Artigo Sobre o Bacilo Altitudinis
Artigo Sobre o Bacilo Altitudinis
Artigo Sobre o Bacilo Altitudinis
2022;26(S1):101736 83
sugestivas de endocardite infecciosa, evoluindo com hemodinamicamente, com reduç a ~ o importante do nu mero
~o se
embolizaç a ptica para sistema nervoso central, sendo qua- de leuco citos (6.200/mm3) e plaquetas (402.000/mm3) apo s
tro hemoculturas e duas culturas de líquor positivas para ^ s semanas do início do tratamento medicamentoso e cui-
tre
Staphylococcus aureus sensíveis a meticilina. A presença de dados hospitalares. Foi submetido ao procedimento ciru rgico
imagens compatíveis com a embolizaç a ~ o mico tica na de enxerto periauricular a direita. Apresentou posterior-
ressona ^ ncia magne tica de ence falo, de acordo com as diretr- mente, boa evoluç a ~ o, com alta hospitalar cinco dias apo s a
izes, infere na necessidade de tratamento ciru rgico, porem, cirurgia pla stica, para acompanhamento ambulatorial de
devido ao elevado risco perioperato rio, optou-se apenas pelo lesa~ o. Casos de miíase aural sa ~ o raros em adultos, pore m
tratamento conservador com antibioticoterapia, tendo inicial- ^
aqueles com fatores de risco, como a deficiencia intelectual
mente realizado ceftriaxone empírico e apo s resultados das que requerem cuidados, tornam-se vulnera veis. Quanto mais
culturas foi substituído por oxaciclina. Meningite bacteriana cedo diagnosticada e tratada, a repercussa ~o estrutural pode
isolada como manifestaç a ~ o de endocardite e raro e e uma difí- ser menor. Neste relato, a demora na procura por serviço
cil suspeita diagno stica. A paciente continuou com culturas medico levou a um grande comprometimento estrutural da
positivas para S. aureus por tempo prolongado. O quadro evo- orelha externa do indivíduo, necessitando de cuidados que
luiu com dissecç a ~ o de aorta por e ^mbolos mico ticos, o que a incluíram a antibioticoterapia siste ^ mica e abordagem da
levou ao o bito. A suspeita clínica precoce associada aos rgica pla
ciru stica para reparo das leso ~ es.
exames laboratoriais e de imagem foram importantes para o
diagno stico ra
pido e para início da terapia correta. Entretanto, https://doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101895
devido a alta morbi-motalidade do quadro apresentado, a
paciente evoluiu a o bito devido complicaç o ~ es.
EP 160
https://doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101894 e POR BACILLUS
PACIENTE COM INFECÇ AO
ALTITUDINIS: RELATO DE CASO EM UM
EP 159 HOSPITAL PRIVADO DE SALVADOR-BAHIA
jo a,
Claudilson Bastos a, Sarah Caroline Arau
MIIASE AURAL COM DESTRUIÇ AO
e DA ORELHA
b
Corine Sampaio
EXTERNA - RELATO DE CASO
a
Universidade do Etado da Bahia (UNEB), Salvador,
Tiago Galan de França a,
BA, Brasil
Juliana Rodrigues Martins b, b
HA, Salvador, BA, Brasil
Felipe Aguiar dos Santos b,
Emanuely Magno da Silva c, O ge ^ nero "Bacillus"e composto por bacte rias formadoras de
Tiago Galan de França a esporos, Gram-positivas aero bias ou anaero bias facultativas
(Liu et al., 2013). O "Bacillus altitudinis"foi isolado pela pri-
a
rio Joa
Hospital Universita ~ o de Barros Barreto
meira vez em tubos crioge ^ nicos utilizados para coletar amos-
(HUJBB), Belem, PA, Brasil
tras de ar atmosfe ricos (Shivaji S. et al, 2006) e pertence ao
b
Hospital de Pronto Socorro Municipal Ma rio Pinotti
Bacillus pumilus group (Lemjiber N. et al., 2021). Estes micro-
(HPSM), Belem, PA, Brasil
organismos raramente sa ~ o reportados como pato genos,
c
Universidade Federal do Para (UFPA), Belem, PA,
podendo representar contaminaç a ~ o da amostra (Borsa et al.,
Brasil
2016). Apesar do antraz ser a doença mais conhecida causada
Miíase pode ser definida como uma infestaç a ~ o de tecidos por "Bacillus spp." (Turnbull et al., 1996), ja existem relatos de
vivos por larvas de va rias espe cies de moscas da ordem Dip- espe cies relacionadas ao "Bacillus pumilus group" como
tera. A distribuiç a ~ o da miíase humana e mundial, com mais agentes de feridas infectadas, assim como casos mais graves,
espe cies e maior prevale ^ ncia em regio ~ es socioecono ^ micas como sepse e artrite se ptica (Shivamurthy, et al. 2016; Tena et
pobres de países tropicais e subtropicais. Paciente de 35 anos, al., 2007; Borsa et al., 2016). Homem, 48 anos, sem comorbi-
masculino, solteiro, com histo rico de de ficit cognitivo, deu dades, com histo ria de infecç a~ o de pele e partes moles em tor-
entrada em serviço de emerge ^ncia de um hospital municipal nozelo direito desde dezembro/2020 apo s acidente com
pu blico de Bele m-PA, por apresentar “ferida em ouvido”, com corais. Esteve internado em unidade de sau de em fevereiro
início ha 14 dias. Durante a avaliaç a ~ o clínica, percebeu-se que 2021, onde realizou debridamento, microneurolise, tenoplas-
paciente apresentava lesa ~ o fe tida em pavilha ~ o auricular ~o de retalho em funç a
tia, rotaç a ~ o da lesa
~o de partes moles.
externo direito com secreç a ~ o purulenta e grande quantidade Foi obtida amostra da ferida e encaminhada ao Laborato rio de
de larvas, característica de miíase. Ale m disso, havia tecido Microbiologia, onde foi submetida a bacterioscopia pelos
necrotico ao redor e edema de hemiface ipsilateral. O exame me todos de Gram, Ziehl e pesquisa de fungos. A cultura para
hematolo gico, do mesmo dia da admissa ~ o, mostrava leucoci- fungos foi negativa apo s o período de incubaç a ~ o. A ana lise
tose (27.400/mm3) e plaquetose (451.000/mm3). Foi estabele- microbiolo gica da amostra mostrou crescimento de "Bacillus
cido, na ocasia ~ o, a internaç a ~ o do paciente e início da altitudinis" sensível a linezolida e clindamicina. Os exames
antibioticoterapia com Ceftriaxone e Metronidazol endoveno- de imagem do membro afetado apresentaram edema no
sos, ale m de Ivermectina oral, retirada manual das larvas e tecido subcuta ^ neo situado lateralmente ao osso calca ^ neo, de
curativo dia rio da lesa~ o. Paciente manteve-se esta vel clínica e prova vel natureza inflamato ria. O tratamento foi iniciado
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com clindamicina, mas apo s dois dias em uso, paciente apre- outros estudos, havendo variaç o ^ncia
~ es no perfil de resiste
sentou quadro ale rgico. Retornou com agudizaç a ~ o do quadro, microbiana.
referindo dor intensa, ao exame físico, apresentou dor a pal- Conclusa ~ o: Os dados observados demonstram que a etiolo-
~ o e mobilizaç a
paç a ~ o do pe . O antibio tico foi substituído por ~ es urina
gia das infecç o rias e
, em parte, semelhante a encon-
Linezolida 600 mg 12/12 e apo s dez dias em antibioticoterapia trada em outras partes do país e do mundo. A fosfomicina e a
hospitalar, foi transferido para home care, onde fez uso do nitrofurantoína sa ~ o boas opç o~ es para a terapia empírica. E
medicamento por mais 8 semanas. Um me ^s apo s concluir o importante a realizaç a ~ o de estudos sobre perfis de resiste ^ncia
tratamento, o paciente retornou apresentando melhora aos antimicrobianos.
clínica, com recuperaç a ~ o funcional, ause ^ ncia de dor e edema
local. Ainda que pouco frequentes, o "Bacillus na ~ o-anthracis" https://doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101897
tem potencial como agente de infecç a ~ o de feridas, a avaliaç a
~o
do perfil de sensibilidade e uma importante ferramenta na
orientaç a~o da terapia. EP 162
PERFIL EPIDEMIOLOGICO e
DAS INTERNAÇ OES
https://doi.org/10.1016/j.bjid.2021.101896
POR ENCEFALITE VIRAL NO NORDESTE DO
BRASIL NO PERIODO DE 2015 A 2020
EP 161 Nata lia Arthuso Lopes,
^ NCIA MICROBIANA EM Pedro Cavalcante Castro,
PERFIL DE RESISTE
ria Cosenza Fahel de Andrade
Vito
e
INFECÇ OES
DO TRATO URINARIO
ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE EM UMA Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA,
CIDADE DO NOROESTE PAULISTA Brasil