ECOLOGIA

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Noções de Ecologia e Meio Ambiente

Conceituamos aqui meio ambiente como o conjunto de


condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas. A rigor, considera-se meio ambiente tudo o que envolve e
condiciona o homem, constituindo o seu mundo.

Meio ambiente é o espaço onde se desenvolvem as atividades


humanas e a vida dos animais e vegetais. É um sistema formado
por elementos com o qual o homem interage, se adaptando e
transformando-o. É um conceito que engloba todos os aspectos do
ambiente que afetem o homem, seja como indivíduo ou como parte
dos grupos sociais.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Por isso mesmo, não devemos separar o homem do meio
ambiente. Formamos um único sistema. Proteger o meio ambiente
é proteger a nós mesmos. É garantir a nossa sobrevivência neste
planeta.
Existem diversos fatores que, em conjunto, podem afetar os
ecossistemas locais, seja no dia-a-dia dos seres vivos que ali
vivem, seja durante as diversas gerações de seres vivos que
interagem no local.
Descobrir quais os fatores que a ação humana (antropogênica)
sobre o meio ambiente estão sendo desequilibrados, é nosso dever
para conosco e com as futuras gerações.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Conceitos Principais
Os ecossistemas são constituídos, essencialmente, por três componentes:
• Abióticos - que em conjunto constituem o biótopo : ambiente físico e fatores
químicos e físicos . A radiação solar é um dos principais fatores físicos dos
ecossistemas terrestres pois é através dela que as plantas realizam fotossíntese ,
liberando oxigênio para a atmosfera e transformando a energia luminosa em química.
• Bióticos - representados pelos seres vivos que compõem a comunidade biótica ou
biocenoses . compreendendo os organismos heterótrofos dependentes da matéria
orgânica e os autotróficos responsáveis pela produção primária, ou seja, a fixação do
CO2.
• Energia – caracterizada pela força motriz que aporta nos diversos ambientes e
garante as condições necessárias para a produção primária em um ambiente, ou seja, a
produção de biomassa a partir de componentes inorgânicos.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
HISTÓRICO
Teofrasto, foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e com o meio.

No início do século XIX, depois que Thomas Malthus (teoria dos jogos) chamou atenção para o conflito entre as
populações em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. (A teoria malthusiana defende que, mediante
ao crescimento acelerado da população mundial, haveria um problema de escassez de alimentos, visto que a
perspectiva do crescimento da oferta de alimentos era inferior ao que se previa para população).

Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo
das populações, o que levou a experiências sobre a interação de predadores e presas, as relações competitivas entre
espécies e o controle populacional.

O estudo da influência do comportamento sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da
territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo foram lançados por Konrad
Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social no controle
das populações.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
HISTÓRICO
Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais
a energia dos alimentos é transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vários níveis
de animais (consumidores).

Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem com o conceito de nichos
ecológicos e pirâmides de números.

Dois biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos,
desenvolveram a idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela
fotossíntese.

A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do
conceito trófico-dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos
quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum.

Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington. O estudo do
fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos,
microcalorimetria, computação e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o
movimento de nutrientes e energias específicas através dos ecossistemas.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Áreas de estudo
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia,
fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia,
antropologia, física, química, matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear
a fronteira entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela.

A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos
animais.

A ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu meio ambiente. A
ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e
das interrelações de animais com seu meio ambiente.

A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações de um
organismo individual com seu ambiente (auto-ecologia), ou como o estudo de comunidades de
organismos (sinecologia).
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Áreas de estudo

A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e indutiva. Por estar


normalmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou mais variáveis, é
facilmente quantificável e útil nas pesquisas de campo e de laboratório.

A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é facilmente quantificável e


contém uma terminologia muito vasta. Apenas recentemente, com o advento da era eletrônica
e atômica, a sinecologia desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar
início a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são
aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energéticas, e desenvolvimento dos
ecossistemas. A sinecologia tem ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia
e a antropologia cultural.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Dia vira 'noite' em SP com frente fria e fumaça vinda de
queimadas na região da Amazônia
A cidade 'está dentro de uma nuvem', segundo o Inmet. Fumaça de queimadas contribuiu para
escuridão, diz Climatempo.

Segundo a meteorologista Helena Balbino, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno foi
causado pela convergência de massas de ar vindas de localizações diferentes, como ventos do Sudeste e do
Norte. "Isso fez com que São Paulo estivesse imersa em uma nuvem com muitas partículas poluentes", explica.
Em outras palavras, as nuvens que causaram a escuridão no meio da tarde são compostas de aerossóis e
partículas provenientes do excesso de poluição urbana.

A formação de nuvens mais baixas, acrescenta a especialista, têm relação direta com o choque de
temperaturas na capital paulista. Segundo ela, a fumaça proveniente de queimadas no Acre, em Rondônia,
na Bolívia e no Paraguai contribui para a formação dessas nuvens.
Vista da zona norte de São Paulo com céu encoberto, garoa e frio às 15h30 desta segunda- feira (19). — Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo
Noções de Ecologia e
Meio Ambiente

Níveis de organização da vida

Reparem que do
microscópico ao macrocosmos,
a organização das estruturas
obedece uma “ordem natural”
onde o equilíbrio entre todas as
partes é fundamental.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Os principais biomas do
planeta são descritos na
figura ao lado. Em
geografia, são parte das
Regiões Biogeográficas*.

O equilíbrio de uma Bioma


depende necessariamente
dos seus ecossistemas. Ao
modificar um elo desta
cadeia, todos estarão em
risco de mudança.
Sistemas, ecossistemas e cadeias alimentares
Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos unidos
por alguma forma de interação ou interdependência. Trata-se de um
conjunto, no qual seus elementos se integram direta ou indiretamente, de
modo tal que uma alteração em qualquer deles afeta os demais.

Quando consideramos um sistema como um conjunto de fenômenos


que se processam mediante fluxos de matéria e energia, devemos pensar
que existem relações de dependência mútua entre os fenômenos. Esse é
o caso dos estudos ambientais, quando se deve analisar o meio ambiente
como um sistema, o sistema ambiental.
Sistemas, ecossistemas e cadeias alimentares
Esses sistemas são definidos, incluindo-se, além dos elementos
físicos, bióticos e socioeconômicos, os fatores políticos e
institucionais. O sistema ambiental, em geral, é dividido em três
subsistemas: o físico, o biótico e o antrópico.

A denominação mais utilizada para os sistemas ambientais é


Ecossistema. Essa palavra vem do idioma grego, no qual oykos
quer dizer casa. Ecossistema é um termo que designa o conjunto
formado por todos os fatores bióticos e abióticos que atuam, ao
mesmo tempo, sobre determinada região.
Sistemas, ecossistemas e cadeias alimentares
Os ecossistemas são, no fundo, o objeto de estudo da Ecologia.
São sistemas altamente complexos e dinâmicos, com tendência
para a auto-organização e auto-renovação. A matéria está em um
ciclo constante dentro de um ecossistema.

Além da matéria, a energia também passa por todos os


componentes de um ecossistema. Contudo, enquanto a matéria
circula, a energia flui, ou seja, não retorna ao ecossistema.

Os ecossistemas possuem uma constante passagem de matéria


e energia de um nível para outro, que se inicia sempre por um
produtor e termina em um decompositor.
Cadeia alimentar
Para um ambiente terrestre, teríamos como um bom exemplo a
seguinte cadeia, em uma floresta:

Para um ambiente aquático, podemos exemplificar com a


seguinte cadeia:
Biosfera, biodiversidade e equilíbrio ecológico
A biosfera é a porção da Terra ocupada pelos seres vivos. É o
conjunto de todos os ecossistemas da Terra, a zona potencialmente
habitável do planeta. O homem, como ser vivo, faz parte da
biosfera. A biosfera contém milhões de espécies de seres vivos,
cada uma desempenhando um papel único em relação ao todo.

Essa grande coletividade de grupos de seres vivos, de espécies


diferentes sejam elas animais, vegetais, ou até microscópicas que
compõem um determinado ecossistema, é chamado pelos
cientistas de biodiversidade. Dessa forma, pode ser chamada de
biodiversidade toda a variedade de vida que compõe um
determinado ambiente, em um determinado tempo.
Biosfera, biodiversidade e equilíbrio ecológico
As florestas tropicais, não somente as do Brasil – são
extremamente importantes para o planeta. Tanto pela sua
biodiversidade, quanto à manutenção das condições ambientais
locais e globais, são fundamentais para controlar a poluição, para a
manutenção de temperaturas confortáveis e para a regularização
das chuvas.

No entanto, são as algas azuis (cianobactérias), principalmente


as marinhas, que renovam e mantêm as taxas de oxigênio no
planeta. Existe até uma teoria de que elas seriam as responsáveis
pela geração de oxigênio e transformação da atmosfera do planeta,
a 3,5 bilhões de anos atrás.
Noções de Ecologia e Meio Ambiente
Qualquer ecossistema e seu conjunto - a Terra, está sujeito a
desequilíbrios. Dependendo da intensidade, as alterações súbitas
podem ser “absorvidas” pelos ecossistemas, sem maiores danos.

Essa capacidade se deve a um conjunto de forças internas que


formam o que se chama de equilíbrio ecológico. Essas forças
internas são resultantes das complexas relações entre o meio
biótico e o meio físico.

Mesmo complexas relações não conseguem resistir a “ataques”


sucessivos – e cada vez mais fortes. A capacidade de resposta de
um ecossistema não é infinita.
Temas Centrais em Ecologia (Transversais)

• AR (poluição, doenças associadas, aquecimento global)


• ÁGUA (poluição, doenças transmitidas pela água poluída e seus
vetores, ciclo da água)
• SOLO (Poluição do solo, doenças associadas, aterros sanitários,
contaminação do solo e águas subterrâneas, erosão,
desmatamento)
• AÇÕES ANTRÓPICAS (cidades e o crescimento irregular,
favelização, aumento das áreas de monocultura agrícola, barragens
para hidrelétricas ou mineração, descarte de lixo sólido e orgânico)
Ações para evitar o desequilíbrio ecológico

● Reciclagem, Reaproveitamento e Reutilização (3Rs)


● Ações para redução do desmatamento e desertificação
● (Re)uso consciente da água em indústrias e no agronegócio
● Tratamento e saneamento da água para todos
● Descontaminação de efluentes químicos
● Manutenção de cabeceiras de rios e desassoreamento de leitos
● Transformação das cidades sustentáveis
● Políticas de combate e prevenção a crimes ambientais
● Educação ambiental contínua (consumo consciente e “proteger
para não perder”).

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