Ica 100 40 2023
Ica 100 40 2023
Ica 100 40 2023
COMANDO DA AERONÁUTICA
TRÁFEGO AÉREO
ICA 100-40
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
TRÁFEGO AÉREO
ICA 100-40
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
4 PREMISSAS .................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 52
PREFÁCIO
Esta publicação, que substitui a ICA 100-40, de 22 de maio de 2020, foi editada,
basicamente, com o objetivo de atualizar o seu conteúdo em conformidade com as diretrizes da
OACI, bem como atender às demandas desse novo segmento aeronáutico em prol da segurança
dos usuários do espaço aéreo, seguindo a premissa de ser apresentada como um “documento
vivo” por meio do qual as boas práticas acompanham a evolução da tecnologia e o
amadurecimento do Setor, sem, contudo, degradar a segurança das Operações Aéreas. O mesmo
acontecendo com o Sistema para Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro.
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 COMPETÊNCIA
1.3 ÂMBITO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
2.1 DEFINIÇÕES
2.1.1 ACOMODAÇÃO
Termo genérico utilizado para definir uma atividade no espaço aéreo que não
pode ser integrada ao sistema ATM devido à possibilidade de causar impacto à segurança e
regularidade das operações aéreas. A acomodação pode ser feita delimitando um volume do
espaço aéreo para a atividade por meio de reserva ou restrição do espaço aéreo ou ainda por
meio do estabelecimento de condicionantes operacionais.
2.1.4 AERÓDROMO
2.1.5 AEROLEVANTAMENTO
2.1.6 AEROMODELO
2.1.7 AERONAVE
NOTA: É a única aeronave tripulada que poderá ser autorizada a compartilhar um espaço aéreo
reservado para uma UA.
2.1.12 ALTITUDE
NOTA: Para fins de análise de gerenciamento de tráfego aéreo, a Altitude Limite de Voo é
considerada como limite vertical superior do volume de espaço aéreo solicitado pelo
Explorador/Operador e não poderá ser extrapolada independentemente de variações de
relevos, obstáculos e de eventuais decolagens de outros locais que não o declarado na
solicitação de voo, pois sua inobservância pode constituir perigo à navegação aérea.
2.1.14 ALTURA
NOTA: Durante a operação, a aeronave não tripulada poderá manter no máximo tal altura sobre
o terreno ou obstáculos que está sendo sobrevoado, desde que não ultrapasse a Altitude
Limite de Voo.
2.1.20 AUTORIZAÇÃO
Autorização emitida para que uma Aeronave Não Tripulada acesse o Espaço
Aéreo Brasileiro, com o propósito de garantir a manutenção da segurança da navegação aérea,
conforme previsto no artigo 8º da Convenção de Chicago.
2.1.25 ENLACE C2
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a uma área proibida, restrita
ou perigosa.
2.1.31 EXPLORADOR
2.1.33 HELIPONTO
NOTA: Em condições normais, o Piloto Remoto deve estar apto para interferir no voo da
aeronave não tripulada, cuja pilotagem está sob sua responsabilidade e supervisão.
Refere-se a qualquer outra situação em que o enlace de pilotagem não seja direto
(ponto a ponto) entre a Estação de Pilotagem Remota e a Aeronave Não Tripulada. Nesse
contexto, o enlace eletrônico é estabelecido de forma indireta, por meio de outros equipamentos
(como antenas repetidoras de sinal, outras UA ou satélites)
ICA 100-40/2023 15/55
NOTA: Por conveniência, a expressão “órgão dos serviços de tráfego” é abreviada para “órgão
ATS” nesta publicação.
É o máximo peso que uma aeronave não tripulada (incluído seu combustível,
cargas e equipamentos transportados) pode ter para ser capaz de decolar e realizar um voo com
segurança.
NOTA: O PMD independe de a aeronave estar equipada ou não com seus acessórios. Por
exemplo, se uma aeronave é capaz de decolar e realizar um voo seguro, estando
equipada com um protetor de hélices e o uso desse acessório deixa a aeronave com
um peso de 255 g, o PMD da aeronave é de, no mínimo, 255 g, independentemente
de estar voando com ou sem o acessório do exemplo.
Pessoa cuja presença não é indispensável para que ocorra uma operação de
aeronave não tripulada bem-sucedida, mas que por vontade própria e por sua conta e risco
concorde que uma aeronave não tripulada opere perto de sua própria pessoa ou de seus tutelados
legais, sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros.
ICA 100-40/2023 17/55
Pessoa cuja presença é indispensável para que ocorra uma operação bem-
sucedida da aeronave não tripulada.
2.1.59 SOLICITANTE
NOTA: O AFIS é, normalmente, prestado por uma estação aeronáutica, também nomeada
“órgão AFIS”, localizada no aeródromo ou remotamente e identificada como
“RÁDIO”.
Sistema que tem por finalidade prover os meios necessários para o gerenciamento
e o controle do espaço aéreo e o serviço de navegação aérea, de modo seguro e eficiente,
conforme estabelecido nas normas nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o
Brasil seja parte. As atividades desenvolvidas no âmbito do SISCEAB são aquelas realizadas
em prol do gerenciamento e do controle do espaço aéreo, de forma integrada, civil e militar,
com vistas à vigilância, segurança e defesa do espaço aéreo sob a jurisdição do Estado Brasileiro.
alertas de perigo aos Órgãos ATS locais, com vistas a subsidiar as equipes para que sejam
adotadas as medidas necessárias em prol da manutenção da segurança operacional.
2.2 ABREVIATURAS
3.1 O DECEA tem por missão planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas ao
controle do espaço aéreo, à proteção ao voo, ao serviço de busca e salvamento e às
telecomunicações do Comando da Aeronáutica.
3.2 Como órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, compete ao
DECEA prover os meios necessários para o gerenciamento e controle do espaço aéreo e o
serviço de navegação aérea, de modo seguro e eficiente, conforme estabelecido nas normas
nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
3.3 O DECEA possui, na sua estrutura, Órgãos Regionais que desenvolvem atividades na
Circulação Aérea Geral (CAG) e na Circulação Operacional Militar (COM), coordenando ações
de gerenciamento e controle do espaço aéreo e de navegação aérea nas suas áreas de jurisdição.
3.4 Os Órgãos Regionais do DECEA são os CINDACTA I, II, III e IV e o CRCEA-SE, com
suas áreas de jurisdição definidas, como ilustrado na Figura 1.
3.5 Sendo a UA uma aeronave, o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro estará sujeito às
regulamentações do DECEA e a autorizações emitidas pelos Órgãos Regionais.
ICA 100-40/2023 23/55
4 PREMISSAS
4.1 Uma aeronave é qualquer aparelho que possa sustentar-se na atmosfera a partir de reações
do ar que não sejam as reações do ar contra a superfície da terra.
4.2 Inicialmente, o seu desenvolvimento foi incentivado para aplicações militares, sendo
amplamente empregado em conflitos recentes. Porém, imediatamente, foi percebida uma gama
de oportunidades de aplicação também na esfera civil.
4.3 As características do UAS, principalmente no que se refere ao fato de não haver piloto a
bordo, apontam para importantes questões técnicas e operacionais que precisam ser levadas em
consideração no processo de integração desta nova tecnologia no ambiente ATM.
4.4 Sem o piloto a bordo, a consciência situacional para manter a separação de outros tráfegos
e impedir colisões é bastante prejudicada quando comparada a uma aeronave tripulada. Além
de ver, perceber e detectar tráfegos conflitantes e obstáculos, é igualmente importante que seja
visto, percebido e evitado por outras aeronaves (detectabilidade). Esse ponto remete ao Piloto
em Comando como o último recurso para evitar uma colisão. Ademais, o fator humano deverá
ser considerado, pois, como não está a bordo, os requisitos para pilotos poderão ser diferentes
dos tradicionais.
4.5 Cabe ao DECEA a análise de acesso ao espaço aéreo brasileiro por Aeronaves Não
Tripuladas.
4.7 Todo o sistema deverá ser considerado. O UAS consiste na UA, na RPS, no Enlace C2 e
nos componentes associados, como sistemas de lançamento e recolhimento, equipamentos de
comunicação com órgãos ATS e de vigilância, equipamentos de navegação, de gerenciamento
do voo, piloto automático, sistemas de emergência e de terminação de voo, dentre outros
possíveis.
4.8 As aeronaves autônomas não serão objeto de regulamentação e seu voo não será
autorizado. Sendo assim, somente as aeronaves pilotadas remotamente estarão sujeitas à
autorização de utilização do espaço aéreo brasileiro, com a devida atribuição de
responsabilidades do Piloto Remoto em Comando.
4.10 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por UA não poderá gerar impactos negativos de
segurança e de capacidade para o SISCEAB.
4.11 Cabe ao Piloto Remoto a responsabilidade final pela fiel observância e cumprimento de
todos os parâmetros previstos nesta Instrução.
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5 DOCUMENTAÇÃO ESPECÍFICA
5.1 DA AERONAVE
5.1.1 Seguindo a premissa de que uma Aeronave Não Tripulada é uma aeronave e, portanto,
deve seguir a regulamentação existente na aviação, um dos requisitos para se voar no Espaço
Aéreo Brasileiro é possuir a documentação específica, conforme critérios estabelecidos pelos
Órgãos Reguladores e em consonância com a categoria da aeronave e seu propósito de uso.
a) Artigo 114
“Nenhuma aeronave poderá ser autorizada para o voo sem a prévia expedição do
correspondente certificado de aeronavegabilidade que só será válido durante o
prazo estipulado e enquanto observadas as condições obrigatórias nele
mencionadas (artigos 20 e 68, § 2°).”
b) Artigo 20
“Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo
brasileiro, aterrissar no território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:
I - marcas de nacionalidade e matrícula, e esteja munida dos respectivos
certificados de matrícula e aeronavegabilidade (artigos 109 a 114).”
5.2 DO PILOTO
5.2.1 A Lei nº 11.182/2005, em seu artigo 8º, item XVII, estabelece que é de competência da
ANAC “proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações
relativos às atividades de competência do sistema de segurança de voo da aviação civil, bem
como licenças de tripulantes e certificados de habilitação técnica e de capacidade física e
mental, observados os padrões e normas por ela estabelecidos”.
5.2.2 Para a emissão de documentação específica de Licença, quer seja de Piloto Remoto ou de
Piloto Remoto em Comando, quando aplicável, deverão ser seguidas as orientações
estabelecidas pela ANAC.
5.2.3 Outra habilitação que pode ser requerida é a de Observador UA, com função de auxiliar
o Piloto Remoto na condução segura do voo, mantendo contato visual direto com a UA.
5.2.4 Para o caso em que não seja necessária a emissão de Licença, seja para Piloto Remoto,
Piloto em Comando ou Observador de UA, este deverá possuir uma habilitação equivalente,
reconhecida pela ANAC, com vistas à utilização do espaço aéreo brasileiro.
6.1.1 Uma Aeronave Não Tripulada somente poderá acessar o Espaço Aéreo Brasileiro após a
emissão de Autorização por parte do Órgão Regional responsável pelo espaço aéreo onde
ocorrerá o voo, em consonância com o artigo 8º da Convenção de Chicago. Essa autorização
poderá ser emitida:
6.1.3 A utilização do espaço aéreo por Aeronave Não Tripulada somente será autorizada
mediante integração ou acomodação dessa tecnologia, por meio de condicionantes operacionais
ou segregação de espaço aéreo.
6.1.4 O voo de uma Aeronave Não Tripulada deverá manter-se afastado da trajetória de outra
aeronave Não Tripulada, evitando passar à frente, por baixo ou por cima.
6.1.5 Por ocasião da avaliação referente à solicitação do espaço aéreo brasileiro a ser utilizado,
será levado em consideração que a operação não terá prioridade sobre aerovias, procedimentos
por instrumentos, circuitos de tráfego, corredores visuais e espaços aéreos condicionados já
publicados.
6.1.6 Conforme ICA 100-37 “Serviços de Tráfego Aéreo”, a operação deverá cumprir as regras
existentes de emprego do transponder, da mesma forma que as aeronaves tripuladas, em função
da classe do espaço aéreo dentro do qual se pretenda operar.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, salvo determinação contrária, estarão dispensadas do uso do
transponder.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, salvo determinação contrária, estarão dispensadas desses requisitos.
6.1.8 A utilização de óculos FPV caracteriza uma operação BVLOS. Sendo assim, ao utilizar
tal equipamento, a participação efetiva de um Observador de UA torna-se obrigatória para
manutenção das regras de uma operação VLOS.
6.1.9 Nas Operações EVLOS, para que o Observador possa assistir o Piloto Remoto na
condução segura do voo de uma Aeronave Não Tripulada, deverá haver comunicação direta e
constante entre ambos.
6.1.11 Cada Piloto Remoto somente poderá pilotar uma Aeronave Não Tripulada por vez a
partir de uma RPS, sendo responsável por todas as fases do voo, não devendo haver
simultaneidade temporal de pilotagem, mesmo que em estações distintas, exceto se de outra
forma autorizado pela ANAC.
6.1.12 Diferentemente da aviação tripulada, uma UA pode ser pilotada por mais de uma RPS.
Porém, quando mais de uma RPS for utilizada para um mesmo voo, procedimentos seguros e
efetivos de transferência entre as estações (handover) deverão ser adotados, de forma que não
haja descontinuidade na operação da aeronave, estabelecendo pontualmente o Piloto Remoto
que está no controle efetivo e a sua respectiva estação.
6.1.13 Quando a operação de UA, realizada na FRZ, interferir na operação dos demais usuários,
o Operador de aeródromo e o Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela
Área, poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, tais como: Análise
de Impacto sobre a Segurança Operacional (AISO), Registro Preliminar de Segurança
Operacional (RAPSO) e Acordo Operacional (AOp).
6.1.14 O transporte de cargas externas, incluindo as perigosas (como explosivos, armas, agentes
químicos ou biológicos, laser etc.), deverá seguir o preconizado nas regulamentações da ANAC,
em especial o RBAC 175 “Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves Civis”.
NOTA: Ao ser solicitada uma operação ao DECEA, será analisado o acesso ao espaço aéreo
brasileiro. É de total responsabilidade do Piloto Remoto em Comando observar a
necessidade de autorização a ser emitida por outros órgãos reguladores.
6.1.15 Quando o Órgão ATS exigir comunicação bilateral, a fraseologia a ser empregada deve
estar de acordo com o preconizado no MCA 100-16 “Fraseologia de Tráfego Aéreo”.
6.1.16 Além da comunicação por meio de equipamento de voz em VHF, outros canais de
comunicação poderão ser estabelecidos por meio de Acordo Operacional, como, por exemplo,
o uso de telefonia fixa ou móvel.
NOTA: Para aumentar a consciência situacional entre controladores de tráfego aéreo e pilotos
de outras aeronaves, a expressão “RPA” deverá ser utilizada, na radiotelefonia, antes
do código de chamada da Aeronave Não Tripulada (UA).
28/55 ICA 100-40/2023
6.1.17 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por Sistema de Aeronave Não Tripulada (UAS) no
período noturno ficará sujeito ao cumprimento do item 4.2.4 LUZES A SEREM EXIBIDAS
PELAS AERONAVES, da ICA 100-12.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, deverão possuir luzes que possibilitem ser avistadas à noite, sem
necessitar atender aos mesmos requisitos da aviação tripulada.
6.1.18 O Órgão Regional responsável pelo espaço aéreo sobrevoado poderá, quando julgar
necessário, solicitar a apresentação do plano de voo para as Aeronaves Não Tripuladas. Tal
exigência, quando aplicável, constará na autorização de acesso ao espaço aéreo brasileiro.
6.1.19 As operações BVLOS e VLOS acima de 400 ft AGL ou realizadas por aeronaves com
PMD maior que 25 Kg, independentemente da altura/altitude, somente serão autorizadas
mediante a segregação do espaço aéreo e consequente divulgação por meio de Produto AIS ou
se integradas ao espaço aéreo.
NOTA: As operações com a utilização do equipamento FPV, caso não disponha de Observador
de UA, serão enquadradas no perfil de operação BVLOS, devendo cumprir as regras
específicas para esse tipo de operação.
6.1.20 Toda e qualquer operação que envolva divulgação por meio de Produto AIS deverá ser
solicitada pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência
mínima de doze dias corridos, tomando-se como base a data de início da operação.
6.1.21 Mesmo que tenha sido autorizada, toda e qualquer operação de Aeronave Não
Tripulada deve ser imediatamente encerrada ao ser verificada a aproximação de
aeronaves tripuladas ou de operação de UA dos Órgãos de Segurança Pública.
6.2.1.1 Para efeito de análise de tráfego aéreo, serão consideradas operações em alturas muito
baixas aquelas realizadas até 400 ft (aproximadamente 120 metros) de altura.
ICA 100-40/2023 29/55
6.2.1.2 O acesso ao espaço aéreo brasileiro para operações em alturas muito baixas, envolvendo
aeronaves com PMD até 25 kg, poderá ser autorizado, se satisfeitas as condicionantes
operacionais gerais e específicas estabelecidas.
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada seja de até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros), e velocidade igual ou inferior a 30 Kt
(aproximadamente 60 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 4480 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de helipontos cadastrados.
c) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 200 ft, exclusive,
e 300 ft, inclusive (aproximadamente 60 a 90 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
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NOTA 1: As Operações realizadas com base nessas condicionantes deverão ser solicitadas
pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da operação
pretendida.
NOTA 2: As operações que não cumpram essas condicionantes serão analisadas pelo
Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave,
diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido doze dias corridos
em relação ao início da operação pretendida, quando envolver divulgação por meio
de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento de solicitação no SARPAS.
Quando houver interferência na operação dos demais usuários, o Operador de
aeródromo e do Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela Área
poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, conforme item
6.1.13.
NOTA 4: Operações VLOS que utilizarem UA com PMD até 250g, realizadas até 200 ft e
fora de FRZ, estão dispensadas de serem solicitadas no SARPAS. Contudo, são
obrigadas a seguir as regras e procedimentos previstos nesta Instrução, bem
como os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos pertinentes.
NOTA 6: Conforme descrito no item 6.1.21, mesmo que tenha sido autorizada, toda e
qualquer operação de Aeronave Não Tripulada deve ser imediatamente encerrada
ao ser verificada a aproximação de aeronaves tripuladas ou de operação de UA
dos Órgãos de Segurança Pública.
ICA 100-40/2023 31/55
considerados “espaços aéreos” sob a responsabilidade do DECEA, não sendo regulados por
esta Instrução.
NOTA: No caso de arenas a céu aberto em que haja a necessidade de a UA ultrapassar o limite
vertical da estrutura lateral da arena, quando aplicável, deverão ser observadas as
demais regras específicas para acesso ao espaço aéreo brasileiro.
6.2.2.2 O fato de operar uma Aeronave Não Tripulada em áreas confinadas não exime o
Operador/Explorador de observar as legislações dos Órgãos reguladores, entre outros: ANAC,
ANATEL, MAPA e MD, bem como as responsabilidades civis em vigor.
6.2.3.1 Conforme citado nas definições, a porção de espaço aéreo em torno de uma estrutura ou
obstáculo, quer seja artificial ou natural, limitada verticalmente a 5 m (cinco metros) acima
e afastado horizontalmente até 30 m (trinta metros) deste, é conhecida como operação No
Entorno de Estrutura.
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros), e velocidade igual ou inferior a 30 Kt
(aproximadamente 60 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 1700 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2630 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
c) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 200 ft, exclusive,
e 300 ft, inclusive (aproximadamente 60 a 90 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
ICA 100-40/2023 33/55
NOTA 1: As Operações realizadas com base nessas condicionantes deverão ser solicitadas
pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da operação
pretendida.
NOTA 2: As operações que não cumpram essas condicionantes serão analisadas pelo
Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave,
diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida.
NOTA 3: Quando a operação ocorrer até 500 metros de aeródromos cadastrados ou a até
200 metros de estruturas que possuam heliponto, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento da solicitação no SARPAS.
Quando houver interferência na operação dos demais usuários, o Operador de
aeródromo e do Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela Área,
poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, conforme item
6.1.13.
NOTA 5: Conforme descrito no item 6.1.21, mesmo que tenha sido autorizada, toda e
qualquer operação de Aeronave Não Tripulada deve ser imediatamente encerrada
ao ser verificada a aproximação de aeronaves tripuladas ou de operação de UA
dos Órgãos de Segurança Pública.
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6.2.3.4 Especial atenção deve ser dada às características diferenciadas de aeronaves tripuladas
de asas rotativas dos Órgãos de Segurança Pública, principalmente.
6.2.4.1 A autorização de acesso ao espaço aéreo brasileiro por Aeronave Não Tripulada sobre
áreas povoadas ou aglomerações de pessoas não anuentes estará condicionada às certificações
de todo o sistema, em especial à de aeronavegabilidade, cabendo ao Explorador/Operador da
aeronave a obtenção desta com as Agências reguladoras.
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6.2.5.1 Quando operando sob as regras da Circulação Operacional Militar, as operações deverão
seguir o previsto na ICA 100-13 em vigor.
NOTA 1: Com a finalidade de impedir voos não autorizados, o responsável pela área de
segurança poderá, caso tenha interesse, solicitar a criação de uma FRZ ao Órgão
Regional responsável pela área de jurisdição, mediante encaminhamento de
documento do órgão oficial, nos casos em que sejam envolvidas áreas públicas, ou
do responsável legal pela área, nos casos de áreas particulares. O modelo do
documento pode ser acessado no seguinte endereço eletrônico:
https://servicos.decea.gov.br/sarpas.
NOTA 3: As operações dos demais usuários, se autorizadas pelo responsável pela área de
segurança, serão analisadas pelo Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo
Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência
mínima de quatro dias corridos em relação ao início da operação pretendida.
6.2.6.2 Os voos devem ser planejados com critério, sendo de fundamental importância o
conhecimento, por parte do Explorador/Operador da aeronave, da localização de áreas de
segurança, bem como de seus respectivos Espaços Aéreos Condicionados (Áreas Proibidas,
Perigosas e Restritas) e/ou FRZ.
NOTA: Caso tal acesso descumpra determinação específica para o local pretendido, o usuário
estará sujeito às sanções e medidas previstas pelas respectivas administrações.
6.2.6.3 As áreas de segurança, mesmo que não estejam protegidas por Espaços Aéreos
Condicionados e/ou FRZ, não devem ser sobrevoadas sem a prévia autorização das autoridades
responsáveis pela área envolvida.
6.2.7.1 Por não transportar pessoas a bordo, é possível operar uma Aeronave Não Tripulada em
áreas ou condições perigosas, como próximo a acidentes químicos ou nucleares, vulcões
exalando ou em erupção e em condições meteorológicas severas.
6.2.9.1 Nos voos de Aerolevantamento, além do previsto nesta Instrução, deve-se verificar a
necessidade de que sejam observadas as normas emitidas pelo MD.
NOTA 1: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que NÃO possuam
interseção com FRZ serão analisadas pelo Órgão Regional e deverão ser
solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de quatro dias corridos em relação ao início da operação
pretendida. Nesse caso, o Operador da UA deverá apresentar a Portaria de Inscrição
no Ministério da Defesa e as demais documentações que forem exigidas pelo MD,
no momento da solicitação no SARPAS.
NOTA 2: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que possuam
interseção com FRZ, além da apresentação da documentação exigida pelo MD,
deverão ser solicitadas com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido doze dias corridos
em relação ao início da operação pretendida, quando envolver divulgação por meio
de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento de solicitação no SARPAS.
6.2.10.2 A Operação Atípica poderá ser autorizada, mediante emissão de parecer favorável, após
análise ATM do Órgão Regional responsável pela área de jurisdição, conforme condicionantes
operacionais estabelecidas ou segregação do espaço aéreo e consequente divulgação por meio
de Produto AIS, quando necessário.
NOTA 1: Exclusivas para Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e
até 400 ft AGL (aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da
classe do espaço aéreo sobrevoado.
NOTA 2: Essas operações serão submetidas à análise ATM do Órgão Regional e deverão ser
solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de doze dias corridos em relação ao início da operação
pretendida, apresentando todos os documentos e/ou procedimentos previstos pelos
demais Órgãos reguladores.
6.2.11.1 Nas operações Aeroagrícolas, além do previsto nesta Instrução, deve-se verificar a
necessidade de que sejam observadas as normas emitidas pela ANAC e pelo MAPA.
NOTA 1: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que NÃO possuam
interseção com FRZ deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da
aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de 30 min (trinta
minutos) em relação ao início da operação pretendida.
NOTA 2: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que possuam
interseção com FRZ deverão ser solicitadas com antecedência mínima de quatro
dias corridos em relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido
doze dias corridos em relação ao início da operação pretendida, quando envolver
divulgação por meio de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o
Operador da UA deverá apresentar o Termo de Coordenação no momento de
solicitação no SARPAS.
NOTA 3: As operações realizadas por aeronaves com PMD maior que 25 Kg deverão ser
solicitadas com antecedência mínima de doze dias corridos em relação ao início
da operação pretendida. Contudo, em operações VLOS ou EVLOS até 100ft para
aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e
sementes sobre áreas desabitadas, a antecedência mínima para solicitação será de
30 min (trinta minutos), desde que NÃO possua interseção com FRZ.
7.1 AUTORIZAÇÃO
7.1.1 Segundo a Convenção de Chicago, no seu artigo 8º, toda operação de Aeronave não
Tripulada estará sujeita à emissão de uma Autorização.
7.1.2 A operação das Aeronaves Não Tripuladas dentro das fronteiras do seu Estado de Registro
será conforme definida por sua autoridade competente. No caso do Brasil, após as deliberações
de outras organizações, entre outras, ANAC, ANATEL, MAPA e MD, o acesso ao Espaço
Aéreo deverá seguir o previsto neste Capítulo e respectivos Anexos.
7.2.1 Para que seja possível a utilização do SARPAS, o usuário deverá utilizar o Login Único
do Governo Federal (gov.br), cadastrado no site https://acesso.gov.br/.
NOTA: O perfil Pessoa Jurídica deverá ser criado por meio de um Perfil Pessoa Física, que
será o Administrador SARPAS.
NOTA: As Aeronaves Militares (orgânicas das Forças Armadas) não serão cadastradas no
SISANT, devendo ser cadastradas pelo Administrador SARPAS diretamente no
Sistema SARPAS do DECEA.
7.3.1 A solicitação para o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro deverá ser feita no SARPAS pelo
Explorador/Operador da aeronave ao Órgão Regional (CINDACTA I, II, III e IV e CRCEA-
SE) responsável pela área na qual a operação pretendida ocorrerá, por meio do link disponível
na página do DECEA (www.decea.mil.br).
NOTA: As Operações VLOS, em alturas muito baixas, que utilizarem UA com PMD até 250g,
realizadas até 200 ft e fora de FRZ, estão dispensadas de serem solicitadas no
SARPAS. Contudo, são obrigadas a seguir as regras e procedimentos previstos
nesta Instrução, bem como os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos
pertinentes.
7.3.3 A solicitação realizada por meio do SARPAS será direcionada ao Órgão Regional
responsável pelo espaço aéreo requerido, com base no ponto de decolagem inserido no sistema.
Durante a operação, o Piloto Remoto em Comando deverá ater-se à Altura de Voo Solicitada
sem, no entanto, extrapolar a Altitude Limite de Voo decorrente daquela. É importante
salientar que a operação deve ser realizada no volume de espaço aéreo solicitado, sendo
imputadas todas as responsabilidades ao Operador, no caso de descumprimento do
previsto e autorizado.
40/55 ICA 100-40/2023
7.3.5 Ressalta-se que o responsável pelo cumprimento das condicionantes previstas e pela
segurança da operação do UAS é o Explorador/Operador da aeronave.
7.3.6 As solicitações que não contenham todas as informações necessárias ou com informações
impertinentes não serão enviadas ou serão indeferidas, sendo comunicado ao Explorador/
Operador somente o motivo do indeferimento por intermédio do SARPAS.
7.4.1 Uma vez realizada a solicitação de acesso ao espaço aéreo, caso os parâmetros constantes
na solicitação de voo no SARPAS cumpram as condicionantes operacionais previstas nesta
Instrução, será emitida a autorização de forma automatizada. Quando os parâmetros não
puderem ser cumpridos, as solicitações serão analisadas pelo Órgão Regional, levando-se em
consideração as possíveis interferências na circulação aérea.
7.4.2 Quando a solicitação de acesso ao espaço aéreo brasileiro envolver a jurisdição de mais
de um Órgão Regional, aquele que receber a solicitação do usuário deverá proceder à análise,
em coordenação com os Regionais envolvidos.
7.4.3 Uma vez constatada a impossibilidade de atender aos parâmetros solicitados, o Órgão
Regional deverá indeferir o processo, informando o motivo do indeferimento, para que o
Explorador/Operador tome conhecimento e realize, caso julgue conveniente, uma nova
solicitação com os ajustes necessários.
7.4.4 As condicionantes contidas na análise emitida pelo Órgão Regional serão remetidas ao
Explorador/Operador na autorização e, quando necessário, servirão de base para a confecção
do Produto AIS específico.
envolvidos, com base na ICA 100-13 em vigor ou conforme regras concebidas e aprovadas para
o atendimento à operação.
7.5.1 Após analisar a solicitação recebida, o Órgão Regional, por meio do SARPAS, emitirá a
AUTORIZAÇÃO, na qual deverá constar o resultado da análise ATM efetuada, mediante o
estabelecimento das condicionantes necessárias à manutenção da segurança da navegação
aérea.
7.5.2 Cabe ressaltar que a operação deverá ocorrer com base nas condicionantes operacionais
estabelecidas pelo Órgão Regional.
7.5.4 Nos casos em que a emissão de NOTAM for necessária, a autorização poderá abranger
um período máximo de noventa dias, de acordo com a solicitação do usuário, podendo ser
estendida por até mais noventa dias.
NOTA 1: O usuário deverá solicitar ao Órgão Regional, quando necessário, a análise para a
extensão do prazo do NOTAM com uma antecedência mínima de doze dias para o
término do período inicial.
7.5.5 Todas as operações podem ter a validade de sua autorização verificada por meio do link:
https://servicos.decea.mil.br/sarpas/?i=consulta. Caso tenha sido necessário CANCELAR a
operação solicitada, o usuário será informado por e-mail e o status de cancelamento também
poderá ser verificado pelo mesmo link.
42/55 ICA 100-40/2023
8 SEGURANÇA OPERACIONAL
8.1.1 Antes de iniciar um voo, o operador do Sistema deve ter ciência de todas as informações
necessárias ao planejamento do voo, bem como conhecimento do manual de operação do
equipamento.
8.1.2 As informações necessárias ao voo deverão incluir, pelo menos, uma avaliação criteriosa
dos seguintes aspectos:
8.2.3.3 As comunicações de ocorrências (acidentes e/ou incidentes) com UAS terão por
objetivo prover os órgãos reguladores e de investigação com conhecimentos que favorecerão
regras e procedimentos adequados para atender aos usuários do segmento UAS.
44/55 ICA 100-40/2023
9.1.3 O Plano de Terminação de Voo deverá ser executado como o último recurso após a
constatação de insucesso de todos os procedimentos de contingência ou no caso de outro perigo
potencial que requeira a descontinuidade imediata do voo.
9.1.5 A notificação prevista no item 9.1.4 tem por objetivo permitir a difusão do alerta de perigo
para outros usuários do espaço aéreo e operadores de aeródromos, proporcionando aos Órgãos
ATS a adoção de medidas necessárias à manutenção da segurança operacional.
a) altitude;
b) velocidade;
c) autonomia;
d) rota que será realizada durante o RTH; e
e) outras informações julgadas pertinentes.
9.2.3 O procedimento previsto no item 9.2.2 tem por objetivo permitir a difusão do alerta de
perigo para outros usuários do espaço aéreo e operadores de aeródromos, proporcionando aos
Órgão ATS a adoção de medidas necessárias à manutenção da segurança operacional.
9.2.4 Para as notificações previstas nos itens 9.1.4 e 9.2.2, o usuário deverá entrar em contato
com o setor TÁTICO SARPAS do CGNA, conforme orientações disponíveis no endereço
eletrônico: https://www.decea.mil.br/drone.
10 PROTEÇÃO E SALVAGUARDA
10.1 PROTEÇÃO
10.1.1 A segurança, que, diferentemente da segurança operacional, deve ser entendida nesse
capítulo como proteção da integridade, questão vital nas operações de Aeronaves Não
Tripuladas, já que possuem aspectos únicos se comparados com a aviação tripulada.
10.1.2 Uma vez que a Estação de Pilotagem Remota deve ser considerada como sendo a cabine
de comando de uma aeronave, também deverão ser adotadas medidas analisando suas
vulnerabilidades, controle de acesso, quando for o caso, a fim de protegê-la contra sabotagens
ou qualquer interferência ilegal.
10.1.3 Da mesma forma, deve-se ter a preocupação com a faixa de frequência utilizada para a
pilotagem e telemetria de controle do voo, devendo ser robusta o suficiente para garantir sua
operação. Se for o caso, deverá contemplar medidas eletrônicas de defesa contra interferências,
sejam intencionais ou não. A certificação das faixas de frequências deverá ser feita conforme
regulamentos da ANATEL, e é de total responsabilidade do Explorador/Operador da
aeronave a observância de tal necessidade.
10.1.4 A área de decolagem e de pouso da Aeronave Não Tripulada deverá ser resguardada,
evitando-se a proximidade com pessoas não envolvidas na operação com o objetivo de não
distrair o Piloto Remoto na condução dos comandos da aeronave.
11.1 TRANSGRESSÕES
11.1.2 Essas infrações são apuradas por meio de um processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal – Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 –, instituído por
autoridade competente para fazê-lo, em consonância com o CBA e demais legislações em vigor.
11.1.4 O artigo 302 do CBA traz todos os enquadramentos aplicáveis para a constituição do
processo administrativo.
11.1.6 A apuração das infrações e aplicação das sanções administrativas, aqui descritas e
previstas à operação UAS, não eximem seus responsáveis daqueles atos que constituam
infração ou crime nas demais esferas do Direito Cível, Criminal e de todas as demais aplicáveis.
11.1.7 Para efeito de infração de tráfego aéreo, serão consideradas, dentre outras, as seguintes
situações:
11.2 SANÇÕES
11.2.4 De acordo com o artigo 289, inciso II, da Lei Federal nº 7.565 (CBA), à Autoridade
Aeronáutica é facultada a suspensão de certificados, licenças e/ou autorizações. Nos casos de
atitudes que venham a ferir a Segurança de Voo ou atrapalhar a rotina operacional do Regional,
tais medidas serão tomadas, sendo prevista, inclusive no mesmo artigo do CBA, a cassação das
licenças e cadastros, caso julgado necessário pela autoridade competente.
11.2.5 A aplicação das sanções previstas no CBA e na presente Instrução não prejudicará nem
impedirá a imposição, por outras autoridades, de penalidades cabíveis.
11.2.6 Além do disposto nesta Instrução, de acordo com o item 11.2.3, o Explorador/Operador
da aeronave deverá observar, ainda, o previsto nas demais legislações nacionais, estando sujeito
a sanções civis e/ou penais, cabendo destacar, dentre outras:
11.3.3 Ao Piloto Remoto é imputada a responsabilidade pelo manuseio dos comandos de voo e
as consequências que dele advêm, seja operando no modo manual ou automático.
11.4.1 As autorizações previstas nesta Instrução referem-se ao acesso ao espaço aéreo brasileiro
e não isentam o Explorador/Operador da aeronave e o Piloto Remoto de observar e respeitar
direitos individuais de terceiros, como privacidade e imagem das pessoas, ficando sujeito às
leis vigentes.
11.5.1 Salvo aqueles autorizados, conforme preconizado pela ANAC, fica proibido o transporte
de artigos perigosos por uma Aeronave Não Tripulada. Portanto, as autorizações previstas nesta
Instrução não isentam os Exploradores/Operadores da responsabilidade de observar as
restrições contidas nos regulamentos de outros Órgãos Reguladores.
50/55 ICA 100-40/2023
11.7.1 De acordo com o artigo 290 do CBA, poderá a autoridade aeronáutica requisitar o apoio
da força policial para obter a detenção dos presumidos infratores ou da aeronave que ponha em
perigo a segurança pública, pessoas ou coisas, nos limites do que dispõe o referido Código.
11.7.2 O cidadão que observar a atividade irregular de Aeronaves Não Tripuladas poderá
solicitar o apoio da força policial para averiguação quanto à legalidade da operação,
contribuindo, assim, para a prevenção criminal.
11.7.3 Para que seja possível encaminhar irregularidades, o interessado em realizar a denúncia
deverá encaminhar ao Órgão Regional responsável pela área em que ocorreu o fato documentos
que comprovem a identificação da Aeronave Não Tripulada (materialidade) e a identificação
do Explorador/Operador da aeronave (autoria), para apurar e responsabilizar os atos decorrentes
de uma operação UAS irregular.
NOTA 3: As situações não enquadradas na NOTA 2 deverão ser informadas ao DECEA por
meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) – https://ajuda.decea.mil.br/.
ICA 100-40/2023 51/55
12 DISPOSIÇÕES FINAIS
12.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas
acessando o link específico da publicação, por intermédio dos endereços eletrônicos
http://publicacoes.decea.intraer/ ou http://publicacoes.decea.gov.br/.
12.2 Ao DECEA e aos Órgãos Regionais é dado o direito de revogar qualquer autorização
emitida sem aviso prévio.
12.3 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos ao Diretor-Geral do DECEA.
52/55 ICA 100-40/2023
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil. Regras Gerais para Operação de Aeronaves
Civis. RBHA nº 91. Brasília, 2011.
BRASIL. Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005. Cria a Agência Nacional de Aviação Civil
– ANAC, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Poder Executivo,
Brasília, DF, n. 187, p. 1-8, 28 set. 2005.
BRASIL. Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. In: Vade mecum.
São Paulo: Saraiva, 2008.
54/55
R EGR A S P A R A A C ES S O A O
P M D ≤ 2 5 KG P M D > 2 5 KG ⁽ ⁵ ⁾
E S P A ÇO A ÉR E O B R A S ILE IR O
T IP O D E O P E R A ÇÃ O VLO S B VLO S VLO S / B VLO S
N O EN TOR N O D E
A LT UR A A t é 10 0 f t 10 0 / 2 0 0 f t 2 0 0 / 3 0 0 ft 3 0 0 / 4 0 0 ft > 4 0 0 ft A T ÍP IC A ⁽²⁾ ⁽²⁾
E S T R UT UR A ⁽ ⁴ ⁾
G R O UN D S P E E D M Á X 3 0 Kt 6 0 Kt 6 0 Kt 6 0 Kt ⁽²⁾ 3 0 Kt ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
D IS T Â N C IA D E A E R Ó D R O M O S
≥ 3550 < 3550 ≥ 4480 < 4480 ≥ 5400 < 5400 ≥ 6320 < 6320 ⁽²⁾ N ã o A p lic á v e l ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
N A S ZA D (M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E A E R Ó D R O M O S
≥ 17 4 0 < 17 4 0 ≥ 2350 < 2350 ≥ 2960 < 2960 ≥ 3570 < 3570 ⁽²⁾ ≥ 500 < 500 ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
N O EN TOR N O (M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E H E LIP O N T O S
≥ 17 4 0 < 17 4 0 ≥ 2350 < 2350 ≥ 2960 < 2960 ≥ 3570 < 3570 ⁽²⁾ ≥ 200 < 200 ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
(M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E P E S S O A S N Ã O
C O N F O R M E R E Q UIS IT O S E S T A B E LE C ID O S P E LA A N A C
A N UE N T E S ⁽ ¹⁾
P E R ÍO D O D A O P E R A ÇÃ O D IUR N O O U N O T UR N O
S O LIC IT A ÇÃ O S ARP AS
4 D ia s 4 D ia s 4 D ia s 4 D ia s 12 D ia s 4 D ia s 12 D ia s 12 D ia s
P R A Z O P A R A S O LIC IT A ÇÃ O ⁽ ³ ⁾ 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 12 D ia s C o rrid o s
C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s
A UT O R IZ A ÇÃ O IM E D IA T A S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO NÃO S IM NÃO NÃO NÃO NÃO
A N Á LIS E A T M NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM S IM NÃO S IM S IM S IM S IM
T E R M O D E C O O R D E N A ÇÃ O NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO NÃO S IM NÃO NÃO NÃO
C O M UN IC A ÇÃ O B ILA T E R A L C O M C ON F OR M E C ON F OR M E
C O N F O R M E A N Á LIS E A T M S IM S IM S IM
ÓR GÃ O A TS A N Á LIS E A T M A N Á LIS E A T M
E M IS S Ã O D E N O T A M C O N F O R M E A N Á LIS E A T M
( 1) S ig n if ic a o a f a s t a m e n t o h o riz o n t a l d a p ro je ç ã o v e rt ic a l d a a e ro n a v e n o s o lo .
( 2 ) in d e p e n d e m d e v a lo re s , p o is d e v e rã o s e r c u m p rid a s a s c o n d ic io n a t e s o p e ra c io n a is p re v is t a s n a a u t o riz a ç ã o e / o u n o N O T A M .
( 3 ) O p ra z o d e q u a t ro d ia s c o rrid o s , q u a n d o e n v o lv e r d iv u lg a ç ã o p o r m e io d e P ro d u t o A IS , p o d e rá s e r e s t e n d id o p a ra d o z e d ia s c o rrid o s
( 3 ) O p e ra ç ã o e m Á re a d e S e g u ra n ç a , q u a n d o s o lic it a d a p e lo re s p o n s á v e l d a á re a , t e rá p ra z o d e 3 0 m in d e a n t e c e d ê n c ia . P a ra o s d e m a is u s u á rio s o p ra z o s e rá d e q u a t ro d ia s c o rrid o s .
( 3 ) A O p e ra ç ã o d e A e ro le v a n t a m e n t o , m e s m o q u e c u m p ra a s c o n d ic io n a n t e s o p e ra c io a n is re la c io n a d a s c o m a lt u ra e d is t â n c ia d o s a e ró d ro m o s , d e v e rá s e r s o lic it a d a c o m p ra z o d e q u a t ro
d ia s c o rrid o s d e a n t e c e d ê n c ia .
ICA 100-40
( 4 ) A s O p e ra ç õ e s N o E n t o rn o d e E s t ru t u ra s e m A e ró d ro m o s / H e lip o n t o s h o m o lo g a d o s p a ra O p e ra ç ã o IF R d e v e rã o re s p e it a r o s p a râ m e t ro s d e F R Z p re v is t o s n o it e m 6 .2 .3 .2 .1.
( 5 ) A s O p e ra ç õ e s A e ro a g rí c o la s re a liz a d a s p o r a e ro n a v e s c o m P M D m a io r q u e 2 5 Kg d e v e rã o re s p e it a r a s c o n d ic io n a n t e s p re v is t a s n o it e 6 .2 .11
55/55 ICA 100-40/2023