Modelo Keynesiano
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Alex Mendes
Modelo Keynesiano
• Introdução
• Considerações Finais
Modelo Keynesiano
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• A economia sempre opera em PLENO EMPREGO de mão de obra pois os salários são flexíveis para baixo
• O governo não deve aumentar os seus gastos, apenas usar a receita tributária para ofertar bens públicos.
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• A crise de 1930 e a Grande Depressão coloca em xeque os axiomas da teoria clássica, segundo a qual o desemprego seria um fenômeno voluntário.
Ganham vulto as idéias que viam o problema da Depressão como insuficiência de demanda agregada.
A principal contribuição foi a obra de John Maynard Keynes, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936), em que o autor desenvolve o
• O empresário toma sua decisão de quantos trabalhadores contratar e de quanto produzir com base em quanto ele espera vender.
• O volume de emprego é uma atribuição dos empresários, com base em quanto eles esperam vender, e não no mercado de trabalho, como no
modelo clássico.
• Em uma situação de desemprego, de nada adianta a redução salarial para induzir maiores contratações se os empresários acharem que não terão
Oferta agregada: a renda necessária para o empresário oferecer determinado volume de emprego (reflete os custos).
Demanda agregada: a renda que o empresário espera receber por oferecer determinado volume de emprego (reflete as expectativas).
• A maximização do lucro faz com que o emprego aumente enquanto a renda esperada (demanda agregada) superar a renda necessária (oferta
agregada).
• A intersecção dessas duas curvas determina o nível de produção e, assim, a demanda efetiva por emprego.
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• Dado o nível de emprego, determinado pela demanda efetiva, o salário real se ajustará para igualá-lo à produtividade marginal do trabalho (PmgN).
• Como a produtividade marginal do trabalho é decrescente, expansões do emprego são acompanhadas por quedas no salário real, sendo, portanto,
• Mas não é sua queda que induz o crescimento do emprego e do produto, como supõem os clássicos, pois a causação é justamente inversa.
• Dada a massa de salários reais, a disputa dos trabalhadores por salários nominais é uma luta pela repartição dessa massa salarial entre as diferentes
categorias.
• Portanto, para analisarmos a determinação do nível de emprego e, por conseguinte, a causa do desemprego, deve-se olhar o comportamento da
demanda efetiva.
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• O consumo é uma função estável da renda (propensão marginal da consumir > 0 e < 1).
• A estabilidade da propensão marginal a consumir faz com que a instabilidade da demanda, que provoca flutuações econômicas, não decorra do
• No modelo keynesiano, o investimento é tanto um elemento da demanda agregada a curto prazo, como também um elemento da oferta agregada a
• Ao tomar a decisão de investimento, o empresário está interessado no retorno que um dado bem de capital lhe conferirá ao longo de sua existência.
• Esse retorno está relacionado tanto ao custo do investimento (oferta agregada) quanto às condições do mercado de bens (demanda agregada).
• A decisão de investir é tomada a partir do confronto entre o valor presente do fluxo de receita esperada do investimento (preço de demanda do bem
• A eficiência marginal do capital é a taxa de desconto que iguala o fluxo de receitas esperado ao custo do investimento.
• Se esta taxa for superior à taxa de juros, que corresponde ao custo de se obter empréstimos para realizar o investimento ou o custo de oportunidade
Exemplo
Custo do investimento (preço de oferta do bem de capital) = R$ 5 milhões
Fluxo de receita esperada = R$ 1,2 milhão/ano
Período (n) = 6 anos
Eficiência Marginal do Capital (EMK)
• O problema é que a Eficiência Marginal do Capital é muito instável, uma vez que é calculada a partir de expectativas dos empresários, cuja base de
• A Eficiência Marginal do Capital pode alterar-se tanto por pressões na indústria produtora de bens de capital, como por mudanças nas expectativas
dos empresários.
• Com isso, o investimento tende a sofrer fortes oscilações, impactando o nível de demanda agregada e a atividade econômica.
• Para estabilizar a economia, Keynes propõe uma atuação mais efetiva do Estado, tanto por meio de gastos públicos, que compensem a falta de
demanda privada, quanto pelo direcionamento e incentivos aos investimentos, via redução da carga tributária, etc.
• A principal contribuição normativa de Keynes foi propor o uso de políticas fiscais compensatórias que tenderiam a ser muito mais eficientes do que
os instrumentos monetários, cuja eficácia dependeria de um duplo condicionante: a capacidade da política monetária afetar as taxas de juros, e uma
vez que tenha afetado, que está não seja sobrepujada por alterações na eficiência marginal do capital, que limitem o impacto das alterações na taxa
sobre o investimento.
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• O produto (renda) é determinado pela demanda agregada, não existindo restrições do lado da oferta para a expansão do produto.
• O produto (renda) é determinado pela demanda agregada, não existindo restrições do lado da oferta para a expansão do produto (existem recursos
desempregados).
Yd = Y – T + R
y = renda agregada
T = tributos
1ª SITUAÇÃO:
OA>DA → FORMOU ESTOQUES INDEJÁVEIS
OS ESTOQUES SERÃO TRANSACIONADOS NO PRÓXIMO PERÍODO
AS FIRMAS DIMINUEM A PRODUÇÃO
2ª SITUAÇÃO:
OA<DA → OS ESTOQUES SE ESGOTAM
AS FIRMAS AUMENTAM A PRODUÇÃO
3ª SITUAÇÃO:
OA=DA → EQUILÍBRIO DA ECONOMIA
y=C+I+G+X–M
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Agentes Econômicos:
Famílias Empresas Governo Resto do Mundo
demanda demanda
das do
famílias governo
DEMANDA
AGREGADA C +I +G + (X – M)
demanda demanda
das do
empresas resto do
mundo
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Função Consumo:
C = c yd + c
yd = Renda Disponível
c = Consumo Autônomo
C= 0,7.Yd+50
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Função Poupança:
S = s yd + s
S= 0,3.Yd-40
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Função Consumo x Função Poupança:
C = c yd + c S = s yd + s
c + s =1
c = −s
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Função Tributação:
T = t y+t
y = Renda
t = Tributação Autônoma
T= 0,1.Y+40
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Função Transferência:
R = ry+r
y = Renda
r = Transferência Autônoma
R= 0,1.Y+10
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Função Gasto:
G=g
G=150
Modelo Keynesiano
Função Investimento:
I = i y +i
y = Renda
I= 0,25.Y+100
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Função Exportação:
X =x
X = Função Exportação
x = Exportação Autônoma
Exemplo:
X=20
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Função Importação:
M = m y + m
M = Função Importação
y = Renda
r = Importação Autônoma
M= 0,1.Y+100
Quadro resumo - MKS
Função Equação
Consumo C = c yd + c
Poupança S = s yd + s
Tributação T = t y+t
Transferência R = ry+r
Gasto G=g
Investimento I = i y +i
Exportação X =x
Importação M = m y + m
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Y=C+I
C = Despesas de Consumo
I = Ivoluntáro + Iinvoluntário
DAefetiva = C + I
DA planejada = C + Ivoluntário
Iinvoluntário = Y – (C + Ivoluntário)
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• Se o produto (demanda efetiva) for menor que a demanda agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de demanda,
• Nessa situação as empresas contratarão mais trabalhadores e ampliarão a produção, de modo a atender a demanda, de modo que a
• Se o produto (demanda efetiva) for maior que a demanda agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de oferta,
• Se o produto (demanda efetiva) for menor que a demanda agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de demanda,
• Nessa situação as empresas contratarão mais trabalhadores e ampliarão a produção, de modo a atender a demanda, de modo que a
• Se o produto (demanda efetiva) for maior que a demanda agregada planejada, configura-se uma situação de excesso de oferta,
• IMPORTANTE: OS PREÇOS NÃO DESEMPENHAM QUALQUER PAPEL NO AJUSTAMENTO ECONÔMICO, QUE SE DÁ PELO MOVIMENTO DE
Y = DA
Y=C
C = C(Y)
C = Co + cY
Onde:
Consumo autônomo (Co)corresponde ao consumo que independe do nível de renda, ou seja, existe mesmo que a renda seja zero (consumo de
subsistência financiado por venda de ativos anteriormente acumulados ou por ajuda externa).
Propensão Marginal a Consumir (c) mostra a parcela da renda destinada ao consumo: quanto cresce o consumo a partir de aumentos da renda
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Condição de equilíbrio: OA = DA
Oferta agregada: OA = Y
Demanda agregada: DA = C = Co + cY
Y = Co + cY
Y – cY = Co
YE = __1__ . Co
(1 – c)
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Exemplo
C = 100 + 0,8 Y
Y=C
Y = 100 + 0,8Y
Y – 0,8Y = 100
YE = ___1___ . 100
(1 – 0,8)
YE = 500
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I = I0
DA = C + I0
Y=C+I
Y = C + cY + I0
(1 – c)
Um ponto importante a destacar no processo do multiplicador é que o crescimento da renda, por meio do efeito multiplicador, gera um crescimento na
ΔS = __1__ . (1 – c) ΔI ou seja, ΔS = ΔI
(1 – c)
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De acordo com esse modelo, em um dado país, onde se faça campanha para elevar sua taxa de poupança, se os gastos autônomos (I) forem mantidos
inalterados, uma elevação na propensão marginal a poupar levará a uma queda na renda.
ΔY = __1__ . ΔI ou seja, ΔS = ΔI
(1 – c)
O modelo keynesiano, tal como descrito aqui, é valido em situações em que exista capacidade ociosa. Uma vez atingido o limite da capacidade
produtiva, uma expansão de demanda levará, como no modelo clássico, à elevação dos preços.
Podemos definir o hiato inflacionário no modelo keynesiano, como o excesso de demanda em uma situação de pleno emprego
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O gasto público é um elemento da demanda que se soma ao consumo e ao investimento; os impostos são subtraídos da renda.
C = C(Yd)
Para efeito de simplificação vamos considerar as
Yd = Y – T + R
transferências como impostos negativos e seus valores já se
Onde
encontrem deduzidos da arrecadação total de impostos.
Yd = renda disponível
T = arrecadação de impostos
T = tY
G = G0 (gasto autônomo)
C = C0 + c(Y – T) = C0 + c (Y – tY)
DA = C + I + G
Y = C0 + c (Y – tY) + I0 + G0
1 – c(1 – t)
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Se considerarmos
X = X0 (exportações dependem da renda do resto do mundo e da taxa de câmbio e consideraremos com variáveis dadas)
Y = C0 + c (Y – tY) + I0 + G0 + X0 - mY
1 – c(1 – t) + m
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• No modelo keynesiano, ao contrário do modelo clássico, a demanda agregada assume o papel determinante no nível de renda, não havendo limitações
no lado da oferta.
• Esse modelo ajusta-se a uma situação em que existe ampla capacidade ociosa, de tal modo que as empresas possam atender qualquer demanda
• Em um ambiente como esse, a política fiscal passa a assumir grande importância para evitar profundas oscilações de renda, uma vez que o governo
pode, por meio de seus gastos e arrecadação, ampliar ou contrair a demanda agregada.
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CAIU NA PROVA!
Na sequência, são expostas algumas proposições sobre a Teoria Keynesiana. Analise-as de modo a julgá-las como Verdadeiras (V) ou Falsas (F)
( ) Adecisão de investimento se baseia na chamada Eficiência Marginal do Capital, que consiste na taxa de desconto que iguala o fluxo de receitas que se
espera obter ao custo do investimento.
( ) Apropensão marginal a consumir é o elemento de maior estabilidade na demanda pelo fato desta não depender de variações na renda.
( ) Os trabalhadores barganhavam salários reais e não nominal, conforme preconizavam os pressupostos clássicos.
( ) O nível de emprego é determinado no ponto de interseção entre oferta agregada e demanda agregada, onde se estabelece o nível de produção e a
demanda efetiva do trabalho.
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A sequência CORRETA é
a)V, F, V, F.
b)V, F, F, V.
c)F, V, F, F.
d)V, V, F, F.
e)F, F, V, V.
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CAIU NA PROVA!
Na década de 30, durante a Grande Depressão, a teoria econômica debatia, entre outros temas, as causas do persistente desemprego, que assolava grandes
contingentes populacionais. Uma das publicações que ganhou maior destaque nesse debate foi a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), de John
Maynard Keynes. Nessa obra, Keynes marcou os princípios teóricos que revolucionaram o pensamento econômico e até hoje é referência nas discussões sobre
os determinantes do emprego, da renda e da produção agregados. Acerca das contribuições de Keynes à teoria macroeconômica e das deliberações produzidas
durante a Conferência de Bretton Woods (1944), da qual Keynes participou ativamente, julgue (C ou E) o item seguinte.
Conforme Keynes, o nível de emprego agregado não se define meramente como um ponto de equilíbrio parcial, dado no encontro de curvas agregadas de
oferta e de demanda por trabalho. Para ele, em uma dada estrutura produtiva, o nível de emprego resulta da decisão dos empresários de empregar a força de
trabalho em função das expectativas de consumo e de investimento na economia. Assim, poderá persistir o desemprego involuntário enquanto o nível de
demanda efetiva for demasiadamente baixo.
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CAIU NA PROVA!
Segundo o modelo keynesiano simples de determinação da renda, um aumento da propensão marginal a importar:
a)reduz a renda de equilíbrio da economia;
b)aumenta o multiplicador de gastos da economia aberta;
c)reduz as exportações;
d)torna o multiplicador do orçamento desequilibrado;
e)eleva o déficit da balança comercial.
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CAIU NA PROVA!
a)1,6
b)2,4
c)3,0
d)4,0
e)5,0
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Resolução:
Logo temos:
1/(1-c)
1/(1-0,8)
1/0,2
=5
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CAIU NA PROVA!
Em um modelo keynesiano simples, suponha uma economia fechada com consumo dado por C = 100 + 0,8( Y − T) , investimento de 80, gastos do governo de
a)1.000
b)800
c)1.600
d)1.200
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Resolução:
Y=C+I+G+X-M
Como a economia é fechada, então X (exportações) e M (importações) são iguais a zero.
Y=C+I+G
Y = 20 + 0,8Y + 80 + 100
0,2Y = 200
Y = 1000
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Gabarito
1. B
2. V
3. A
4. E
5. A