Gestão Escolar
Gestão Escolar
Gestão Escolar
E ENTO VW
E ESTADUAL PAULISTA
Lic "
O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO
E GESTÃO DA ESCOLA
1. José Carlos Libâneo: Pós-Doutorado
pela Universidade de Valladolid (Espa-
nha). Prof. Titular aposentado da Univer- José Carlos Libâneo!
sidade Federal de Goiás.
Neste capítulo são apresentados alguns elementos básicos para o conhecimento da organização
escolar e para a atuação dos professores e do pessoal técnico-administrativo. Serão abordados os se-
guintes itens: as concepções de organização e gestão escolar; a estrutura organizacional da escola; os
elementos constitutivos do processo organizacional.
zação
á
da Sgestão democrática, con forme veremos em seguida.
e nas experiên-
Com base nos estudos existentes no Brasil sobre a organização e gestão escolar
três das concep-
cias levadas a efeito nos últimos anos, é possível apresentar, de forma esquemática,
ções de organização e gestão: a técnico-científica (ou funcionalista), a autogestionária e a democráti-
co-participativa.
- Poder centralizado do diretor, destacando-se as relações de subordinação em que uns têm mais
autoridades do que outros.
- Ênfase e na
na administração normas,
administração (sistema de normas,
72 AA r regras,
EEE Ss, proce
procedimentos burocráticos de controle
das atividades), às vezes descuidando-se dos objetivos específicos da instituição escolar.
- Vínculo das formas de gestão interna com as formas de auto-gestão social (poder coletivo na
escola para preparar formas de auto-gestão no plano político).
todos. Defende uma forma coletiva de gestão em que as decisões são tomadas coletivamente e discuti-
das publicamente. Entretanto, uma vez tomadas as decisões coletivamente, advoga que cada membro
da equipe assuma a sua parte no trabalho, admitindo-se a coordenação e avaliação sistemática da
operacionalização das decisões tomada demro de uma tal diferenciação de funções e saberes.” " Outras
caracteristicas desse modelo:
- Articulação entre a atividade de direção e a iniciativa e par- tras que expõem dierentes pontos
o. - " de vista sobre essa questão. O autor apre-
ticipação das pessoas da escola e das que se relacionam com ela.
- Busca de objetividade no trato das questões da organização e gestão, mediante coleta de in-
formações reais.
Atualmente,o modelo democrático-participativo tem sido influenciado por uma corrente teóri-
ca que compreende a organização escolar como cultura. Esta corrente afirma que a escola não é uma
estrutura totalmente objetiva, mensurável, independente das pessoas, ao contrário, ela depende muito
das experiências subjetivas das pessoas é de suas interações sociais, ou seja, dos significados que as
pessoas dão às coisas enquanto significados socialmente produzidos e mantidos. Em outras palavras,
dizer que a organização é uma cultura sienifica que ela é consinnida pelos sens próprios membros.
Esta maneira de ver a organização escolar não exclui a presença de elementos objetivos, tais
como as ferramentas de poder externas e internas, a estrutura organizacional, e os próprios objetivos
sociais e culturais definidos pela sociedade e pelo Estado. Uma visão sócio-crítica propõe considerar
dois aspectos interligados: por um lado, compreende que a organização é wma construção social, a
partir da Inteligência subjetiva e cultural das pessoas, por outro, que essa construção não é um proces-
so livre e voluntário. mas modistizado pela realidade siciocuttural e política mais ampla, incluindo a
influência de forças externas e internas marcadas por interesses de grupos sociais, sempre contraditó-
rios e às vezes conflitivos. Busca relações solidárias, formas participativas, mas também valoriza os
elementos internos do processo organizacional- o planejamento, a organizaçãoe a gestão, a direção,
a avaliação, as responsabilidades individuais dos membros da equipe e à ação organizacional coorde-
nada e supervisionada, já que precisa atender a objetivos sociais e políticos muito claros, em relação
à escolarização da população.
depende de objetivos mais amplos sobre a relação da escola com a conservação ou a transformação
social. À concepção funcionatista, por exemplo, valoriza o poder e a autoridade, exercidas uniltateral-
mente. Enfatizando relações de subordinação, determinações ríeidas de funções, hipervalorizando a
racionalização do trabalho, tende a retirar ou, ao menos, diminuir nas pessoas a faculdade de pensar
e decidir sobre seu trabalho. Com isso, o grau de envolvimento profissional fica enfraquecido.
As duas outras concepções valorizam o trabalho coletivo, Immplicando 2 participação de todos nas
decisões. Embora ambas tenham entendimentos das relações de poder dentro da escola, concebem a
participação de todos nas decisões como importante ingrediente para a criação e desenvolvimento das
relações democráticas e solidárias. Adotamos, neste livro, a concepção democrático-participativa.
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Setor Teorico admin — Assuás Direão
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CONSELHO
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DE ESCOLA
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e Romãoz , 1997) 3
DIREÇÃO
O diretor coordena, organiza c gerencia todas
as atividades da — O fraca, em boa parte, do br
escola, auxiliado pelos demais Componentes do como de especialistas " "E PRN ;
ror ventro da Escola
e de técnicos-administrativos, atendendo i
às iers, regulamentos e deter
minações dos órgãos superiores do sistema
de ensino e às decisões no âmbito da escol
nidade. O assistente de diretor dese a e pela comu-
mpenha as mesmas funções na condição de subst
diretor, ituto eventual! do
* —Setortécnico-administrativo
* —Sctor Pedagógico
De fato, a organização e gestão refere-se aos meios de realização do trabalho escolar, isto é,
à racionalização do trabalho e à coordenação do esforço coletivo do pessoal que atua na escola, en-
volvendo os aspectos, fisicos € materiais, os conhecimentos € qualificações práticas do educador, as
relações humano-interacionais, o planejamento, a administração, a formação continuada, a avaliação
do trabalho escolar. Tudo em função de atingir os objetivos. Ou seja, como toda instituição as escolas
buscam resultados, o que implica uma ação racional, estruturada e coordenada. Ao mesmo tempo,
sendo uma atividade coletiva, não depende apenas das capacidades e responsabilidades individuais,
mas de objetivos comuns e compartilhados e de ações coordenadas e controladas dos agentes do
processo.
O processo de organizaçã ; jonal dis- Ss Es siementos: consíativos ta organização são destinados,
ecializade, de funções, administrativas Ou
põe de elementos constitutivos” que são, na verda- do processo sº TES istrativo. Os autores geralmente mencio-
de, instrumentos de ação motiizados pará atingir s& Guetro funções astabelackdes nas ROTZS Gessicas da Aumi-
ES
LIBÂNEO, José é E a o
Gestão da E ' : Cantos. O sistema de organização e gestão da escola” In: LIBÂNEO, José Carlos. Organização c
Scola - teoriae prática. 4º ed. Goiânia: Alternativa,
2001.