REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO
Pênis:
Garanhão: tem pênis do tipo vascular: dilata em
diâmetro e comprimento. A glande dilata muito.
Processo uretral do garanhão é muito proeminente e
bastante irrigado. Assim, se tiver atrito com cerdas da
cauda da égua no momento da cópula, pode lacerar e
ter sangramento, o que vai afetar a qualidade dos
espermatozoides, já que o sangue (e urina) são
deletérios para a qualidade espermática. Na vagina Teste de libido: avalia a sincronia de eventos que
artificial: deve tirar a água antes de remover o pênis, ocorre quando macho se aproxima da fêmea em cio,
pois a glande dilata muito; que leva ao aparecimento de todas as etapas de
cortejo sexual e resulta em ereção;
Touro: pênis do tipo fibroelástico. Desfaz o S peniano,
mas não aumenta de tamanho. Rufião: uma das COLETA DE SÊMEN:
técnicas usada é a sutura do S peniano para não
expor pênis; Touros de centrais estão condicionados a saltar em
manequins que não estão no cio. São condicionados
Cão: presença de osso peniano, que é quem garante para coletarem na vagina;
a rigidez do pênis. A cópula é pré erétil, se animal
entrar em ereção antes da cópula, não consegue No cão: faz coleta por manipulação peniana. Quando
completar cópula. Bulbo da glande se dilata de 2 a 3 animal tenta virar, em 180° em direção oposta a
vezes durante a cópula, garantindo a união na fêmea fêmea, faz a eversão do pênis manualmente para
até terminar a ejaculação; mimetizar cópula natural;
Varrão: pênis espiralado. Divertículo peniano: Cavalo: coleta condicionada em manequins (no Brasil
problema, acumula bactérias, urina e pode geralmente usa éguas contidas) com urina de égua
contaminar o pênis (é importante fazer a higiene no cio;
antes da coleta); Suíno: coleta é por manipulação do pênis. Sêmen tem
• A pipeta de inseminação também é grande quantidade de gel, que tem que ser filtrado
espiralada; para aproveitar o sêmen de forma viável;
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PROCESSAMENTO DO EJACULADO: Avaliação física: percentual de células móveis,
contagem de células na câmara de Neubauer e
Pode ser laboratorial, com máquinas mais avaliação da patologia espermática;
sofisticadas, avaliação microbiológica...
Resumindo: o que envolve a anatomia
É avaliado por microscopia;
funcional?
Congelado por nitrogênio líquido para aproveitamento
em inseminação artificial; • Avaliar doador: genética, pedigree...
• Exame do doador e controle de sanidade;
No exame andrológico não congela, faz uma • Processamento do sêmen e controle de
avaliação preliminar de aspectos físicos e de qualidade;
concentração e capacidade espermática. • Comercialização e distribuição do material
Posteriormente, faz julgamento da aptidão reprodutiva genético;
do animal;
Glândulas sexuais acessórias são andrógeno libera espermatozoides (quando ´´escondidos´´ nas
dependentes (dihidrotestosterona). Glândulas se criptas). No momento em que espermatozoide é
desenvolveram na organogênese, mas precisam do liberado, é mais lento, após mudar a consistência, é
estímulo da testosterona para serem funcionais. mais rápido e chega a tuba uterina mais facilmente;
Quando castra animal e perde estímulo da
O transporte lento é até a cérvix. A partir da cérvix até
testosterona, as glândulas regridem;
tuba uterina, já tem mudança de consistência e
Para hiperplasias prostáticas: usa inibidores da transporte é mais acelerado;
dihidrotestosterona ou inibidores de 5 alfa redutase
Funções do plasma seminal:
(não tem formação de dihidrotestosterona, então tem
mesmo efeito). Não é muito comum na veterinária, • Tamponamento do sêmen (manutenção do
geralmente faz castração; pH): são sensíveis a variações bruscas do pH
(ácido);
Glândulas acessórias produzem plasma seminal;
• Manutenção dos processos metabólicos
O plasma seminal é o veículo de transporte e espermáticos;
manutenção dos espermatozoides desde o processo • Mudanças de estados físicos do ejaculado
de ejaculação até sua deposição no trato genital (alterações reológicas);
feminino; • Interações dos espermatozoides com o trato
Cão: apenas próstata. O ejaculado no cão tem 3 genital feminino;
frações; • Marcadores moleculares de fertilidade;
• Viabilidade e habilidade de
• Fração pré espermática: não tem fertilizaçãoespermáticas;
espermatozoides. Função: passar pela uretra,
lubrificar e fazer tamponamento; Metabolismo da frutose:
Touro: próstata serve como referência na palpação, O principal carboidrato responsável pelo batimento e
geralmente não tem problema clínico. Fluido movimentação do espermatozoide, é a frutose
prostático no sêmen tem função de tamponamento da (frutólise). O metabolismo da frutose é uma das
uretra e da vagina (ambiente ácido); principais vias de obtenção de energia para
combustão e viabilidade espermáticas. Substratos
Glândulas vesiculares no garanhão: produzem frutose formados pela frutólise participam da glicose e vão
e ácido cítrico = substrato para motilidade colaborar para a síntese do ácido cítrico. Pode-se
espermática; dosar a frutose no plasma seminal para diagnóstico
Após depositado na vagina da fêmea, plasma seminal funcional das glândulas vesiculares;
muda consistência (gelatinoso) e coloniza locais A cada volta do ciclo de Krebs tem geração de duas
como criptas da cérvix. Aos poucos se refluidifica e moléculas de CO2, uma molécula de ATP, três
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moléculas de NADH e uma de FADH. Como cada de próstata é muito baixa, usa ela como base para
molécula de glicose origina duas moléculas de Acetil localização.
Co-A, permite que o ciclo de Krebs seja acionado
• Glândulas vesiculares: no garanhão é mole.
duas vezes. Assim, no total, o ciclo de Krebs produz:
No touro é lobulada e fibrosa (mais fácil
• 4 moléculas de CO2; identificar);
• 2 moléculas de ATP; • Ampola do ducto deferente: nos ruminantes
• 6 moléculas de NADH; tem uma parte glandular, então é considerada
• 2 moléculas de FADH; glândula acessória;
ANATOMIA COMPARADA:
Cão: só tem próstata. Tem uma dilatação na ampola,
mas não é considerada glandular. Assim, todo o fluido
do plasma seminal é derivado dessa glândula. Pode
fazer palpação digital ou ultrassonografia;
Varrão: tem todas as glândulas (vesicular, próstata,
bulbouretral). A bulbouretral é enorme (quando castra
fica minúscula). Geralmente não faz palpação. Opta
pela ultrassonografia guiada por sonda específica;
Garanhão e touro: tem todos as glândulas. A VESICULITE SEMINAL: TOURO
diferença entre os dois é que no touro não palpa Geralmente acomete o rebanho, principalmente
bulbouretral (coberta pelo musculo bulboesponjoso), animais jovens (vesiculite juvenil). Animais montam
só consegue ver com US. A incidência de patologia uns nos outros e contaminam pênis com material do
períneo (E. coli) = surtos de vesiculite;
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Glândulas assimétricas geralmente indicam processo Tem formato piriforme e apresentam tamanho
inflamatório. Na inflamação aguda pode não estar, variado. Comunicam com a uretra pélvica pelo
mas percebe que quando toca a glândula, animal colículo seminal;
sente dor. Além disso, glândula vai estar quente;
O tamanho e a quantidade de conteúdo na interior
Lobulação das glândulas: em processo inflamatório das glândulas acessórias são afetados pelo estímulo
aguda tem edemaciação e perda dos contornos sexual do garanhão;
lobulados;
Patogenia:
Morfologia:
Desconhecida;
No touro, as glândulas vesiculares são tubulares e
Contaminação:
lobuladas. Os grandes lóbulos são separados por
septos musculares e cada lóbulo consiste de • Via ascendente pela uretra;
estruturas ramificadas que se abrem em ductos • Dia descendente pelo trato urinário;
excretórios mais estreitos, que dão origem ao ducto • Via hematógena e linfática;
excretor principal, na parte caudal da glândula; • Invasão direta do tecido periglandular;
Patogenia: AFECÇÕES DE PRÓSTATA NO CÃO E NO
Infecção ascendente, pela via uretral; GATO:
Infecção descendente, via testículos, epidídimos, Hiperplasia de estroma da próstata canina (de
próstata ou ampolas dos ductos deferentes; natureza não infecciosa: fezes em forma de fita,
sangue no sêmen. É muito comum;
Infecção via hematógena a partir de outros locais de
inflamação; Infiltrado linfocitário e prostatite bacteriana: muito
difícil tratar, baixa permeabilidade a ATB. Geralmente
Anomalias congênitas que afetam a função normal do é caro, demorado e recidioso;
colículo seminal resultando em refluxo da urina para
dentro das glândulas vesiculares; Adenocarcinoma prostático;
EPIDIDIMITE:
Infiltrados linfocitários;
Granuloma espermático; Espermatogônias: primeiras células da linhagem
Normalmente formam áreas ou processos obstrutivos, germinativa;
que levam a azoospermia (ausência de sptz no • Espermatogônia A;
ejaculado); • Espermatogônia intermediária;
CISTO: • Espermatogônia B;
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Espermatócitos primários; Difusa;
Espermatócitos secundários; Epitélios seminíferos ficam mais baixos: baixa
concentração de célula e elevada patologia
Espermátides arredondadas;
espermática;
Espermátides alongadas;
Ultrassom:
Se fizer estimativa do número de espermatogônias,
• No testículo normal, é isoecogênico com o
tem estimativa do número de espermatozoides que
mediastino no meio (hiperecogênico);
ela irá gerar;
• Áreas hiperecogênicas: degeneração
• O número total (estimado) de células testicular;
derivadas de uma célula progenitora (x) pode
ser calculado pela fórmula x=2 elevado a n, Causas:
onde n é o número de divisões celulares que Calor: mais comum no Brasil;
ocorre durante o processo da
espermatogênese. No caso mostrado, no Frio;
camundongo, teríamos 12 divisões celulares. Radiação;
Então: 2 elevado a 12 = 4096
espermatozoides; Ultrassom: em camundongos (laboratório);
Deficiências nutricionais;
Idade: em animais europeus tem indício de
degeneração aos 3 anos de idade;
Lesões traumáticas: edema, inflamação
(predisponente a degeneração);
Logo após organogênese do testículo: cordão
espermático sólido constituído de células de Sertoli e Orquite e periorquite;
células de Leydig; Infecções bacterianas;
Quando animal se aproxima da puberdade: variedade Infecções virais;
de tipos celulares, núcleos e formação do lúmen do
túbulo; Orquite granulomatosa de etiologia indeterminada;
Espermatozoide de camundongo:
Cabeça em forma de foice, peça intermediária mais
escura e cauda comprida;
Padrão de motilidade ondulatório: isso pode não
ocorrer = imóvel, retrógrados, circular...
Avaliar integridade de acrossoma;
Centríolo: une fossa de implantação à cabeça;
Teoria do deslizamento:
No momento da motilidade, o par de braças de
dimeína unem os pares de microtúbulos radiais. Cada
Estruturas da cauda do espermatozoide: par de microtúbulos está associado a uma coluna de
fibra densa. Essas colunas deslizam (uma pra cima e
Observar as diferenças micro-estruturais entre os outra para baixo) e fazem movimento. Tem certa
diversos segmentos; restrição ao deslizamento pelo braço de dimeína =
Peça intermediária: é onde tem bainha de cauda dobra e faz movimento esperado (retilíneo,
mitocôndria. Colunas de fibras densas. Mitocôndrias progressivo uniforme);
se apoiam sobre as colunas de fibras densas de
forma espiralada;
• 9 pares de microtúbulos radiais que rodeiam
o par central. É característico de estruturas Sequência de eventos na espermatogênese e
flageladas; respectivas divisões celulares;
• Tem 9 estruturas de fibras densas associados 60 dias entre um exame andrológico ruim e um outro
aos pares de microtúbulos radiais; para confirmação: se animal estiver sob condição de
• Pares estão soltos e se unem no momento da estresse no primeiro exame, ele leva 60 dias para
motilidade por braços de dimeínas: alta recuperar a espermatogênese desde que fator
atividade ATPásica. Quando célula vai bater, estressante seja removido;
microtúbulos se unem;
Espermatocitogênese: etapa que envolve divisão
Peça principal: colunas de fibras densas vão celular. Dura 45 dias no touro e garanhão;
diminuindo gradativamente;
A partir da segunda meiose, que é reducional (ficam
Peça final: não tem estrutura nenhuma a não ser haploides), elas não se dividem mais, apenas se
microtúbulos; diferenciam; (espermátide arredondada/alongada);
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A medida que células vão se dividindo, vão sendo
empurradas em direção ao lúmen do túbulo
seminífero;
Espermiogênese: etapa de metamorfismo
espermático. Dura de 3 a 4 dias no touro;
Espermiação: lançamento dos sptz no lúmen do
túbulo seminífero. São imóveis. São lançados ainda
com a gota proximal;
Espermatogênese:
45 dias de espermatocitogênese;
3 – 4 dias de espemiogênese;
48 dias totais;
Trânsito epididimário:
• Cabeça: 2;
• Corpo: 2;
• Cauda: 10;
• Total: 14
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SEGUNDA PROVA
Dag deffect: cauda não se forma ou fica muito Defeitos menores: limites
enrolada;
• Origem hereditária;
• Defeito de peça intermediária;
Aplasia segmentar da bainha de mitocôndrias;
Gota distal: defeito menor;
Gota proximal: defeito maior;
Deflexão da peça intermediária: entorta. Pressupõe
um defeito na bainha de mitocôndrias; Total de defeitos: limites
Cauda dobrada: defeito menor;
Cauda enrolada: defeito menor;
Pseudogotas: desprendimento da bainha de
mitocôndria, que dá aspecto de gota;
Deflexão distal da peça intermediária. É defeito maior.
É diferente de defeito de cauda;
Outros elementos:
Medusa: célula característica de lesão degenerativa Sêmen concentração com 10 milhões de viáveis
testicular grave; (sêmen nacional): no Brasil, sêmen comercializado
Células primordiais e gigantes (sincícios): lesão deve ter pelo menos 10 milhões de células viáveis em
degenerativa grave do testículo; cada dose inseminante;
Cabeça do epidídimo:
Responsável pela maturação espermática;
Alta incidência de gota proximal e PI;
Testes complementares no sêmen congelado:
Desintegração espermática;
Teste de termo-resistência:
Decapitação de espermatozoides: em repouso sexual
• Ttr: pega amostra descongelada, coloca em é comum de dar esse defeito = cuidado;
estufa a 38° por 5 horas: depois disso tem
que ter 15% motilidade (o sêmen congelado Testículos:
tem que ter 30% de motilidade e 3 de vigor.
Onde ocorre a espermiogênese;
Após o teste de termo-resistência, tem que
ter 15% de motilidade e 3 de vigor); Quando tem problema = alta patologia, defeitos de
acrossoma, cabeça, PI e cauda;
Defeitos maiores:
Nível de DNA alta;
• Sêmen com 6 milhões: máximo 10%;
• Sêmen com 10 milhões: máximo 20%; Degeneração, maturidade sexual retardada,
hipoplasia, imaturidade sexual, espermiogênese
imperfeita;
Poucos estudos;
DESAFIOS:
Algumas morfologias ainda não são conhecidas;
Irritabilidade da maioria das espécies;
Volume muito pequeno: pode ser pouco material para
Técnicas de coleta espécie-específica; fazer análise;
Bem estar e segurança do animal; Sazonalidade da produção espermática;
Tranquilidade do trabalho da equipe; Colorações de espermatozoides: não se conhece as
Qualidade e quantidade do sêmen: baixa quantidade colorações específicas para as diferentes espécies;
e qualidade ruim (alta patologia); Uso de espécies domésticas como modelo;
Protocolos de contenção farmacológica dos animais –
ideal?
MÉTODOS DE COLETA:
Vários métodos: diluentes e crioprotetores têm sido
Manipulação digital: funciona no cão. Em canídeos, testados, ainda sem muito sucesso;
animal deve ser condicionado (pode demorar meses);
Brasil: quarto maior produto/exportador de carne subférteis no rebanho. Por isso o exame
suína no mundo; andrológico é importante;
• Na rotina geralmente só avalia se sêmen tem
IA é amplamente difundida: intensificação do sistema.
motilidade e se é viável. Não avalia
• 1 dose do ejaculado pode preparar de 10 a patologias. Isso pode manter machos
20 doses inseminantes; subférteis no rebanho;
Monta natural relação macho:fêmea é 1:20. Na IA, Na rotina, avaliação do macho é feita durante coleta:
pode chegar a 1:300; somente alterações muito evidentes serão relatadas.
Não é rotina fazer o andrológico completo;
Macho é responsável em termos de número de
descendentes e casos de infertilidade ou Taxa de reposição preconizada é de 45 a 50%
subfertilidade; anualmente. Em central de reprodução, taxa de
reposição pode chegar a 80% em um ano. Fatores
• Fêmea suína recebe 3 doses inseminantes, que levam a alta taxa de reposição:
não necessariamente todas do mesmo
macho (inseminação heteroespérmica). Isso • Melhoramento genético é rápido;
pode intensificar a permanência de machos • Alteração em locomotor;
• Qualidade espermática;
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• Libido; PUBERDADE:
• Idade avançada;
Entre 6 a 8 meses de idade;
Em central de melhoramento, não mantém macho por
Aparecimento dos primeiros sptz no ejaculado:
mais que 3 anos (entra em reprodução aos 8 meses).
considera apto para reprodução, mas só insere na
Em granja costuma manter no plantel enquanto
reprodução quando parâmetros espermáticos
estiver bom;
estiverem dentro dos padrões de qualidade;
No desmame animal já começa a ser avaliado para
ser reprodutor. Um dos principais pontos avaliados é • Geralmente até décima coleta já está nos
o locomotor; padrões;
É influenciada por:
• Idade;
• Taxa de ganho de peso;
Função: • Peso;
• Produção de sêmen; • Clima/ambiência;
• Reconhecer cio; • Nutrição;
• Induzir puberdade: a partir de 150 dias expõe • Genética: raças pequenas são mais precoces
para macho (diária, durante 15 dias, macho que as maiores.
dentro da baia) e aos 180 dias já deve Treinamento do macho:
manifestar primeiro cio;
Inicia aos 6 meses;
Fornece 50% do material genético;
Período diário de 10 minutos;
Importante participação no tamanho e qualidade de
leitegada. Relação de 0,67 entre qualidade de sêmen Colocar urina de fêmea em cio ou mesmo secreções
e tamanho da leitegada; de machos no manequim (leva para reprodutor para
sala, coleta e sala ficará com cheiro, secreções);
Fornecimento de sêmen (MN ou IA);
Se o salto acontecer, facilitar a exposição do pênis;
Reconhecimento de fêmeas em cio;
Realizar duas ou três coletas em dias sucessivos
Estimulação do cio em leitoas (rufiões): não precisa
(pula 2 ou 3 e coleta) e avaliar o sêmen;
ser geneticamente superior;
Se após 10 dias ainda não saltar, utilizar fêmea em
ANATOMIA: estro;
Pênis fibroelástico (como o de bovinos); 90 a 95% dos machos demonstram sucesso no
Glândulas acessórias: treinamento;
Impotência coeundi:
Incapacidade de o reprodutor realizar a cobrição. Avaliar saúde geral focada nas características
Pode ser genital ou não. Não é infertilidade, é um produtivas:
animal que não está apto para reproduzir. Pode ou
não ser revertida; • Escore corporal;
• Função física;
Principais causas:
• Aparelho músculo-esquelético;
• Problemas locomotores;
Na prática, feito pouco frequentemente;
• Libido deficiente ou excessiva;
• Alterações físicas de sistema genital (fimose, Observa animal na monta e avalia ejaculado quanto a
alteração de prepúcio, pênis...); motilidade e vigor;
São menos graves do ponto de vista clínica: alguns Sempre fazer andrológico na aquisição de novos
podem ser revertidos; animais, no início da vida reprodutiva e a cada 60
dias (espermatogênese no suíno dura 49 dias);
Impotência generandi:
Exame andrológico completo:
Incapacidade de produzir espermatozoides viáveis:
falhas de espermatogênese; • Anamnese;
• Exame clínico geral;
Difíceis de detectar (animal continua cobrindo) e não • Exame de órgãos genitais;
tem como reverter;
• Comportamento sexual;
Principais causas: • Avaliação do ejaculado;
• 1 avaliação não pode classificar animal como
• Hereditária;
ruim;
• Inflamações (orquite, epididimite) ou
infecções; ANAMNESE:
• Degeneração do parênquima testicular;
Histórico do animal:
• Criptorquidismo;
• Questionamento direcionado aos
Processo de monta: profissionais ligados diretamente ao manejo;
Relação varrão:matriz = 1:20 • Idade;
• Linhagem genética;
Prelúdio: cortejo à fêmea: dura mais ou menos 10
• Frequência de coleta e comportamento
minutos;
durante a coleta;
Monta: salto seguido de exposição peniana e • Tratamentos realizados – afecções
ejaculação: 3 a 20 minutos; anteriores;
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• Exames clínicos anteriores; • Tonometria: boa para identificar alterações
• Condições de alojamento; muito singelas; Baixa tensão = baixa
• Programas de vacinação; qualidade espermática;
• Medicação preventiva utilizada; Mobilidade no escroto;
Base de dados: Volume: medição de altura e largura com paquímetro;
• Normalmente as granjas tem base de dados;
Epidídimo:
• Informação de exame andrológico, produção
espermática e motivos de descarte; Tamanho, simetria, consistência, localização,
• Eficiência reprodutiva do rebanho; mobilidade. Importante diferenciar cauda de cabeça;
Circunferência escrotal tem alta herdabilidade: entre 3- Perseguição da fêmea com interesse sexual;
0,4 e 0,7 (média); 4- Tentativa de monta ou monta, sem cópula;
Perímetro escrotal tem alta correlação com 5- Duas montas ou tentativas, sem cópula;
concentração espermática. É um fator determinante
da fertilidade de gerações futuras. Touros com 6- Mais de duas montas ou tentativas, sem cópula;
circunferência pequena tem alta propensão a serem
7- Uma monta completa, sem interesse após;
excluídos do rebanho;
8- Uma monta completa, com interesse após;
Circunferência escrotal é essencial para a avaliação
andrológica do touro. É indicativo de: 9- Duas montas completas, sem interesse após;
OBS: cavalos geralmente tem concentração baixa, Volume x concentração de sptz/ml = concentração
motilidade baixa de sptz; total do ejaculado;
A porcentagem da sptz movendo progressivamente e • Lavar pênis do garanhão com água morna;
com bom vigor, tem alta relação com fertilidade; • Enxaguar com água a 40°C;
• Três swabs:
Concentração: Após primeiro ejaculado: swab da uretra e do
Câmara de Neubawer; prepúcio pata cultura bacteriológica, além de
swab do sêmen;
Espectofotômetro;
Verifica:
Diluição de 0,2ml de sêmen em 7,8 ml de solução
com 10% de formalina e 0,9% de solução de cloreto • Klebsiella pneumoniae, pseudomonas
de sódio (1:40); aeruginosa, Streptococcus B hemolítico.
Nenhum desses 3 podem estar presentes. Se
Depende de: as 3 forem positivas, animal é
verdadeiramente infectado = problema
• Ejaculado (primeiro ou segundo);
(garanhão inapto para reprodução). Se os
• Época do ano;
microrganismos são obtidos de swabs
ANÁLISE DO SÊMEN: aleatórios (ex: 2 swabs negativos e 1 positivo)
deve realizar novas culturas;
Morfologia:
Prepúcio tem maior chance de estar contaminado,
2 lâminas, 200 células por lâmina: avalia forma; sêmen em segundo lugar e uretra em terceiro;
Preparação úmida: avalia estrutura; Animal infectado: tratamento geralmente sem
sucesso;
pH no segundo ejaculado é maior que no primeiro:
tem menor concentração e menor fluido de origem Não usar para monta = contamina éguas;
epididimária (tem mais fluido de próstata e glândula
vesicular); Associação permite IA? Sim, se tiver certificado;
Adicionar antibióticos ao extensor (1000 UI de
• Fluidos da próstata, gl. Vesiculares e
polimixina B por ml);
bulbouretrais são alcalinas (ph 8) e
constituem 95% do ejaculado; ULTRASSOM APLICADO AO EXAME
• Largura escrotal e consistência testicular = ANDROLÓGICO:
medir ao menos uma vez por mês;
Examina veia central: ponto hipoecoico;
Sptz é elíptico e tem 1/3 da área do sptz do touro;
Plexo pampiniforme;
Concentração X motilidade:
Doppler:
Qual a dose mínima inseminante?
Artéria marginal e artéria do cordão espermático;
• 100 milhões: se inseminar com doses
inferiores a 100 milhões, fertilidade da égua
cai muito;
• 500 milhões de sptz viáveis: dose mínima
ideal. Se aumentar acima de 500m, não tem Preparação da égua:
reflexo na fertilidade e joga sptz fora;
• Animal dócil;
Observar motilidade progressiva em aumento de • Em cio, preferencialmente;
200x; • Contenção adequada;
Avaliar sobrevivência de sptz in vivo e in vitro; • Bandagem na cauda;
• Cachimbo;
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Comportamento sexual do garanhão: • Experiência sexual;
• Índole;
Observar diferenças do garanhão quanto a:
• Sazonalidade (dentro ou fora da estação de
• Idade; monta;
MEMBRANA ACROSSOMAL:
Tem que romper, mas na hora correta (reação
acrossômica). Se entrar em reação acrossômica
antes, ele não consegue fecundar;
O emprego de sondas fluorescentes foi utilizado na
Usa glicoproteínas que são aglutininas que tem
avaliação da integridade do espermatozoide, podendo
capacidade de se ligar a enzimas acrossomais. Usa
fornecer informações do estado funcional da célula
em conjunto com uma sonda fluorescente para
espermática;
evidenciar. Se liga as enzimas quando acrossoma
Fala da morfologia e da funcionalidade; está lesado. Todo sptz corado indica que membrana
está lesada
São substâncias fluorescentes que se ligam a pontos
específicos das células permitindo o diagnóstico;
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PSA e PNA com fluorescência (FIT-C): ambas coram JC-1 (alto potencial): mitocôndria com alto potencial
em verde. PNA cora mais na ponta; se cora de vermelho;
OBS: por retirar a subjetividade, a sonda JC-1 é a
mais utilizada;
Sempre quer um sêmen com alto potencial
mitocondrial, mas não quer um sêmen com altíssimo
potencial;
ASSOCIAÇÃO DE SONDAS
FLUORESCENTES:
Coloração PNA+PI = avalia membrana acrossomal e Usar sondas que avaliam simultaneamente
membrana plasmática; membranas plasmáticas, acrossomal e mitocondrial;
Problema: pode ter reação entre sondas e
inviabilização da análise?
• PI (membrana), PSA (acrossoma), R123
(mitocôndria);
• PI (membrana), PSA (acrossoma), MITO
(mitocôndria);
• PI (membrana), H342 (membrana) PSA
(acrossoma), CMXRos (mitocôndria);
• PI (membrana), H342 (membrana), PSA
(acrossoma), JC-1 (mitocôndria);
MEMBRANA MITOCONDRIAL:
Não avalia se a membrana mitocondrial está integra
ou não. Avalia o potencial mitocondrial;
Sondas se ligam a substratos associados a cadeia
respiratória. Ou seja, só se liga a membrana que está
trabalhando e produzindo ATP;
Mitocôndrias estão na peça intermediária = há certa
subjetividade;
Há variação na intensidade da coloração;
Rodamina 123: verde;
Mito tracker: verde;
CMXRos: vermelha;
JC-1 (baixo potencial): mitocôndria com baixo
potencial se cora de verde;
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USO DAS SONDAS:
Deve ser feito no escuro – quando sonda entra em
contato com luz, perde fluorescência;
Precisa de microscópio de fluorescência;
Conta 200 células e identifica quais tem lesões de
membrana;
Para fazer avaliação de grande escala, usa citômetro
de fluxo. Faz a leitura da fluorescência com mais
precisão e sem limitação de contagem. Identifica com
OBS: PI e PSA funcionam muito bem, já são usados precisão a intensidade de fluorescência;
juntos;
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
CUIDADO: quando fluorescência entra em contato
com luz solar estraga. Limitações no uso das sondas fluorescentes: alto
custo;
O uso de sondas não prediz fertilidade, mas auxilia e
pode melhorar essa predição. Associação de sondas diminui acurácia? Algumas
sim;
Falhas na técnica: tipo de diluidor usado;
• Diluidor a base de ovo não funciona bem com
Hoest;
Ponto de corte;
Uso de sondas fluorescentes pode melhorar a
avaliação do sêmen;
Métodos naturais:
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Separa as duas populações com acuidade de mais de
90%;
Baseada na fluorescência emitida pela célula;
Fetal;
Cora DNA celular (Hoest 342 – cora em azul) >
Embrionária;
citômetro (diferencia intensidade de fluorescência) >
Espermática; define fêmeas e machos. Carga elétrica é depositada
no sptz (X recebe carga negativa e Y recebe carga
FETAL: positiva) > passa por campo elétrico > separa as
Não consegue manipular prole nesse caso; populações (X vai para polo positivo e Y vai para
negativo);
Serve para planejar a produção (saber quantidade de
machos e fêmeas); O que o citômetro não identificou como X e Y, vai
para o ´´lixo´´;
Avaliação da posição do tubérculo vaginal –
ultrassom aos 50 – 60 dias; O sptz tem que passar pela sonda um atrás do outro,
em fileira;
• Região do umbigo: pênis;
• Região da cauda: vagina;
EMBRIONÁRIA:
Teste de imuno-histoquímica (proteínas expressas
por embriões masculinos ou femininos);
• Detecção proteica ou gênica (PCR);
Custo mais elevado;
Biopsia pode lesar embrião de maneira permanente;
ESPERMÁTICA:
Em mamíferos o sexo é determinado pelo
NÃO HÁ efeitos genotóxicos associados ao corante
espermatozoide, então separa os X dos Y;
(H342). Ou seja, prole não vai ser alterada e não vai
A base é que os cromossomos X e Y são ter alterações nos parâmetros gestacionais;
morfologicamente diferentes;
O espermatozoide não vai ter a mesma qualidade:
Diferenças no conteúdo nuclear: exposição ao corante, diluição e rediluição, laser,
campo elétrico = lesão espermática. Altera
Cromossomo X tem 3% a mais de DNA que o Y; membranas, aumenta produção de radicais livres,
Interfere em velocidade: Y é menor e mais rápido pode comprometer a qualidade de cromatina.
(teste swinup); Compromete taxa de concepção;
Limitações da citometria:
Baixo rendimento da técnica;
Processo lento;
Taxa de concepção menor quando comparado ao
sêmen convencional;
• Não é afetada apenas pela menor dose
inseminante, mas sim pela qualidade do
sêmen após a sexagem, que é reduzida;
• Minimiza inseminando mais próximo a
ovulação;
• Se deposita sêmen sexado no corno uterino
(quase na união úteo-tubárica) minimiza a
queda na taxa de concepção, mas é difícil de
ser feito;
Microscopia de luz:
• Mais comumente utilizado na rotina;
• Menos oneroso;
Reprodução assistida:
• Subjetivo: sujeito à habilidade do avaliador
Grandes avanços: IA, TE, FIV, clonagem; (variação de 30-60%);
No Brasil, cerca de 20% das fêmeas são Análise computadorizada de sêmen (CASA):
inseminadas, e a IA movimenta cerca de 13 a 14
• Metodologia automatizada que avalia
milhões de doses ao ano;
milhares de espermatozoides individualmente
Analisar fertilidade do espermatozoide é complicado. (dimensões da cabeça), fornecendo
O melhor teste de fidelidade do ejaculado/sêmen é a informações quantitativas e qualitativas sobre
utilização in vivo. a motilidade, padrões de trajeto e de
movimentação;
Técnicas in vitro normalmente são falhas. Até hoje
• Atualmente é o método mais aceito para
não tem uma tecnologia que afirma se animal é ou
avaliação da cinética espermática;
não fértil. Tem que fazer vários testes;
• Valores objetivos e com elevado padrão de
Meta: predizer o potencial fecundante do sêmen a repetibilidade;
partir de parâmetros correlacionados com a • Faz relatório da trajetória dos
fertilidade; espermatozoides;
Avaliação da motilidade:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Imagens são processadas de modo que a intensidade Matriz STS: sequencia de 512 imagens consecutivas
da movimentação corresponde a determinado tom de (512 linhas x 512 colunas);
cinza;
A partir da matriz de ocorrência, obtém o momento de
Realiza-se um estudo da variação temporal de inércia;
intensidade de cada pixel;
CONCLUSÃO:
BSL é um método preciso e objetivo de avaliação de
cinética espermática capaz de eliminar a
subjetividade intrínseca às avaliações de rotina;
Avaliação do sêmen:
Varia em volume e concentração de acordo com
época do ano;
Contagem do número de espermatozoides para ver
quantidade de doses;
Centrifugação: aspira o plasma (máximo que
conseguir) e fica com o pellet. Pellet é ressuspendido
Limitação: no início, sem prática, é mais difícil analisar
com diluente;
os espermatozoides com esse diluente;
Faz o congelamento:
COLHEITA DE SÊMEN:
• Nitrogênio líquido em caixa de isopor.
Métodos:
Palhetas devem ficar suspensas no vapor de
nitrogênio por 15 minutos. Depois coloca • Vagina artificial;
palhetas no nitrogênio líquido. Depois passa • Eletroejaculação: animais mais velhos;
palhetas para o botijão;
Ejaculado:
PREPARAÇÃO:
• Completo (sem interrupções);
Faz preparo do diluidor: • Puro: não pode ter sangue, urina, sujidades;
• Aumenta volume do ejaculado. Enquanto • Sem contaminações: usa técnicas assépticas
cavalo tem 80ml, touro tem 7 a 8ml de e antibióticos;
ejaculado; Condicionamento do animal:
• Maior número de fêmeas inseminadas;
• Libido (vagina artificial exige condicionamento
Criar ambiente favorável para conservar, no para animal saltar em manequins mesmo fora
espermatozoide: do cio);
• Vida; • Local adequado;
• Atividade cinética; AVALIAÇÃO PRÉ CONGELAMENTO:
• Capacidade fertilizante do espermatozoide;
Volume;
Características dos diluidores:
Motilidade:
• Turbilhão;
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• Vigor; Mergulhar em nitrogênio líquido;
Concentração: Temperatura: -196°C;
Equilíbrio:
Tempo necessário para glicerina ser metabolizada
pelos espermatozoides;
Dura de 5 a 10 horas. Se touro não é problemático,
usa 4 horas;
Depois faz envasamento do sêmen;
CONGELAÇÃO:
Após envasamento, congelação em duas etapas:
Etapa 1:
Vapor de nitrogênio líquido;
Tempo: 10 a 15 minutos;
3 a 5 cm acima do nível do nitrogênio;
Temperatura: -79°C;
Etapa 2:
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