Intruducao A Terapia Intensiva SANAR
Intruducao A Terapia Intensiva SANAR
Intruducao A Terapia Intensiva SANAR
à terapia
intensiva
SUMÁRIO
1. Introdução...........................................................................................................3
2. Estrutura da UTI...................................................................................................3
3. Admissão............................................................................................................7
5. Atenção psicossocial.........................................................................................17
6. Alta da UTI........................................................................................................17
Referências bibliográficas.................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
Os cuidados intensivos são únicos entre as especialidades da medicina. Enquanto
outras especialidades restringem o foco de interesse a um sistema de corpo único
ou a uma terapia específica, o cuidado crítico é direcionado a pacientes com um
amplo espectro de doenças. Estes têm os denominadores comuns de exacerbação
acentuada de uma doença existente, novos problemas agudos graves ou complica-
ções graves da doença ou tratamento.
A variedade de doenças observadas em uma população gravemente enferma exi-
ge conhecimento completo das manifestações e mecanismos da doença. Avaliar a
gravidade do problema do paciente exige uma abordagem simultaneamente global e
focada, depende do acúmulo de dados precisos e requer a integração desses dados.
Pacientes com doença com risco de vida na UTI comumente desenvolvem falên-
cia de outros órgãos devido ao comprometimento hemodinâmico, efeitos colaterais
da terapia e diminuição da reserva de função do órgão, especialmente aqueles que
são idosos ou cronicamente debilitados. Por exemplo, a ventilação mecânica com
pressão positiva está associada à diminuição da perfusão dos órgãos. Muitos me-
dicamentos valiosos são nefro ou hepatotóxicos, especialmente em face da insufi-
ciência renal ou hepática preexistente. Pacientes mais velhos são mais propensos à
toxicidade medicamentosa, e a polifarmácia apresenta maior probabilidade de intera-
ções medicamentosas adversas.
A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foi criada com o objetivo de separar e moni-
torizar com maior atenção os pacientes graves, tanto clínicos quanto cirúrgicos. Essa
unidade é controlada, ou seja, não permite livre acesso de qualquer profissional ou
visitante do hospital, o que evita contaminação do ambiente, por exemplo. Além dis-
so, é uma área do hospital que precisa estar bem localizada, próxima aos outros lo-
cais do hospital que podem ser necessários no tratamento do paciente grave, como
radiologia, ala de emergência, laboratório etc.
2. ESTRUTURA DA UTI
Hospitais secundários e hospitais terciários com capacidade para mais de 100 lei-
tos, assim como hospitais especializados que atendam pacientes graves ou de risco
e estabelecimentos de assistência à saúde (EAS) que atendam gravidez/parto de alto
risco são obrigados a possuir UTI, nesse último caso das EAS, estes devem dispor de
UTI adulto e neonatal.
A UTI adulto admite pacientes graves com idade igual ou superior a 18 anos,
podendo ainda admitir pacientes de 15 a 17 anos conforme normas intrínsecas da
instituição assistente. A UTI pediátrica cuida de pacientes crianças com até 18 anos
de idade, sendo que a UTI neonatal costuma admitir recém-nascidos prematuros e
lactentes com risco de vida, que sofreram complicações no nascimento por exem-
plo. Os pais ou responsáveis de menores internados nas UTI pediátrica ou neonatal
possuem livre acesso para visitar e acompanhar seus filhos.
UTI PEDIÁTRICA
MODELO QUARTOS
UTI NEONATAL
ABERTOS
ESTRUTURA DA
UTI
EQUIPE
MODELO QUARTOS
MULTIDISCIPLINAR
FECHADOS
ESPECIALIZADA
LOCALIZAÇÃO
ESTRATÉGICA
O modelo de parâmetros objetivos tem como base sinais vitais, valores laboratoriais,
critérios eletrocardiográficos, achados do exame físico e nos exames de imagem pa-
ra internar pacientes potencialmente graves na UTI. Os sinais vitais de alerta são:
• Supradesnivelamento de ST;
• Sinais de isquemia aguda;
• Taquicardia ventricular;
• Fibrilação atrial;
• Fibrilação ventricular sustentada;
• Bloqueio de ramo.
O exame físico também pode conferir achados que tornam o paciente uma priori-
dade para monitorização na unidade de terapia intensiva, a saber:
MODELO DE PARÂMETROS
MODELO DE PRIORIZAÇÃO MODELO DE DIAGNÓSTICOS
OBJETIVOS
DIAGNÓSTICOS
PRIORIDADE DE 1 A 5 SINAIS VITAIS
ESPECÍFICOS
DADOS LABORATORIAIS
CRITÉRIOS
NEUROLÓGICO ELETROCARDIOGRÁGFICOS
EXAME FÍSICO
RESPIRATÓRIO
CARDIOVASCULAR
ABDOME
DISTÚRBIOS
ENDÓCRINOS
DIVERSOS
No exame físico geral devem ser descritos os eventos mais relevantes que acon-
teceram nas últimas 24 horas, juntamente com um resumo da história do paciente
e dos procedimentos mais importantes que passou durante a internação hospitalar
dentro da UTI.
No exame do sistema neurológico é avaliado o nível de consciência do paciente,
que muitas vezes está sedado/inconsciente, e para isso existem escalas de sedação
e analgesia, sendo a escala de RASS a mais utilizada. A Escala de RASS (Richmond
Agitation Sedation Scale) é uma escala com variação de +4 a -5, que classifica o nível
de sedação e analgesia do paciente a partir de alguns sinais descritos abaixo:
Escala de RASS
PONTUAÇÃO DESCRIÇÃO
0 Alerta, calmo
CURVA TÉRMICA
INFECÇÃO PARÂMETROS INFECCIOSOS
ANTIBIÓTICOS
DIURESE
BALANÇO HÍDRICO
URINÁRIO
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
EXAME TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL
FÍSICO
NA UTI
HB E HEMATÓCRITO, COAGULOGRAMA,
HEMATOLÓGICO PLAQUETAS, TRANSFUSÕES,
SANGRAMENTOS, PROFILAXIA DE TEV
VENTILAÇÃO MECÂNICA
RESPIRATÓRIO X
VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA
DIETA, EVACUAÇÕES,
DRENOS/SONDAS/OSTOMIAS/FERIDAS
ABDOME
CIRÚRGICAS, PROFILAXIA DE LAMG,
CONTROLE GLICÊMICO
6. ALTA DA UTI
A alta da UTI depende de uma série de critérios que consideram a resolução das
causas que levaram à internação na unidade de terapia intensiva, com estabilização
e/ou reversão das possíveis disfunções orgânicas agudas. Em outras palavras, o
paciente sai da UTI quando seu quadro se torna menos grave e pode ser tratado e
acompanhado na enfermaria comum, devido à menor necessidade de monitorização
e probabilidade diminuída de necessidade de intervenção imediata, ou seja, o pacien-
te não deve estar utilizando nenhum recurso exclusivo de UTI.
A estabilidade clínica e laboratorial que permite a alta da UTI deve se manter por mais
de 24 horas e deve haver concordância e comunicação entre a equipe assistente e o mé-
dico que irá continuar o acompanhamento desse paciente na unidade de internação.
Os critérios de admissão e alta de pacientes na UTI devem ser registrados, as-
sinados pelo responsável técnico e divulgados para toda a instituição, seguindo
as legislações e normas institucionais vigentes. Ao receber alta, o paciente deve
possuir um documento padronizado especificando as razões de admissão, os diag-
nósticos realizados, os problemas em curso e os problemas que ainda precisam ser
DOCUMENTAÇÃO
ESTABILIDADE
REVERSÃO DO
ALTA DA UTI CLÍNICA E LABORATORIAL
QUADRO DE INTERNAÇÃO
POR MAIS DE 24H
ESTABILIZAÇÃO
E/OU REVERSÃO DAS
DISFUNÇÕES ORGÂNICAS
Resolução
Modelo de do quadro ou
Localização Monitorização Equipe
quartos abertos Classificações Modelos reversão das
estratégica contínua multidisciplinar
e fechados disfunções
orgânicas
Adulto, Priorização
Pediátrica, dos cuidados Estabilidade
Neonatal ou UTI’s clínica/
Especializadas laboratorial
Parâmetros
objetivos por mais
de 24h
Diagnósticos Concordância
da equipe
Documentação
Sanar
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770