Comportamento Comperativo

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SOCIABILIDADE EM VERTEBRADOS:

PADRÕES DE COMUNICAÇÃO E COMPORTAMENTOS SOCIAIS

Definições

Comportamento social: De maneira geral, qualquer interação entre 2 ou mais


indivíduos da mesma espécie (geralmente), que resulte em resposta de um animal ao
outro(s) representa comportamento social. Esta interação é independente de
consciência e de ser voluntária ou involuntária.

Quando falamos em sociabilidade logo pensamos em grandes grupos de aves e


mamíferos que vem em manadas, cardumes ou bandos de aves. Até mesmo lutas por
fêmeas ou abrigos (ou qq recurso limitado no ambiente) como no caso desses peixes
marinhos. Assim, o que nós chamaríamos de antissocial, é só outro caso de
comportamento social.

Desta forma verificamos que existem muitos níveis de sociabilidade entre os


vertebrados, desde interações que se limitam ao encontro para reprodução (em caso
de espécies solitárias), até aquelas espécies chamadas de eussociais. Só 2 spp. de
vertebrados são considerados eussociais: o rato-toupeira-da-Namíbia (Damaraland
mole rat: Fukomys damarensis: África) e o rato-toupeira-pelado (naked mole rat:
Heterocephalus glaber: África).

Eussociais devem ter:

1) Sobreposição de gerações em um mesmo ninho


2) Cuidado cooperativo com a prole
3) Divisão de tarefas entre reprodutores e operárias

No caso do rato-toupeira-pelado, as colônias são de até 40 indivíduos em 4 castas


sociais:

1) ♀ Rainha (única fêmea reprodutiva) = 1 a 4 ninhadas/ano; até 24


filhotes/ninhada
2) ♂ e ♀ Pequenos operários frequentes = cavar e alimentar a colônia
3) ♂ e ♀ Pequenos operários infrequentes = 25% do trabalho dos frequentes
4) ♂ e ♀ Grandes não operários = cuidam dos filhotes

Machos de todas castas produzem espermatozoides, mas somente os grandes (4) são
capazes de copular com a rainha (1). Se rainha (1) morre, uma das fêmeas operárias
infrequentes (3) cresce e assume o trono. / supressão hormonal da rainha.

Este é um caso altamente especializado e raro entre os vertebrados. Existem também


uma definição de animais pré-sociais: são aqueles que quase se enquadram na
definição de eussocial. Isto é, geralmente possuem 2 das 3 características que
definem os eussociais, como por exemplo: canidae que vivem em matilhas, e
primatas como seres humanos e chimpanzés.

É importante também reconhecer que nem toda agregação de indivíduos de uma


mesma espécie significa sociabilidade. Girinos e peixes podem se agrupar no fundo de
um rio, por conta da temperatura ou para evitar insolação. Peixes podem ficar ilhados
em piscinas naturais no período de maré baixa. Tartarugas podem permanecer
reunidas em um tronco para termorregular ao Sol, etc.. Estes estão respondendo a

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algo ambiental e não tem relação com sociabilidade. Assim, a sociabilidade também
depende de comunicação animal (ver abaixo).

Desta forma vou discorrer sobre casos gerais e frequentes observados na natureza,
primeiramente apontando as 1) vantagens da sociabilidade, depois discorrendo
sobre 2) comportamentos sociais e por fim os 3) mecanismos de comunicação:

Como a socialidade é tão difundida entre os vertebrados deve apresentar algum valor
adaptativo. Vantagens da sociabilidade:

1) Defesa contra predadores

Endler (1974) segrega os comportamentos de defesa como primários (independe da


presença do predador) e secundários (desencadeado na presença do predador).
Neste caso, a socialidade teria componentes primários; também chamada de defesa
passiva; e secundários; também chamados de defesa ativa.

Casos de defesa primária:

Forragear em bando (Anus, Búfalos, girinos e peixes)

Carregar os filhotes de jacarés até o corpo d´água mais próximo

Casos de defesa secundária:

Contra-ataque (mordidas - todos os vertebrados, chutes, coices, socos,


rabadas, etc...)

Mobbing (passeriformes contra aves de rapina, babuínos ou búfalos


contra felinos)

Gritos de alarme (oeste africano 8 spp macacos, 15 tipos de cantos =


120 cantos diferentes: avisos para leopardos, cobras, águias, etc... Em
especial o Diana Monkey pode entender todos os cantos, inclusive das
outras espécies...); o esquilo Spermophilus richardsonii...ultrassom e
som audível. – aptidão inclusiva (veja em reprodução).

Por outro lado, os gritos de alarme normalmente se baseiam em honestidade... (aliás


é a base da evolução da comunicação (ver abaixo). Mas, sempre tem um espertinho...
Os macacos capuchinhos da Costa Rica, por exemplo, possuem 1 canto específico
para serpentes. Forrageiam no solo e quando escutam esse grito, saem escalando as
árvores. Aí se não tem cobra, o desonesto que ficou embaixo come mais quando o
alimento é escasso. Veja que isto implica em muita coisa: que os macacos pensam no
que os outros estão pensando. Que os outros podem imaginar situações que não
existem, etc...? Ou é tudo fruto de seleção natural?! Estas são perguntas ainda para
serem investigadas quanto a socialidade.

2) Alimentação

Assim como exemplificado acima, forragear em grupo pode ser adaptativo: exemplo
clássico pode ser dos golfinhos e baleias que caçam em grupos. Algumas baleias
fazem a cortina de bolhas: Algumas baleias se agrupam, mergulhando sincronizadamente

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sob os cardumes e eliminando ar enquanto submersas, formando uma “cortina de bolhas” que
cerca e prende o cardume de krill (Euphasia superba) ou de pequenos peixes. Logo em
seguida, elas sobem em direção à superfície entre as bolhas com a boca aberta e as pregas
ventrais expandidas, preenchendo a cavidade bucal com alimento e água. Quando chegam à
superfície fecham a boca, contraem as pregas ventrais e com a língua pressionam o palato: a
água então é eliminada por entre as barbatanas e o alimento fica ali retido. Em outra área de
alimentação, as baleias jubarte produzem um som muito alto e forte; acredita-se que este som
tenha a função de atordoar o cardume, ficando mais fácil abocanhá-lo. Outra técnica de
alimentação também utilizada pelas jubartes é de bater a cauda com força na água, também
causando um atordoamento do cardume, que acaba se tornando uma presa fácil.

Caçar em grupo, nem sempre é uma opção ou adaptativo; eventualmente um local


com grande abundância de alimento é o que faz os animais se reunirem para
alimentação. Além disso, Group foraging may be influenced by the size of a group. In some
species like lions and wild dogs, foraging success increases with an increase in group size then
declines once the optimal size is exceeded – por conta de competição por recursos limitados.

O grau de sociabilidade (predadores solitários x sociais) ou presença de alguma


tática especial (como uso de veneno) permite os animais a capturarem presas de
diferentes tamanhos. Animais solitários (como um leopardo) deve capturar uma presa
menor do que um bando de cachorros-selvagens-africanos ou um bando de leoas
consegue em grupo. Animais solitários e venenosos (como uma serpente viperídea)
também são capazes de predar prezas maiores do que animais solitários e não
venenosos (como uma serpente colubrídea).

Outro caso é o dos morcegos hematófagos que passam sangue para os filhotes, ou
para aqueles aparentados que não conseguiram sangue suficiente naquela noite.
(trofalaxia e kin-selection: Seleção de Parentesco). Não podem ficar 02 noites sem
sangue. Este é um comportamento adaptativo.

3) Termorregulação em condições extremas

Para pinguins suportarem temperaturas extremas ficam juntos e existe uma troca
entre aqueles que estão na periferia dos grupos com aqueles que estão na parte
interna. Isso também varia ao longo do dia, quando no meio dia eles estão mais
espalhados em grupos menores e ao cair da tarde, já estão todos numa mesma
maçaroca. Também machos e fêmeas podem revezar o cuidado com ovos, ficando
por até 3 meses sem comer aguardando o parceiro voltar para alimentar o filhote e o
pai que ficou chocando e termorregulando os filhotes.

4) Reprodução

As espécies podem não caçar ou se defender em grupo, podem passar a maior parte
da vida solitárias, mas é no momento da reprodução que quase todas as espécies
interagem socialmente. Um caso extremo, quem que a reprodução não implica em
comportamento social é o de autofecundação, conhecido para uma espécie de peixe
(Kryptolebias marmoratus). Exceções a parte, essa interação ocorre de várias formas:

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Muitas vivem já em grupos, incluindo os indivíduos que vão reproduzir entre si. Estes
os agrupamentos facilitam os encontros entre machos e fêmeas e ajudam a
sincronizar comportamento reprodutivo e maturação sexual (sistema sensorial e
endócrino conectados). É o caso de leões por exemplo.

Por outro lado, existem aquelas que devem se encontrar durante a temporada
reprodutiva. Isto pode acontecer de diferentes maneiras. Por exemplo, as aves e
anfíbios se reúnem em arenas de exibição em épocas determinadas, vocalizando
para a reprodução. Este agrupamento estimula novos indivíduos a se unirem no
agregado e é onde ocorre reprodução de diversos casais.

A sinalização promove reconhecimento específico, mas também, sinalizam outros


atributos, como condição reprodutiva, tamanho e condições físicas. Estes fatores
são avaliados e sujeitos a seleção sexual. Alem da volcalização de aves e anfíbios,
peixes, crocodilianos e mamíferos também podem vocalizar na temporada
reprodutiva, lagartos podem realizar displays visuais (banderolamento), ou
feromônio podem ocorrer em quase todos os grupos de vertebrados. Encontro depois
de migração.

Duelos entre machos (ritual de serpentes, anfíbios, girafas, gorilas, etc...) também
são recorrentes nessa ocasião. Relação com dominância e territorialidade (ver
abaixo).

Nestes agregados as fêmeas normalmente escolhem os machos (os machos podem


escolher as fêmeas, como em alguns macacos ou onde a RSO é desviada para
fêmeas).

Existem casos onde o encontro dos indivíduos é muito raro (a fêmea, macho ou
ambos os sexos) então, quando um animal encontra outro, logo formam um par
(mesmo fora da estação). É o caso do Angler fish e do Atelopus zeteki (até 3 meses).
Em outros casos de reprodução explosiva, agarra o primeiro que vier pela frente. Em
ambos os casos existe uma baixa seleção sexual.

A corte pode ser bem elaborada como no Tangará-dançarino na Mata Atlântica ou


nas aves do paraíso. Anfíbios podem envolver toques, salamandras podem usar de
comunicação química pela glândula mental.

Até mesmo em espécies que realizam partenogênese existe o comportamento de


machos em fêmeas (pseudo-machos) aumentam a fertilidade (gatilho neuro-
endócrino).

Durante a cópula ou amplexo existem comportamentos sociais que visam estimular


tanto machos como fêmeas. Sapo apertar barriguinha, morcegos felação.

Assim como mencionei para alimentação, existe desonestidade reprodutiva. Neste


caso chamamos de estupro. Mas, muitas espécies desenvolveram estratégias anti- e
pró-estupro: iguana marinha (masturba - armazena esperma em bolsa próxima ao
hemipênis - invade território de outro macho - copula com as fêmeas - aumentam
sucesso reprodutivo 41% - para chegar perto das femeas se locomovem como
femeas) + espermatóforo de salamandra X Antílope Inhacoso, pato, elefante, hiena, a
Ferreirinha-comum (Prunella modularis) plugue (Thamnophis sirtalis e Lêmure-rato).

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Não é estupro, mas machos – satélite, deslocador, oportunistas, prostituição;

Muitos também constroem arenas de exibição ou ninhos que também são avaliados
pelas fêmeas: Preparo de ninhos em peixes (ciclídeos africanos), anfíbios (hilídeos
sul-americanos) e aves (Ptilonorhynchus violaceus = Austrália = tudo azul;
Ptilonorhynchidae = nova guiné e austrália = junta frutos).

Os ninhos podem ser comunais em periquitos (até certo ponto os guachos) e anuros.
Vantagens contra predação, dessecação e temperatura.

Nascimento sincronizado em gnus (24 mil filhotes/dia), tartarugas marinhas, ou


jacarés (+vocalização para sincronia).

Juvenis que se parecem com fêmeas (para não ser expulsos por machos, quando
os machos são territoriais) e juvenis que se parecem com machos (hiena = sociedade
matriarcal, onde as fêmeas são territoriais e os machos perdem o interesse).

Cuidado parental: O cuidado parental ocorre de diversas formas... carregar filhotes,


prover alimento, atacar possíveis predadores, abrir caminho para os girinos,
coloca-los em bolsas ou dentro da boca, controlar temperatura, realizar a
higiene, afastar predadores com comportamento dissuasivo (fingir asa
quebrada: borrelho-de-dupla-coleira (Charadrius vociferus)).

Novamente temos um caso de seleção de parentesco (kin-recogintion, baseado nos


princípios da aptidão inclusiva / Hamilton 1960’s) = Reprodução cooperativa... como
no caso do Scrub-Jay, alguns pica-paus e dos Suricates. Este é um caso de
altruísmo social. A Seleção de Parentesco baseia-se na premissa de que quanto maior for o
grau de parentesco entre 2 indivíduos, maior será o compartilhamento de material genético.
Assim, um gene, que produza, como um de seus efeitos, um aumento das chances de
sobrevivência de cópias de si mesmo presentes em outros indivíduos, pode ser favorecido pela
Seleção Natural. Dessa forma, espera-se que comportamentos altruísticos (que aumentem as
chances de sobrevivências de outros indivíduos em detrimento do indivíduo altruísta), sejam
mais frequentes entre parentes próximos. Isto torna possível a explicação de atos altruísticos
com indivíduos aparentados sem que seja necessário evocar processos de seleção de níveis
superiores (como seleção de grupo).

Alimentação e proteção dos filhotes = maior sobrevivência; todos os grupos de


vertebrados podem ser exemplificados, passarinhos cuidando de filhotes no ninho é
um exemplo simbólico (alimentando, esquentando, protegendo do sol e chuva,
retirando fezes e coibindo predadores). Algumas situações são limiares entre o que
consideramos cuidado parental – por exemplo a construção de ninho pode não ser
considerada cuidado parental (quando se considera somente os cuidados fornecidos
após o nascimento dos filhotes (vivíparos ou ovovivíparos) ou deposição dos ovos
(ovíparos).

Fidelidade x Promiscuidade = Quando o cuidado parental oferecido pelo macho é


supérfluo. Assim, machos podem partir para novas fêmeas... Ou por questões
territoriais. Caso um macho defenda um território muito bom (em alimentos por
exemplo) uma segunda fêmea pode preferir ele a outro macho com território ruim
(aumentando o fitness dos 2 indivíduos). Por ouro lado, o território também pode

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promover a fidelidade: machos defendem territórios e as fêmeas o visitam. Sair de seu


território pode fazer com que ele o perca e assim, se já possui uma fêmea no território,
tende a continuar com ela… Além disso, fêmeas não possuem leite (ou outro
suplemento alimentar como mamíferos; exceto leite-de-pombo), assim, o casal deve
coletar alimento para a prole para garantir sua sobrevivência e perpetuação. Então,
promiscuidade e fidelidade podem variar de acordo com ambiente e estratégias das
espécies.

Outros contextos

Estas foram as principais vantagens do comportamento social. Digo principais, pois


na maioria dos casos podem ser interpretadas como vitais para as
espécies/indivíduos envolvidos. Mas, a socialidade também ocorre em outras
situações ou contextos, que não são vitais, mas são benéficos de certa maneira.

1) Agressão e dominância

Dada necessidade de organização e limitação de recursos (alimento, água, sítios de


canto, parceiros sexuais, abrigos, etc...), em muitos casos a hierarquia é benéfica
numa sociedade. Esta é resolvida via agressão (não necessariamente briga – mostrar
casos) em muitos casos.

Macho satélite em D. minutus = canto mais grave = maior tamanho

Brigas por tocas em peixes recifais, como o Neoclinus (Sarcastic fringehead) –


abertura da boca revela o tamanho da boca = tamanho

Essas brigas são saudáveis visto que os animais não morrem (podem até morrer em
alguns casos, mas os displays evitam combates). Nem sempre só o tamanho, mas
uma boa relação de tamanho e massa define o animal mais saudável.

Salamandras possuem fendas nasolabiais que comunicam as narinas com a boca,


este canal faz parte do sistema quimiossensorial dos animais, para além de odores do
ambiente também perceberem feromônios e permite o reconhecimento individual.
Assim, ilustra um caso de dear-enemy – no qual não são tão agressivas com vizinhos
como o são com não vizinhos.

Existe uma hierarquia na qual o urubu-rei tem preferência sobre as outras espécies
na hora do alimento. Esta hierarquia não se explica unicamente pelo tamanho em
relação aos outros urubus. O urubu-rei tem a bicada mais forte, tendo maior facilidade
em rasgar a pele grossa de animais mortos, facilitando a alimentação dos demais
urubus. Os de cabeça colorida tem olfato melhor, então encontram as carcaças com
mais facilidade, assim o de cabeça preta e rei seguem os coloridos para localizar a
comida. Rei-vermelha/amarela-preta.

Hierarquia também leão antes das leoas, leoas antes dos filhotes. Os leões
também matam os filhotes dos outros machos... para definir sua posição social.

Girafas usam os chifres (na realidade os ossicones, pois possuem composição


distinta daquela de chifres ou cornos) para combates entre machos, definindo a
dominância entre o bando.

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Roubo de caça = leopardo e guepardo; fragata e atobá;

2) Territorialidade

Invasores da mesma espécie são expulsos e o território provê algum recurso.


Território pode ser uma alternativa à dominância, mas não exclusiva. E pode
variar com a densidade e energia gasta para defendê-lo.

Os recursos que um território pode prover sao: ninho, refúgio or parceiro sexual and
sufficient alimento resources for themselves and their young.

Sendo assim, as brigas podem simplesmente estar relacionadas à territorialidade, e


não necessariamente à dominância (como nos casos anteriores).

Além disso, nao necessariamente ocorrem brigas para defesa de território: more
usually there is a highly noticeable display, which may be visual (peito avermelhado do
rouxinol), auditory (as in bird song, or the calls of gibbons) or olfactory, through the
deposit of scent marks. Many territorial mammals use scent-marking to signal the
boundaries of their territories; the marks may be deposited by urination, by defecation,
or by rubbing parts of the bodies that bear specialised scent glands against the
substrate. For example, dogs and other canids scent-mark by urination and defecation,
while cats scent-mark by rubbing their faces and flanks against objects, as well
as by the notoriously persistently smelly spraying of urine by tomcats. Many prosimians
use territorial marking; for example, the Red-bellied Lemur creates territories for groups
of two to ten individuals in the rainforests of eastern Madagascar by scent marking: the
male Diademed Sifaka also scent marks defended territories in some of these same
rainforests. The male Western fence lizard defends a territory by posturing and combat,
but less intensely after the mating season

Todavia, em alguns casos a territorialidade culmina em brigas: Brigas de sapos


(território pode ser o sítio de canto, ou localização mais central num agregado = mais
chances de atração sexual) e Trachylepis (pedras quentes).

ELEFANTE MARINHO Neste período as fêmeas concentram-se em colónias


numerosas localizadas e praias e separadas por haréns controlados por um macho
dominante. O stress da época de reprodução é tão grande para os machos que muitos
deles morrem de exaustão no fim da estação.

As brigas em algumas espécies de macacos são a principal causa-mortis dos


animais, mais do que predação e doença. = interações acústicas.

3) Cooperação

Neste caso podemos pensar em simples cooperação entre indivíduos ou reforço de


laços sociais (como o sexo sem fins reprodutivos nos macacos bonobo / chimpanzé
anão: Pan paniscus). Os bonobos têm relações sexuais para apaziguar os conflitos, adquirirem
status social, afeto, excitação e redução do estresse.

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Outro caso é bem exemplificado por grooming (catação) de primatas [fortalecer os


vínculos afetivos e manter a unidade e saúde do grupo], Grooming com sacanagem de
macaco.

ou até mesmo em bandos de urubus ou colhereiros, uns arrumam as penas dos


outros (vínculos sociais, higiene e conforto).

4) Aprendizagem

Macaca fuscata fuscata The Japanese macaque is a very intelligent species. Researchers
studying this species at Koshima Island in Japan left batatas doces out on the beach for them to
eat, then witnessed one female, named Imo (Japanese for yam or potato), washing the food off
with river water rather than brushing it off as the others were doing, and later even dipping her
clean food into salty sea water. After a while, others started to copy her behavior. This trait was
then passed on from generation to generation, until eventually all except the oldest members of
the troop were washing their food and even seasoning it in the sea. She was similarly the first
observed balling up wheat with air pockets, throwing it into the water, and waiting for it to float
back up before picking it up and eating it free from dirt. An altered misaccount of this incident is
the basis for the "hundredth monkey" effect. Also in recent studies, the Japanese macaque has
been found to develop different accents, like humans. Macaques in areas separated by only a
few hundred miles can have very different pitches in their calls, their form of communication.
The Japanese macaque has been involved in many studies concerning neuroscience.

Canto das aves... é o que vai garantir atrair fêmeas no futuro.

Cultura: os chimpanzés possuem um rico repertório de ferramentas (clavas, perfuradores,


etc.); A técnica de produção de ferramentas, além de sua forma de uso, é ensinada de geração
em geração entre os chimpanzés. Algo semelhante ocorre com os primatas Bonobos; A
existência da produção de cultura material e transmissão desta cultura socialmente é, dentro
de algumas concepções de cultura, suficiente para afirmar que primatas possuem cultura.

Não só o uso de ferramentas, mas também a vocalização pode ser entendida como traços
culturais (transmitidos dos mais velhos aos mais novos, ou de pais para filhos). Este é também
o caso de primatas, mas também de aves que aprendem a cantar ouvindo os pais. Isto gera
dialetos ou sotaques entre as diferentes populações (tanto de mamíferos como aves).

5) Relações interespecíficas

Estações de limpeza com peixes limpadores, garças e gaviões carrapateiros (em gado
e capivaras), passarinhos que limpam bocas de jacarés.

Territorialidade interespecífica em anuros (espaço e hibridação).

Bandos mistos de aves que forrageiam em grupo; ou bandos mistos de herbívoros em


savanas africanas.

Humanos e animais de estimação.

Cardumes de peixes e girinos!

Competição por recursos (como roubo de caça, já mencionados anteriormente)

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Nada disso ocorre sem comunicação:

Comunicação: habilidade de transmitir uma informação através de algum sinal e isso


deve ser captado, processado e compreendido pelo receptor, e mais importante,
deve provocar uma resposta no receptor ao estímulo do emissor! Assim, os
vertebrados são extremamente diversificados em suas formas de comunicação
social...

Pode ser explicitamente exemplificada com a corte das aves do paraíso.

Communication requires a sender, a message, and a recipient, although the receiver


need not be present or aware of the sender's intent to communicate at the time of
communication; thus communication can occur across vast distances in time and
space. Communication requires that the communicating parties share an area of
communicative commonality. The communication process is complete once the
receiver has understood the message of the sender.

Como, por exemplo, onças, leões e lobos-guarás demarcando território com marcas
de unhas em árvores, urina e fezes, respectivamente. Lobos e leões, assim como
anfíbios, jacarés e aves, também usam vocalização para demarcar território. Assim, o
sinal pode ser multimodal. Veja que até mesmo marcas em troncos de árvores: claw
marks are a visual sign, but can also be a chemical one. Many animals have scent
glands in their claws! When they scratch a tree, they leave a little of their scent behind.

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Estruturas para Comunicação

Órgãos (ou estruturas anatômicas) emissores e receptores.

Física
 Mecanorrecepção
• Audição
 Peixes: Ostariophysi = osso + bexiga: aparelho Weberiano
 Sapos: Complexo opérculo-plectro (columela) +papilas amphibiorum e basilar
OPAB: SSC = cartilagem supraescapular - Músculo opercularis - opérculo
 Serpentes: Maxilar – quadrado – columela – orelha interna
 Aves: anatomia da coruja
 Mammalia: ouvidos de répteis

• Tato
 Peixes: neuromastos e linha-lateral
 Anfíbios: Aplastodiscus

 Visão
 Displays visuais com cores: aves – cores podem implicar em melhor
condição de saúde: passarinho vermelho pega menos doença, sua prole
forrageia melhor, carotenoides, ...
 Displays visuais sem cores: todos?

 Eletrorrecepção
 Peixes: diferença entre poraquê (forte pra matar) e peixe elefante (fraca pra
comunicar) e peixe-espátula (Chondrostei: fraca pra localizar). Ampolas de
Lorenzini em cartilaginosos é um pouco diferente dos eletrorreceptores de
peixes ósseos e anfíbios.

Química
 Olfato
 Anfíbios: tentáculos olfatórios em cecílias,
 Répteis: glândulas de Ameiva e Amphisbaena...
 Anfíbios, Répteis e Mamíferos: órgão vomeronasal (de Jacobson).
 Mamíferos: comportamento de Flehmen – processos turbinados em carnívora /
glândulas especializadas cervídeos (metacarpal, tarsal, interdigital, orbital) /
urina e feses, glândulas na base das unhas/garras. / lêmures (glândulas no
braço e próximo do ânus) /

 Bioquímico
 Anfíbios: salamandras transmitem hormônios de glândula mental para femeas.

 Paladar (usado mais na defesa – lampreias e anfíbios tóxicos (papilas


gustativas nos lábios do morcego Trachops).

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