sistema acústico de saída.
Os filtros podem ser divididos em duas categorias:
1) Filtros passivos: são aqueles que contêm combinações em série e em paralelo de resistores, indutores e capacitores.
2) Filtros ativos: são aqueles que, além de resistores, indutores e capacitores, também usam dispositivos como transistores
e amplificadores operacionais.
Resposta em frequência:
𝑉𝑖 𝐻 𝑗𝜔 𝑉0
𝐻 𝑗𝜔 = 𝐴𝑣 = 𝐴𝑣 ∠𝜃 Representação do filtro.
𝑉0 = 𝑉𝑖 𝑥 𝐴𝑣 Atuação do filtro.
𝑉0
𝐴𝑣 = Efeito do filtro.
𝑉𝑖
Já vimos como calcular as reatâncias indutivas e capacitivas:
𝑋𝐿 = 𝜔 ∙ 𝐿 Reatância indutiva.
1
𝑋𝐶 = Reatância capacitiva.
𝜔∙𝐶
Estas reatâncias nos mostram a resposta em frequência dos componentes ( = 2··f):
Para frequências muito baixas:
- Capacitores se comportam como um circuito aberto (resistência infinita);

- Indutores se comportam como um curto circuito (sem resistência).
Para frequências muito altas:
- Capacitores se comportam como um curto circuito (sem resistência);

- Indutores se comportam como um circuito aberto (resistência infinita).
Vamos avaliar os tipos de filtro:
1: Filtro passa-baixa:
Para f = 0 Hz (frequências baixas):
1
𝑋𝐶 = =∞
𝜔∙𝐶
1
𝑋𝐶 = =0
𝜔∙𝐶
Na relação entre a tensão e as reatâncias:
𝑉𝑖 𝑉0
=
𝑅 − 𝑗 ∙ 𝑋𝑐 𝑋𝑐 ∠ − 90
𝑉0 𝑋𝑐 ∠ − 90
𝐴𝑣 = =
𝑉𝑖 𝑅 − 𝑗 ∙ 𝑋𝑐
A magnitude e a fase da resposta em frequência são dadas por:
𝑉0 𝑋𝑐 1
𝐴𝑣 = =  𝐴𝑣 =
𝑉𝑖 𝑅2 + 𝑋𝑐2 2
𝑅
+1
𝑋𝑐
𝑅
𝜃= − tan−1
𝑋𝑐
Frequência de corte.
Em um frequência particular 𝑋c será igual a 𝑅, então teremos:
1 1
𝐴𝑣 = 1
 𝐴𝑣 =
2
 𝐴𝑣 = = 0,707
𝑅 2 1 +1 2
+1
𝑋𝑐
Isto determina a frequência de corte:
𝑅 = 𝑋𝐶 
1
𝑅= 
2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝐶 ∙ 𝐶
1
𝑓𝐶 =
2∙𝜋∙𝑅∙𝐶
Diferença de fase.
𝑅
𝜃 = − tan−1
𝑋𝑐
Para frequências baixas 𝑋c é muito grande e a razão 𝑅/𝑋c é

muito pequena, resultando em:
𝜃 = − tan−1 ≈ 0  𝜃 = + 90𝑜
Para frequências altas 𝑋c é muito pequeno e a razão 𝑅/𝑋c é

muito grande, resultando em:
𝜃 = − tan−1 ≈ ∞  𝜃 = −90𝑜
2: Filtro passa-alta:
Para f = 0 Hz (frequências baixas):
1
𝑋𝐶 = =∞
𝜔∙𝐶
1
𝑋𝐶 = =0
𝜔∙𝐶
Na relação entre a tensão e as reatâncias:
𝑉𝑖 𝑉0
=
𝑅 − 𝑗 ∙ 𝑋𝑐 𝑅
𝑉0 𝑅
𝐴𝑣 = =
𝑉𝑖 𝑅 − 𝑗 ∙ 𝑋𝑐
A magnitude e a fase da resposta em frequência são dadas por:
𝑉0 𝑅 1
𝐴𝑣 = =  𝐴𝑣 =
𝑉𝑖 𝑅2 + 𝑋𝑐2 𝑋 2
1 + 𝑅𝑐
𝑋𝐶
𝜃 = − tan−1
𝑅
Frequência de corte.
Em um frequência particular 𝑋c será igual a 𝑅, então teremos:
1 1
𝐴𝑣 = 1
2  𝐴𝑣 =  𝐴𝑣 = = 0,707
𝑋 1+ 1 2
2
1 + 𝑅𝐶
Isto determina a frequência de corte:
𝑅 = 𝑋𝐶 
1
𝑅= 
2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓𝐶 ∙ 𝐶
1
𝑓𝐶 =
2∙𝜋∙𝑅∙𝐶
Diferença de fase.
𝑋𝐶
𝜃= − tan−1
𝑅
Para frequências baixas 𝑋c é muito grande e a razão 𝑋c/𝑅 é

muito grande, resultando em:
𝜃 = − tan−1 ≈ ∞  𝜃 = 90𝑜
Para frequências altas 𝑋c é muito pequeno e razão 𝑋c/𝑅 é

muito pequena, resultando em:
𝜃 = − tan−1 ≈ 0  𝜃 = −90𝑜
Exemplo 1:
Dado um circuito RC com R = 20 kΩ e C = 1200 pF:
a) Faça dois gráficos normalizados da tensão de saída em função da frequência, um supondo que o circuito será
usado como filtro passa-alta.
b) Faça o gráfico de fase do filtro do item (a).
c) Determine o módulo e a fase de 𝐴V = 𝑉o/ 𝑉i do filtro passa-alta para f = 1/2 fc.
a) Vamos primeiro calcular a frequência de corte. Observe que ela é calculada

Dados: da mesma forma tanto para o circuito passa-baixa ou circuito passa alta.
R = 20 kΩ = 20.000 Ω;
C = 1200 pF = 1200 x 10-12 F.
1 1
𝑓𝐶 =  𝑓𝐶 = 
2∙𝜋∙𝑅∙𝐶 2 ∙ 𝜋 ∙ 20.000 ∙ 1200 𝑥 10−12
𝑓𝐶 = 6631,46 𝐻𝑧
𝑓𝐶 = 6631,5 𝐻𝑧 Vamos fazer os gráficos da tensão em função da frequência (são padrões):
b) Vamos fazer os gráficos de fase () em função da frequência (também são padrões):
c) Primeiro vamos calcular a metade da frequência:
𝑓 = 𝑓𝐶 /2  𝑓 = 6631,46/2  𝑓 = 3315,73 𝐻𝑧
Para um circuito passa-alta, a magnitude e a fase da resposta em frequência são dadas por:
1
𝐴𝑣 = 𝑋𝐶
𝑋 2 e 𝜃 = − tan−1
1 + 𝑅𝑐 𝑅
Precisamos calcular a reatância capacitiva:
1 1 1
𝑋𝐶 =  𝑋𝐶 =  𝑋𝐶 =  𝑋𝐶 = 40.000 Ω
𝜔∙𝐶 2∙𝜋∙𝑓∙𝐶 2 ∙ 𝜋 ∙ 3315,73 ∙ 1200 𝑥 10−12
𝑅 = 20.000 Ω
Magnitude:
1 1 1
𝐴𝑣 =
2  𝐴𝑣 =
2  𝐴𝑣 =
2

𝑋 40.000 1+ 2
1+ 𝑐 1+
𝑅 20.000
1
𝐴𝑣 =  𝐴𝑣 = 0,447
5
Fase:
𝑋𝐶 40.000
𝜃 = − tan−1  𝜃= − tan−1  𝜃 = − tan−1 2 
𝑅 20.000
𝜃 = − 63,4𝑜

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Estas reatâncias nos mostram a resposta em frequência dos componentes ( = 2··f):

Para frequências muito baixas:

- Capacitores se comportam como um circuito aberto (resistência infinita);

Para frequências muito altas:

- Capacitores se comportam como um curto circuito (sem resistência);

Para f = 0 Hz (frequências baixas):

Para frequências muito altas:

A magnitude e a fase da resposta em frequência são dadas por:

Em um frequência particular 𝑋c será igual a 𝑅, então teremos:

Isto determina a frequência de corte:

Para frequências baixas 𝑋c é muito grande e a razão 𝑅/𝑋c é

Para frequências altas 𝑋c é muito pequeno e a razão 𝑅/𝑋c é

Para f = 0 Hz (frequências baixas):

Para frequências muito altas:

A magnitude e a fase da resposta em frequência são dadas por:

Em um frequência particular 𝑋c será igual a 𝑅, então teremos:

Isto determina a frequência de corte:

Para frequências baixas 𝑋c é muito grande e a razão 𝑋c/𝑅 é

Para frequências altas 𝑋c é muito pequeno e razão 𝑋c/𝑅 é

Dado um circuito RC com R = 20 kΩ e C = 1200 pF:

a) Vamos primeiro calcular a frequência de corte. Observe que ela é calculada

Precisamos calcular a reatância capacitiva:

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