Antiasmáticos 1
Antiasmáticos 1
Antiasmáticos 1
Cristiane, Dbora, Jeferson, Mariana, Renata, Rutilene, Soraya Teixeira, Tatiane Moraes e Veronica Oliveira
Asma uma doena inflamatria crnica caracterizada por hiper-responsividade brnquica e por limitao do fluxo areo. Manifestando-se clinicamente por episdios recorrentes de sibilncia, dispnia, aperto no peito e tosse. A patologia caracterizada pela fase imediata, mediada pela resposta aguda de clulas inflamatrias, e a tardia, que responsvel pela resposta com envolvimento de clulas especficas do sistema imunolgico.
Recomendaes para o tratamento da asma so baseadas em quatro componentes: Uso de medidas objetivas da funo pulmonar para avaliar a gravidade da asma e monitorar o curso da terapia; Controle ambiental para evitar ou eliminar fatores precipitantes de sintomas ou crises; Terapia farmacolgica a longo prazo, para tratar e prevenir inflamao de via area; Educao do paciente.
IDENTIFICAO: Paciente: R.D.S Sexo: masculino Idade: 18 anos Raa: branco Estado civil: solteiro Local de residncia: Porto Alegre Profisso: estudante
O paciente foi atendido na sala de emergncia, queixando-se de intensa dispnia. Informou ter asma brnquica desde os seis anos de idade. Os episdios eram mais frequentes no inverno e cediam com o uso de aerossol de simpaticomimtico. A presente crise se iniciara 12 horas antes, com dispnia constante, que no aliviou com o uso repetido do aerossol e de injeo de teofilina. Referiu estar gripado, com tosse produtiva e febre a quatro dias.
PA: 130/80mmHg FC: 108bpm FR: 38mpm Tax: 37,8 C Taquipnia, cianose de lbios, estertores sibilantes disseminados e roncantes esparsos em ambos os pulmes. O atendimento de emergncia compreendeu: Oxignio por catter nasal, 3L/min Salbutamol, 1mg, por via subcutnea Aminofilina, 240mg por via intravenosa, lentamente Hidrocortisona 200mg, por via intravenosa
1) Por que se usou oxignio neste caso? Quais os riscos potenciais dessa utilizao e as medidas necessrias para evit-los? O oxignio foi utilizado para evitar hipoxemia. O volume insuflado deve ser correto pois no pode haver grande baixa na pCO2 causando alterao no crebro para evitar tal fato deve-se controlar a oxigenao.
Devido a situao emergencial que o paciente encontrava-se como o uso do simpaticomimtico por via inalatria no tinha surtido efeito, uma medida rpida e que estimulasse uma resposta mais rpida deveria ser providenciada.
O representante escolhido foi o Salbutamol (Aerolin) ele um agonista beta 2-adrenrgico seletivo, possui propriedades broncodilatadoras relaxando o msculo liso brnquico diminuindo a resistncia das vias areas. Os agonistas beta 2-adrenrgicos tambm podem suprimir liberao de leucotrienos e de histamina dos mastcitos do tecido pulmonar, aumentar a funo mucociliar, diminuir a permeabilidade microvascular e inibir a fosfolipase A2. Por ser um medicamento seletivo apresenta menores efeitos adversos.
Altas doses esto diretamente interligadas com riscos associados a aerossis, a auto-medicao, a no informao sobre a maneira correta de utilizao colaboram contais riscos. O representante mais implicado o Fenoterol (Berotec), pois, durante os momentos de crises no so levados em conta doses e intervalos da medicao.
Em concentraes acima de 20g/mL a aminofilina (Minoton) pode provocar arritmias, taquicardia, vmitos, convulses e at a morte. Deve ser administrada lentamente pois de forma contrria causa sensao de calor, vertigem e mal estar. As crianas so geralmente sensveis a aminofilina, por isso necessrio cautela ao administr-la.
O corticide proporciona menor acmulo de clulas inflamatrias no parnquima pulmonar devido a inibio de genes para sntese de citosinas, proporcionando um efeito antiinflamatrio e antagonismo da hiper-responsividade brnquica a histamina, acetilcolina e alergnicos.
7) Qual foi a nova dose calculada de aminofilina? J que o paciente tinha por muitas vezes usado o injeo de teofilina e seguida por Aminofilina (240 mg), a nova dose no deve ultrapassar 6mg/kg, pode seguir-se infuso de manuteno, com doses calculadas pelo peso ideal, para cada 12 horas.
Para corticoterapia oral de curta durao (at 2 semanas) prefere-se prednisona e pode ser retirado abruptamente, em terapia crnica de pacientes irresponsivos e de asmticos crticodependentes , corticide oral deve ser administrado pela manh, em dias alternados e sua retirada deve ser lenta.
Para manuteno o paciente dever utilizar corticide inalatrio em dose alta (ex: fluticasona, budesonida), seguido de beta2 de longa ao e corticide oral caso haja algum fator ambiental ou como no caso do paciente iniciar um processo inflamatrio. Em estudos o corticide inalatrio apresentou poucos efeitos colaterais em relao aos corticides sistmicos, podendo assim ser utilizado com segurana.
Foi da casca Lafoensia pacari (dedaleira ou mangava brava), uma planta tpica do cerrado, que pesquisadores derivaram um extrato alcolico que se mostrou eficaz no tratamento e preveno de alguns sintomas da asma, em camundongos. Os pesquisadores observaram uma tendncia do tratamento com cido elgico associado com mangava brava, em diminuir a sntese de leucotrienos. Esses tratamentos reduziram alguns dos mais significativos fentipos relacionados com a asma, o que confirma o uso popular da mangava brava como agente antiinflamatrio.
O estudo de um flavonide derivado do kanferol, extrado das partes areas da planta Solanum asperum Richard, conhecida popularmente por coa-coa, jussara, jurubeba-branca ou velame-bravo, com objetivo de avaliar o efeito da administrao desse flavonide tanto na preveno quanto no tratamento da asma. Dados preliminares sugerem que o derivado do kanferol inibe reaes inflamatrias, bem como melhora a funo pulmonar relacionada com a asma alrgica; no entanto, os mecanismos envolvidos do flavonide para tais efeitos ainda esto em investigao. Entendendo os mecanismos bsicos possvel desenvolver produtos que atuem durante a sensibilizao com o alrgeno ou diminuam os sintomas do indivduo j sensibilizado.
Artigo: Asma aguda em adultos na sala de emergncia: o manejo clnico na primeira hora. Jornal de Pneumologia. LAURENCE L. BRUNTON ; JOHN S. LAZO e KEITH L. PARKER. As bases farmacolgicas da teraputica. Ed. McGraw-Hil, 2006. FUCHS, FLAVIO DANNI; EL AL. Farmacologia clnica. Ed. Guanabara, 2004. SILVA, PENILDON.Farmacologia. Ed. Guanabara Koogan, 1998. Artigo: Asma brnquica: o presente e o futuro. Medicina, Ribeiro Preto, Simpsio: Doenas pulmonares, abr./jun. 1998 Captulo V