Veja São Paulo #2079 - 01set23
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vejasaopaulo.com.br
1° de setembro de 2023
Curadoria coletiva:
Hélio Menezes, Grada
Kilomba, Diane Lima e
Manuel Borja-Villel, no
pavilhão do Ibirapuera
ARTE E ATIVISMO
Bienal de São Paulo e SP-Arte Rotas Brasileiras movimentam o circuito com mais de
400 artistas e obras que abordam temas como racismo, gênero, ambiente e povos originários
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VEJA SÃO PAULO 2079 (ISSN 2675-0546) ano 41/nº 35. VEJA SÃO PAULO é uma publicação semanal da Editora
Abril e circula na Grande São Paulo, no Litoral e nas cidades até 100 km da capital. EDIÇÕES ANTERIORES: Venda
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NO DIGITAL
Sem samba do adeus
vejasp.com.br
O rosto do criminoso
Silvero Pereira (foto) será o protagonista de Maníaco
do Parque, que chega ao Prime Video em 2024. É a
história do motoboy Francisco de Assis Pereira, conde-
nado por atacar 21 mulheres, assassinar dez delas e
esconder seus corpos no Parque do Estado. O docu-
mentário O Maníaco do Parque: a História Não Conta-
DIULGAÇÃO ABRIGO AMIGO
ENQUANTO ESPERA
Dez pontos de ônibus vão dispor de um telão que conecta o usuá-
rio a uma central de atendimento caso ele sinta alguma inseguran-
PRIME VIDEO/DIVULGAÇÃO
Lançamento
ACERVO SESC MEMÓRIAS/DIVULGAÇÃO
com audiovisual ou teatro, emenda um pro- Como nasci sob os holofotes, não tive esco- vou chamar um convidado e obrigá-lo a falar
jeto no outro (nos últimos anos, entre outros lha de não estar ali. Sempre foi uma coisa sobre determinado assunto. Algo muito po-
papéis, atuou em Malhação, Tempo de Amar muito normal. Entendo que, por ser conhe- sitivo na minha família é que adoramos con-
e no filme Os Saltimbancos Trapalhões: Ru- cida, preciso tomar cuidado com certas coi- versar e, quando chamamos alguém para
mo a Hollywood). Você pisca e já se passa- sas. Meus pais sempre me explicaram como tomar um café em casa, a reunião começa
ram dez anos. É muito legal voltar em um é ter uma vida mais exposta. Qualquer coisa às 10 da manhã e termina às 10 da noite.
musical que tem uma proposta completa- que a gente fale ou poste pode afetar outras Gosto de conversar com as pessoas, saber
mente diferente e em outra cidade. pessoas. Entendo essa responsabilidade, mais sobre elas. Por isso o nome é Vibe Boa.
que tenho desde pequena.
O que achou da adaptação do O Renato Aragão conseguia conciliar
personagem a uma pessoa não binária? vida de estrela e rotina em casa?
O musical vem de uma história antiga, que
não se sabe se é verdadeira ou não, escrita
“Nasci sob os Ele foi sempre muito presente. Durante o
dia, estava em gravações, mas sempre jan-
por Alexandre Dumas. Trouxemos a história
para a modernidade, inclusive na caracteri-
holofotes, não tava com a família. Nunca deixou de me
prestigiar nos momentos importantes, lar-
zação dos personagens. No caso do meu, tive escolha de gava o que estivesse fazendo para me ver
era uma figura importante na época, que até nessas ocasiões. Ele gravava de três a quatro
tomava decisões no palácio. Quis fazer uma não estar ali. vezes por semana e, se eu tinha apresenta-
homenagem ao retratá-lo de uma forma ção na escola, saía mais cedo para me assis-
que acho que ele gostaria de ter sido, mas Meus pais sempre tir. Sempre foi um pai carinhoso.
que na época não se falava muito sobre isso, me explicaram
por isso o fizemos como uma pessoa não Você fez vários cursos de atuação
binária. Gostei muito da adaptação. sobre o que e direção nos EUA. Por que
escolheu estudar isso por lá?
Você se mudou para São Paulo
para fazer a peça. O que gosta
significa ter uma Estudei em colégio bilíngue, então o inglês
é quase uma língua nativa. Ir para os Esta-
e o que não gosta na cidade? vida exposta. dos Unidos era um desejo. Aos 12 anos,
Estou bem adaptada, porque sou muito entrei no Stagedoor Manor (centro de trei-
acelerada, gosto de fazer as coisas aconte- Entendo a namento no estado de Nova York). Era a
cerem. Os pontos negativos são apenas o única brasileira na turma, tive de esperar
trânsito, a barulheira e as obras. responsabilidade” dois anos na fila. Saí com um prêmio de
melhor atriz em cena dramática, o que me
Suas principais produções, na televisão tirou qualquer dúvida de que eu não fosse
e no cinema, foram estreladas junto Enquanto você crescia, sentia uma capaz. Estava em um país no qual as pes-
ao seu pai. Como lida com a questão? cobrança ou uma expectativa para que soas me conheciam apenas pelo trabalho.
Se preocupa em desvencilhar a se tornasse artista ou tivesse talento? Foi o pontapé. Depois estudei na New York
carreira pessoal da imagem dele? Não. Sempre fui com meu pai às gravações, Film Academy, em Los Angeles, e na Stella
Meu pai sempre vai ser o meu pai. Tenho tinha curiosidade de saber do que se tratava Adler Studio of Acting — lá são dois anos de
muito orgulho dele e da trajetória dele. Sei a ponto de pedir para estar junto. Foi tudo curso, sem folgas nos fins de semana.
que nossas vidas sempre estarão juntas, natural. É difícil para os pais quando o filho
mas isso não quer dizer que eu viva a vida segue a mesma profissão, eles já imaginam Você tem uma empresa, a LVA
dele ou ele, a minha. Claro que tenho o su- as dificuldades pelas quais terão de passar. Produções, que faz publicidade,
porte dele, como pai e mestre. Mas tento Mas tive a inspiração em casa, então foi na- agenciamento etc. No futuro, se vê
trilhar meu próprio caminho, pois estou na tural. Nunca foi pressão, mas inspiração. mais como empresária ou artista?
fase de consolidar a carreira de atriz. As duas coisas andam lado a lado. Quando
Em março, você estreou o podcast consigo produzir meus trabalhos, sou tanto
Você estreou como atriz em 1999, Vibe Boa. O que ele tem para se produtora quanto atriz. Antigamente, as
aos 8 meses, no filme O Trapalhão e diferenciar neste momento em que pessoas tinham o costume de colocar os
a Luz Azul. Qual é o lado bom e o lado tantos programas do tipo são lançados? artistas em uma “caixinha”. Hoje, tenho a li-
difícil de crescer sob os holofotes? É um podcast que não tem polêmica. Nunca berdade de assumir várias funções.
VejaVeja
SãoSão
Paulo 1° dexxsetembro,
Paulo de xxxxx, 2020
2023 7
CLUBE DE REVISTAS
TERRAÇO PAULISTANO
Humberto Abdo
Antagonismo
em camadas
Destaque nas séries Cangaço Novo e Dom, am-
bas do Prime Video, Rafael Losso, 42, agora fará
parte do novo Cidade de Deus. Dividida em seis
episódios, a produção da HBO Max será uma con-
tinuação do filme, lançado em 2002. “Faço um
personagem chamado Zeroone, um ex-agente
carcerário que migrou para o mundo do crime”,
resume. Com gravações ocorrendo em São Paulo
até novembro, a data de lançamento ainda será
revelada. “Já interpretei outros bandidos, mas
esse trabalho tem uma diferença fundamental
porque carrega uma essência humana, que faz
com que ele acabe cometendo atitudes questio-
náveis. Tem o ponto de vista do bandido e seus
traumas”, avalia. “Esses últimos personagens me
CAIO OVIEDO/DIVULGAÇÃO
Bazar e refúgio
Com sete unidades e um centro de distribuição em
São Paulo, o Unibes Bazar vai ganhar mais um endere-
ço. Na Bela Vista, um prédio de três andares doado à
instituição vai abrigar a nova loja no térreo com itens
doados e restaurados, entre roupas, móveis e eletro-
domésticos. “Um dos nossos maiores sonhos é não
depender tanto de doações para nos manter, por isso
criamos o bazar e hoje recebemos cerca de 1 300 a
1 400 produtos por mês”, conta Denise Antão, 64,
presidente do Unibes Cultural. Prestes a ser inaugura-
do no fim de setembro, o espaço também terá sete
FABIANO OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO
CAIO GALLUCCI/DIVULGAÇÃO
CABARÉ IMERSIVO
Com investimento de 7 milhões de reais, o clássico musical Cabaret es-
treia em São Paulo em 2024. Programada para 8 de março no 033 Roof-
top do Teatro Santander, a produção é uma parceria entre os diretores
ESTÚDIO ANTIQUES&ARTSP/DIVULGAÇÃO
libras, mas fiquei com ela na cabeça desde en- fissionais. Uma das maiores
tão”, diz. “É como uma bicicleta de praia, gostosa tendências hoje é encontrar
para andar e com esse design moderno.” maneiras de socializar.”
CAMINHOS
COLETIVOS
Mais de 400 artistas estão na Bienal e na SP-Arte Rotas Brasileiras, mostras
que movimentam o circuito artístico com obras que chamam a atenção
para temas como racismo, gênero e povos originários Humberto Abdo
ela primeira vez na história da Bienal ele faz parte), em Madri. “A cidade vai re-
a São Paulo, acompanhado de um grupo de (2), 12h/19h. Dom. (3), 11h/18h. R$ 70,00.
conselheiros do museu Reina Sofia (do qual sp-arte.com.
PAULISTAS NA BIENAL
Entre coletivos e artistas nacionais e estrangeiros, 121 nomes participam da Bienal e oito deles são de
São Paulo; com teor ativista e forte presença de temas raciais e LGBTQIA+, confira alguns destaques
Malu Avelar:
fundadora de
instalação criada
LEO MARTINS
em Santos
Sauna Lésbica
Imagine se existisse uma sauna lésbica: essa é a provocação de esse empecilho na cabeça, que abriu um debate imenso.” Um
Malu Avelar, fundadora do coletivo paulista que ocupa o sub- bar em Valongo serviu de espaço para a primeira versão, uma
solo do pavilhão. Nascida em Sabará, Minas Gerais, a artista e instalação adornada com letreiro neon (trazido à Bienal) e mui-
dançarina “radicada” em Santos criou o grupo em 2019 e convi- to vapor — não é, ela ressalta, um comparativo com as saunas
dou várias mulheres para integrar a nova edição. “Trabalhei por gays masculinas. Por lá, visitantes devem encontrar textos, ima-
muitos anos com Flip Couto na mesma companhia de dança e gens e reflexões, mas a criadora prefere não revelar muito mais
ouvia suas experiências de sauna. Um dia eu disse que gostaria que isso. “A sauna é algo coletivo, feito para se relacionar com
de ir a uma e ele: ‘Não, você não pode’”, relembra. “Fiquei com outras pessoas e sempre tem um mistério envolvido.”
CEDAE/UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS/DIVULGAÇÃO
Quilombo Cafundó
Fotografias da década de 1970 fazem parte da composição do quilombo
Cafundó, instalado em Salto de Pirapora, interior de São Paulo. “Na época,
chamou a atenção de um pesquisador o fato de mantermos um dialeto
africano que veio com nossos ancestrais. Talvez seja o único no Brasil”,
acredita Regina Aparecida Pereira, uma das líderes do local. Com imagens
cedidas pela Unicamp, são registros da comunidade, dos lugares e da tra-
dicional festa da Santa Cruz organizada em uma capela. “Meu contato por
lá começou em 2003, quando morava em Campinas. Conheci uma local
chamada Cida e, anos depois, quando tive a oportunidade de visitar, ela já
havia falecido. Mas conheci o irmão dela e acabamos nos casando.”
Rosa Gauditano
Dois meses de visitas ao circuito lésbico
paulistano nos anos 1970: esse foi o tempo
que Rosa Gauditano levou para fotografar
as frequentadoras do Ferro’s Bar e da boate
Dinossauros, ambos na região da Repúbli-
ca. “Eu nunca tinha trabalhado como free-
lancer quando me pediram esse material.
Morava na Frei Caneca e fui a pé me apre-
sentar e explicar a proposta”, relembra. O
trabalho nunca chegou a ser publicado,
mas na Bienal ganhou dois ambientes, um
deles todo espelhado, para exibir 31 fotos
ampliadas. “Elas sofriam uma repressão
danada na época, era uma coisa muito fe-
chada. E eu, que sempre tive namorado,
pela primeira vez fiquei observando aquela
realidade para entender como funcionava o
mundo e a vida delas”, conta. “Meu traba-
lho principal é com povos indígenas. Quan-
do chego a uma aldeia, só converso e nem
pego a máquina por alguns dias. Isso até as Séries noturnas:
pessoas me aceitarem. Depois você fica retratos da noite
LEO MARTINS
Rosana Paulino
“Ganhei uma sala bem grande e generosa”, delicia-
se Rosana Paulino. Após participar da última Bienal
de Veneza, a artista visual assina a continuação da
série Senhora das Plantas com vários “trípticos”
(peças divididas em três partes) que fazem referên-
cia às árvores do mangue. Desta vez, os painéis
terão até 5 metros de altura. “Assim como as raízes
que se entrelaçam, o próprio ambiente do mangue
tem muitos simbolismos por ser berçário de várias
espécies, mas também o local onde elas terminam.
É ao mesmo tempo seco e úmido, início e fim”, re-
flete. “E essa adaptabilidade é algo comum na co-
munidade negra.” Moradora de Pirituba, sua traje-
tória começou pelo contato com a natureza. “Du-
rante boa parte da minha vida pensei que seria
bióloga. E minha mãe era uma pedagoga nata,
ISABELLA MATHEUS/DIVULGAÇÃO
Gentileza urbana
Dois projetos privados vizinhos no Brooklin terão áreas verdes
abertas em locais antes ocupados por fábricas Clayton Freitas
m megaempreendimento ços de lazer e cultura. Previsto para
U privado em construção no
Brooklin, na Zona Sul, re-
servou 8 000 metros quadra-
dos do terreno para criar um parque
público. A área, equivalente a um
ser entregue em 2025, o projeto é de
autoria do arquiteto e designer is-
raelense Dror Benshetrit, que em-
presta o nome ao empreendimento,
o Eden Park by Dror.
campo de futebol, custará 20 mi- A criação de áreas verdes públi-
lhões de reais e terá árvores e espa- cas em empreendimentos que supe-
ram 40 000 metros quadrados está 10 000 quadrados, aberta desde ju-
prevista em lei, no atual Plano Dire- lho. O destaque são as oitenta espé-
tor Estratégico. No caso do projeto, cies da Mata Atlântica — só de arau-
que ocupa cerca de 42 000 metros cárias são quarenta exemplares (sim,
quadrados de uma antiga fábrica elas existiram um dia em São Pau-
de sorvetes (a Kibon), a obrigato- lo...), que nos próximos anos forma-
riedade da Cyrela era de disponibi- rão uma pequena floresta. O projeto
lizar 6 300 metros quadrados — a é assinado pela arquiteta e paisagis-
gentileza urbana da construtora foi ta Alexandra Cardim e seu marido,
adicionar 1 700 metros ao cálculo. o botânico Ricardo, famoso pelas
“Esperamos que o parque se con- miniflorestas nativas feitas na cida-
solide como um respiro verde e um de. Apesar de permitir a visitação
cartão-postal na cidade”, afirma pública, a entrada e a saída das pes-
Alexandre Dentes, gerente-geral soas serão controladas por monito-
de negócios e incorporação da em- ramento eletrônico e seguranças.
presa, que toca a obra em parceria O espaço é mesmo um oásis ver-
com as marcas Hines e Lavvi. de entre os gigantes de concreto e
Separado por apenas um muro, o aço. Um dos charmes é o pequeno
terreno vizinho abriga um empreen- riacho com pedras que forma mini-
dimento batizado de O Parque, da cachoeiras e deságua em um lago
Gamaro Incorporadora. Também com peixes. “Restauramos a paisa-
formado por torres residenciais, cor- gem que desapareceu com a degra-
porativas e de apartamentos com dação ambiental e a urbanização
serviços, o projeto criou uma grande desenfreada”, diz Ricardo. “É um
praça de convivência com vegetação vislumbre de como podem ser as
nativa, em uma área verde total de cidades no futuro”, conclui. ß
CLUBE DE REVISTAS
Brinquedo sério
Sócios fizeram dos carrinhos de rolimã um negócio lucrativo
e criaram eventos que reuniram 200 000 pessoas
Clayton Freitas
á cinco anos, dois paulista- dos anos 1980 outras bandas de
tuitos no brinquedo e que já atraí- nandes Ferri, 49, teve como missão
ram 200 000 pessoas. O maior foi de um trabalho de escola saber quais num brechó que Márcio e seu sócio,
no último dia 20 de agosto, quando eram as brincadeiras prediletas do Alexandre Seiji Koga, 47, tinham à
a banda Blitz tocou no encerramen- pai quando criança. Ao consultar o época. “Muitas pessoas entravam
to de um desses encontros, denomi- avô, o senhor Mario, descobriu que para ver o carrinho e conversar e
nados de Rolimã Fest, em um show a versão criança de Márcio gostava contar suas histórias”, diz Márcio.
com mais de 10 000 pessoas em de se aventurar pelas ladeiras da Eles só perceberam que o brinquedo
uma rua na Mooca (Zona Leste) Mooca nos tais carrinhos de rolimã. poderia ser lucrativo quando produ-
que arrecadou duas toneladas de Para ajudar a neta, o avô construiu ziram quinze exemplares e vende-
alimentos. Eles dizem que não vão o brinquedo, que além de ser levado ram todos. Em 2017, venderam o
parar por aí e prometem tirar do baú para a escola dela, ficou pendurado brechó e fundaram a Mulek de Rua,
FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO
Como se fosse no
estúdio: ambientes
amplos e coloridos
celebrar o centenário dos estúdios ções curtem os conteúdos da Warner Casa Warner — 100 anos. Data:
Warner Bros., a casa de clássicos e não queríamos que ninguém ficas- 1º de setembro a 29 de outubro. Ho-
como Casablanca e O Mágico de se de fora dessa festa”, afirma Mar- rário: 10h às 22h. Local: Shopping
Oz, animações como Looney Tunes, cos Bandeira de Mello, General Eldorado, estacionamento aberto
Scooby-Doo e Tom & Jerry e fran- Manager de Consumer Products da (Av. Rebouças, 3970, Pinheiros).
quias como Harry Potter, O Senhor Warner Bros Discovery. Entre os Ingressos: R$ 50 (meia promocio-
dos Anéis e Matrix. Todos esses tí- destaques, estão os carros clássicos nal de terça a quinta) a R$ 150 (in-
tulos e muito mais compõem os do Batman e da turma Scooby-Doo teira aos fins de semana). ticket-
mais de 1 500 metros quadrados da (acima), uma retrospectiva por es- master.com.br e bilheteria local. ß
Camilla Gonçalves
em cena do filme
A Garimpeira
Montanhas de tesouro
Minidocumentário, disponível ao público neste fim de semana, narra as reflexões de uma
garimpeira profissional de roupas dos bazares e brechós da capital paulista Guilherme Queiroz
amilla Gonçalves, 30, por tom dos Looney Tunes”, lembra. ção, para propor o projeto. “A gente
Exoesqueleto em casa
Centro de reabilitação Lucy Montoro trará robôs de locomoção ao Brasil para criar um modelo
mais barato, incluir a tecnologia no SUS e permitir o uso doméstico Pedro Carvalho
té o final de setembro, São da Rede Lucy Montoro, professora
Equipamento
disponível em São
Paulo: só a versão fixa
A Paulo irá receber três exoes-
queletos usados para a loco-
moção de pessoas que per-
deram os movimentos: um modelo
francês, um chinês e um sul-
titular da USP e diretora de um cen-
tro da OMS especializado em rea-
bilitação. “Nosso primeiro objetivo
é disponibilizar unidades no SUS
em até três anos. Mas o exoesque-
coreano, que custam entre 60 000 e leto tem de ser como a esteira ergo-
200 000 dólares. A rede de reabili- métrica, que todo paciente de doen-
tação Lucy Montoro, instituição ças cardíacas pode ter em casa.
pública especializada nesses trata- Acho realista prever que, em cinco
mentos, vai importá-los para usá- anos, quem quiser poderá ter um
los nas clínicas e, principalmente, equipamento doméstico”, ela diz.
fazer pesquisas. O projeto é criar Não significa que será comum
um robô nacional mais barato nos ver pessoas na rua com os exoes-
próximos dois anos, incluí-lo nas queletos — afinal, não há ciência
sessões do SUS (que não conta com que dê jeito nos buracos das calça-
nenhum equipamento do tipo) e das paulistanas. Mas, ainda que
permitir que, em breve, os pacientes permitam apenas a locomoção em
tenham a tecnologia em casa. casa ou dentro de um condomínio,
“Iremos avaliar questões como os robôs seriam importantes na re-
a durabilidade e a segurança. Va- cuperação desses pacientes. “A au-
REDE LUCY MONTORO/DIVULGAÇÃO
Boletim apetitoso
VEJA SÃO PAULO lança sua newsletter semanal de s informações mais quentes
gastronomia com críticas, notas e reportagens produzidas
pela equipe de especialistas da publicação Saulo Yassuda A sobre a cena paulistana de ba-
res, restaurantes e afins são
disponibilizadas em mais um
canal para os leitores da Vejinha.
Além de já serem entregues na revis-
ta impressa, no site, nos aplicativos
GoRead e COMER & BEBER e nas
redes sociais da marca, VEJA SÃO
PAULO lançou, no último dia 18, sua
newsletter de gastronomia. O conteú-
do sobre o tema produzido pelos es-
pecialistas chega às caixas de e-mail
dos inscritos toda sexta-feira, e de
maneira gratuita, mesmo para não
assinantes da revista.
“Receber nosso boletim de notí-
cias é muito fácil. Basta preencher o
e-mail na seção Assine as Newsletters
da Vejinha, na home do site (vejasp.
abril.com.br)”, explica o editor sênior
Arnaldo Lorençato. O informativo é
batizado de COMER & BEBER,
mesmo nome do guia anual de gas-
tronomia da Vejinha, cuja 27ª edição
será lançada no próximo dia 28. “A
cada edição, fazemos uma seleção do
melhor de nossa produção semanal,
já que a newsletter é mais uma cura-
REPRODUÇÃO
CLAYTON VIEIRA
A voz do público
Além dos críticos do guia anual COMER & BEBER,
CLAYTON VIEIRA
LIGIA SKOWRONSKI
Marca registrada
No coquetel de OS MAIS AMADOS DE SP, Vejinha entrega prêmios aos representantes
das empresas escolhidas como as mais queridas pelos paulistanos Guilherme Queiroz
xecutivos de 45 marcas recebe- em parceria com a plataforma bio Carvalho, publisher da Editora
Christiane Citrângulo, diretora de marketing e fidelidade Fabio Carvalho, Ricardo Aguirre e Guilherme Aguiar, do
do Pão de Açúcar, e Carolina Altimeri publisher da Editora Abril Bandeirantes, no evento de 24 de agosto
Pelo Allianz Parque, Mike William e Rafael Beraldo Carlinhos Anhaia, do Villa Country que leva o parque na capa
FOTOS WANEZZA SOARES
Jessica Kalil e Sandra Souza, O restaurateur Gero Fasano, Lica Paiva, head comercial da Abril, com dr. Alberto D’Auria
da Alô Bebê, no coquetel do Grupo Fasano e Fabricio Duarte, representantes da Pro Matre
VENCEDORES
Casa de shows » Sala São Paulo
Teatro » Bradesco
Cinema » Cinemark
Livraria » Cultura
Casa noturna » Villa Country
Centro cultural/museu » Masp
Colégio/escola » Bandeirantes
Universidade/faculdade particular » Mackenzie
Estádio » Allianz Parque
Concessionária de veículos » Caoa
Hospital » Hospital Israelita Albert Einstein
Maternidade » Pro Matre
Parque » Ibirapuera
Supermercado » Pão de Açúcar
Produtos de beleza » O Boticário Soraya Corona,
Shopping center » Iguatemi Arnaldo Lorençato, editor-sênior da Vejinha, ao lado de diretora e cofundadora
Loja de brinquedos » Ri Happy Luiz Carlos Lemos e André de Almeida Ribeiro, do Mackenzie do Grupo Smart Fit
Pet shop » Cobasi
Loja para bebês e crianças » Alô Bebê
Joalheria » Vivara
Loja de materiais de construção » Leroy Merlin
Loja de móveis e decoração » Tok&Stok
Restaurante » Fasano
Lugar de lanches e doces » Z Deli Sandwiches
Bar preferido » Bar dos Arcos
Hotel » Ibis
Construtora/incorporadora » Cyrella
Laboratório de análises clínicas » Fleury
Farmácia/drogaria » Drogaria São Paulo
Escola de idiomas » Cultura Inglesa
Loja de artigos esportivos » Decathlon
Aplicativo de delivery » iFood
Operadora de telefonia » Vivo Dr. Edgar Gil Rizzatti e
FLÁVIO MORET
Convênio médico/plano de saúde » SulAmérica Tatiane Vasconcelos e Mario D’Andrea, João Paulo Maramaldo, que
Posto de combustível » Ipiranga que representaram O Boticário receberam prêmio pelo Fleury
Rede bancária » Itaú
Academia » Smart Fit
Locadora de veículos » Localiza
Empresa de mudança » Granero
Imobiliária » QUINTOANDAR
Spa/centro de bem-estar e estética » Spa L’Occitane
Cafeteria » Santo Grão
Roupa feminina/masculina » Zara
Comércio on-line » Mercado Livre
Praça de alimentação » MorumbiShopping
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Livro A Arte de Gozar: Amor,
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Um japonês
de categoria
Durante o dia, o Maza é banhado de luz natural. À noite, o
restaurante ganha um clima intimista, com iluminação suave. O que
não muda por lá é o trabalho do chef Willian seiji enokizono, que dá
expediente quase todos os dias nos dois horários. Desde que o restau-
rante foi aberto pelos irmãos thiago e Igor Yushimori em setembro de
2020, ainda durante o auge da pandemia, um par de chefs passou
pela cozinha. O menu só começou a aprumar com a chegada, em maio
do ano passado, de seiji, jovem talento de 26 anos que tinha como
experiência a faculdade em gastronomia em sorocaba e uma passa- de ciboulette picadinha. Os sushis, igualmente bons, podem reunir
gem pelo Imakay. nascido em Piedade, o profissional é adepto da culi- pescada-cambucu, barriga de olhete, carapau e pargo com manteiga
nária clássica sem deixar de dar um ou outro toque moderno às pre- de katsuobushi, que causa um agradável estranhamento ao paladar. e
parações. Minha sugestão para que se conheça o trabalho elaborado mais temaki de raspas de atum gordo com umeboshi, um camarão-
por ele é o omakassê (R$ 390,00), palavra que pode ser traduzida como -rosa cozido na hora de aplaudir, uni sobre o arroz enrolado na alga,
deixar nas mãos do chef. De massa sequinha, o tempurá de vieira en- wagyu nacional com karassumi ralado (nesse caso, predomina o sabor
volta em folha de shissô vem com limão-cravo tostado para regar a das ovas de tainha ralada, o que não é bom) e um cremoso atum gordo
delicada fritura. um guioza de lagosta, repolho e alho nirá sobre uma da nadadeira do bluefin espanhol. acabou? Vem ainda arroz de enguia
pasta de alho torrado e apimentado é regado por molho ponzu adicio- com mel e ciboulette enrolado num temaki. a sobremesa, deliciosa,
nado na mesa. a seleção de sashimis pode incluir o duo de akami mas quase nada oriental, é o bolo de cenoura ao estilo americano com
(atum magro) e um carapau sedoso de tão gordo com uma espécie de nozes-pecã e especiarias coberto por creme de yuzu e laranja-baía. Rua
picles agridoce de cogumelo shiitake desidratado, reidratado e cozido. Manuel Guedes, 243, Itaim Bibi, ☎ 23069849 (48 lugares).12h/15h e
traz ainda o ussuzukuri em lâminas bem finas de olhete com nabo ra- 19h/23h (sex. e sáb. até 0h, fecha dom.). ⑥ (R$ 70,00) → @ma-
lado, pimenta e raspas de tangerina ao molho ponzu com uma floresta zarestaurant. Aberto em 2020. $$$
TEMPERO
DA ÍNDIA
GUSTAVO STEFFEN/DIVULGAÇÃO
Kebabs de frango e
LIGIA SKOWRONSKI
cordeiro: lançamento do
Curry’s Culinária Indiana
Extensão taiwanesa
O Mapu Baos e Comidinhas acaba de ganhar um restaurante. É mais um endereço
para os fãs da casa informal de comida popular taiwanesa. Fica na mesma Rua Áu-
rea, onde também está o irmão mais velho. Em funcionamento desde 22 de agosto,
o Aiô tem uma proposta um pouco mais gastronômica. O restaurateur Duilio Lin
encomendou aos chefs Caio Yokota e Victor Valadão, também do Mapu, um cardá-
pio criativo, que reúne pratos com uma visão moderna. Tomou o cuidado de enviar
a dupla de cozinheiros para uma viagem de pesquisa culinária em Taiwan, país de
nascimento de sua mãe, Jasmine Chen. O cardápio inclui a salada de tomate com
garum (molho de peixe), cogumelos, óleo picante de macadâmia, crocante de broto
de feijão e bolo de tomate (foto; R$ 40,00) e moules frites com douchi (feijão-preto
fermentado) ao óleo de manjericão (R$ 75,00). A conferir. Rua Áurea, 307, Vila Ma-
NANI RODRIGUES/DIVULGAÇÃO
riana, 5083-4778. → aiorestaurante.com.br. $
Masterchef no comando
Não vai ser dessa vez que Fernanda Oliveira (foto), segun-
OTAVIO DE SANCTIS ARQUITETURA/DIVULGAÇÃO
CHÂTEAU GRAND-PEY-LES- pode-se abrir agora, mas temgião do Médoc, margem direi- dar de médio corpo, taninos
COURS 2014. Da AOC Saint- capacidade de evoluir por ta de Bordeaux, tem a classifi- macios, boa acidez. Beber
-Émilion Grand Cru, elabora- mais de cinco a sete anos. cação de Cru Bourgeois. Elabo- agora ou guardar até mais cin-
do com merlot (70%), caber- R$ 349,90, na Evino. rado com cabernet sauvignon co anos. R$ 258,71, na Wine.
net franc (25%) e cabernet e merlot. Rubi escuro. Aroma
sauvignon (5%), sem madeira. CHÂTEAU LA RAZE BEAU- de frutas como amora e mo- CHÂTEAU MOULIN DELILLE
Cor rubi escura. Aroma fruta- VALLET 2019. Do produtor rango, couro, especiarias, alca- 2012. Da sub-região de Saint-
do, framboesa, tabaco, grafi- Maison Ginestet, da sub-re- çuz, flores, nota terrosa. Pala- -Estéphe, na margem esquer-
te, couro. Paladar de bom da de Bordeaux. Elaborado
corpo, boa acidez, taninos com merlot, cabernet sauvig-
ainda levemente presentes. Já non e petit verdot. Cor grana-
pronto para beber. R$ 299,90, da entre clara e escura. Aroma
na Evino. de frutas vermelhas, cerejas,
madeira nova, baunilha, taba-
CHÂTEAU HANNETOT 2016. co, couro, coco. Paladar de
Da sub-região de Pessac-Léog- médio corpo, taninos leve-
nan, na margem direita de Bor- mente presentes, acidez equi-
deaux. Elaborado com merlot, librada. Já pronto para beber.
cabernet sauvignon e cabernet R$ 199,90, na Evino.
franc, amadurece onze meses
em barricas de carvalho. Cor Compre aqui
rubi escura. Aroma de frutas
negras maduras, cassis, couro,
madeira, especiarias, pimenta.
Paladar de bom corpo, taninos
FOTOS DIVULGAÇÃO
Sabores da Amazônia
Inaugurada em 2016 em Manaus, a que teve seu primeiro contato com produ- Nordeste), sem leite, revela-se mais azedi-
Sorvetes Bárbaros, conhecida pelas re- tos da Amazônia ainda em São Paulo, nho. Também são atraentes as opções
ceitas preparadas com ingredientes ama- quando trabalhou no extinto restaurante sazonais como tucupi negro e chocolate
zônicos, transferiu-se para a capital pau- 72, de um então jovem promissor chama- defumado com pimenta jiquitaia – ambos
lista em setembro do ano passado, quan- do Alex Atala. A vitrine reúne dezesseis surpreendentes. Embora saborosos, al-
do o simpático casal formado pelo ma- sabores (a partir de R$ 12,00, uma bola), guns dos sorvetes poderiam ser mais cre-
nauara Maurício Pardo e a cozinheira entre versões típicas ou mais corriqueiras, mosos. A casa, infelizmente, não trabalha
paulistana Milene Ribas decidiu viver na como doce de leite. Enquanto o de cuma- com casquinha. Em compensação, o topo
cidade. Na loja, localizada em Perdizes, é ru tem gostinho delicado, o de castanha- de cada copo é adornado por um crocan-
Pardo quem se encarrega do atendimen- -do-pará, chamada ali de castanha-da- te biscoito dos bons. Rua Caiubi, 1461,
to. Além de oferecer provinhas, ele explica -amazônia, é mais doce, entremeado de Perdizes. Não tem telefone (8 lugares).
com entusiasmo sobre cada um dos sabo- praliné feito do fruto seco. O sorbet de 12h/19h (fecha seg.) → @barbaros-
res. As receitas ficam a cargo de Milene, taperebá (ou cajá, como é conhecido no sorveteria. Aberto em 2022.
No sobrado ao lado
No início de agosto, a rotisseria Petit Comité Rotiserrie mu- refeições rápidas”, promete a banqueteira Rita Atrib. Entre 2016
dou de endereço. Deixou o número 763 da Rua Gaivota, em e 2020, ela chegou a manter os dois endereços, um dedicado
Moema, e passou a ocupar o imóvel ao lado, no 779. Com van- à rotisseria e outro onde servia almoço, mas acabou devolven-
tagem, o sobrado tem 40 metros quadrados a mais que o vi- do o imóvel durante a pandemia. “Os valores dos aluguéis
zinho, o que vai reduzir o “congestionamento” na loja aos fins aumentaram muito no bairro e, desta vez, não tivemos como
de semana. “Com mais espaço, pretendo ter kits para pegar e manter as duas casas”, explica. Rua Gaivota, 779, Moema, ☎
levar, itens de mercearia e, se tudo der certo, voltar a servir 2359-0771. → ② @petitcomiterotisserie.
DOCUMENTÁRIO
MEMÓRIA COLETIVA
Existem três vértices principais em Retra- Luiz e é registrado pelas câmeras. E, mesmo para
tos Fantasmas, novo documentário de Kleber Men- quem mora em São Paulo, distante mais de 2 500 km
donça Filho (Aquarius e Bacurau), atualmente nos de onde foram registradas as cenas, é fácil se identi-
cinemas: a história pessoal do diretor, as antigas salas ficar com o contexto todo. Afinal, a soma de vertica-
de exibição de filmes no centro do Recife, e o passar lização do espaço urbano, abandono da região cen-
dos anos na capital pernambucana. Ao falar de si, tral e transformação da paisagem são também uma
Kleber alcança o passado de uma cidade toda, a he- realidade bastante presente por aqui. Para além da
rança cultural que ela carrega e, claro, o impacto do reflexão social, fala mais alto o amor pelos filmes e
cinema nisso tudo. Tal conexão, que vai do pessoal como eles ajudam a formar uma memória comum.
ao coletivo de forma natural, é tratada de maneira Em tempos nos quais a experiência de frequentar um
bem-humorada e com riqueza de imagens de arqui- cinema de rua fica cada vez mais rara, Retratos Fan-
vo, coletadas ao longo das décadas. Além dos cine- tasmas é um registro importante de que estes são
mas, que são personagens completos, há pessoas locais a serem preservados. “É muita história”, define
como Alexandre, que foi projetista do cinema São o cineasta, durante sua sensível narração. E é mesmo.
ENCONTRO DE LEOAS
Joe, militar linha dura (interpretada por Zoe exército, onde se destaca pela força física e psicológi-
Saldaña, de Guardiões da Galáxia), é a protagonista ca. O relacionamento cheio de atritos entre as perso-
de Operação: Lioness, série do Paramount+. Sem nagens é o principal catalisador da trama, já que uma
interesse em se fazer de simpática nem mesmo com a precisa aprender a confiar na outra para fazer dar cer-
própria filha adolescente, ela comanda seus subordi- to uma perigosa missão: Manuelos tem de se infiltrar
nados com a mesma rigidez. Tal comportamento é na família de um terrorista e descobrir seus segredos.
requisito básico para lidar com as decisões que fazem A tensa série criada por Taylor Sheridan (de Yellowsto-
parte de sua rotina de trabalho, à frente de um esqua- ne e Tulsa King, outros dois sucessos do mesmo strea-
drão envolvido nos conflitos do Oriente Médio. A mais ming) não economiza em cenas de violência, chutan-
nova integrante do time é Cruz Manuelos (Laysla de do para longe qualquer clichê de atrações estreladas
Oliveira, canadense de família brasileira), ex-dançarina por mulheres. Nicole Kidman e Morgan Freeman têm
que foge de um relacionamento abusivo e vai parar no participações especiais ao longo da temporada.
Isis Valverde
encarna Ângela
Diniz em longa
CINEMA NACIONAL
Crime marcante
Ao contrário do que o título possa indicar, Ânge- nagem, mas fica limitada a um cenário de sofrimento.
DIVULGAÇÃO
la, destaque do 51º Festival de Gramado que chega Não há escapatória diante de poucas locações (em
aos cinemas dia 7 de setembro, não é um filme espe- especial, a casa na Praia dos Ossos, no Rio de Janeiro),
cificamente sobre a socialite mineira Ângela Diniz. A assim como há pouquíssimas chances para que sua
história gira em torno dos últimos meses de vida da Ângela seja algo além da vítima de rótulos da alta so-
mulher, que foi assassinada de forma brutal em de- ciedade e da desconfiança do companheiro. Questões
zembro de 1976, aos 32 anos. Porém, o que move toda pessoais, como a dificuldade em obter a guarda dos
a trama dirigida por Hugo Prata (de Elis) é o relaciona- três filhos (fruto de seu casamento de dez anos com
mento abusivo entre Ângela e Raul Fernando do Ama- Milton Villas Boas), também permeiam a rotina da pro-
ral Street, o assassino conhecido como Doca Street. tagonista. O drama de uma mulher cheia de vida é
A narrativa acompanha a relação do início ao fim – abordado com atenção, mas, para aqueles que já sa-
desde a atração quando Raul ainda era casado até o bem o desfecho que se aproxima, o resultado final
declínio da paixão, que se tornou extremamente vio- apenas diz respeito ao que Doca Street fez com Ânge-
lenta muito rápido. Na pele de Ângela, Isis Valverde se la, e não ao que Ângela fez em vida. Uma cinebiografia
dedica a demonstrar o máximo de nuances da perso- triste e restrita às marcas do feminicídio.
DRAMA
As Oito Montanhas:
drama reflexivo
REPRODUÇÃO/PRIME VIDEO
ANIMAÇÃO
Para toda
a família
As Tartarugas Ninja nunca ficaram muito ao carisma já conhecido do elenco principal. Na
tempo longe das telas. Em 2014 e 2016, o grupo trama, as tartarugas adolescentes passaram anos
formado por Leonardo, Donatello, Raphael e Mi- afastadas do mundo humano, mas decidem sair
chelangelo ganhou live-actions nos cinemas com a do esgoto e conquistar o coração dos nova-iorqui-
atriz Megan Fox, mas os exemplos vão até os anos nos após um inimigo obscuro começar a atacar a
90, com o filme dirigido por Steve Barron que diver- cidade diversas vezes. A nova amiga do quarteto, a
tiu o público em muitas Sessões da Tarde. Em 2023, aspirante a jornalista April O’Neil, passa a ajudá-los
o foco retorna à animação em As Tartarugas Nin- especialmente quando um grupo de mutantes
ja: Caos Mutante, que já está em cartaz e deve ameaça a paz de todos. O elenco de dubladores é
agradar a diferentes gerações. O estilo marcante no diverso: Jackie Chan, Nicolas Cantu, Brady Noon,
desenho dos personagens e dos cenários é, sem Micah Abbey, Shamon Brown Jr., John Cena, Ayo
dúvidas, o maior atrativo. Com cores fortes e traços Edebiri, Seth Rogen, Paul Rudd, Ice Cube e Rose
fora do convencional neste gênero, o visual se une Byrne emprestam suas vozes.
As Tartarugas Ninja
retornam em nova animação
PARAMOUNT PICTURES/DIVULGAÇÃO
FALTA TEMPERO
Reflexo da maior diversidade nas telas Perez), filho da primeira mulher presidente
do streaming e do cinema, romances LGBT- dos Estados Unidos (Uma Thurman), e o
QIAPN+ ganham cada vez mais espaço no príncipe britânico Henry (Nicholas Galitzi-
audiovisual. Um exemplo recente é Verme- ne), o ritmo do longa é um tanto insosso.
lho Branco e Sangue Azul, filme disponí- Ainda que o relacionamento dos jovens
vel no Prime Video adaptado do livro ho- cative por essa atração inesperada e um
mônimo. A obra original fez tanto sucesso tanto explosiva, o andamento do relaciona-
em 2019, ano de sua publicação, que não mento possui reviravoltas nada empolgan-
demorou muito para que a história de amor tes. O contraste entre a democracia norte-
entre Alex e Henry fosse parar em outra mí- -americana e a realeza britânica, em teoria,
dia. O grande porém é que o filme, dirigido seria o fator mais instigante do longa pelo
por Matthew Lopez, carece de elementos fato de os países serem tão diferentes. Mas
que envolvam o espectador de forma mais não é bem isso o que acontece. O resultado
espontânea. Tudo parece fictício demais. é uma comédia romântica que tinha tudo
Apesar da boa química entre os persona- para se destacar, mas não acabou sendo
gens Alex Claremont-Diaz (Taylor Zakhar tão cativante como o esperado.
Bonecos:
técnica chinesa
Retrospectiva
animada Dúvida humana
Por que existimos? Essa é a pergunta que permeia A Grande Questão,
No início dos anos 2000, o Grupo Sobrevento, trupe que estreia neste sábado (2) no Sesc Belenzinho. A nova peça da Cia. De
especializada em teatro de bonecos famosa pelo espe- Feitos não pretende trazer respostas, mas sim envolver as crianças em
táculo Cadê Meu Herói?, desaparece sem deixar ne- cenas lúdicas protagonizadas por seres variados, que demonstram suas
nhuma pista. Moradores espalham cartazes pelas cida- interpretações do mundo, como o padeiro, o jardineiro, o pai, a mãe, o
des, enquanto importantes personalidades da classe gato e o soldado. Todos eles são representados a partir de construções
teatral cobram respostas às autoridades. Essa é a his- imagéticas feitas pelo elenco com objetos cênicos, gestos e projeções. A
tória de Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois, trama não possui falas e é costurada pelas canções com letras da dupla
que estreia na próxima quinta (7) no Sesc Pompeia. A de músicos Paula Mirhan e Rui Barossi. A direção é de Carlos Canhamei-
trama metalinguística resgata as donzelas e os cavalei- ro (55min). Livre. Sesc Belenzinho. Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho,
ros de Cadê Meu Herói?, que estreou em 1998, fazendo ☎ 2076-9700. → Sáb. e dom., 12h (haverá sessões extras em 7 e 8/9).
uma restrospectiva do que aconteceu com eles, com R$ 25,00 (crianças até 12 anos não pagam). Até 1º/10. sescsp.org.br.
o Sobrevento e com o mundo, passadas duas déca-
das. Como no espetáculo original, a montagem é assi-
nada pelo dramaturgo argentino Horácio Tignanelli e
utiliza os bonecos de luva chineses. A técnica foi ensi-
nada ao grupo por Yeung Fai, artista chinês pertencen-
te à quinta geração de uma família de marionetistas, e
permite que os personagens façam movimentos com-
plexos, como dar cambalhotas e estrelas, dançar com
SERGIO SANTOS MIRANDA/DIVULGAÇÃO
Escorregador e demais
brinquedos: no shopping
BOURBON SHOPPING SÃO PAULO/DIVULGAÇÃO
ANIMAIS AO RESGATE
Os cachorrinhos destemidos da famosa série rinho Marshall, que simula o carro de bom- ças. Ainda, a turma da Patrulha Canina vai
de televisão são o tema da Arena Patrulha beiro do personagem e possui uma manguei- ganhar um novo filme previsto para estrear
Canina no Bourbon Shopping São Paulo. A ra de ar para derrubar placas com desenhos no Brasil em outubro. Livre. Bourbon Shop-
atração simula o ambiente de uma cidade, de chamas, um pebolim e uma mesa para ping São Paulo, ☎ 4004-1828. → Todos os
onde estão brinquedos como um escorrega- colorir. A diversão acontece em sessões de 20 dias, 12h/20h. Grátis. Até 10/9. @bourbonsho-
dor em formato de torre de comando, o Car- minutos, com capacidade para até 15 crian- ppingsp..bourbonshopping.com.br.
Só no improviso
Espetáculo de improviso com atores do Porta dos Fundos e convidados, Portátil
faz uma curta temporada na capital entre quinta (7) e domingo (10), no Teatro Li-
berdade. Em cena, Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Luciana Paes e Rafael
DANIEL BARBOZA/DIVULGAÇÃO
Queiroga criam uma história do zero a partir das poucas informações que um in-
tegrante da plateia fornece. A trilha sonora também é composta na hora pelo mú-
Gregório Duvivier, João Vicente de sico Andrés Giraldo. A direção é de Barbara Duvivier (70min). 12 anos. Teatro Liber-
Castro e Luciana Paes: humor dade. Rua São Joaquim, 129, Liberdade, ☎ 91423-8141. → Qui. (7) a sáb. (9), 21h.
Dom. (10), 18h. R$ 70,00 a R$ 200,00. teatroliberdade.com.br.
3 perguntas para
Jarbas Homem de Mello
O ator Jarbas Homem de Mello estreia Uma das críticas que o filme rece-
nesta sexta (1º), no Teatro Santander,
são baladas românticas, com aquela 2168-1777. → Qui. a sáb., 20h. Dom. e
sonoridade dos anos 80. Os fãs do fil- feriados, 19h. Grátis (ingressos disponi-
me, do Bryan Adams e dos anos 80 bilizados na semana anterior à sessão
vão se deliciar. no site). itaucultural.org.br.
essa noite
Sidney Magal subirá no palco do Tokio Marine
The Town acontece no Autó-
dromo de Interlagos neste final
de semana, com shows nos
dias 2, 3, 7, 9 e 10. O americano
Hall no próximo dia 15 com o novo show Magal Bruno Mars (3 e 10) e a banda
Dual. Com direito a orquestra e bailarinos, o Foo Fighters (9) são os headli-
espetáculo contará com os sucessos das mais ners dos dias esgotados, mas
de cinco décadas de carreira do cantor carioca, ainda é possível adquirir bilhe-
como Sandra Rosa Madalena “A Cigana”, tes para conferir nomes como
Amante Latino, Me Chama que Eu Vou e a ines- Post Malone, Demi Lovato e
quecível Meu Sangue Ferve por Você. Aos 73 Criolo, neste sábado (2), e Ma-
anos, o artista está de volta aos palcos após roon 5, Ludmilla e Angélique
uma internação entre maio e junho, em decor- Kidjo, na próxima quinta-feira
rência de uma crise de hipertensão arterial. (7). The Town. Autódromo de
Restam poucos ingressos. 16 anos. Tokio Mari- Interlagos, Portão G. Avenida
ne Hall. Rua Bragança Paulista, 1281, Chácara Jacinto Júlio, 27, Cidade Dutra.
Santo Antônio, ☎ 5646-2153. → Sex. (15), 22h. → Sáb. (2), dom. (3), qui. (7),
R$ 140,00 a R$ 240,00. tokiomarinehall.com.br. A beninense Angélique Kidjo:
sáb. (9) e dom. (10), 14h/2h. R$
atração do palco The One 815,00 (dias 3, 9 e 10 estão es-
MARC ARTHUR/MGN ARTS STUDIOS/DIVULGAÇÃO
gotados). thetown.com.br.
Dose dupla
O goiano Murilo Huff se
apresentará no Villa
Country na quarta-feira
(6), véspera de feriado.
Um dos principais nomes
da nova geração do serta-
nejo, o cantor e composi-
tor levará um repertório
de hits, como Dois Enga-
nados e Quem Tá Pegan-
do. A banda Traia Véia,
formada por Edu Araújo,
Dario Rodrigues, Vini
Gouveia e Pedro Cordeiro,
também fará um show na
mesma noite. 18 anos.
Villa Country. Avenida
MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO
CONCERTO
Piano pela cidade
De 3 a 30 de setembro, o Festival Chopin levará recitais de pianistas nacionais e internacio-
O Quinteto Osesp:
concerto no Masp TINTA E SOM
Na quarta-feira (6), começa a nova série de concertos Osesp Masp,
no auditório do museu na Avenida Paulista. Na primeira apresentação,
o Quinteto Osesp — formado por Amanda Martins (violino), Sung-Eun
Cho (violino), Maria Angélica Cameron (viola), Sarah Nascimento (vio-
la) e Jin Joo Doh (violoncelo) — toca obras do húngaro Joseph Kosma
(1905-1969) e do clarinetista paulista Alexandre Ribeiro, que participa
como solista convidado. Antes do concerto, o curador e crítico de
arte Cadu Riccioppo faz uma palestra sobre o repertório musical e a
tela Três Mulheres (1972), de Maria Auxiliadora (1935-1974). Após a
apresentação, os espectadores são convidados a visitar o quadro, que
faz parte do acervo do museu, localizado no segundo andar. Livre.
Masp Auditório. Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, ☎ 3149-5959. →
Qua. (6), 20h. Grátis (ingressos distribuídos no site a partir das 11h no
BEATRIZ DE PAULA/DIVULGAÇÃO
dia do evento). masp.org.br.
MÚSICA NA IGREJA
A apresentação Homenagem a Lili e Nadia Boulanger acontece
na Igreja São José de Anchieta, no Centro, no dia 12. Como parte
da programação do Sesc Carmo, o concerto reúne Marilia Vargas
(voz soprano), Liuba Klevtsova (harpa), Elisa Freixo (órgão), Paulo
Galvão (violino spalla), Gabriel Géglio (violino), Victor Enzo (viola)
e Marcos Mota (violoncelo). No repertório, composições das irmãs
LÉO VISALLI/DIVULGAÇÃO
Matrizes e matizes
Ensaios para o Museu das Origens entra em cartaz no Itaú Cultu-
ral, a partir do dia 6, e no Instituto Tomie Ohtake, a partir do dia 9. A
mostra, dividida em dois espaços diferentes, ocupa um total de 1 500
metros quadrados, exibe mais de 1 000 peças e foi inspirada na pro-
posta do crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) para a reconstru-
ção do MAM-Rio, em 1978, após o museu ter sido atingido por um
SANTIAGO ORTI/DIVULGAÇÃO
incêndio. Para o intelectual pernambucano, o papel da instituição
deveria ser repensado, com a criação de um Museu do Negro e um
Museu das Artes Populares. Apesar dessa concepção não ter avan-
çado, a ideia de abrigar as distintas matrizes constitutivas do Brasil
em um mesmo lugar foi o ponto de partida para o projeto da expo-
sição, sob curadoria de Izabela Pucu e Paulo Miyada, com parceria
de Ana Roman, Daiara Tukano e Thiago de Paula Souza. Além da
participação de mais de vinte instituições culturais de todo o país,
estarão expostas obras de artistas como Fernando Diniz, Mira Schen-
del, Pecon Quena, Tarsila do Amaral, Ubirajara e Djanira, com Cafezal El pibe Bazooka (1988), de
Pablo Suárez: arte argentina
(1952). Além dessa mostra, o Tomie Ohtake também inaugura, nesta
terça (5), Un lento venir viniendo – Capítulo II, um recorte da Colec-
ción Oxenford, a principal coleção de arte contemporânea da Argen- Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. → Ter. a sáb., 11h/20h; Dom.,
tina. Com curadoria do poeta Mariano Mayer, a mostra, que fica em 11h/19h. Grátis. De 6/9 a 28/1/24. itaucultural.org.br. Instituto Tomie
cartaz até 19 de novembro, é composta por 71 obras de 48 artistas, Ohtake. Rua Coropés, 88, Pinheiros, ☎ 2245-1900. → Ter. a dom.,
entre eles Pablo Suárez, com El pibe Bazooka (1988). Itaú Cultural. 11h/19h. Grátis. De 9/9 a 28/1/24. institutotomieohtake.org.br.
SOBRE REPRESENTATIVIDADE
Na Galeria Estação, Reversos e Transversos: artistas fora do eixo
(e amigos) nas bienais faz uma revisão crítica sobre a representa-
tividade dos artistas populares nas bienais de arte nacionais e inter-
nacionais. Com curadoria do pesquisador baiano Ayrson Heráclito,
estão expostas 58 obras de 42 artistas que já participaram de gran-
des mostras nas últimas sete décadas, como a Bienal de Arte de São
JOÃO LIBERATO/DIVULGAÇÃO
Paulo e a Bienal das Amazônias. Entre os nomes, estão Mestre Didi,
Alfredo Volpi e Maria Auxiliadora, com Sem título (1972). Galeria Es-
tação. Rua Ferreira Araújo, 625, Pinheiros, ☎ 3813-7253. → Seg. a Sem título (1972): obra de Maria Auxiliadora
sex., 11h/19h; Sáb., 11h/15h. Grátis. Até 28/10. galeriaestacao.com.br.
Maquetes de projetos
de Oscar Niemeyer:
Curvas concretas
nova exposição A mostra imersiva Oscar Niemeyer: Linhas e
Luzes entra em cartaz no Bourbon Shopping
nesta sexta-feira (1º). Com sete salas, a exposi-
ção apresenta desenhos e esculturas de pro-
jetos icônicos do arquiteto carioca (1907-2012),
além de painéis interativos, áudios e vídeos
sobre sua história. A exposição, que já teve
uma temporada em Brasília no começo deste
ano, é produzida pela empresa YDreams Glo-
bal. Bourbon Shopping São Paulo. Rua Pales-
tra Itália, 500, Perdizes, ☎ 4004-1828. → To-
dos os dias, 11h/21h. R$ 40,00. Até 30/10. bour-
CRISTIANO SÉRGIO/YDREAMS/DIVULGAÇÃO
bonshopping.com.br.
PELE E TINTA
Arte da Alma - história da tatuagem é
a mostra mais recente do Farol Santander.
Com 120 obras de noventa artistas tatua-
dores, entre objetos, pinturas e escultu-
ras, a exposição resgata a trajetória da
prática no Brasil, com seu início em mea-
dos do século XX, a partir da chegada de
marinheiros e artistas estrangeiros. Sob
curadoria de Antonio Curti, fundador do
Aya Studio, o projeto destaca a variedade
de estilos de tatuagem que evoluíram ao
longo do tempo e apresenta obras como
Tatuagem sobre pele artificial (2023), de
Fernando Franceschi. Farol Santander. Tatuagem sobre
pele artificial (2023):
Rua João Brícola, 24, Centro, ☎ 3553-5627. obra de Fernando
→ Ter. a dom., 9h/20h. R$ 35,00. Até 12/11. Franceschi
farolsantander.com.br. MARIANA MARÃO/DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante.
50 Veja São Paulo 1° de setembro, 2023 Para sugerir um tema ou autor, escreva para [email protected].
CLUBE DE REVISTAS
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