IN - 99 de 05-12-2003

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 99, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2003

(DOU DE 10.12.2003)

ASSUNTO: Estabelece critérios a serem adotados pelas áreas de Benefícios e


da Receita Previdenciária.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

Lei nº 8212, de 24.07.91;

Lei nº 8213, de 24.07.91;

Lei nº 10741, de 01.10.2003;

Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003;

Decreto nº 3048, de 06.05.99;

Decreto nº 4827, de 03.09.2003;

Decreto nº 4882, de 18.11.2003;

Portaria MPS nº 1635, de 25.11.2003.

A DIRETORIA COLEGIADA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL-INSS, em
Reunião Extraordinária realizada no dia 05 de dezembro de 2003, no uso da
competência conferida pelo Decreto nº 4688, de 07 de maio de 2003,

Considerando o disposto nas Leis nº 8212 e nº 8213, ambas de 24 de julho de


1991;

Considerando o preceituado no Regulamento da Previdência Social (RPS),


aprovado pelo Decreto nº 3048, de 06 de maio de 1999;

Considerando a necessidade de estabelecer rotinas tendentes a agilizar e a


uniformizar a análise dos processos de reconhecimento, manutenção e revisão de
direitos dos beneficiários da Previdência Social, para melhor aplicação das
normas jurídicas pertinentes, com observância dos princípios estabelecidos no
art. 37 da Constituição Federal-CF, resolve:

Art. 1º - A Instrução Normativa INSS/DC nº 95, de 07 de outubro de 2003,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

"....................................................................

Art. 60 - ...........................................................
.....................................................................

Parágrafo 3º - O trabalhador rural para fazer jus à aposentadoria com


redução de idade (60 anos se homem, 55 se mulher), deverá comprovar a
idade mínima e a carência exigida, sendo que para verificação do
direito deverão ser analisadas, exclusivamente, as contribuições
efetuadas em razão do exercício da atividade rural e para fins de
cálculo da Renda Mensal Inicial-RMI, constituirão os seus
salários-de-contribuição todas as contribuições à Previdência Social,
exigidas 180 (cento e oitenta) contribuições ou caso esteja enquadrado
na situação a seguir descrita, o número de contribuições especificado
na tabela do art. 142 da Lei nº 8213/91:

.....................................................................

c) completou a carência necessária a partir de 11/91, de acordo com a


tabela constante do art. 142 da Lei nº 8213/91, considerando o disposto
no parágrafo 3º do art. 26 do RPS.

.....................................................................

Art. 127.

.....................................................................

Parágrafo 1º - Para subsidiar o fornecimento da declaração por parte


dos sindicatos de que trata o inciso IV do art. 124, poderão ser
aceitos, entre outros, os seguintes documentos, desde que neles conste
a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da
atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato nele declarado, sem
exigir que se refira ao período a ser comprovado, observado o disposto
no art. 130 desta Instrução Normativa:

.....................................................................

Parágrafo 3º - Quando o sindicato emitir declaração com base em


provas exclusivamente testemunhais, deverá ser observado o disposto nos
arts. 129 e 130 desta Instrução Normativa.

.....................................................................

Subseção IV
Do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)

Art. 146 - O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)


constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador que
reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros
ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o
período em que este exerceu suas atividades.

Art. 147 - O PPP tem como finalidade:

I - comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços


previdenciários, em especial, o benefício de que trata a Subseção V
desta Seção;

II - prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo


empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos
sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de
trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;

III - prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de


modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus
diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite
ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;

IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a


bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação
estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.

Art. 148 - A partir de 01 de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada


à empresa deverá elaborar PPP, conforme Anexo XV, de forma
individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a
concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de
proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a
permanência.

Parágrafo 1º - A exigência do PPP referida no caput, em relação aos


agentes químicos e ao agente físico ruído, fica condicionada ao alcance
dos níveis de ação de que trata o subitem 9.3.6, da Norma
Regulamentadora-NR nº 09, do Ministério do Trabalho e Emprego- MTE, e
aos demais agentes, à simples presença no ambiente de trabalho.

Parágrafo 2º - Após a implantação do PPP em meio magnético pela


Previdência Social, este documento será exigido para todos os
segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da
exposição a agentes nocivos, e deverá abranger também informações
relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos.
Parágrafo 3º - A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar,
manter atualizado o PPP para os segurados referidos no caput, bem como
fornecer a estes, quando da rescisão do contrato de trabalho ou da
desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão de
Obra-OGMO, conforme o caso, cópia autêntica desse documento.

Parágrafo 4º - O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no


caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso
de cooperado filiado; pelo OGMO, no caso de trabalhador avulso
portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso
não portuário.

Parágrafo 5º - O sindicato de categoria ou OGMO estão autorizados a


emitir o PPP, bem como o formulário que ele substitui, nos termos do
parágrafo 14, somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.

Parágrafo 6º - O PPP deverá ser emitido com base nas demais


demonstrações ambientais de que trata o art. 152.

Parágrafo 7º - O PPP deverá ser atualizado sempre que houver


alteração que implique mudança das informações contidas nas suas
seções, com a atualização feita pelo menos uma vez ao ano, quando
permanecerem inalteradas suas informações.

Parágrafo 8º - O PPP será impresso nas seguintes situações:

I - por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação


da cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com fornecimento de
uma das vias para o trabalhador, mediante recibo;

II - para fins de requerimento de reconhecimento de períodos


laborados em condições especiais;

III - para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir


de 01 de janeiro de 2004, quando solicitado pelo INSS;

IV - para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos


uma vez ao ano, quando da avaliação global anual do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA, até que seja implantado o PPP em
meio magnético pela Previdência Social;

V - quando solicitado pelas autoridades competentes.

Parágrafo 9º - O PPP deverá ser assinado por representante legal da


empresa, com poderes específicos outorgados por procuração, contendo a
indicação dos responsáveis técnicos legalmente habilitados, por
período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração
biológica.

Parágrafo 10 - A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de


contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou
OGMO, poderá ser feita no próprio instrumento de rescisão ou de
desfiliação, bem como em recibo à parte.

Parágrafo 11 - O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na


rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa,
sindicato ou OGMO, deverão ser mantidos na empresa por vinte anos.

Parágrafo 12 - A prestação de informações falsas no PPP constitui


crime de falsidade ideológica, nos termos do art. 297 do Código Penal.

Parágrafo 13 - As informações constantes no PPP são de caráter


privativo do trabalhador, constituindo crime nos termos da Lei nº 9029,
de 13 de abril de 1995, práticas discriminatórias decorrentes de sua
exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros,
ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes.

Parágrafo 14 - O PPP substitui o formulário para comprovação da


efetiva exposição dos segurados aos agentes nocivos para fins de
requerimento da aposentadoria especial, a partir de 01 de janeiro de
2004, conforme determinado pelo parágrafo 2º do art. 68 do RPS,
alterado pelo Decreto nº 4032, de 2001.

Subseção V
Da Aposentadoria Especial
Dos Conceitos Gerais

Art. 149 - O trabalho exercido em condições especiais que prejudiquem


a saúde ou a integridade física, com exposição a agentes nocivos de
modo permanente, não ocasional nem intermitente, está tutelado pela
Previdência Social mediante concessão da aposentadoria especial,
constituindo-se em fato gerador de contribuição previdenciária para
custeio deste benefício.

Art. 150 - São consideradas condições especiais que prejudicam a


saúde ou a integridade física, conforme aprovado pelo Decreto nº 3048,
de 06 de maio de 1999, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos
ou biológicos ou a exposição à associação desses agentes, em
concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os
limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples
exposição em condição especial prejudicial à saúde.

Parágrafo 1º - Os agentes nocivos não arrolados no Anexo IV do RPS


não serão considerados para fins de concessão da aposentadoria
especial.

Parágrafo 2º - As atividades constantes no Anexo IV do RPS são


exemplificativas, salvo para os agentes biológicos.

Art. 151 - O núcleo da hipótese de incidência tributária, objeto do


direito à aposentadoria especial, é composto de:

I - nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida como situação


combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos
reconhecidos, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à
integridade física do trabalhador;

II - permanência, assim entendida como o trabalho não ocasional nem


intermitente, durante quinze, vinte ou vinte cinco anos, no qual a
exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do
serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete.

Parágrafo 1º - Para a apuração do disposto no inciso I, há que se


considerar se o agente nocivo é:

I) apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de


mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de
trabalho, conforme constante nos Anexos 06, 13, 13-A e 14 da Norma
Regulamentadora nº 15 (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE e
no Anexo IV do RPS, para os agentes iodo e níquel;

II) quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem


dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 01, 02, 03,
05, 08, 11 e 12 da NR-15 do MTE, por meio da mensuração da intensidade
ou da concentração, consideradas no tempo efetivo da exposição no
ambiente de trabalho.

Parágrafo 2º - O agente constante no Anexo 09 da NR-15 do MTE, poderá


ser considerado nocivo, mediante laudo de inspeção do ambiente de
trabalho, baseado em investigação acurada sobre o caso concreto.

Parágrafo 3º - Quanto ao disposto no inciso II, não quebra a


permanência o exercício de função de supervisão, controle ou comando em
geral ou outra atividade equivalente, desde que seja exclusivamente em
ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada.

Art. 152 - As condições de trabalho, que dão ou não direito à


aposentadoria especial, deverão ser comprovadas pelas demonstrações
ambientais, que fazem parte das obrigações acessórias dispostas na
legislação previdenciária e trabalhista.

Parágrafo Único - As demonstrações ambientais de que trata o "caput",


constituem-se, entre outros, nos seguintes documentos:

I - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA;

II - Programa de Gerenciamento de Riscos-PGR;

III - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria


da Construção-PCMAT;

IV - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO;

V - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho- LTCAT;

VI - Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP;

VII - Comunicação de Acidente do Trabalho-CAT.

Art. 153 - As informações constantes do Cadastro Nacional de


Informações Sociais-CNIS serão observadas para fins do reconhecimento
do direito à aposentadoria especial, nos termos do art. 19 e parágrafo
2º do art. 68, ambos do RPS.

Parágrafo 1º - Fica assegurado ao INSS a contraprova das informações


referidas no caput no caso de dúvida justificada, promovendo de ofício
a alteração no CNIS, desde que comprovada mediante o devido processo
administrativo.

Parágrafo 2º - As demonstrações ambientais de que trata o art. 152


deverão embasar o preenchimento da GFIP e do formulário para
requerimento da aposentadoria especial, nos termos dos parágrafos 2º e
7º do art. 68, do RPS.

Parágrafo 3º - Presumem-se verdadeiras as informações prestadas pela


empresa na GFIP, para a concessão ou não da aposentadoria especial,
constituindo crime a prestação de informações falsas neste documento.

Parágrafo 4º - A empresa deverá apresentar, sempre que solicitadas


pelo INSS, as demonstrações ambientais de que trata o art. 152, para
fins de verificação das informações.

Da Habilitação ao Benefício

Art. 154 - A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei


nº 9032, de 28 de abril de 1995, o trabalhador que estiver exposto, de
modo permanente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante quinze, vinte
ou vinte e cinco anos, terá direito à concessão de aposentadoria
especial nos termos do art. 57 da Lei nº 8213, de 1991, observada a
carência exigida.

Art. 155 - Para instrução do requerimento da aposentadoria especial,


deverão ser apresentados os seguintes documentos:

I - para períodos laborados de 05 de setembro de 1960 até 28 de abril


de 1995, será exigido do segurado o formulário para requerimento da
aposentadoria especial e a Carteira Profissional-CP ou a Carteira de
Trabalho e Previdência Social-CTPS, bem como LTCAT, obrigatoriamente
para o agente físico ruído;

II - para períodos laborados entre 29 de abril de 1995 a 13 de


outubro de 1996, será exigido do segurado formulário para requerimento
da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações
ambientais, obrigatoriamente para o agente físico ruído;

III - para períodos laborados entre 14 de outubro de 1996 a 31 de


dezembro de 2003, será exigido do segurado formulário para requerimento
da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações
ambientais, qualquer que seja o agente nocivo;

IV - para períodos laborados a partir de 01 de janeiro de 2004, o


único documento exigido do segurado será o formulário para requerimento
deste benefício.

Parágrafo 1º - Quando for apresentado o documento que trata o


parágrafo 14, do art. 148 desta Instrução Normativa, contemplando
também os períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, serão
dispensados os demais documentos referidos neste artigo.

Parágrafo 2º - Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, ou


ainda de forma complementar a este, os seguintes documentos:

I - laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do


Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos;

II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de


Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO);

III - laudos emitidos pelo MTE ou, ainda, pelas DRT;

IV - laudos individuais acompanhados de:


a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando
o responsável técnico não for seu empregado;

b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de


segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua
especialidade;

c) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o


responsável técnico não for seu empregado;

d) data e local da realização da perícia.

V - os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o art. 152.

Parágrafo 3º - Para o disposto no parágrafo anterior, não será


aceito:

I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado;

II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no


mesmo setor;

III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;

IV - laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o


exercício da atividade;

V - laudo de empresa diversa.

Parágrafo 4º - Na impossibilidade de apresentação de algum dos


documentos obrigatórios mencionados neste artigo, o segurado poderá
protocolizar junto ao INSS um processo de Justificação Administrativa-
JA, conforme estabelecido por capítulo próprio desta Instrução
Normativa, observado:

I - a JA somente será permitida, no caso de empresa ou


estabelecimento legalmente extintos, podendo ser dispensada a
apresentação do formulário para requerimento da aposentadoria especial;

II - para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a JA deverá ser


instruída com base nas informações constantes da CP ou da CTPS em que
conste a função exercida, verificada a correlação entre a atividade da
empresa e a profissão do segurado, salvo nos casos de exposição a
agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa;

III - a partir de 28 de abril de 1995 e, em qualquer época, nos casos


de exposição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa, a
JA deverá ser instruída, obrigatoriamente, com laudo de avaliação
ambiental, coletivo ou individual, nos termos dos parágrafos 2º e 3º.

Parágrafo 5º - A critério do INSS, a empresa e o segurado deverão


apresentar os originais ou cópias autênticas dos documentos previstos
nesta Subseção.

Art. 156 - Consideram-se formulários para requerimento da


aposentadoria especial os antigos formulários SB-40, DISES BE 5235 e
DSS-8030, bem como o atual formulário DIRBEN-8030, constante do Anexo
I, segundo seus períodos de vigência, considerando-se, para tanto, a
data de emissão do documento.

Parágrafo 1º - Os formulários de que trata o caput deixarão de ter


eficácia a partir de 01 de janeiro de 2004, conforme disposto no
parágrafo 14 do art. 148.

Parágrafo 2º - Mesmo após 01 de janeiro de 2004 serão aceitos os


formulários referidos no caput, referentes a períodos laborados até
31.12.2003 quando emitidos até esta data, observando às normas de
regência vigentes nas respectivas datas de emissão.

Art. 157 - A partir de 29 de abril de 1995, a aposentadoria especial


somente será concedida aos segurados empregados, trabalhadores avulsos
e, a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da Medida
Provisória-MP nº 83, de 12 de dezembro de 2002, também aos cooperados
filiados à cooperativa de trabalho ou de produção.

Parágrafo Único - Os demais segurados classificados como contribuinte


individual não têm direito à aposentadoria especial.

Art. 158 - É considerado período de trabalho sob condições especiais,


para fins desta Subseção, os períodos de descanso determinados pela
legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes
de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez
acidentárias, bem como os de percepção de salário-maternidade, desde
que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade
considerada especial.

Art. 159 - O direito à concessão de aposentadoria especial aos quinze


e aos vinte anos, constatada a nocividade e a permanência nos termos do
art. 151, aplica-se às seguintes situações:

I - quinze anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de


produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou
biológicos;
II - vinte anos:

a) trabalhos com exposição ao agente químico asbestos (amianto);

b) trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de


produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou
biológicos.

Art. 160 - O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado na


hipótese de exercício de atividade em mais de um vínculo, com tempo de
trabalho concomitante (comum e especial), desde que constatada a
nocividade do agente e a permanência em, pelo menos, um dos vínculos
nos termos do art. 151.

Art. 161 - A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção


coletiva de trabalho ou sentença normativa não descaracteriza a
atividade exercida em condições especiais.

Art. 162 - Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios


previstos no Regime Geral da Previdência Social-RGPS, as atividades
exercidas deverão ser analisadas, considerando no mínimo os elementos
obrigatórios do art. 155, conforme quadro abaixo:

+------------------------------------------------------------------------------+
| Período Trabalhado Enquadramento |
|----------------------------+-------------------------------------------------|
| De 05.09.60 a 28.04.95 | Quadro Anexo ao Decreto nº 53831, de 1964. |
| | Anexos I e II do RBPS, aprovado pelo Decreto nº |
| | 83080, de 1979. |
| | |
| | Formulário; CP/CTPS; LTCAT, obrigatoriamente |
| | para o agente físico ruído |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| De 29.04.95 a 13.10.96 | Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto nº |
| | 53831, de 1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo |
| | Decreto nº 83080, de 1979. |
| | |
| | Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações |
| | Ambientais, obrigatoriamente para o agente |
| | físico ruído. |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| De 14.10.96 a 05.03.97 | Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto nº |
| | 53831, de 1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo |
| | Decreto nº 83080, de 1979. |
| | |
| | Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações |
| | Ambientais, para todos os agentes nocivos. |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| De 06.03.97 a 31.12.98 | Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº |
| | 2172, de 1997. |
| | |
| | Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações |
| | Ambientais, para todos os agentes nocivos. |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| De 01.01.99 a 05.05.99 | Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº |
| | 2172, de 1997. |
| | |
| | Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações |
| | Ambientais, para todos os agentes nocivos, que |
| | deverão ser confrontados com as informações |
| | relativas ao CNIS para homologação da contagem |
| | do tempo de serviço especial, nos termos do |
| | art. 19 e parágrafo 2º do art. 68 do RPS, com |
| | redação dada pelo Decreto nº 4079, de 2002. |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| De 06.05.99 a 31.12.2003 | Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048, |
| | de 1999. |
| | |
| | Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações |
| | Ambientais, para todos os agentes nocivos, que |
| | deverão ser confrontados com as informações |
| | relativas ao CNIS para homologação da contagem |
| | do tempo de serviço especial, nos termos do |
| | art. 19 e parágrafo 2º do art. 68 do RPS, com |
| | redação dada pelo Decreto nº 4079, de 2002. |
|----------------------------|-------------------------------------------------|
| A partir de 01.01.2004 | Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048, |
| | de 1999. |
| | |
| | Formulário, que deverá ser confrontado com as |
| | informações relativas ao CNIS para homologação |
| | da contagem do tempo de serviço especial, nos |
| | termos do art. 19 e parágrafo 2º do art. 68 do |
| | RPS, com redação dada pelo Decreto nº 4079, de |
| | 2002. |
+----------------------------+-------------------------------------------------+

Parágrafo 1º - As alterações trazidas pelo Decreto nº 4882, de 18 de


novembro de 2003, não geram efeitos retroativos em relação às
alterações conceituais por ele introduzidas.

Parágrafo 2º - Na hipótese de atividades concomitantes sob condições


especiais, no mesmo ou em outro vínculo empregatício, será considerada
aquela que exigir menor tempo para a aposentadoria especial.
Parágrafo 3º - Em caso de divergência entre o formulário e o CNIS ou
entre estes e outros documentos ou evidências, o INSS deverá analisar a
questão no processo administrativo, com adoção das medidas necessárias.

Parágrafo 4º - Serão consideradas evidências, de que trata o


parágrafo anterior, entre outros, os indicadores epidemiológicos dos
benefícios previdenciários cuja etiologia esteja relacionada com os
agentes nocivos.

Parágrafo 5º - Reconhecido o tempo especial sem correspondência com


as informações constantes em GFIP, a fiscalização será acionada para
levantamento dos débitos cabíveis.

Art. 163 - Serão consideradas as atividades e os agentes arrolados em


outros atos administrativos, decretos ou leis previdenciárias que
determinem o enquadramento por atividade para fins de concessão de
aposentadoria especial, exceto as circulares emitidas pelas então
Regionais ou Superintendências Estaduais do INSS, que, de acordo com o
Regimento Interno do INSS, não possuíam a competência necessária para
expedi-las, ficando expressamente vedada a sua utilização.

Art. 164 - Deverão ser observados os seguintes critérios para o


enquadramento do tempo de serviço como especial nas categorias
profissionais ou nas atividades abaixo relacionadas:

I - telefonista em qualquer tipo de estabelecimento:

a) o tempo de atividade de telefonista poderá ser enquadrado como


especial no código 2.4.5 do quadro anexo ao Decreto nº 53831, de 25 de
março de 1964, até 28 de abril de 1995;

b) se completados os vinte e cinco anos, exclusivamente na atividade


de telefonista, até 13 de outubro de 1996, poderá ser concedida a
aposentadoria especial;

c) a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº


1523, de 11 de outubro de 1996, não será permitido o enquadramento em
função da denominação profissional de telefonista.

II - guarda, vigia ou vigilante até 28 de abril de 1995:

a) entende-se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha


sido contratado para garantir a segurança patrimonial, impedindo ou
inibindo a ação criminosa em patrimônio das instituições financeiras e
de outros estabelecimentos públicos ou privados, comerciais,
industriais ou entidades sem fins lucrativos, bem como pessoa
contratada por empresa especializada em prestação de serviços de
segurança, vigilância e transporte de valores, para prestar serviço
relativo a atividade de segurança privada a pessoa e a residências;

b) a atividade do guarda, vigia ou vigilante na condição de


contribuinte individual não será considerada como especial;

c) em relação ao empregado em empresa prestadora de serviços de


vigilância, além das outras informações necessárias à caracterização da
atividade, deverá constar no formulário para requerimento da
aposentadoria especial os locais e empresas onde o segurado esteve
desempenhando a atividade;

d) os empregados contratados por estabelecimentos financeiros ou por


empresas especializadas em prestação de serviços de vigilância ou de
transporte de valores, deverão apresentar comprovante de habilitação
para o exercício da atividade a partir de 21 de junho de 1983, data de
vigência da Lei nº 7102, de 20 de junho de 1983;

e) os demais empregados deverão apresentar comprovante de habilitação


a partir de 29 de março de 1994, data da publicação da Lei nº 8863, de
28 de março de 1994.

III - professor: a partir da Emenda Constitucional nº 18, de 30 de


junho de 1981, não é permitida a conversão do tempo de exercício de
magistério para qualquer espécie de benefício, exceto se o segurado
implementou todas as condições até 29 de junho de 1981, considerando
que a Emenda Constitucional retirou esta categoria profissional do
quadro anexo ao Decreto nº 53831, de 1964, para incluíla em legislação
especial e específica, que passou a ser regida por legislação própria;

IV - servente, auxiliar ou ajudante, de qualquer das atividades


constantes dos quadros anexos ao Decreto nº 53831, de 1964, e ao
Decreto nº 83080, de 24 de janeiro de 1979, até 28 de abril de 1995: o
enquadramento será possível desde que o trabalho, nessas funções, seja
exercido nas mesmas condições e no mesmo ambiente em que trabalha o
profissional a que presta serviços;

V - atividades, de modo permanente, com exposição aos agentes nocivos


eletricidade, radiações não ionizantes e umidade: o enquadramento
somente será possível até 05 de março de 1997;

VI - atividades, de modo permanente, com exposição a agentes


biológicos:

a) até 05 de março de 1997, o enquadramento poderá ser caracterizado,


para trabalhadores expostos ao contato com doentes ou materiais
infecto-contagiantes, de assistência médica, odontológica, hospitalar
ou outras atividades afins, independentemente da atividade ter sido
exercida em estabelecimentos de saúde;

b) a partir de 06 de março de 1997, tratando-se de estabelecimentos


de saúde, somente serão enquadradas as atividades exercidas em contato
com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas ou com manuseio
de materiais contaminados, no código 3.0.1 do Anexo IV do RBPS,
aprovado pelo Decreto nº 2172, de 05 de março de 1997 ou do Anexo IV do
RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048, de 1999;

c) as atividades de coleta, industrialização do lixo e trabalhos em


galerias, fossas e tanques de esgoto, de modo permanente, poderão ser
enquadradas no código 3.0.1 do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto
nº 3048, de 1999, mesmo que exercidas em períodos anteriores, desde que
exista exposição a microorganismos e parasitas infecto-contagiosos
vivos e suas toxinas;

Art. 165 - O período em que o empregado esteve licenciado da


atividade para exercer cargo de administração ou de representação
sindical, exercido até 28 de abril de 1995, será computado como tempo
de serviço especial, desde que, à data do afastamento, o segurado
estivesse exercendo atividade considerada especial. Da Conversão do
Tempo de Serviço

Art. 166 - Somente será permitida a conversão de tempo especial em


comum, sendo vedada a conversão de tempo comum em especial.

Art. 167 - O tempo de trabalho exercido sob condições especiais


prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador, conforme a
legislação vigente à época da prestação do serviço, será somado, após a
respectiva conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum,
qualquer que seja o período trabalhado, com base no Decreto nº 4827, de
03 de setembro de 2003, aplicando-se a seguinte tabela de conversão,
para efeito de concessão de qualquer benefício:

+-----------------------+----------+----------+----------+----------+----------+
| Tempo de Atividade | Para | Para | Para | Para | Para |
| a ser Convertido | 15 | 20 | 25 | 30 | 35 |
|-----------------------|----------|----------|----------|----------|----------|
| De 15 anos | 1,00 | 1,33 | 1,67 | 2,00 | 2,33 |
|-----------------------|----------|----------|----------|----------|----------|
| De 20 anos | 0,75 | 1,00 | 1,25 | 1,50 | 1,75 |
|-----------------------|----------|----------|----------|----------|----------|
| De 25 anos | 0,60 | 0,80 | 1,00 | 1,20 | 1,40 |
+-----------------------+----------+----------+----------+----------+----------+
Art. 168 - Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou
mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou
à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo
exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão
somados, após a conversão do tempo relativo às atividades não
preponderantes, cabendo, dessa forma, a concessão da aposentadoria
especial com o tempo exigido para a atividade preponderante não
convertida. Parágrafo Único. Será considerada atividade preponderante
aquela que, após a conversão para um mesmo referencial, tenha maior
número de anos.

Art. 169 - Serão considerados, para fins de alternância entre


períodos comum e especial, o tempo de serviço militar, mandato eletivo,
aprendizado profissional, tempo de atividade rural, contribuinte em
dobro ou facultativo, período de certidão de tempo de serviço público
(contagem recíproca), benefício por incapacidade previdenciário
(intercalado). Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental

Art. 170 - Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental,


ressalvada disposição em contrário, deverão considerar:

I - a metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos


estabelecidos pelas Normas de Higiene Ocupacional-NHO da FUNDACENTRO;

II - os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.

Parágrafo 1º - Para o agente químico benzeno, também deverão ser


observados a metodologia e os procedimentos de avaliação, dispostos nas
Instruções Normativas MTE/SSST nºs 01 e 02, de 20 de dezembro de 1995.

Parágrafo 2º - As metodologias e procedimentos de avaliação não


contemplados pelas NHO da FUNDACENTRO deverão estar definidos por órgão
nacional ou internacional competente e a empresa deverá indicar quais
as metodologias e os procedimentos adotados nas demonstrações
ambientais de que trata o art. 152.

Parágrafo 3º - Para os agentes quantitativos que não possuam limites


de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE, deverão ser utilizados
os limites de tolerância da última edição da ACGIH ou aqueles que
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde
que mais rigorosos do que os critérios técnicos-legais estabelecidos,
nos termos da alínea "c", item 9.3.5.1 da NR-09 do MTE.

Parágrafo 4º - Deverão ser consideradas as normas referenciadas nesta


Subseção, vigentes à época da avaliação ambiental.

Parágrafo 5º - As metodologias e os procedimentos de avaliação que


foram alterados por esta Instrução Normativa somente serão exigidos
para as avaliações realizadas a partir de 01 de janeiro de 2004, sendo
facultado à empresa a sua utilização antes desta data.

Art. 171 - A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à


aposentadoria especial quando os níveis de pressão sonora estiverem
acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A),
conforme o caso, observado o seguinte:

I - até 05 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a


exposição for superior a oitenta dB (A), devendo ser anexado o
histograma ou memória de cálculos;

II - a partir de 06 de março de 1997 e até 18 de novembro de 2003,


será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa
dB (A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos;

III - a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o


enquadramento quando o NEN se situar acima de oitenta e cinco dB (A) ou
for ultrapassada a dose unitária, aplicando-se a NHO-01 da FUNDACENTRO,
que define as metodologias e os procedimentos de avaliação;

IV - será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva


(EPC) que elimine ou neutralize a nocividade, desde que asseguradas as
condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção,
estando essas devidamente registradas pela empresa;

V - será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual


(EPI) que atenue a nocividade aos limites de tolerância, desde que
respeitado o disposto na NR-06 do MTE e assegurada e devidamente
registrada pela empresa a observância:

a) da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE


(medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de
organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se
a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica,
insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em
caráter complementar ou emergencial);

b) das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao


longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada
às condições de campo;

c) do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

d) da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais,


comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria;

e) da higienização.

Art. 172 - A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas


de fontes artificiais, dará ensejo à aposentadoria especial quando:

I - para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de


tolerância definidos no Anexo 03 da NR-15 do MTE ou NHO-06 da
FUNDACENTRO;

II - para o agente físico frio, se for constatada a nocividade nos


termos do Anexo 09 da NR-15, observado o disposto no art. 253 da CLT.

Parágrafo Único - Considerando o disposto no item 2 do Quadro I do


Anexo 03 da NR-15 do MTE e no art. 253 da CLT, os períodos de descanso
são considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Art. 173 - A exposição ocupacional a radiações ionizantes dará ensejo


à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de
tolerância estabelecidos no Anexo 05 da NR-15 do MTE.

Parágrafo Único - Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços


de radiologia, deverá ser obedecida a metodologia e os procedimentos de
avaliação constantes na NHO-05 da FUNDACENTRO; para os demais casos,
aqueles constantes na Resolução CNEN - NE-3. 01.

Art. 174 - A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou de


corpo inteiro dará ensejo à aposentadoria especial quando forem
ultrapassados os limites de tolerância definidos pela Organização
Internacional para Normalização-ISO, em suas Normas ISO nº 2631 e
ISO/DIS nº 5349, respeitando-se as metodologias e os procedimentos de
avaliação que elas autorizam.

Art. 175 - A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras


minerais constantes do Anexo IV do RPS dará ensejo à aposentadoria
especial, devendo considerar os limites de tolerância definidos nos
Anexos 11 e 12 da NR-15 do MTE, sendo avaliada segundo as metodologias
e procedimentos adotados pelas NHO-02, NHO-03, NHO-04 e NHO-07 da
FUNDACENTRO.

Art. 176 - A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza


biológica infecto-contagiosa, constantes do Anexo IV do RPS dará ensejo
à aposentadoria especial exclusivamente nas atividades previstas neste
Anexo.

Parágrafo Único - Tratando-se, de estabelecimentos de saúde, a


aposentadoria especial ficará restrita aos segurados que trabalhem de
modo permanente com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas,
segregados em áreas ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam
exclusivamente materiais contaminados provenientes dessas áreas.

Da Evidenciação Técnica das Condições Ambientais do Trabalho

Art. 177 - A partir da publicação desta IN, para as empresas


obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos
do item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substituído pelos programas
de prevenção PPRA, PGR e PCMAT.

Parágrafo 1º - As demais empresas poderão optar pela implementação


dos programas referidos no caput, em substituição ao LTCAT.

Parágrafo 2º - Os documentos referidos no caput deverão ser


atualizados pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou
sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua
organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR-09, 18.3.1.1 da NR-18 e
da alínea "g" do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE.

Art. 178 - As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos


termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, que não fizeram opção pelo disposto
no parágrafo 1º do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada
a seguinte estrutura:

I - reconhecimento dos fatores de riscos ambientais;

II - estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

III - avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;


especificação e implantação de medidas de controle e avaliação de sua
eficácia;

V - monitoramento da exposição aos riscos;

VI - registro e divulgação dos dados;

VII - avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao


ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou
em sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e
estabelecimento de novas metas e prioridades.

Parágrafo 1º - Para o cumprimento do inciso I, deve-se contemplar:

a) a identificação do fator de risco;


b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de


propagação dos agentes no ambiente de trabalho;

d) a identificação das funções e determinação do número de


trabalhadores expostos;

e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;

f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível


comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados,


disponíveis na literatura técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

Parágrafo 2º - Quando não forem identificados fatores de riscos do


inciso I, o LTCAT poderá resumir-se aos incisos I, VI e VII, declarando
a ausência desses.

Parágrafo 3º - O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de


segurança do trabalho, com o respectivo número da Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) junto ao Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura (CREA) ou por médico do trabalho, indicando os registros
profissionais para ambos.

Art. 179 - Considera-se o LTCAT atualizado aquele que corresponda às


condições ambientais do período a que se refere, observado o disposto
no parágrafo 2º do art. 177 e inciso VII do art. 178.

Art. 180 - São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou em


sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de:

I - mudança de "layout";

II - substituição de máquinas ou de equipamentos;

III - adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva;

IV - alcance dos níveis de ação estabelecidos no subitem 9.3.6 da


NR-09, aprovadas pela Portaria nº 3214, de 1978, do MTE, se aplicável;

V - extinção do pagamento do adicional de insalubridade.

Art. 181 - Os documentos de que tratam os arts. 177 e 178, emitidos


em data anterior ao exercício da atividade do segurado, poderão ser
aceitos para garantir direito relativo ao enquadramento de tempo
especial, após avaliação por parte do INSS.

Das Ações das APS

Art. 183 - Caberá às Agências da Previdência Social-APS a análise dos


requerimentos de benefícios e dos pedidos de recurso e revisão, com
inclusão de períodos de atividades exercidas em condições especiais,
para fins de conversão de tempo de contribuição ou concessão de
aposentadoria especial, com observação dos procedimentos a seguir:

I - verificar o cumprimento das exigências das normas previdenciárias


vigentes, no formulário para requerimento da aposentadoria especial e
no LTCAT, quando exigido;

II - preencher o formulário "Despacho e Análise Administrativa da


Atividade Especial" (DIRBEN-8247), com obrigatoriedade da indicação das
informações do CNIS sobre a exposição do segurado a agentes nocivos,
por período especial requerido;

III - encaminhar o formulário para requerimento da aposentadoria


especial e o LTCAT, quando exigido, ao Serviço ou à Seção de
Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade-GBENIN, para análise
técnica, somente para requerimento, revisão ou recurso relativo a
enquadramento por exposição à agente nocivo;

IV - promover o enquadramento, quando relativo à categoria


profissional ou atividade, ainda que para o período analisado conste
também exposição à agente nocivo.

Parágrafo Único - Ressalta-se que, nos casos de períodos já


reconhecidos como de atividade especial, deverão ser respeitadas as
orientações vigentes à época, sendo que a análise pela Perícia Médica
dar-se-á nas situações em que houver períodos com agentes nocivos a
serem enquadrados, por motivo de requerimento de revisão ou mesmo de
recurso.

Da Auditoria Fiscal e da Inspeção Médico Pericial do INSS

Art. 184 - O Auditor Fiscal da Previdência Social-AFPS auditará a


regularidade dos controles internos das empresas relativos ao
gerenciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a correta
correspondência das informações declaradas no CNIS com a evidenciação
técnica das condições ambientais de trabalho, conforme disposto nos
arts. 177 e 178.
Art. 185 - O Médico Perito da Previdência Social-MPPS emitirá parecer
técnico na avaliação dos benefícios por incapacidade e realizará
análise médico-pericial dos benefícios de aposentadoria especial,
proferindo despacho conclusivo no devido processo administrativo ou
judicial que instrua concessão, revisão ou recurso dos referidos
benefícios, inclusive para fins de custeio.

Parágrafo 1º - O MPPS poderá, sempre que julgar necessário, solicitar


as demonstrações ambientais de que trata o art. 152 e outros documentos
pertinentes à empresa responsável, bem como inspecionar o ambiente de
trabalho.

Parágrafo 2º - O MPPS não poderá realizar avaliação médico-pericial


nem analisar qualquer das demonstrações ambientais de que trata o art.
152, quando essas tiverem a sua participação, nos termos do art. 120 do
Código de Ética Médica e do art. 12 da Resolução CFM nº 1488, de 11 de
fevereiro de 1998.

Parágrafo 3º - Em caso de embaraço, inércia ou negativa por parte da


empresa quanto a disponibilização ao MPPS da documentação mencionada no
caput, deverá o AFPS proceder à intimação cabível.

Art. 186 - Em análise médico-pericial, inclusive a relativa a


benefício por incapacidade, além das outras providências cabíveis, o
MPPS emitirá:

I - Representação Administrativa-RA ao Ministério Público do


Trabalho-MPT competente e ao Serviço de Segurança e Saúde do
Trabalho-SSST da Delegacia Regional do Trabalho-DRT do MTE, sempre que,
em tese, ocorrer desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalho
que reduzem os riscos inerentes ao trabalho ou às normas
previdenciárias relativas aos documentos LTCAT, CAT, PPP e GFIP, quando
relacionadas ao gerenciamento dos riscos ocupacionais;

II - Representação Administrativa-RA, aos Conselhos Regionais das


categorias profissionais, com cópia para o MPT competente, sempre que a
confrontação da documentação apresentada com os ambientes de trabalho
revelar indícios de irregularidades, fraudes ou imperícia dos
responsáveis técnicos pelas demonstrações ambientais de que trata o
art. 152;

III - Representação para Fins Penais-RFP, ao Ministério Público


Federal ou Estadual competente, sempre que as irregularidades previstas
nesta Subseção ensejarem a ocorrência, em tese, de crime ou
contravenção penal;

IV - Informação Médico Pericial-IMP, à Procuradoria Federal


Especializada junto ao INSS na Gerência-Executiva a que está vinculado
o MPPS, para fins de ajuizamento de ação regressiva contra os
empregadores ou subempregadores, quando identificar indícios de dolo ou
culpa destes, em relação aos acidentes ou às doenças ocupacionais,
incluindo o gerenciamento ineficaz dos riscos ambientais, ergonômicos e
mecânicos ou outras irregularidades afins.

Parágrafo 1º - As representações deste artigo deverão ser remetidas


por intermédio do Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por
Incapacidade.

Parágrafo 2º - O Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por


Incapacidade deverá enviar cópia da representação de que trata este
artigo ao Serviço ou Seção de Fiscalização e à Procuradoria Federal
Especializada junto ao INSS, bem como remeter um comunicado, constante
no Anexo XVIII, sobre sua emissão para o sindicato da categoria do
trabalhador.

Parágrafo 3º - A Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS


deverá emitir um comunicado, constante no Anexo XVIII, para o sindicato
da categoria do trabalhador para as ações regressivas decorrentes das
IMP de que trata o inciso IV deste artigo.

Parágrafo 4º - A Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS


deverá auxiliar e orientar a elaboração das representações de que trata
este artigo, sempre que solicitado. Da Perda do Direito ao Benefício

Art. 187 - A aposentadoria especial requerida e concedida a partir de


29 de abril de 1995, em virtude da exposição do trabalhador a agentes
nocivos, será automaticamente cancelada pelo INSS, se o beneficiário
permanecer ou retornar à atividade que enseje a concessão desse
benefício, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de
prestação de serviço ou categoria de segurado.

Parágrafo 1º - A cessação do benefício de que trata o caput ocorrerá


da seguinte forma:

I - em 14 de dezembro de 1998, data publicação da Lei nº 9732, de 11


de dezembro de 1998, para as aposentadorias concedidas a partir de 29
de abril de 1995 até 13 de dezembro de 1998;

II - a partir da data do efetivo retorno ou da permanência, para as


aposentadorias concedidas a partir de 14 de dezembro de 1998.

Parágrafo 2º - Os valores indevidamente recebidos deverão ser


devolvidos ao INSS, na forma dos arts. 154 e 365 do RPS. Das
Disposições Finais Transitórias
Art. 188 - Os pedidos de revisão protocolados até 07 de agosto de
2003, efetuados com fundamento nas decisões proferidas na Ação Civil
Pública-ACP nº 2000.71.00.030435-2 (liminar, sentença e acórdão
regional), pendentes de decisão final, devem ser analisados de acordo
com os dispositivos constantes nesta IN.

Parágrafo 1º - Aplica-se o disposto no caput aos processos com


decisões definitivas das Juntas de Recurso da Previdência Social (JRPS)
ou das Câmaras de Julgamento-CaJ, cujo acórdão não contemplou os
critérios da referida ACP.

Parágrafo 2º - Não será permitida revisão para períodos de tempo


especial reconhecidos e amparados pela legislação vigente à época, em
benefícios já concedidos, salvo se identificada irregularidade.

Parágrafo 3º - A revisão prevista no caput não será objeto de reforma


do benefício, se ocasionar prejuízo ao segurado.

Parágrafo 4º - A correção das parcelas decorrentes da revisão de que


trata o caput deverá ocorrer:

I - a partir da data do pedido da revisão, se o segurado não tiver


interposto recurso;

II - de acordo com as normas estabelecidas para esse caso, se o


benefício estiver em fase de recurso.

Parágrafo 5º - Para pedidos de revisão que tenham por objeto outro


elemento diverso do abrangido pela ACP referida no "caput", deverão ser
adotados os seguintes procedimentos:

I - promover a revisão somente no que tange ao objeto da ACP e a


correção das parcelas nos termos do disciplinado no caput;

II - após concluída a revisão referida no inciso anterior, deverá ser


processada nova revisão relativa ao objeto diverso, devendo a correção
obedecer aos critérios disciplinados para esse procedimento.

Parágrafo 6º - Ficam convalidados os atos praticados com base nas


decisões referidas no caput, disciplinados nas IN INSS/DC nº 42, de 22
de janeiro de 2001; nº 49, de 03 de maio de 2001; nº 57, de 10 de
outubro de 2001; nº 78, de 16 de julho de 2002 e nº 84, de 17 de
dezembro de 2002.

Art. 410 - Observado o disposto no artigo 400 desta Instrução


Normativa, o titular do benefício poderá solicitar transferência entre
órgãos mantenedores, devendo, para tanto, formalizar pedido junto à APS
da nova localidade em que reside.

Parágrafo Único - Os benefícios poderão ser pagos mediante depósito


bancário, em nome do beneficiário, observando que no caso de benefício
pago por meio de conta e tendo o INSS tomado conhecimento de fatos que
levem à sua cessação, com data retroativa, a APS deverá proceder ao
levantamento dos valores creditados após a data da efetiva cessação e
emitir GPS ao Órgão Pagador-OP.

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Art. 432 - Os prazos da decadência para requerimento de revisão,


historicamente, são assim considerados: a partir do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso,
ao do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva
no âmbito administrativo.

PERÍODO FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PRAZO

Até 27.06.97 Não havia previsão legal Sem prazo

De 28.06.97 a 22.10.98

MP nº 1523-09, de 1997, convertida

na Lei nº 9528, de 1997

dez anos

A partir de 23.10.98

MP nº 1663-15, de 1998, convertida

na Lei nº 9711, de 1998

cinco anos

A partir de 20.11.2003

MP nº 138, de 19.11.2003, acrescenta

o art. 103-A a Lei nº 8213/91.

Restabelece o

prazo de dez anos


Art. 512 - É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer
direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de
concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do
recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que
tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito
administrativo, observando-se a seguinte série histórica:

I - até 27 de junho de 1997 não havia prazo decadencial para pedido


de revisão de ato concessório de benefício;

II - de 28 de junho de 1997 a 22 de outubro de 1998, período de


vigência da MP nº 1523-09, de 1997, e reedições posteriores, convertida
na Lei nº 9528, de 1997, o segurado teve o prazo de dez anos para
requerer revisão do ato concessório ou indeferitório definitivo, no
âmbito administrativo;

III - a partir de 23 de outubro de 1998, data da publicação da MP nº


1663-15, convertida na Lei nº 9711, publicada em 21 de novembro de
1998, o prazo decadencial passou a ser de cinco anos.

IV - a partir de 10 de novembro de 2003, o prazo voltou a ser de dez


anos, nos termos da MP nº 138, de 19 de novembro de 2003, conforme no
"caput" deste artigo.

Parágrafo 1º - Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com


decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não
houver a interposição de recursos, se apresentado no prazo de dez anos,
contados do dia em que o requerente tomou conhecimento da referida
decisão, terá o seguinte tratamento:

Parágrafo 2º - Para os benefícios em manutenção em 23 de outubro de


1998 (data de publicação da Medida Provisória nº 1663-15), o prazo
decadencial de dez anos para revisão (MP nº 138/2003) começa a contar a
partir de 01 de dezembro de 1998, não importando a data de sua
concessão.

.....................................................................

Art. 514 - Em conformidade com o preceituado no art. 103-A da Lei nº


8213/91, acrescido com a edição da MP nº 138/2003, é vedado ao INSS
cessar ou suspender o benefício, ou reduzir o seu valor, se concedido
ou revisto há mais de dez anos, salvo comprovada má-fé.

Parágrafo 1º - Se comprovada má-fé, o benefício será cancelado, a


qualquer tempo, nos termos do art. 179 do RPS, subsistindo a obrigação
do segurado de devolver as quantias pagas de uma só vez, conforme
determinado o parágrafo único do art. 115 da Lei nº 8213, de 1991, e o
parágrafo 2º do art. 154 do RPS.

Parágrafo 2º - Para os benefícios concedidos ou revistos até 19.11.98


não se aplica o novo prazo decadencial previsto no art. 103-A, da Lei
nº 8213/91, acrescentado pela MP nº 138, mas o disposto nos arts. 53 e
54, da Lei nº 9784/99, tendo decaído o direito do INSS de revê-los,
salvo comprovada má-fé.

.....................................................................

Art. 515 - As revisões determinadas em dispositivos legais, ainda que


decorridos mais de dez anos da data em que deveriam ter sido pagas,
devem ser processadas, observando-se a prescrição qüinqüenal.

.....................................................................

Art. 619 - ..........................................................

III - a partir de 01 de janeiro de 2004, a idade mínima para o idoso


passa a ser de 65 (sessenta e cinco) anos, conforme o art. 34 da Lei nº
10741, de 01 de outubro de 2003.

.....................................................................

Art. 621 - ..........................................................

Parágrafo 1º - O valor do benefício assistencial concedido a outros


membros do mesmo grupo familiar passa a integrar a renda para efeito de
cálculo per capta do novo benefício requerido.

Parágrafo 2º - A partir de 01 de janeiro de 2004, o benefício


assistencial ao idoso (espécie 88), já concedido a qualquer membro da
família, não será computado para fins de cálculo da renda per capta do
novo benefício requerido da mesma espécie, conforme o art. 34 da Lei nº
10741/2003 (Estatuto do Idoso).

.....................................................................

Art. 2º - Revogam-se os arts. 189 a 197 da Instrução Normativa nº


95/INSS/DC, de 07 de outubro de 2003.

Art. 3º - Fica alterado o Anexo XV e instituído o Anexo XVIII.

Art. 4º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

TAITI INENAMI
Diretor-Presidente

João Ernesto Aragonés Vianna


Procurador-Chefe da Procuradoria Especializada

João Ângelo Loures


Diretor de Orçamento, Finanças e Logística

Lúcia Helena de Carvalho


Diretora de Recursos Humanos

Carlos Roberto Bispo


Diretor da Receita Previdenciária

Benedito Adalberto Brunca


Diretor de Benefícios

ANEXO XVIII

COMUNICADO nº __________/__________

+------------------------------------------------------------------------------+
| PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA/INSS |
|--------------------------------------------+---------------------------------|
| LOCALIDADE: | CÓDIGO: |
|--------------------------------------------+---------------------------------|
| ENDEREÇO: |
|------------------------------------------------------------------------------|
| AO SINDICATO: |
| |
| ENDEREÇO: |
|------------------------------------------------------------------------------|
| O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, informa que foi emitida |
| Representação(tipo: RA ou RFP) ao (órgão destinatário) na defesa de direitos |
| dos trabalhadores filiados a esse Sindicato, |
|------------------------------------------------------------------------------|
| relativa à Segurança e Saúde do Trabalho. |
| Para conhecimento do teor da Representação, o Sindicato deverá procurar o |
| órgão publico destinatário. |
+------------------------------------------------------------------------------+

____________,____de__________de_______
_____________________________
Assinatura e Carimbo do Funcionário

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