Apostila Teologia Ministerial
Apostila Teologia Ministerial
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"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas e outros para
pastores e mestres, com vistas ao apetfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo".
Efésios 4.11
APRESENTAÇÃO DISCIPLINA
Neste estudo, será ensinado que Cristo entregou à Sua Igreja dons, que são chamados dons ministeriais.
Os dons têm por objetivo fortalecer a Igreja, e são de grande importância para o desenvolvimento sadio
do Corpo de Cristo. Através deles, os membros da igreja receberão formação específica, visando a unidade,
maturidade e o aperfeiçoamento.
Neste estudo, aprenderemos a importância e o valor destes dons ministeriais. São eles: ministério
apostólico, ministério profético, ministério evangelístico, ministério pastoral e ministério de mestre.
A nossa oração e expectativa é que Deus abra o seu entendimento, para que possa receber revelação
que traga edificação e conhecimento para uma vida cristã vitoriosa.
“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros
como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de Cristo”. Ef. 4.11-12.
Carga-horária do Módulo:
- Aulas: 9 h/a
- Leitura Programada: 29 h/a
- Atividade Complementar: 4 h/a
- Total: 42 h/a
Este material faz parte do Curso de Teologia do Centro de Treinamento Ministerial Ágape e foi elaborado com o
fim de suplementar as ministrações em sala de aula, sejam elas na modalidade presencial ou on-line.
Esperamos que você busque o conhecimento que vem do Alto, aprendendo a relacionar-se mais com Deus e Sua
Palavra. Assim, conhecerá verdades absolutas deixadas nas Escrituras e cumprirá o que diz em II Tm 2.4:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem
a palavra da verdade.”
Estude e medite frequentemente em espírito de oração sobre os assuntos tratados em sala de aula. Leia e estude o
conteúdo da aula seguinte, para que as ministrações sejam mais esclarecedoras e, consequentemente, aprofundadas.
Tenha sempre à mão um dicionário de Língua Portuguesa, caso não compreenda alguma palavra, consulte o seu
significado. Além disso, é importante possuir um bom dicionário bíblico, para se familiarizar com o vocabulário das
Escrituras.
Os temas aqui tratados podem e devem ser explorados e aprofundados com conteúdos externos. Para auxiliá-lo,
ao estruturar o conteúdo de cada Unidade de Ensino, procuramos fazer uma interação entre o aluno e o texto,
fazendo conexões que ampliarão o conhecimento oferecido. Isso acontecerá por meio de ícones encontrados ao
longo da apostila, conforme segue:
OS MINISTÉRIOS
OBJETIVO
Identificar os cinco ministérios que Cristo entregou à Sua Igreja, e qual a razão de
existirem.
INTRODUÇÃO
Entre os meios dados por Deus para se alcançar a gloriosa estatura da plenitude de
Cristo (Ef 4.13), estão na Igreja, pelo Senhor Jesus, estes vários dons do ministério (apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres). “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo”.
É por meio desses dons ministeriais que a Igreja é nutrida espiritualmente, chegando a
sua maturidade. Certamente, se faltar um dos cinco ministérios na Igreja local, isso impedirá
seu crescimento e saúde espirituais, deixando de funcionar de forma equilibrada.
I. Identificação Ministerial
“Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,
para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu
conhecimento o espírito e sabedoria e de revelação, 18 tendo iluminados os olhos do
vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos”. Ef.1.16-18.
Perceber-se nos versículos acima, que o apóstolo Paulo orava para que todo cristão
pudesse ter entendimento e revelação acerca de seu chamado ou vocação ministerial, isto
porque Deus tem expectativas a nosso respeito!
Desta forma, nós devemos, em oração, buscar uma compreensão maior de nossa
vocação, chamado e ministério, na compreensão de que a obra de Deus é muito mais
abrangente do que podemos imaginar.
Porque, a obra de Deus está relacionada com a Sua vontade, da qual nós fazemos parte.
A obra de Deus, como elemento de aplicação da vontade soberana e absoluta Dele, está em
encabeçar Jesus como centro do universo. A VONTADE SOBERANA E ABSOLUTA tem o
propósito de encabeçar Jesus Cristo como o centro de todas as coisas e acima de toda
autoridade.
1.1. Vocação
Vocação é uma palavra encontrada no Novo Testamento, cuja interpretação vem do termo
grego “klésis”, a qual representa um serviço voluntário, ou a acolhida a uma convocação
voluntária. Tal serviço é abrangente, pois cada ser humano, cristão ou não, pode receber uma
vocação divina.
Sabemos que existem pessoas muito piedosas, a exemplo de Cornélio (At.10.1), ou o
centurião de Cafarnaum (Lucas 7:1), que possuíam uma ortopraxis; ambos, apesar de não
serem cristãos, se posicionam para o serviço do bem, embora, tais boas obras não tenham
poder de salvação (Ef.4.4-6).
A vocação tende envolver aspectos filantrópicos e humanitários, seguidamente pode ser
utilizada na forma de “remissão profissional”; ou seja, a mesma vocação que pode ser utilizada
na área profissional pode ser também utilizada como ferramenta de crescimento e expansão do
amor solidário de Cristo.
Deus concede talentos para o exercício de nossa vocação. Talentos são aptidões naturais,
capacitações e habilitações que Deus nos dá. Talentos não são apenas usados no meio
eclesiástico, pelo contrário, sua função é para nossa atividade secular, no aprimoramento e
refinamento de nossa vida (Mt. 25.14-18).
Na medida em que passamos a andar de forma digna de nossa vocação, o Senhor, que nos
observa com justiça, nos chama para execução de sua obra no Reino. Isto é, devido ao fato de
andarmos de maneira digna, somos, na verdade, promovidos para a realização de um
"chamado" no Reino de Deus (1 Co.1.1,9; Rm.1.1.6-7).
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1.2. Chamada
Há muitas formas pelas quais podemos servir a Deus em Seu reino, como a criação
literária, na música, através da contribuição missionária, etc. Desta forma, nossas obras
atravessam fronteiras e abençoam muitas vidas.
Assim como na vocação, Deus abençoa com talentos, da mesma forma acontece no
chamado, o Pai nos agracia e presenteia com REALIZAÇÕES (1 Co.12.6).
O ministério dado como dom de Cristo e está vinculado a uma função ministerial em seu
corpo, ou seja: Sua Igreja (1 Tm.1.12). O ministério é dado para aqueles que, além de andarem
em obediência quanto a vontade soberana e universal, procuram cumprir em tudo uma vontade
particular.
A vontade particular, ou específica, tem o propósito de detalhar esta vontade de forma
individual, afim de que as vontades anteriores sejam plenamente satisfeitas e realizáveis.
Assim, de forma individual, Deus chama e concede ministérios, dando uma herança pelo bom
desempenho e conduta de cada um (Ef.1.1; Hb.10.36; Lc.12.47-48).
Classificação do Ministério:
Compreende a função ministerial durante todo o percurso de uma vida (Hb.12.1). Para
aqueles que acolhem a chamada ministerial, Deus propõe uma carreira ministerial que deve ser
observada, zelada, durante toda a vida. Pois, ministério não é “corrida de cem metros rasos”, e
sim, maratona (At.10.24). .
1.5. Dons
Para execução destas atividades ministeriais, bem como de chamado, o Espírito Santo
coopera com o Pai e o Filho, concedendo dons carismáticos que são utilizados como
ferramentas na sua obra. Estes dons podem ser encontrados no texto de 1 Co.12.4-10 e são
descritos como uma relação de nove dons.
O zelo pelo espiritual é o primeiro passo para buscar o exercício na obra de Deus, e deve
prosseguir através do ministério. Primeiro devemos praticar o devocional, depois ter uma vida
ministerial, sendo que o decorrente não pode ser maior que o primeiro.
Romantismo ministerial.
Muitas pessoas devaneiam na obra de Deus, através de conceitos utópicos e realizações
ilusórias do que seria a obra e o ministério. Sonham com formas extraordinárias e sensações
atípicas do fazer a obra de Deus, e vivem na expectativa destes sonhos e sensações se
realizarem (2 Tm.3.5).
Contudo, Deus espera que obedeçamos a sua vontade, sem que estes impedimentos
possam barrar o cumprimento da Grande Comissão.
Acusação de terceiros.
Muitas pessoas justificam-se por sua falta de iniciativa lançando a culpa sobre o governo,
as autoridades eclesiásticas e até mesmo em Deus, quando questionam suas promessas,
situação financeira, etc. Porém, diante de Deus, a responsabilidade será sempre individual na
execução do propósito, e nunca de outros, pois cada um prestará constas de si mesmo a Deus.
A preguiça é um espírito que domina e neutraliza a iniciativa das pessoas. Há pessoas que
simplesmente não conseguem dar continuidade em nada, porque a preguiça está tão
entranhada, que não permite que façam alguma coisa para o Reino.
Muitas igrejas locais não têm a visão bíblica dos dons ministeriais que Cristo entregou à
Sua Igreja. Por isso, crêem no ministério presidencialista, ou centralizado, isto é, de um só
homem, e esperam que esse líder apresente todos os requisitos encontrados nos cinco
ministérios – apostólico, evangelístico, pastoral, mestre e profético. Almejam que um mesmo
homem alcance grande sucesso na evangelização, seja um excelente organizador, bom
visitador pastoral, competente mestre da Bíblia, e ainda que possua quase todos, ou então
todos, os dons espirituais.
É necessário que a Igreja compreenda a importância, e valorize cada dom ministerial dado
por Cristo à Igreja, pois eles visam o aperfeiçoamento dos santos, a edificação do Corpo de
1. Os Ministérios
O texto de Efésios 4.1,7-12 nos fala de vocação, que significa eleição ou ministério.
Nestes versículos, temos a base para a constituição e os tipos de ministérios bíblicos. A Bíblia
esclarece que Jesus é o doador dos dons e os distribui aos homens, ao “seu Corpo”, isto é, a sua
Igreja.
Quando Jesus ascendeu ao Pai, não estava desertando da Igreja, estava trazendo
provisões para ela. Convinha que Ele fosse, pois enquanto permanecesse na terra, estaria
confinado a um lugar apenas, e o que Jesus queria fazer era em âmbito mundial. Por isso, Ele
ascendeu ao céu, assumiu a Sua posição à direita do Pai, como Cabeça da Igreja, e enviou o
Espírito Santo, como prometera. Agora lhe era possível, pelo Espírito, estar presente onde quer
que dois ou três se reunissem em Seu nome (Mt 18.20).
Deus sempre usa pessoas para alcançar os Seus propósitos. Cristo deu o Espírito Santo
para guiar os homens à toda a verdade, e o Espírito usa os dons que Cristo deu. Quando Jesus
subiu às alturas, deu o ministério de cinco aspectos à Igreja – apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres.
Estes ministérios são necessários para que os propósitos de Deus sejam cumpridos na
terra. Somente um não é suficiente, a Igreja necessita de todos atuando em harmonia. O desejo
de Cristo é uma Igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, e Ele providenciou os cinco ministérios
para que ela (a Igreja) ande em unidade de fé (Ef 4.13), e cumpra o plano soberano de Deus
para o Seu povo. Eles não foram dados apenas para a época apostólica, mas para a Igreja de
todos os tempos. O propósito de Deus nunca se realizará fora do Seu governo.
Os ministérios são para toda a Igreja. Todos têm ministério, o importante é saber qual o
ministério de cada um.
Jesus Cristo é o padrão para os cinco ministérios. Quando Ele subiu para a destra do Pai,
repartiu o Seu ministério em cinco aspectos, confiando a vários vasos uma porção plena do Seu
ministério. A respeito disso, vemos Cristo como:
Cristo supriu a Igreja com ministérios que possuem características diferentes, para que ela
descubra a multiforme sabedoria de Deus. No Bíblia, vemos estes ministérios em ordem pré-
estabelecida: o Apóstolo é o fundador de uma igreja; o Profeta, aquele que traz a mensagem de
direção; o Evangelista, que expande o trabalho; o Pastor, que apascenta o Corpo; e o Mestre,
aquele que consolida a obra.
Ministério não é título, mas é serviço, ofício ou função. Há alguns que chamam de os
“cinco ministérios”. Todavia, é preferível denominá-lo como “Ministério de Cristo em Cinco
Aspectos”. Contudo, o ministério de Cristo com cinco aspectos constitui uma totalidade,
através da qual, os propósitos de Jesus são revelados à Igreja. Por isto, esses aspectos são
essenciais para a Igreja.
É possível haver um ministério atuante como “carro chefe”, e outros que podem ser
secundários.
Como podemos receber o chamado ministerial, e agir para a ativação e atuação dele?
É possível haver dúvidas acerca do chamado, principalmente quando se está em
iniciação ministerial. Observando o caso do profeta Samuel, percebe-se sua dificuldade inicial
acerca de seu ministério (1 Samuel 3.1-10).
Exemplos de como Deus chama os Seus:
Se desejamos ser profícuos no ministério, é preciso deixar Deus quebrar todo egoísmo
e estrelismo. É preciso deixar o Espírito Santo guiar as nossas vidas, à fim de que o ofício seja
usado para abençoar os outros, e não a nós mesmos.
Pois, fomos chamados por Deus para sermos descobridores de talentos alheios, e não
apenas pessoais. Isto é, nossa função é promover o melhor das pessoas, marcar as vida que
estão ao nosso redor. Assim, devemos estar abertos para que pessoas prosperem na vida,
através de nossas habilidades.
4. Os abusos ministeriais
Todos estes ministérios são suscetíveis de abuso por parte dos homens:
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Falsos apóstolos, que se autonomeiam explorando o poder de Deus – 2 Co.11.13-15.
Falsos profetas, que profetizam do seu próprio coração – At. 13.6.
Falsos evangelistas, que enganam o povo de Deus com métodos antibíblicos e
engodos.
Falsos mestres, que introduzem “heresias destruidoras” na Igreja – 2 Pe.2.1.
Falsos pastores, que são mercenários, não amam as ovelhas e tosquiam o povo de
Deus – Ez. 34.1-6.
Por toda a Bíblia, há severas advertências contra esses abusos. Deus nos permite testarmos
os ministérios, e é incumbência do presbitério da Igreja provar se, de fato, tais ministros são de
Deus. (Mt. 7.15-20).
Unidade de Ensino 2
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
Infantaria: Uma das armas militares
Chamamos os ministérios dos apóstolos e profetas de “os dons da infantaria”, porque são
os que dão a direção de quais “terras” iremos “desbravar” para Cristo. Ou seja, são eles que
recebem a visão revelada de para onde ir, e qual a estratégia a ser usada. São ministérios de
implantação de igrejas.
Nesta aula, analisaremos estes ministérios, identificando as suas especificidades.
I. Ministério Apostólico
A palavra Apóstolo é de origem grega, vem do verbo “apostello”, e significa enviar; esta
raiz verbal é originária da preposição “apo” mais o verbo “stello”, que significa apartar-se;
portanto, originariamente o significado seria: “apartar-se de, em direção a”.
Logo, a expressão apóstolo, significa: “o enviado que se afastou para uma missão
específica, por causa daquele que o enviou”. Desta expressão, originou-se o termo
“missionário”, isto é, “aquele que cumpre uma missão” (Lt. Mito = do verbo enviar). Portanto,
vemos que a designação de “apóstolo” pode ser plenamente compreendida com a conotação de
missionário (At.14.4; Rm. 16.7).
Este ministério é mencionado várias vezes em todo o Novo Testamento. De fato, há oitenta
e uma referências à apóstolos. Existiram os doze apóstolos, que indubitavelmente possuem um
lugar especial no Reino, pois se relacionaram intimamente com o Senhor, tendo estado
presentes à ceia de fundação da Nova Aliança (Lc. 22.14). Há, também, outros apóstolos que
ministraram na época neotestamentária, homens como: Andrônico e Júnias (Rm. 16.7),
Barnabé, Paulo (At. 14.14), Tito (2 Co. 8.23), Timóteo (2 Ts. 1.1) e outros.
1. Suas Credenciais
Na vida dos apóstolos, encontramos fraquezas e imperfeições, pelo fato de que eram
humanos, passiveis à falhas. Entretanto, essas imperfeições não ocultaram a beleza das
qualidades, e a nobreza de caráter, com que se qualificaram para um ministério sobrenatural em
todos os aspectos. Entre outras qualidades, destacamos, pelas suas relações com o dom
apostólico, a humildade, a modéstia e a honestidade; qualidades estas que demonstraram a
dependência de Deus, e Sua graça em tudo que realizaram. Essas qualidades eram resultado de
uma profunda experiência espiritual, e a prova de sua habilitação para um ministério que iria
chamar a atenção de multidões para eles, e que de fato ocorreu. Este ponto consiste no tipo de
tentação que muitos homens seriam incapazes de resistir (At.3.4-16; 14.14-15; 1 Co.15.10).
Quando reconhecemos que somos meros vasos, Deus enche-nos e usa-nos para o
desempenho das mais importantes tarefas.
2. Suas obras
A Igreja em Samaria foi organizada pelos apóstolos Pedro e João, mas teve Filipe como
pregador pioneiro (At 8.4-13). Com poucas exceções, foram os apóstolos que lançaram o
fundamento das Igrejas, quer como pioneiros da evangelização, quer como organizadores e
doutrinadores (1 Co. 9.1-2).
Paulo, segundo o Novo Testamento, foi o apóstolo que mais se destacou neste grande
ministério. O êxito extraordinário do seu apostolado magnificou a graça de Deus. Apresentou-
se como “sábio construtor”, fazendo transparecer na presença de todos os dons ministeriais que
possuía, “para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre.” (2 Tm 1.11).
Mesmo depois dos doze apóstolos, o Espírito Santo continuou a levantar outros apóstolos
na Igreja. Este dom ministerial Deus estabeleceu na Igreja (1 Co. 12.28; Ef. 4.11,12), portanto,
se a Igreja ainda continua na terra, tendo os mesmos serviços a desempenhar; e o Espírito
Santo continua chamando e enviando apóstolos; pode-se afirmar com convicção que, através
dos séculos, Deus tem levantado muitos homens com dons ministeriais semelhantes aos dos
doze apóstolos.
Iniciador: O apóstolo que inicia um ministério, não o faz através de iniciativas humanas,
mas da iniciativa divina. Assim como os apóstolos, que tomaram a iniciativa de conduzir os
judeus ao arrependimento (Atos 2). Pedro e Paulo romperam com a tradição, e levaram a
salvação aos gentios.
Alicerçador: O apóstolo não só inicia, mas alicerça o que começou. Ele assegura que os
propósitos de Deus se cumpram, que sejam demonstrados visivelmente. Para que a casa
(Igreja) seja edificada, o apóstolo sela o único fundamento: Jesus (Ef 2.19). O apóstolo não se
preocupa somente em colocar os alicerces, mas também com a excelência da construção.
7. Influência Apostólica
Vivemos dias nos quais existem muitas informações acerca do ministério apostólico na
igreja, é natural que este assunto surja com alguns exageros, até que a própria igreja tenha
condições de trazer equilíbrio ao assunto novo. Não é diferente sobre o assunto de influência
Influência Petrina
Pedro era o principal apóstolo que influenciava a igreja primitiva. Há vário textos que
comprovam isto: At.2.14,37,38; At. 3.11,12; At. 4.19,20; Gl.2.7-9. Uma das
características que identifica a influência apostólica de Pedro, era a graça que ele possuía
em seu ministério pessoal, através de milagres e liberação de poder. A igreja primitiva,
em seus primeiros anos, se caracterizava pela evidência de milagres e manifestações de
poder, assim como Pedro.
Influência Paulina
O apóstolo Paulo passou a influenciar a igreja primitiva a partir do primeiro concílio, a
igreja em Jerusalém, principalmente naquelas oriundas dos gentios. Uma das
características que identificava a influência apostólica paulina, era a capacidade
organizacional de estruturar uma igreja implantada por ele. A igreja primitiva passou a se
estruturar e organizar a partir dos anos 50 d.C.
Influência Joanina
Após o martírio de Paulo e Pedro, João começa a ter proeminência na igreja primitiva, era
o único apóstolo do Cordeiro que permanecia vivo (2 Jo.1.1.). Uma característica que
identifica a influência apostólica de João sobre a igreja primitiva, era também a sua
principal marca como ministério pessoal: intimidade e experiência. A perseguição da
igreja no início do primeiro século trouxe um nível profundo de intimidade e experiência
com Deus, e João foi o responsável por conduzir o rebanho em um período difícil da
igreja de Cristo.
Quando uma igreja está no processo de iniciação, isto é, sendo estabelecida, ela passa
pela mesma influência apostólica que a igreja primitiva. A manifestação dos milagres e poder
em seu início ministerial, semelhantemente à influência apostólica de Pedro. Após isto, há a
necessidade de estrutura e organização, para que a igreja cresça com maturidade, então vemos
a forte influência apostólica de Paulo neste processo. Até hoje, nunca se falou tanto acerca de
estruturação, estratégia de crescimento ou organização eclesiástica no meio da igreja, e isto é
uma influência apostólica paulina.
Contudo, vemos a falta da influência apostólica de João nas igrejas, uma influência que
convocará a igreja a andar em intimidade e experiência com Deus. Assim como o apóstolo
João foi o remanescente, e recebeu do Senhor a revelação do apocalipse (Ap.1.1,2), da mesma
Nenhuma influência apostólica é superior a outra, pelo contrário, todas são necessárias
para o correto crescimento, edificação e maturidade da igreja. Porém, existe a necessidade da
atual igreja se preparar para uma busca mais íntima com Deus, para que o noivo, Jesus Cristo,
encontre sua noiva, a Igreja, pronta e ataviada.
A palavra profeta vem do vocábulo grego cujo significado tem a raiz verbal “profeteuo”,
que significa “profetizar”, “entregar uma mensagem de alguém para outro”.
Certo erudito cristão, define profeta como “proclamador de verdades inspiradas”. Significa
também “aquele que fala a outrem da parte de alguém”. Neste sentido, Arão foi profeta de
Moisés (Ex 7.1-2). Jesus é identificado como Profeta de Deus: “Senhor, disse-lhe a mulher,
vejo que tu és profeta.” Jo. 4.19.
A mensagem do profeta pode ser predição de eventos futuros, como no caso de Ágabo (At.
21.10-11), ou de Paulo, ao predizer a manifestação do Anticristo (2 Ts. 2.1-12); ou inspiração
de doutrinas (Ef. 4.11-12); ou exortação e edificação (1 Co. 14.3-4).
De todos os dons ministeriais estabelecidos por Cristo em sua Igreja, encontramos em Sua
própria pessoa o excelente modelo, e o mais elucidativo exemplo do ministério profético.
Portanto, começaremos por estudar este ministério na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
A Bíblia revela, acima de qualquer dúvida, que no Novo Testamento ser profeta é ter um
dom ministerial. Este dom foi dado à Igreja, depois que Cristo “subiu às alturas”, e, certamente
como os demais dons espirituais, se manifestaram depois da descida do Espírito Santo, no dia
de Pentecostes (Ef. 4.7-11; 1 Co. 12.28; At.14.23).
Assim, podemos ver com clareza, que o profeta representava um dom ministerial de
reconhecida autoridade perante a Igreja. A prova disto é encontrada em Atos 13.1-3, quando
em uma reunião estava presente um grupo de profetas, através dos quais o Espírito Santo disse:
“Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”. O texto em
seguida, nos dá a clara idéia da autoridade ministerial que tinham. “Então, jejuando e orando, e
impondo sobre eles as mãos, os despediram”.
Exemplo no Antigo Testamento: José predizendo sobre sete anos de fartura e sete
anos de fome. Gn. 41.1-36.
Exemplo no Novo Testamento: Ágabo predisse que haveria grande fome por todo o
mundo (At. 11.27-28); e que Paulo seria preso pelos judeus em Jerusalém, e isto
aconteceu dias depois (At. 21.10-11,30-37). O cumprimento da profecia é,
invariavelmente, a prova de sua autenticidade, como sendo uma fala da parte de Deus.
(Dt. 18.22).
“Desde então, o ofício de profeta permanece, não para acrescentar algo à perfeita
revelação das Escrituras, mas para edificar o corpo de Cristo, mediante o inspirado e inspirador
dom de um ministério que interpreta e aplica essas Escrituras, com nova luz, vida e poder, a
cada geração e a cada circunstância, por uma renovada e imediata operação do Espírito Santo”
(Donald Gee).
A partir do momento em que uma Igreja local é fundada, Deus começa a ungir ministros
para a pregação da Palavra. É uma mensagem revelada e profunda, acerca das coisas
concernentes ao Reino Celestial (1 Pe. 4.10-11).
Entendemos que o profeta é uma pessoa ungida para pregar conforme os oráculos divinos,
a fim de que a Igreja receba edificação e conhecimento das Escrituras. O ministério profético,
como todos os outros ministérios, trabalha com a cooperação dos Apóstolos, Evangelistas,
Pastores e Mestres.
Observação: Não podemos confundir ministério profético como o dom de profecia dado
pelo Espírito Santo. O dom de profecia aparece de forma carismática, enquanto que o
ministério dos profetas possui um conjunto de variados dons, podendo profetizar de forma
espontânea, como também na forma de pregação, embora estes possam ter juntamente o dom
de profecia 1 Co. 12). Isto é, nem todos que têm o dom de profecia, necessariamente são
profetas, porém, todo profeta deve possuir o conjunto dos dons proféticos.
6. O que constitui um ministério profético?
“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala
em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. Agora,
Edificação: Toda a palavra profética deve ser para a edificação, tanto de pessoas como
da Igreja, pois esse ministério levanta a Igreja. 1 Co. 14.3-4.
Consolo: A palavra profética não deve levar peso ou culpa à Igreja, mas consolo. Toda
revelação de Deus traz cura e libertação, e não o sofrimento. 1 Co. 14.3,31.
Uma das maneiras de sabermos se determinada profecia está cumprindo seu propósito, é
julgá-la de acordo com os oráculos de Deus. 1 Pe. 4.11.
No Antigo Testamento, muitos profetas eram intercessores contínuos pela nação de Israel
e por outras nações. Como por exemplo: Moisés, Samuel, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel,
etc. Profeta também significa atalaia (Ez. 4.21). Atalaia era aquele que ficava em cima dos
muros vigiando, olhando para ver se não vinham inimigos, e anunciava a chegada destes (Ez.
33.2-9).
O profeta tem a responsabilidade de interceder pelo povo e pelos irmãos (1 Sm. 7.8). O
ministério de profeta é um ministério de Intercessão.
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
I. O Ministério Evangelístico
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos
cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”.
Lc. 4.18-19.
Devemos estar cônscios de que o evangelho pode ser anunciado por todos os cristãos,
porque, todos são testemunhas de Cristo. Porém, nem todos têm o dom de evangelizar. Todos
sabem dar testemunho da transformação de suas vidas (isto é uma forma de evangelismo), mas,
nem todos têm a facilidade sobrenatural de expor o evangelho, de maneira clara e eficiente;
esta é uma característica do evangelista. Sua função é anunciar e pregar o evangelho, com
amor, dedicação e temor, a toda a criatura. Jesus nos ungiu para pregar o evangelho (At.1.8).
4. Dom de Evangelista
Evangelista é um vocábulo encontrado apenas três vezes no Novo testamento (Ef. 4.11; 2
Tm. 4.5). Como vemos, a primeira referência é a um homem como evangelista, a segunda ao
dom de evangelista, e a terceira ao trabalho do evangelista. Um homem, o dom e o trabalho.
Mesmo com poucas referências ao nome “evangelista”, este importante ministério esteve
em evidência na igreja Primitiva, e está presente na igreja até os dias de hoje. Entende-se que, a
base para o ministério de evangelista deve ser o ardente amor pelas almas, e um irresistível
desejo de ganhar os perdidos para Cristo. Evangelista é, portanto, dádiva de Cristo à sua igreja,
para o importante trabalho de ganhar almas, não é designação de um ministério de categoria
inferior, como supõem alguns.
Filipe, o único homem chamado de evangelista no Novo testamento, era um dos sete
diáconos da igreja Primitiva, e um dos que foram dispersos, por causa da perseguição, que
culminou com a morte de Estevão (At 6.5; 8.1-5). Esta perseguição proporcionou que Filipe, o
diácono, exercesse o ministério de evangelista. Nele podemos encontrar duas importantes
qualidades:
Era um homem que, das adversidades, tirava oportunidades em favor da evangelização;
era um homem ativo, ousado.
Era um homem, por intermédio do qual, Deus podia falar. Estava pronto à obedecer e
apto a ser dirigido por Deus (At 8.26-29).
Não temos informação de que Filipe fora ordenado como evangelista, para Samaria.
Entretanto, a chama divina, ardente em sua alma, o impulsionava à anunciar a Cristo aos
samaritanos. Das características de seu ministério, podemos aprender duas lições importantes:
O verdadeiro evangelista é um instrumento nas mãos de Deus para ganhar muitas almas,
tendo como consequência a formação de novas igrejas. Portanto, não tem direito de ser
independente do seu ministério de origem; não deve considerar-se dono da igreja. Não atribui a
si superioridade, e não se ensoberbece. A sublimidade dos dons, não pode levar a pessoa a
exaltar-se. Quanto mais reais forem os dons divinos na vida do evangelista, tanto mais
profundas serão a sua humildade, serenidade e submissão.
Os apóstolos foram informados de que Samaria recebera a palavra de Deus (At. 8.14).
Reconheceram oficialmente a nova igreja, levando-lhe as normas doutrinárias de integração, na
plenitude do evangelho da graça: o batismo do Espírito Santo. Filipe semeou a palavra, e Deus
fez nascer a boa semente. Então, Filipe rogou para que os apóstolos viessem regar. Ele
reconhecia a diversidade de ministérios, e que a obra poderia ser feita por todos os apóstolos
juntos, do que por ele sozinho. Ele sabia que um membro do corpo não pode prescindir dos
demais, nem exercer a função de todos. Isto evidencia a existência do dom de Deus, a presença
de um dom espiritual traz luz divina!
5. O trabalho de evangelista
Evangelho é “boas novas de grande alegria”, feliz o pregador que pode usar este método.
É o que vemos no ministério de Jesus: “...Varão profeta, poderoso de obras e palavras, diante
de Deus e todo povo”. Lc. 24.19.
A mensagem pura do evangelho é algo que se ouve, e a fé vem pelo ouvir; já as operações
milagrosas, os sinais, são coisas que se podem ver, e não se confundem com os embustes dos
feiticeiros e mistificadores. As publicidades exageradas podem atrair multidões, e em seguida
afastá-las para mais longe. O poder de Deus atrai, transforma, liberta e enche de alegria. Simão,
o mágico, “...acompanhava Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres
praticados”. At. 8.13.
Temos assim a revelação clara de que o trabalho do evangelista é pregar salvação, cura
divina, e proclamar o poder de Deus para libertação da alma.
6. Tipos de evangelismo
“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão chamado Pedro, e
André que lançaram rede ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde
após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Mt. 4.18-22.
Neste trecho da Palavra de Deus, Jesus expõe uma verdade espiritual muito
importante: uma comparação espiritual entre a pesca física e a pesca espiritual. Jesus falava de
um assunto que os discípulos conheciam: a pescaria. Logo, Ele sabia que alguns princípios da
pescaria física, poderiam ser utilizados na pescaria espiritual. Vejamos a seguir:
Para determinados tipos de peixes, cabe somente a pescaria com rede. Existem, portanto,
determinados tipos de pessoas que só aceitam Jesus por intermédio de campanhas
evangelísticas em massa. Outras, porém, aceitam a Jesus através de um relacionamento
individual (o caniço e anzol). Sabemos que, este paralelo espiritual traz muitas outras alegorias,
como: tipos de iscas, métodos de puxar a linha, etc. Portanto, cabe ao ministro, por revelação
do Espírito Santo, enriquecer estes métodos.
1. Jesus, o pastor
Jesus pode ser considerado o maior exemplo de um pastor. Deus o constituiu nosso pastor,
neste ofício, Ele se distingue por várias qualificações, que são:
O bom pastor
“Eu Sou o bom pastor”. O capitulo dez de João, registra várias qualidades do bom pastor,
em contraste com o falso pastor:
Ladrão, que vem para matar, roubar e destruir;
Mercenário, que abandona o rebanho e foge;
Lobo, que arrebata e dispersa.
O bom pastor dá a vida pelas ovelhas, esta é a maior diferença entre estas características.
O falso pastor busca os seus próprios interesses, alimenta-se e não alimenta o rebanho. Porém,
as qualidades do bom pastor são:
Nos tempos bíblicos, era comum o pastor expor a sua vida na luta contra as feras que
atacavam o rebanho. Veja o exemplo de Davi, em 1 Samuel 17.34-36a. Jesus, para proteger as
suas ovelhas do “ladrão que vem para matar, roubar e destruir” (João 10.10-11), deu a sua vida
por nós que “somos rebanho do seu pastoreio” ( Sl. 100.3), para que tenhamos vida com
abundância e vida eterna.
Consideramos ser impossível conhecer todas as ovelhas do nosso rebanho, quando o seu
número chega a milhares. As ovelhas do rebanho do Bom Pastor são milhões, e Jesus as
conhece pelos nomes, conhece as que sofrem, e conforta as fracas; e também conhece aqueles
que são “os lobos com pele de ovelhas”. Jo 10.14.
Um pastor à frente do rebanho, é a garantia dele ser conduzido aos bons pastos, e
preservado das emboscadas das feras, é esse o ofício de um pastor. Davi, por sua própria
experiência, se expressou confiantemente: Sl. 23.1-2; Jo. 10.3-4. A nossa confiança no bom
Pastor (Jesus) não deve ser menor.
O ministério do pastorado não é resultado de um treinamento, Cristo o deu à sua igreja (Ef
4.11). Não pode ser substituído por nenhuma preparação intelectual. A instrução pode ser
importante no exercício do ministério pastoral, mas, para que este seja proveitoso e sirva de
bênção para a igreja, necessita ter vindo do alto. (Tg.1.7).
Não é o título que atrai um dom ministerial, pelo contrário, o título deve corresponder ao
dom em evidência. O dom de pastor se qualifica por diversas virtudes, exigidas para este
ofício. Alguém disse: “o trabalho do Senhor requer todas as boas qualidades que o homem
possa ter”. O homem consciente disto, convicto da chamada de Deus, não aceitará o ministério
animado pelas honras que lhe advirão. Mas, ao contrário disso, deverá sentir o peso da
responsabilidade, a ponto de exclamar como Moisés: “Quem sou eu?” ou como Isaías: “Ai de
mim...”.
“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me
mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse:
Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João,
tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia
as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas?
Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe:
Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas
ovelhas.” Jo 21.15-17.
No diálogo de Jesus com Pedro (Jo.21.15-17), antes de sua restauração ao ofício pastoral,
o Mestre usou dois termos, que sugerem a dupla função do pastor:
Pastorear: (vers. 16) Jesus usou o termo pastorear, no sentido de ir além de apascentar,
indicando o significado do ofício de pastor. Ele tem o dever de guiar o rebanho, não somente
Também é dever do pastor proteger do mau tempo e dos animais ferozes, suas ovelhas.
(Am. 3.12). Davi teve que enfrentar um leão e um urso (1 Sm. 17.34-35). Estes exemplos de
cuidado e coragem tipificam a capacidade que o pastor deve possuir para proteger o rebanho,
sobre o qual o Espírito Santo o constituiu. (At 20.28).
O ofício pastoral inclui a obrigação de recuperar a ovelha fraca, doente ou desviada (Ez.
24.8). Este ensinamento foi ratificado por Cristo (Lc. 15.1-7). Para tudo isso, é necessário
aquele amor que Jesus enfaticamente indagou haver em Pedro (Jo 21.15-17).
É claro que, não cabe ao pastor levar nos ombros todo o tempo as ovelhas fracas, como
alguns supõem que seja obrigação do pastor, presumindo que a salvação de suas almas depende
dele para ir para o céu. A boa vontade, e os cuidados pastorais, têm por fim despertar os
ânimos adormecidos e alentar as forças para a jornada, mas não exime o crente de sua própria
responsabilidade para com Deus e com a igreja; pois a salvação é pessoal.
4. Os encargos do pastor
5. Admoestações ao Pastor
A palavra “mestre” tem origem do grego, que significa “instrutor, professor, aquele que
ensina e instrui o povo na palavra de Deus”. No Hebraico “Moréh”, é “aquele que faz ver as
coisas”; e “Rabi”, “aquele que leva as pessoas à compreensão de tudo”. Portanto, biblicamente,
mestre é aquele que recebe unção espiritual para ensinar as instruções concernentes à Palavra
de Deus.
Este dom ministerial ocupa lugar especifico e muito importante no Novo testamento, é
provado pelo fato de ser mencionado em todas as três listas de ministério, apresentadas
respectivamente em Romanos 12.28; Ef 4.11. Um mestre escolhido e ungido pelo Espírito
Santo pode ser de inestimável benção para a igreja, como contribuinte para o aperfeiçoamento
dos santos, para a obra do ministério e a edificação do corpo de Cristo.
1. Jesus, o mestre
Jesus tornou-se o grande modelo dos ministérios de apóstolo, profeta, evangelista, pastor,
e também, de mestre. Ele é o Mestre Supremo, que se identificou pela exposição sapientíssima
das doutrinas de Deus (Jo.7.17).
Os conhecimentos que O tornaram verdadeiramente grande e maravilhoso, foram
recebidos diretamente de Deus, e não de homens. Por isso, podia afirmar: “A minha doutrina
não é minha, mas daquele que me enviou”. Disto tinha tal convicção, que a submetia ao juízo
dos seus ouvintes.
Como sabemos, os dons de Deus se evidenciam por uma habilidade sobrenatural, superior
a qualquer potencial humano, por mais desenvolvido que seja. Portanto, o dom de mestre se
revela através da divina capacidade para transmitir conhecimentos espirituais, o que foi
exemplificado da melhor maneira por Jesus, como se segue:
Cada país tem a sua própria legislação e costumes, e por isso, há diferentes métodos de
ensino, para as diferentes regiões. Os ensinos de Jesus, entretanto, eram universais. Serviam
tanto para Israel, como para todos os povos, em todos os lugares e em todas as épocas. Muito
longe de serem filosofias complicadas, os Seus ensinos apontavam a solução para os problemas
de todas as classes, vindo ao encontro das necessidades de todos os homens, em seu cotidiano.
A clareza dos pensamentos, e as ilustrações práticas, tornavam os ensinos de Jesus adaptáveis
às crianças, velhos, pescadores e mestres da lei daquela época, e em nossos dias.
As palavras dos escribas eram o produto de suas mentes, totalmente destituídas de vida e
poder. As palavras de Jesus eram leis, e tornaram-se mandamentos divinos (Mt.7.28-29). A
doutrina de Jesus era transmitida no poder do Espírito, dissipava as trevas, desfazia as dúvidas,
implantando nos homens profunda convicção da verdade.
A autoridade dos ensinos de Jesus era reforçada pelo fato de serem exemplificados em Sua
própria vida, Ele ensinou o que viveu. Seus ouvintes podiam entender melhor o poder da fé
pelo seu exemplo, pois Sua vida, e Seus feitos, demonstravam visualmente Sua total confiança
e dependência de Deus. Foi vitorioso em todas as circunstâncias adversas, ensinou o valor da
oração e passou muito tempo orando. Ensinou o dever de perdoar, e perdoou solenemente
durante a Sua vida, e até antes da morte. (Lc 23.24).
O Espírito Santo, através do dom de mestre, traz à luz as mais preciosas e profundas
verdades divinas, todas, entretanto, são reveladas, ou retiradas, do tesouro insondável das
Sagradas Escrituras. Foi o que Jesus ensinou em João 14.26 e Mateus 22.29.
Sabendo disto, a exposição da doutrina não deve ser considerada tarefa semelhante a um
simples testemunho, com base exclusiva em algumas experiências animadoras; nem mesmo a
poderosa inspiração divina isenta o mestre do dever de examinar cuidadosamente as Escrituras.
Se os crentes bereanos foram nobres em receber a Palavra com avidez, conferindo-as nas
Escrituras todos os dias, não podia ser menor a nobreza dos apóstolos em colocar a veracidade
de sua mensagem acima das dúvidas e investigações daqueles crentes bereanos. At 17.11.
A doutrina, antes de ser remédio curativo, serve de prevenção ao pecado. Na igreja em que
a doutrina é ministrada com segurança, há crentes sempre firmes e fiéis, que não perdem
oportunidades para receberem instrução. A palavra de Deus tanto esclarece a mente para
discernir entre o bem e o mal, como também consolida o caráter cristão, tornando inabalável o
propósito de obediência a Deus. Desde tempos remotos, é a palavra de Deus a força
preservadora contra o pecado (Sl.119,9, 11).
A Palavra de Deus corrige nosso caráter, nossos costumes e atitudes (Tg. 1.21; Ef. 5.25-
26). A palavra de Deus ensinada com a habilidade concedida pelo Espírito Santo, fertiliza e
vivifica a vida espiritual do rebanho, despertando ânimo, imprimindo nos corações,
concomitantemente, ódio ao pecado e anseio de santidade.
c) Produzir convicções:
Esta foi, e continua sendo, a grande necessidade da igreja e dos cristãos em particular,
convicções. (Cl 2.2).
Crentes sem convicções são como árvores sem raízes, e ramos ao vento. Igrejas sem
mestres da parte de Deus, ministrando a doutrina cristã, são edifícios sem alicerces. Deus tem
provido a igreja deste importante ministério, para a edificação do corpo de Cristo. É a
convicção da verdade divina que produz a firmeza na fé, e garante decisões corretas,
inabaláveis. A falta de convicção gera incerteza na vida futura, e abre caminho para todos os
fracassos morais e espirituais.
Felizes são os crentes que têm a oportunidade de aprender com um mestre da parte de
Deus, pois os resultados são incomparavelmente superiores. A resposta a esta tese pode ser
encontrada nos insucessos de muitas igrejas, que desconhecem, ou desprezam, o ministério de
ensino. Produzem poucos obreiros, e estes nada produzem para o Reino de Deus. Portanto, é
necessário que o preparo intelectual esteja subordinado à dinâmica dos dons sobrenaturais do
Espírito Santo. Pv. 3.5-6; Tg. 1.17).
O Espírito de Deus, que distribui os dons como lhe apraz, sabe usar no tempo oportuno e
de maneira apropriada, o portador do dom de ensino. A mensagem adequada, correspondendo
à necessidade da obra de Deus, desperta vocações. O mestre usado por Deus pode transportar
os seus ouvintes às realidades dos interesses do reino de Deus, acima da própria alma,
mediante ao apelo irresistível do dever pessoal para com Deus, e do Seu trabalho aqui na terra.
A palavra de Deus, apresentada na sabedoria do Espírito Santo, promove preparo para o
serviço (1 Tm.3.16-17).
3. Formas de ensino
JESUS: boa parte do Seu ministério foi dedicada ao ensino (Mt. 4.23; 7.28-29). Quando
Jesus falava das coisas do céu, falava do que conhecia. Este é o princípio da autoridade:
falar daquilo que vive e lhe é próprio; viver o que prega.
ESDRAS (mestre do A.T): Era um escriba, versado na Lei de Deus. Escriba era alguém
que copiava a Bíblia. (Ed. 7.6). Preparou o coração para buscar a lei. Uma das
características do mestre é a dedicação ao que Deus fala. Ed 7.10. Em hebraico, a palavra
“Lamad” significa “aprender”; o derivado deste vocábulo é uma palavra chamada
“Lammed”, que significa “a repetição do que se aprende me leva a ensinar a outros”. Não
existe ministério sem cobertura. O mestre recebe autoridade para ensinar, e a
desobediência gera maldição. O domínio de algum conhecimento traz autoridade para
aquele que ensina (Ed.7.26). O mestre conduz o discípulo, ao entendimento da verdade.
PAULO (mestre do N.T): Ele era mestre antes de ser apóstolo (At 13 ). Na Bíblia, a
maioria das cartas foram escritas por Paulo. Seus ensinamentos são tão profundos, que
Pedro se refere a eles como algo de difícil compreensão (1 Pe. 3.15-6).
Uma das características do mestre é perguntar a Deus o “por quê” e “como funcionam” as
coisas? Ele sempre deseja aprender, e Deus se agrada de ensinar Sua Palavra, todos nós temos
que buscar de Deus este entendimento.
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
Os dons ministeriais foram dados com um propósito universal à igreja de Jesus Cristo na terra,
porque ela (a igreja) é universal. Isto está revelado na palavra de Paulo em Ef. 4.11-14. Deus é
um grande doador. Primeiramente, deu Cristo ao mundo para o ser Salvador (Jo.3.16) e à igreja
para ser o Cabeça (Jo. 15.26) e (Ef. 1.22-23). Em seguida Cristo enviou o Espírito Santo à
igreja, para habitar nela e com ela (Jo. 14.17, Ef. 2.22-23; At 2.4), e para guiá-la em toda
verdade (Jo 16.13).
Para o cumprimento destes propósitos divinos, homens são dotados com diferentes dons
ministeriais, dados à igreja para promover o seu crescimento, preservar a sua unidade e
conduzi-la à maturidade e à perfeição, com as características da noiva destinada às bodas do
Cordeiro. (Ap. 19.7-8).
1. Crescimento
Como resultado da eficácia dos dons ministeriais, a igreja crescia em todos os sentidos:
Crescia em número: Crescia mais e mais a multidão dos crentes, tanto homens como
mulheres, agregados ao Senhor (At 4.14). A igreja crescia em número (At 9.31).
Crescia na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Era neste sentido a veemente
exortação do apóstolo Pedro: “Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.’’ (2 Pe. 3.18).
2. Unidade
Esta unidade era resultado dos dons ministeriais. Meros títulos jamais poderiam produzi-la.
Homens naturais com simples preparo intelectual não conseguiriam. As verdades eternas eram
ministradas ao nível do sobrenatural e assim a consciência cristã era dirigida à obediência,
como efeito da divina habilitação dos ministros de Cristo (At 19.20).
3. Maturidade
Pela influência dos ministérios providos por Cristo à sua igreja, os cristãos “perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações e em cada alma havia
temor...’’ At. 2.42-43. Os dons ministeriais foram dados à igreja e nela devem permanecer e
operar (Ef. 4.14).
A pregação emocional, que às vezes ocorre nos púlpitos, está ligada à alma ou a carne,
portanto, não gera convicção e não produz firmeza. Pode criar uma falsa aparência de favor,
sem a consciência do dever cristão, sem a necessária capacidade de discernimento. Pode criar
um ambiente propício à dispersão do rebanho, seguindo os mercenários.
Os dons ministeriais foram dados “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos...
a perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Ef. 4.11-13. O termo
“santo’’ na linguagem do Novo Testamento, indica a participação na própria santidade de
Deus, por reconhecimento de sua posição espiritual em Cristo”. (Hb. 12.14). O tempo de
conversão é hoje, mas, a perfeição é um processo contínuo e progressivo, sendo alcançada pelo
efeito das provisões de Deus.
O profeta é um proclamador de verdades inspiradas; ele fala aos homens da parte de Deus.
Agiam como guardiões da igreja no ministério de consolar, aconselhando segundo as normas
cristã, despertando e edificando a congregação (At. 15.32).
Ser pastor é um dom, dado por Deus a homens que, em todos os tempos, têm tido um papel
importante na edificação da igreja de Cristo, pela orientação correta. Cabe a ele, em nome do
Senhor, apascentar e pastorear, guiar o rebanho, conduzir ao pasto ou mesmo prover a
pastagem. Deve estar habilitado a sobrepor-se às diferentes crises que tenha que enfrentar, em
condições de sempre prover o rebanho do vital alimento, pela mensagem ungida e vivificada,
isto é “alimentando-o com a palavra da fé e da boa doutrina.’’ 1 Tm. 4.6.
O mestre é aquele que pela habilitação sobrenatural, tem o coração de pastor e o dom de
ensinar com segurança, as verdades divinas. Ele é para a igreja uma grande bênção de Deus,
contribuindo para o aperfeiçoamento dos santos, na obra do ministério e na edificação do corpo
de Cristo.
Podemos afirmar que o ministério de Cristo, em cinco aspectos, pode ser comparado de muitas
formas: como uma equipe, como um exército, todavia estaremos abordando duas que são as
mais importantes:
1. A mão:
Fazendo analogia dos 5 dedos da mão, com os cinco ministérios que Cristo entregou à igreja,
ilustraremos suas funções. É possível identificar e reconhecer um ser humano, através de suas
impressões digitais, da mesma forma, através do exercício dos cinco ministérios na liderança
1. O organograma
Definição: Toda Igreja deve possuir organização de acordo com seu projeto. Sem organização
nada se desenvolve corretamente. Para isto, necessitamos de um organograma.
2. Objetivos
É importante a elaboração de um organograma na Igreja local, pois é por meio dele que as
pessoas se dirigem ao responsável, de acordo com as necessidades. Por isso, aprenderemos
agora, quais são os elementos que compõem um organograma de uma Igreja.
Esta unidade é um mistério. Cada membro do Corpo de Cristo está vitalmente ligado a Cristo e
a cada um dos outros membros. Existe uma interdependência de um membro para com o outro,
e essa dependência desenvolve a vida espiritual, para que ocorra a edificação do Corpo, como
um todo.
O corpo físico precisa agir coordenadamente com todos os seus membros. Isto também é
verdadeiro para o Corpo espiritual. A união é uma força tremenda, e um poder inigualável,
capaz de transformar a Terra, quando o Corpo de Cristo (igreja) atua e se move sob Sua
direção. Jesus orou pedindo isto ao Pai em Jo. 17. 20-21.
Portanto, vemos que há um poder de sinergia quando nos unimos em Cristo Jesus, veja a base
bíblica deste entendimento: Ef. 4.11-16; Pv. 18.1; Pv. 11.14. Pv. 15.22; Pv .8.12; 24.6.
Toda ordenação na Palavra de Deus, sobre liderança, é apresentada de forma plural, nunca no
singular. “Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes,
bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tt. 1.5).
Outras referências: Fp. 1.1; At. 20.17,28; 1 Pe. 5.1-2.
O propósito final é a edificação do Corpo de Cristo, que será facilitado e coordenado pela
liderança e supervisão de um ministério: o presbitério, sob o qual os membros da Igreja local,
O Senhor Jesus Cristo é o Cabeça de Sua Igreja (Ef. 1.4). Jesus recebeu a mente e propósitos
de Deus para realizar Sua obra na terra. Ele foi apóstolo, profeta, mestre, pastor e evangelista
por excelência. Jesus dividiu seu "manto" ministerial em 5 partes, distribuindo Sua sabedoria,
habilidades, autoridade e poder em 5 ofícios. O ministério de Cristo com 5 aspectos, portanto,
estes ministérios constituem uma totalidade através da qual os propósitos de Jesus são
revelados no tempo presente à Igreja. Por isso, eles são essenciais para a Igreja. Como
resultado da ressurreição e ascensão de Cristo aos céus (Ef. 4.7-11), Ele concedeu ofícios
ministeriais, como dádivas aos homens (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres) e
mulheres para exercerem um ministério de liderança conjunta ou plural, aperfeiçoando e
equipando os santos, para que toda a Igreja desempenhe os dons ministeriais. Assim, o Senhor
Jesus Cristo exerce a Sua liderança sobre a Igreja através de pessoas convocadas e capacitadas
por Ele, que irão exercer liderança, na Igreja. A Igreja recebe de Jesus, os propósitos e direção
para continuar a realizar Sua missão na terra. Um ministro recebe de Cristo um ofício
ministerial específico, mas pode atuar em outros ofícios também. Ex.: Paulo (1 Tm. 2.7; At.
9.3-6; 22.12-21; 26.14-19) foi designado apóstolo, pregador e mestre, mas fazia também o
trabalho de pastor e de profeta. Mas o seu chamado era para ser apóstolo (Gl. 1.15-17; 1 Co.
1.1; Rm. 11.13; Gl. 2.9).
Somente através do pleno exercício desses ofícios na igreja, ela chegará à maturidade e estará
preparada na medida da estatura de Cristo. Nesta altura, o Corpo atinge a maturidade espiritual,
e a unção plena do Espírito (Ef. 2.21-22; Ef. 4.16).
A finalidade última do exercício desses ofícios é edificar a Igreja para que ela atinja a
maturidade e a unidade, o mais rapidamente possível. O objetivo maior de cada ministro no
exercício de seu ofício, é o de ver cada crente, e a Igreja como um todo, madura (Ef. 4.11-16).
O Ministério de Cristo em Cinco aspectos é fundamental para a edificação da Igreja, e para a
liberação dos outros membros do Corpo de Cristo (Ef 4.11-16), que irão crescer e descobrir
suas chamadas e dons, de forma mais fácil e rápida, ao serem ministrados simultaneamente
pelos cinco ministérios. Sem eles, a edificação da Igreja não acontece de forma perfeita.
Deus estabeleceu primeiramente apóstolos, depois profetas e mestres, por uma questão de
ordem no estabelecimento de Sua Igreja, e não por uma questão de hierarquia ou de
importância. Os apóstolos foram estabelecidos primeiramente para colocarem o fundamento,
os profetas para darem direção e os mestres para trazerem a edificação. A Igreja primitiva foi
estabelecida por um grupo de apóstolos, profetas e mestres (At.13).
No ministério plural (cinco ministérios) não há uma ordem hierárquica de importância, todos
são de suma importância e trabalham em conjunto sob a liderança de Cristo, o Cabeça, sob a
autoridade da Palavra de Deus e sob a direção e unção do Espírito Santo. Não há lugar para
"estrelismo" ou "papado" no ministério plural.
Existe uma área de segurança demarcada, que protege os ministros que integram o ministério
plural. Esta área de segurança é determinada pelos seguintes princípios: adoção integral da
visão do ministério, abandono dos projetos e interesses pessoais em função do projeto maior de
Deus, para a igreja, compromisso em não andar sozinho, em não ministrar sozinho, em usar de
honestidade, de transparência, falar a verdade, exortar em amor, usar da submissão e respeito
em amor, de uns para com os outros (em coisas simples, tais como: cumprimentos, elogios,
imparcialidade, tratamento, equilíbrio em brincadeiras, pontualidade nos compromissos
assumidos com o grupo, etc...), compromisso em interceder e cobrir pastoralmente as vidas uns
dos outros.
É essencial também amar a igreja segundo o modelo de Cristo, porque Ele amou a igreja, e a Si
mesmo se entregou por ela (Ef 5). Demonstrando este amor, os ministros se entregarão e se
dedicarão à igreja, até que seja limpa de toda a mancha e ruga, e apresentada sem defeito, ao
Senhor Jesus. A liderança plural deve fazer pela igreja o que Cristo faria, se estivesse na terra
hoje, pastoreando a Igreja.
Esta liderança só será possível, através de uma vida na completa dependência do Espírito
Santo, obediência à palavra de Deus e comunhão verdadeira e profunda entre os membros do
colegiado.
A igreja de Cristo continua na terra e sua missão ainda não esta concluída. Até o dia do
arrebatamento, ela estará diante dos grandes desafios da época. As circunstâncias não lhe são
mais favoráveis, do que nos dias apostólicos. A Trindade continua com a Igreja, através do
Espírito Santo. Os homens hoje, são tão incapazes quanto os primitivos, e o trabalho a ser
Finalmente, oremos a Deus pelos ministros, para que sejam inquietados a ponto de não se
acomodarem, em possuir apenas títulos teológicos ou universitários. Esses têm o seu valor, no
seu devido lugar, mas não substituem a provisão divina dos dons. Que todos, com humildade e
corações quebrantados, clamem e busquem de Deus, os recursos para cumprir a missão, que
lhes foi confiada. Só assim poderemos apresentar-nos a Deus aprovados, como obreiros que
não têm de que se envergonhar, manejando bem a palavra da verdade (2 Tm. 2.15), e
poderemos, um dia ouvir do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel, entra no gozo do teu
Senhor’’ (Mt. 25.21).