Alfredo Volpi

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PRODERAD - Projeto de Educação Rural de Água Doce – SC

Disciplina: Arte
Diretora: Marjorie Jeane Setti de Oliveira
Professora: Rosane Maria Signori
Aluno (a): ______________________________________ Ano/série: ________º ano
Núcleo:____________________
Água Doce, 08 de maio de 2020

Alfredo Volpi - Biografia e Principais Obras

1. Atividade: Ler a biografia de Alfredo Volpi


2. ATIVIDADE 2 -Fazer em seu caderno de desenho de arte a releitura de um das
obras de arte de Alfredo Volpi, “As Bandeirinhas”. A obra fica por sua escolha,
usando sua criatividade e materiais de sua preferência (tecidos, papéis, couro,
tintas, giz de cera, palha, lápis de cor, caneta hidrocor e outros).
3. Atividade - Enviar fotos do trabalho até dia 19 de junho de 2020.

“Eu não falo, eu pinto”


Alfredo Volpi foi artista plástico ítalo-brasileiro. É considerado um dos principais
artistas da Segunda Geração do Modernismo Brasileiro. De origem modesta, o artista não teve
uma educação formal em arte. Ganhou destaque com pinturas representando casarios e
bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada).
Alfredo Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 1896 e faleceu em São Paulo em 1988.
Veio ao Brasil com seus pais, com apenas um ano e meio. Volpi nunca se naturalizou, mas seu
coração era brasileiro.
Desde pequeno gostava de misturar tintas e criar novas cores. Sempre foi fortemente
ligado à Itália, um grande admirador dos mestres pintores de sua terra natal. Filho de
operários imigrantes, operário também se tornou. Tentou a vida como carpinteiro, entalhador
de móveis, encadernador, pintor de paredes e por fim pintor-decorador de paredes. Aos 16
anos de idade pintava frisos, florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas; foi aos 16
anos que pintou a sua primeira aquarela. Aos 18 anos, ele pintou sua primeira obra de arte,
sobre a tampa de uma caixa de charutos, usando tinta a óleo.
O artista sempre valorizou o trabalho artesanal, construindo suas próprias telas,
pincéis e tintas. Num processo típico de um pintor do Renascimento, fazia suas tintas diluídas
em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos naturais
purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e ressecados ao sol.
Mesmo tendo nascido na Itália, Volpi é um dos mais importantes artistas brasileiros
deste século. Antes de qualquer coisa, trata-se de um pintor original, que inventou sozinho
sua própria linguagem. Foi um autodidata. Sua evolução foi natural, tendo chegado à
abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa descoberta. Volpi
brincava com as formas, as linhas e as cores. Nunca acreditou em inspiração.
Volpi não participou dos movimentos modernistas da década de 20, apoiados pela
elite brasileira. Manteve-se à parte desses grupos. Não teve acesso aos mestres europeus,
como era comum na época. Em 1925 iniciou sua participação em mostras coletivas.
Entre 1937 e 1940 tornou-se membro do Grupo Santa Helena onde conheceu o pintor
paulista Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo de maneira decisiva.
O grupo era formado por artistas paulistas que se reuniam no palacete Santa Helena,
desenvolvendo pinturas que retratavam cenas da vida e da paisagem dos arredores de São
Paulo. Participou das primeiras manifestações artísticas contra os modernistas de 1922, junto
com outros pintores do Grupo Santa Helena, como Bonadei, Rebolo, Clóvis Graciano,
Pennacchi, Mário Zanini.
Volpi expôs no Salão de Maio e na 1ª Exposição da Família Artística Paulista, em 1938,
ambos em São Paulo. No ano seguinte, depois de uma viagem a Itanhaém, no litoral sul
paulista, começou a pintar paisagens marinhas. Participou do 7º Salão Paulista de Belas-Artes
em 1940.
Ainda em 1940, ganha o concurso promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional – IPHAN, com trabalhos realizados com base nos monumentos das cidades
de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para temas populares e
religiosos. Realiza trabalhos para a Osirarte, empresa de azulejaria criada em 1940, por Rossi
Osir. Em 1944 realizou sua primeira exposição individual, em São Paulo, na Galeria Itá, onde
vendeu todas as telas, inclusive uma para Mário de Andrade. Em 1950, viaja para a Europa
acompanhado de Rossi Osir e Mario Zanini, quando se impressiona com obras pré-
renascentistas.
A partir da década de 1950, Volpi, passa a executar composições que gradativamente
caminham para a abstração tendo como exemplo a série de bandeiras e mastros de festas
juninas. É convidado a participar, em 1956 e 1957, das Exposições Nacionais de Arte Concreta
e mantém contato com artistas e poetas do grupo Concreto. Recebe, em 1953, o prêmio de
Melhor Pintor Nacional da Bienal Internacional de São Paulo, dividido com Di Cavalcanti; em
1958, o Prêmio Guggenheim; em 1962 e 1966, o de melhor pintor brasileiro pela crítica de arte
do Rio de Janeiro, entre outros.
As formas geométricas e as trocas cromáticas começaram nos anos 1970: Volpi
preparava várias pinturas parecidas, alterando cores, que os críticos definem como uma
combinação inventiva. É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira
moderna, expressa em seu trabalho “Bandeiras e Mastros”. Só pintava com a luz do sol e se
envolvia totalmente com a criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as telas.
Depois de dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca mais usou tintas
industriais – “elas criam mofo e perdem vida com o passar do tempo”, dizia.
Enviar fotos do trabalho até dia 19 de junho de 2020.
Bom trabalho e boa semana! Abraço à todos!

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