Aline Correa Abrahao
Aline Correa Abrahao
Aline Correa Abrahao
São Paulo
2009
ALINE CORRÊA ABRAHÃO
São Paulo
2009
Catalogação-na-Publicação
Serviço de Documentação Odontológica
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
CDD 617.63
BLACK D65
Assinatura:
E-mail:
FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovado em: / /
Banca Examinadora
Ao meu orientador Prof. Dr. Décio dos Santos Pinto Jr.. Aprender
diagnóstico histopatológico com você contribuiu imensamente para meu crescimento
profissional. Além disso, as inúmeras discussões científicas me incentivaram a
adquirir mais conhecimento e a acreditar que era possível buscar o melhor para
minha formação como pesquisadora. Obrigada pela amizade, pela confiança, por ter
acreditado em mim e, sobretudo, por ter viabilizado a minha ida ao NIH. Espero ter
conseguido provar que carioca além de ir à praia, trabalha e muito!
Abrahao AC. Role of Prostaglandin E2 and its receptors in head and neck squamous
cell carcinoma. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia;
2009.
Head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) is the 6th most common
malignant lesion worldwide. To better understand the mechanisms of tumor initiation,
progression, and metastasis a better understanding of the molecular networks that
guides these process is needed. Towards this goal, it is important to investigate the
interaction and modulation of cancer cells over its surrounding microenvironment.
The involvement of inflammatory agents in HNSCC development and maintenance
can be resumed in the overexpression of cycloxygenase 2 (COX-2) and secretion of
prostaglandin E2 (PGE2) by tumor cells. Prostaglandin E2 activates its receptors
EP1-4 which are coupled to G proteins. G protein activates other pathways
responsible for cellular processes such as proliferation and angiogenesis. The
participation of EP2 in colon cancer is well established however the role of PGE2
receptors in HNSCC is still poorly understood. This work aims to investigate the role
of PGE2 and its receptors in cellular proliferation in HNSCC cell lines and the clinical
relevant expression pattern in HNSCC tissue microarrays. HNSCC cell lines were
initially used to access the expression pattern of COX-2 and EP1-4 by using western
blotting technique. The ability of selective COX-2 inhibition to block PGE2 secretion
was measured by ELISA antibody specific assay. Also, EP1, EP2, EP3 and COX-2
expression were evaluated by immuno-histochemistry in two different sets of HNSCC
tissue microarrays. To address the question about PGE2 inducted cell proliferation
and which PGE2 receptor are involved in the process, two synthetic PGE2, an EP2
agonist and an EP3 agonist were used to stimulate cell proliferation. Finally, the
knockdown of EP2 receptor was performed by siRNA transfection assay and its
effect was evaluated in cell proliferation by radioactive thymidine incorporation assay.
The results presented here shows that HNSCC constitutively express COX-2, EP1,
EP2 and EP3 and that they are able to secret PGE2. COX-2 selective inhibitors are
able to suppress PGE2 secretion in lower concentrations but not to inhibit cell
proliferation. Also, COX-2, EP1, E2 and EP3 are widely expressed in HNSCC tissue
microarrays. A correlation between EP1 and EP2; EP1 and EP3; and EP2 and EP3
(p<0.05) was observed. Only EP1 showed correlation with COX-2 in tissue
microarrays (p<0,05). PGE2 was able to induce cell proliferation as it induces DNA
synthesis in HNSCC cell lines. EP3 agonist also induced DNA synthesis addressing
its role in cell proliferation induction in HNSCC. The siRNA for EP2 effects in DNA
synthesis was not conclusive and the downstream proteins activated by EP2 second
messenger were not affected following its expression knockdown. This study
indicates three important findings. First, PGE2 is secreted by HNSCC. Second,
COX-2 is found to be overexpressed in HNSCC; and third, PGE2 receptors are found
to be constitutively expressed in HNSCC. Most interesting, we show here that this
inflammatory pathway seems to be independent of the mechanisms that induce
HNSCC proliferation.
Keywords: Head and neck squamous cell carcinoma. COX-2. Prostaglandin E2.
PGE2 receptors. Cell proliferation.
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.2 - Vias de sinalização ativadas e/ou influenciadas pela ativação dos
GPCRs .................................................................................................. 31
Figura 5.2 - Níveis de PGE2 secretada nas linhagens NOK-SI, HN13, HN12 e
OSCC3 .................................................................................................. 55
Figura 5.4 - Curva de viabilidade celular com os inibidores de COX celecoxib (COX-2
seletivo) e indometacina (não-seletivo) ................................................. 56
Figura 5.6 - A.Expressão imuno-histoquímica dos receptores EP1 (A.I), EP2 (A.II) e
EP3 (A.III), e da COX-2 (A.IV) nos TMAs. Aumento original de 10x; no
detalhe, aumento de 40x; B.Distribuição dos casos disponíveis para
análise nos TMAs, de acordo com o percentual de células positivas. Os
dados estão expressos em porcentagem.............................................. 49
Figura 5.9 - Indução da síntese de DNA pela PGE2 e dmPGE2 através de ensaio de
Timidina tritiada, A. Indução significativa da síntese de DNA pela
dmPGE2 na linhagem NOK-SI; B. indução significativa da síntese de
DNA tanto pela PGE2 quanto pela dmPGE2 na linhagem HN13; C.
Indução significativa da síntese de DNA na linhagem HN12 apenas pela
dmPGE2; D. Indução significativa da síntese de DNA tanto pela PGE2
quanto pela dmPGE2 na linhagem OSCC3. (*p<0,05; **p<0,01).......... 64
Figura 5.10 - Indução da síntese de DNA pelo agonista do receptor EP2 (Butaprost)
e pelo agonista do receptor EP3 (Sulprostone) através de ensaio de
timidina tritiada, A. Indução significativa da síntese de DNA pelo
Sulprostone na linhagem NOK-SI; B. indução significativa da síntese de
DNA pelos agonistas de mambos os receptores EP2 e EP3; C. Indução
significativa da síntese de DNA na linhagem HN12 pelo Butaprost; D.
Indução significativa da síntese de DNA pelo Sulprostone (EP3) e
redução da síntese pela ação do Butaprost (EP2) na linhagem OSCC3.
(*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001)........................................................... 65
Figura 5.12 - Avaliação dos efeitos biológicos do siRNA para o receptor EP2 sobre a
síntese de DNA nas linhagens NOK-SI, HN13, HN12 e OSCC3,
estimuladas ou não com dmPGE2. Não foram observadas alterações
significativas sobre a síntese de DNA em nenhuma das quatro
linhagens. ............................................................................................ 67
Tabela 4.1 - Plasmídeos utilizados para superexpressão gênica nas células HEK
293T .................................................................................................... 45
Tabela 4.4 - Sistema de gradação utilizado para os TMAs (Molinoloet al. 2007) .... 48
Tabela 5.3 - Correlação de Spearman entre os anticorpos utilizados nos TMAs .... 60
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 25
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................. 27
2.1 CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE CABEÇA DE PESCOÇO ............................. 27
2.2 ALTERAÇÕES MOLECULARES ENCONTRADAS NO CECP .......................... 28
2.3 CORRELAÇÃO ENTRE A INFLAMAÇÃO E O CÂNCER................................... 32
2.4 PROSTAGLANDINA E2 (PGE2), RECEPTORES DE PGE2 (EPs) E
CICLOXIGENASE 2 (COX-2) ................................................................................... 35
2.5 PARTICIPAÇÃO DA PGE2, EPs, COX-2 E INIBIDORES DE COX-2 NO
CÂNCER................................................................................................................... 38
3 PROPOSIÇÃO ...................................................................................................... 43
4 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................... 44
4.1 CULTIVO CELULAR........................................................................................... 42
4.2 IDENTIFICAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS RECEPTORES DE PGE2 ................ 43
4.2.1 Western Blotting ............................................................................................ 43
4.2.1.1 Lise de proteínas .......................................................................................... 43
4.2.1.2 Estabelecimento de células a serem usadas como controle positivo ........... 43
4.2.1.3 Reação de western blotting .......................................................................... 45
4.2.2 Imuno-histoquímica....................................................................................... 47
4.3 SECREÇÃO DE PGE2 ....................................................................................... 50
4.4 VIABILIDADE CELULAR .................................................................................... 51
4.5 SÍNTESE DE DNA .............................................................................................. 52
4.6 INTERFERÊCIA DE DNA ................................................................................... 53
5 RESULTADOS ...................................................................................................... 54
5.1 COX-2, PGE2 E INIBIDORES DE COX-2 .......................................................... 54
5.2 EXPRESSÃO DOS RECEPTORES DE PGE2................................................... 56
5.3 INDUÇÃO DA SÍNTESE DE DNA PELA PGE2 E dmPGE2 ............................... 62
5.4 INDUÇÃO DA SÍNTESE DE DNA PELOS AGONISTAS DO RECEPTOR EP2
(BUTAPROST) E EP3 (SULPROSTONE) ................................................................ 63
5.5 EFEITO DA INTERFERÊNCIA DE RNA SOBRE O RECEPTOR EP2............... 66
5.5.1 Eficiência da interferência de RNA sobre o receptor EP2.......................... 66
5.5.2 Efeitos biológicos da interferência de RNA ................................................ 66
5.5.3 Efeito do siRNA para o receptor EP2 sobre a expressão de proteínas
reguladas pelas proteínas G.................................................................................. 67
6 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 69
7 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 78
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 80
ANEXO A ................................................................................................................. 85
23
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Figura 2.1 - Via de sinalização do EGFR, mostrando a interação do receptor com diversas outras vias
de sinalização
Fonte:(Haddad; Shin, 2008))
Figura 2.2 - Vias de sinalização ativadas e/ou influenciadas pela ativação dos GPCRs.
Fonte: www.sabbiosciences.com; Acesso em 11/12/2009.
30
1
Camundongo modificado geneticamente em que um gene específico foi deletado.
2
Camundongos atímicos, desprovidos de resposta imune.
37
3 PROPOSIÇÃO
4 MATERIAL E MÉTODOS
Os DNAs dos receptores EP1, EP2 e EP3 a serem usados como controles
positivos da expressão dos receptores de prostaglandina EP1, EP2, EP3 e EP4
foram adquiridos do UMR cDNA Resource Center (University of Missouri-Rolla,
Rolla, MO, USA; Tabela 4.1). O DNA do receptor EP4 e o vetor controle ligado à
proteína fluorescente EGFP (Enhanced Green Fluorecence Protein) foram
gentilmente cedidos pelo Dr. J. Silvio Gutkind (Oral and Pharingeal Cancer Branch,
National Institutes of Dental and Craniofacial Research, National Institutes of Health;
Tabela 4.1). As características dos referidos DNAs estão na tabela 4.1. Com o intuito
de alcançar quantias suficientes de DNA para a transfecção de células, bactérias
supercompetentes foram usadas para replicar os vetores contendo os DNAs de
interesse. Para isso, três microlitros de DNA foram misturados à 50µl de bactéria
competente E. coli, e incubados em gelo por 30 min. Posteriormente a mistura foi
44
final de um mililitro por poço. Após 6h, foi acrescentado meio de cultura para um
volume de 2,5ml e as células foram deixadas em cultura por 3 dias. No terceiro dia,
as células foram lisadas com tampão de lise de proteínas, conforme descrito
anteriormente e armazenadas à -80oC.
Tabela 4.1 - Plasmídeos utilizados para superexpressão gênica nas células HEK 293T
Tamanho
Gene Vetor Clone Resistência Promotor SR* 5’ SR* 3’
do inserto
Prostaglandin E2 receptor 1
(subtype EP1) (PTGER1)
pcDNA3.1 PER010000 Ampicilina CMV EcoRI Xhol 1290bp
Prostaglandin E2 receptor 2
(subtype EP2) (PTGER2) pcDNA3.1 PER02TN00 Ampicilina CMV Kpnl Xhol 1161bp
3xHA-tagged (N-terminus)
Prostaglandin E2 receptor 3
(subtype EP3) pcDNA3.1 PER3VI0000 Ampicilina CMV EcoRI Xhol 1182bp
(isoform VI) (PTGER3)
Prostaglandin E2 receptor 4
pcDNA3.1 pcDNAIII-EP4 Ampicilina CMV -** - -
(subtype E4) (PTGER4)
Tween 20 (Sigma Adrich, St. Louis, MO, USA) por 45 min sob agitação e incubadas
por 18 h à 4oC, sob agitação, com o anticorpo primário (Tabela 4.2), diluído em
solução de leite desnatado à 5% em TBS-T ou em solução de BSA (Albumin, Bovine
Serum, Cohn Fraction V, pH7 - US Biological, Swampscott, MA, USA) à 5% em TBS-
T, de acordo com as especificações de cada anticorpo. Seguiram-se então três
lavagens de 5 min cada com TBS-T, sob agitação, e incubação do anti-corpo
secundário (Tabela 4.2), diluído na mesma solução utilizada para o anticorpo
primário, por 45min, sob agitação. Por fim, a membrana foi novamente submetida à
três lavagens de 5 min cada em TBS-T sob agitação e revelada com SuperSignal
West Pico Chemiluminescent Substrate (Pierce, USA) ou Immobilon™ Western
Chemiluminescent AP Substrate (Millipore, Billerica, MA, USA) em filme para
autoradiografia Kodak BioMax XAR (Carestream Health, INC., Rochester, NY,
USA). Os filmes foram revelados em processadora automática (Kodak X-Omat
2000).
4.2.2 Imuno-histoquímica
Grau Critério
0 até 10% de células positivas
1 de 10 a 25% de células positivas
2 de 25 a 50% de células positivas
3 de 50 a 75% de células positivas
4 de 75 a 100% de células positivas
A B
Grau 0 Grau 1
C D E
Figura 4.1 - Graus de positividade de acordo com o percentual de células positivas a cada 100 células
tumorais. A. Grau 0, demonstrando de 0 a 10% de células tumorais positivas; B. Grau 1,
demonstrando de 10 a 25% de células tumorais positivas; C. Grau 2, representando de
25 a 50% de células tumorais positivas; D. Grau 3, demonstrando de 50 a 75% de
células tumorais positivas; e E. Grau 4, representando de 75 a 100% de células tumorais
positivas. Imuno-marcações para o receptor EP3; aumento original 10x.
mouse IgG). A partir da PGE2 fornecida pelo kit, foi realizada uma curva padrão. A
PGE2 foi reconstituída em solução tampão, também fornecida pelo kit, a uma
concentração final de 10ng/ml. A curva padrão foi preparada a partir de diluições
seriadas da solução estoque de PGE2 em DMEM acrescido de 1% HEPES e 1% de
solução antibiótica-antimicótica, obtendo-se 8 diferentes concentrações: 1000pg/ml,
500pg/ml, 250pg/ml, 125pg/ml, 62,5pg/ml, 31,3pg/ml, 15,6 pg/ml, 7,8 pg/ml. Os
resultados foram transformados em logaritmos para constituir uma curva padrão a
ser usada na determinação da concentração PGE2 nas amostras. Devido à
importância de se determinar a correta concentração de PGE2, este processo foi
repetido cada vez que a reação foi realizada.
Para a realização do experimento foram utilizados, além dos padrões, dois
poços vazios (branco), dois poços sem amostra (NSB), três poços representando
atividade mínima de PGE2 (B0) e um poço de atividade total de PGE2 (TA). Os dois
poços “branco” foram deixados vazios até o final da reação. Os poços NSB foram
preenchidos com DMEM (1% HEPES, 1% de solução antibiótica-antimicótica) e
PGE2 AChE Tracer (Acetilcolinesterase conjugada a PGE2). Os poços B0 foram
preenchidos com DMEM (1% HEPES, 1% de solução antibiótica-antimicótica), PGE2
AChE Tracer e anticorpo monoclonal anti-PGE2. Os poços da curva padrão e das
amostras foram preenchidos com PGE2 padrão ou amostra, PGE2 AChE Tracer e
anti-corpo monoclonal anti-PGE2. O poço TA foi mantido vazio até o momento da
revelação. A placa foi recoberta e incubada por 18h à 4oC. A reação baseia-se na
competição entre AChE conjugada à PGE2 e a PGE2 livre nas amostras pelo anti-
corpo anti-PGE2. Após lavagem com solução tampão de lavagem fornecida pelo kit,
os poços foram revelados com a adição de reagente de Ellman (acetilcolina e ácido
5,5'-ditio-bis-(2-nitrobenzóico)) e PGE2 AChE Tracer foi adicionada ao poço TA. A
placa foi novamente selada, protegida da luz, e incubada por 90min sob agitação. A
revelação baseia-se na reação da AchE com o reagente de Ellman’s, que produz
ácido 5-tio-2-nitrobenzóico, de coloração amarela. Quanto mais amarelo o poço,
menor a quantidade de prostaglandina presente na amostra. A revelação foi feita em
leitora de placa de 96 poços (VICTOR3 V 1420 multilabel plate counter - Perkin
Elmer, Waltham, MA, USA) a 405nm.
Para o cálculo da PGE2 secretada, inicialmente foi realizada a média das
leituras dos poços NSB e B0. Os valores foram subtraídos, a fim de se obter um valor
corrigido da leitura. O mesmo foi feito para os valores da curva padrão e das
52
5 RESULTADOS
A expressão da COX-2 foi detectada tanto por western blotting nas linhagens
de CECP quanto pela imuno-histoquímica nos TMAs. A expressão da proteína foi
detectada nas linhagens NOK-SI, HN13, Cal27, UMSCC17B, e OSCC3, mas não
nas linhagens HN12 e HN6 (Figura 5.1). Na linhagem HN30 foram observados
baixos níveis de COX-2. Por meio da imuno-histoquímica, a proteína COX-2 foi
amplamente detectada nos TMAs (Figura 5.6), onde dos 248 casos de CECP
disponíveis para análise, 214 (86%) foram positivos (Figura 5.1) e 34 (14%)
negativos. Analisando os TMAs, observou-se ainda que 41 casos (16%) foram
graduados como 1 (10 a 25% de células positivas), 79 (32%) como 2 (25 a 50% de
células positivas), 70 (28%) como 3 (50 a 75% de células positivas) e 24 (10%)
como 4 (75 a 100% de células positivas), conforme demonstrado na tabela 5.1. De
acordo com a gradação de Broders, 88 (36%) casos eram bem diferenciados, 87
(35%) moderadamente diferenciados, 65 (26%) pouco diferenciados e 8 (3%) não
receberam gradação histológica. A distribuição dos casos de acordo com a
quantidade de células positivas mostrou que a maioria dos casos se concentrou
entre os grupos 2 (25 a 50% de células positivas) e 3 (50 a 75% de células
positivas), conforme demonstrado na tabela 5.2. A distribuição dos casos de acordo
com o número de células positivas e a gradação histológica está descrita na
tabela 5.1.
Figura 5.1 - Expressão da proteína COX-2 na linhagem de queratinócito humano de boca imortalizado
(NOK-SI) e nas linhagens de CECP HN13, HN12, UMSCC17, Cal27, OSCC3, HN6 e
HN30. A expressão da proteína GAPDH foi utilizada como controle da expressão
protéica.
56
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
NOKSI HN13 HN12 OSCC3
Figura 5.2 - Níveis de PGE2 secretada nas linhagens NOK-SI, HN13, HN12 e OSCC3.
57
800 2500
2000
600
6
6
1500
400
1000
200 500 ***
*** *** *** *** ***
*** ***
0 0
0 1 10 1 10 (µM) 0 1 10 1 10 (µM)
Celecoxib Indometacina Celecoxib Indometacina
Figura 5.3 - Inibição da secreção de PGE2 na linhagem HN13 pelos inibidores de COX celecoxib
(COX-2 seletivo) e indometacina (não-seletivo). (***p<0,0001)
3.0
NOK-SI
2.5 HN13
Absorbância 490nm
HN12
2.0 OSCC3
1.5
1.0 Celecoxib
Indometacina
0.5
0.0
0 10 20 30 40 50 (µM)
Figura 5.4 - Curva de viabilidade celular com os inibidores de COX: celecoxib (COX-2 seletivo) e
indometacina (não-seletivo).
Figura 5.5 - Expressão dos receptores de PGE2 EP1, EP2, EP3 e EP4 por western blotting. Células
HEK-293T transfectadas com os DNAs dos respectivos receptores foram utilizadas
como controle positivo da reação. A expressão da proteína GAPDH foi utilizada como
controle da expressão protéica.
casos positivos, 41 casos (14%) foram classificados como 1, 43 casos (15%) como
2, 82 casos (28%) como 3 e 106 casos (37%) como 4, conforme representado na
tabela 5.1 e na figura 5.6.
Tabela 5.1 - Expressão imuno-histoquímica dos receptores de PGE2 (EP1, EP2 e EP3) e da COX-2
nos TMAs e divisão de acordo com o número de células positivas.
A
I II
III IV
B
n=297 n=288 n=289 n=248
100
80 0
1
% de casos
60 2
3
40 4
20
0
EP1 EP2 EP3 COX-2
Figura 5.6 - A. Expressão imuno-histoquímica dos receptores EP1 (A.I), EP2 (A.II) e EP3 (A.III), e da
COX-2 (A.IV) nos TMAs. Aumento original de 10x; no detalhe, aumento de 40x;
B.Gráfico exibindo a distribuição dos casos disponíveis para análise nos TMAs, de
acordo com o percentual de células positivas. Os dados estão expressos em
porcentagem
61
Tabela 5.2 - Classificação dos TMAs de acordo com a gradação de Broders e número de células
positivas.
1 9 (8%) 18 13 9 5 6 16 15 10 13 17 9
(16%) (18%) (9%) (5%) (8%) (16%) (13%) (15%) (15%) (20%) (14%)
2 28 20 15 20 13 7 21 14 7 28 25 22
(27%) (18%) (21%) (20%) (12%) (10%) (21%) (13%) (10%) (32%) (29%) (34%)
3 30 25 15 34 37 21 29 26 24 31 23 14
(28%) (22%) (21%) (34%) (33%) (30%) (28%) (23%) (35%) (35%) (26%) (21%)
4 23 34 21 34 51 33 33 50 20 1 12 11
(22%) (31%) (29%) (34%) (46%) (46%) (32%) (45%) (30%) (1%) (14%) (17%)
Total 106 111 72 100 110 71 102 112 68 88 87 65
* (37%) (38%) (25%) (36%) (39%) (25%) (36%) (40%) (24%) (37%) (36%) (27%)
BD: Bem Diferenciado; MD: Moderadamente diferenciado; PD: Pouco Diferenciado.
* 8 casos não foram classificados para o receptor EP1 e para COX-2; 7 casos não foram classificados para os
receptores EP2 e EP3.
** Porcentagem sobre o número total de casos por gradação histológica.
A análise realizada através do heat map (Figura 5.6) mostrou clusters com os
que apresentaram um maior percentual de células positivas para os receptores EP1
e EP3, incluindo poucos casos positivos para EP2. Confirmando a correlação
62
anteriormente observada, não foram formados clusters com casos positivos para
COX-2.
1
4 ns
1
* ns
Grau de positividade
1
3 ns 1
ns
0
BD MD PD BD MD PD BD MD PD BD MD PD
Figura 5.8 - Distribuição dos casos de acordo com a gradação histológica de Broders e o percentual
de células positivas nos TMAs.
PGE2 dmPGE2
A
2.0 NOKSI 2.0
NOKSI
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
1.5 1.5 **
(fold increase)
(fold increase)
* **
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
B
2.0 2.0 HN13
HN13
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
1.5 ** * 1.5 **
(fold increase)
(fold increase)
*
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
C
2.0 HN12 2.0
HN12
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
1.5 1.5 *
(fold increase)
(fold increase)
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
D
2.0 2.0
OSCC3 OSCC3
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
1.5 **
1.5
(fold increase)
(fold increase)
*
*
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
Figura 5.9 - Indução da síntese de DNA pela PGE2 e dmPGE2 através de ensaio de Timidina tritiada,
A. Indução significativa da síntese de DNA pela dmPGE2 na linhagem NOK-SI; B.
indução significativa da síntese de DNA tanto pela PGE2 quanto pela dmPGE2 na
linhagem HN13; C. Indução significativa da síntese de DNA na linhagem HN12 apenas
pela dmPGE2; D. Indução significativa da síntese de DNA tanto pela PGE2 quanto pela
dmPGE2 na linhagem OSCC3. (*p<0,05; **p<0,01)
66
Butaprost Sulprostone
A 2.0 2.0
NOKSI NOKSI
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
** *
1.5 1.5
(fold increase)
(fold increase)
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
B 2.0 2.0
HN13 HN13
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
*
1.5 * 1.5
(fold increase)
(fold increase)
1.0 1.0
0.5 ** 0.5
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
C 2.0 2.0
HN12 HN12
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
1.5 * * 1.5
(fold increase)
(fold increase)
1.0 1.0
0.5 0.5
***
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
**
3
3
1.5 1.5
(fold increase)
*
(fold increase)
1.0 1.0
* 0.5
0.5 *
**
0.0 0.0
0 1 3 10 (µM) 0 1 3 10 (µM)
Figura 5.10 - Indução da síntese de DNA pelo agonista do receptor EP2 (Butaprost) e pelo agonista
do receptor EP3 (Sulprostone) através de ensaio de Timidina tritiada, A. Indução
significativa da síntese de DNA pelo Sulprostone na linhagem NOK-SI; B. indução
significativa da síntese de DNA pelos agonistas de mambos os receptores EP2 e EP3;
C. Indução significativa da síntese de DNA na linhagem HN12 pelo Butaprost; D.
Indução significativa da síntese de DNA pelo Sulprostone (EP3) e redução da síntese
pela açao do Butaprost (EP2) na linhagem OSCC3. (*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001)
67
Figura 5.11 - Avaliação da eficiência do siRNA para o receptor EP2. Observa-se discreta redução da
expressão do receptor nas linhagens HN13 e OSCC3, mas não nas linhagens NOK-
SI e HN12.
A análise dos resultados mostrou que para todas as quatro linhagens analisadas a
indução de síntese de DNA pela PGE2 sobre as células transfectadas com o
controle negativo foi o mesmo observado nas células não transfectadas, conforme
demonstrado nos gráficos da figura 5.12.
Apesar de ter sido observado aumento da síntese de DNA na linhagem
NOK-SI transfectada com siRNA para EP2, tal resultado não foi suficiente para
comprovar que nesta linhagem o receptor EP2 não está diretamente relacionado à
indução da proliferação de DNA. Nas linhagens HN13, HN12 e OSCC3 o siRNA
mostrou não interferir significativamente sobre a proliferação celular. Como mesmo
padrão observado nas células com controle negativo foi observado nas células com
siRNA, os resultados foram interpretados como não significativos, indicando que o
siRNA além de não reduzir significativamente a síntese protéica do receptor, não
interferiu na síntese de DNA.
5.5.3 Efeito do siRNA para o receptor EP2 sobre proteínas reguladas por proteínas G
A ação do siRNA sobre a expressão das proteínas Akt, ERK, c-Fos, c-Jun e
S6 foi analisada nas linhagens celulares NOK-SI e HN13. Conforme a figura 5.13,
não foram observadas alterações significativas sobre a expressão das proteínas
quando comparadas com as proteínas das células controle. O estímulo com
dmPGE2 também não provocou alterações significativas na expressão das proteínas
p-Akt, p-erk, fos, p-c-jun e p-S6 quando comparadas com as células não estimuladas
tanto nas células com siRNA quanto nas células controle.
69
NOKSI HN12
2.0 1.5
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
1.5 * *
(fold increase)
(fold increase)
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0 0.0
controle controle siRNA siRNA controle controle siRNA siRNA
negativo negativo EP2 EP2 negativo negativo EP2 EP2
si RNA si RNA si RNA si RNA
dmPGE2 - + - + dmPGE2 - + - +
HN13 OSCC3
1.5 2.0
Incorporação de timidina [ H]
Incorporação de timidina [ H]
3
3
1.5
(fold increase)
(fold increase)
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0 0.0
controle controle siRNA siRNA controle controle siRNA siRNA
negativo negativo EP2 EP2 negativo negativo EP2 EP2
si RNA si RNA si RNA si RNA
dmPGE2 - + - + dmPGE2 - + - +
Figura 5.12 - Avaliação dos efeitos biológicos do siRNA para o receptor EP2 sobre a síntese de DNA
nas linhagens NOK-SI, HN13, HN12 e OSCC3, estimuladas ou não com dmPGE2. Não
foram observadas alterações significativas sobre a síntese de DNA em nenhuma das
quatro linhagens
Figura 5.13 - Avaliação da ação do siRNA para o receptor EP2 na expressão de proteínas
relacionadas à via de sinalização das proteínas G nas linhagens NOK-SI e HN13.
Não foram observadas diferenças significativas na expressão das proteínas Akt, c-
Fos, c-Jun, Erk e S6 após os a interferência de RNA e após estímulo com dmPGE2
70
6 DISCUSSÃO
enquanto os receptores, nos casos mais agressivos. Tal fato é suportado pelo
achado de que não foi encontrada correlação entre os casos positivos para COX-2 e
os casos positivos para os receptores EP2 e EP3 (P>0,05). Somente foi observada
correlação entre os casos positivos para o receptor EP1 e a COX-2 (P<0,05), e entre
os três receptores entre si (p<0,05). Tal fato fica claro no heat map que não mostrou
a formação de clusters com a COX-2.
A PGE2 é secretada em maiores quantidades pelas células inflamatórias
presentes no microambiente tumoral, executando uma função parácrina sobre as
células tumorais (Greenhough et al., 2009; Wang et al., 2009). A expressão dos
receptores EP1, EP2 e EP3 em linhagens celulares sugere que a secreção de PGE2
pelas células tumorais também atue na ativação dos mesmos, executando função
autócrina. A mensuração da PGE2 secretada mostrou níveis elevados da mesma
nas linhagens HN13 e OSCC3, e baixos níveis na linhagem HN12. No entanto, todas
as três linhagens apresentaram os receptores expressos, sugerindo que a função
autócrina da PGE2 possa ocorrer somente em algumas lesões, ou que não esteja
relacionada ao processo de manutenção e proliferação tumoral. Além disso, não
deve ser descartada a hipótese de que esses receptores, embora expressos, não
estejam ativos.
A função parácrina da PGE2 foi analisada através da adição de PGE2
sintética às células em cultura, com a leitura final de sua influência no processo de
proliferação celular. As linhagens estudadas apresentaram um discreto, embora
significativo (p<0,05), aumento da proliferação quando estimuladas tanto com PGE2
quanto com dmPGE2, embora a PGE2 só tenha induzido a proliferação nas
linhagens HN13 e OSCC3, enquanto a dmPGE2 agiu sobre as três linhagens de
CECP (HN13, HN12 e OSCC3) e no queratinócito normal de boca imortalizado
(NOK-SI). Em 2006, Thomas et al. demonstraram que a PGE2 induzia a proliferação
celular em linhagens de CECP. Relataram ainda que essa indução é dependente do
EGFR (Thomas et al., 2006).
Para a indução da proliferação pela PGE2 é necessária a ativação um de
seus receptores (Dorsam; Gutkind, 2007). As linhagens de CECP utilizadas, HN13,
HN12 e OSCC3 possuem os receptores EP2 e EP3 constitutivamente expressos.
Desse modo para saber qual receptor realmente seria o responsável por estimular a
proliferação foram utilizados agonistas específicos para cada um deles. Foi
observada uma maior associação do receptor EP3 com o processo proliferativo nos
76
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS3
Banu SK, Lee J, Speights VO, Jr., Starzinski-Powitz A, Arosh JA. Selective inhibition
of prostaglandin E2 receptors EP2 and EP4 induces apoptosis of human
endometriotic cells through suppression of ERK1/2, AKT, NFkappaB, and beta-
catenin pathways and activation of intrinsic apoptotic mechanisms. Mol Endocrinol.
2009 Aug;23(8):1291-305.
Castellone MD, Teramoto H, Williams BO, Druey KM, Gutkind JS. Prostaglandin E2
promotes colon cancer cell growth through a Gs-axin-beta-catenin signaling axis.
Science. 2005 Dec 2;310(5753):1504-10.
Chan G, Boyle JO, Yang EK, Zhang F, Sacks PG, Shah JP, et al. Cyclooxygenase-2
expression is up-regulated in squamous cell carcinoma of the head and neck. Cancer
Res. 1999 Mar 1;59(5):991-4.
Curado MP, Hashibe M. Recent changes in the epidemiology of head and neck
cancer. Curr Opin Oncol. 2009 May;21(3):194-200.
3
De acordo com Estilo Vancouver. Abreviatura de periódicos segundo base de dados MEDLINE.
82
Davies L, Welch HG. Epidemiology of head and neck cancer in the United States.
Otolaryngol Head Neck Surg. 2006 Sep;135(3):451-7.
de Sousa SO, Mesquita RA, Pinto DS, Jr., Gutkind S. Immunolocalization of c-Fos
and c-Jun in human oral mucosa and in oral squamous cell carcinoma. J Oral Pathol
Med. 2002 Feb;31(2):78-81.
Dorsam RT, Gutkind JS. G-protein-coupled receptors and cancer. Nat Rev Cancer.
2007 Feb;7(2):79-94.
Eisen MB, Spellman PT, Brown PO, Botstein D. Cluster analysis and display of
genome-wide expression patterns. Proc Natl Acad Sci U S A. 1998 Dec
8;95(25):14863-8.
Greenhough A, Smartt HJ, Moore AE, Roberts HR, Williams AC, Paraskeva C, et al.
The COX-2/PGE2 pathway: key roles in the hallmarks of cancer and adaptation to
the tumour microenvironment. Carcinogenesis. 2009 Mar;30(3):377-86.
Haddad RI, Shin DM. Recent advances in head and neck cancer. N Engl J Med.
2008 Sep 11;359(11):1143-54.
through extracellular signal-regulated kinase 1/2 and p38 but is Src and nuclear
factor-kappa B independent. Eur J Oral Sci. 2009 Oct;117(5):528-35.
Husvik C, Khuu C, Bryne M, Halstensen TS. PGE2 production in oral cancer cell
lines is COX-2-dependent. J Dent Res. 2009 Feb;88(2):164-9.
Kundu JK, Surh YJ. Inflammation: gearing the journey to cancer. Mutat Res. 2008
Jul-Aug;659(1-2):15-30.
Kuo KT, Wang HW, Chou TY, Hsu WH, Hsu HS, Lin CH, et al. Prognostic role of
PGE2 receptor EP2 in esophageal squamous cell carcinoma. Ann Surg Oncol. 2009
Feb;16(2):352-60.
Liu JF, Zhang SW, Jamieson GG, Zhu GJ, Wu TC, Zhu TN, et al. The effects of a
COX-2 inhibitor meloxicam on squamous cell carcinoma of the esophagus in vivo. Int
J Cancer. 2008 Apr 1;122(7):1639-44.
Molinolo AA, Amornphimoltham P, Squarize CH, Castilho RM, Patel V, Gutkind JS.
Dysregulated molecular networks in head and neck carcinogenesis. Oral Oncol. 2009
Apr-May;45(4-5):324-34.
Saba NF, Choi M, Muller S, Shin HJ, Tighiouart M, Papadimitrakopoulou VA, et al.
Role of cyclooxygenase-2 in tumor progression and survival of head and neck
squamous cell carcinoma. Cancer Prev Res (Phila Pa). 2009 Sep;2(9):823-9.
Schuon R, Brieger J, Franke RL, Jakob R, Mann WJ. Increased PGE2 levels in
nonmalignant mucosa adjacent to squamous cell carcinoma of the head and neck.
ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2005;67(2):96-100.
Soland TM, Husvik C, Koppang HS, Boysen M, Sandvik L, Clausen OP, et al. A
study of phosphorylated ERK1/2 and COX-2 in early stage (T1-T2) oral squamous
cell carcinomas. J Oral Pathol Med. 2008 Oct;37(9):535-42.
Thomas SM, Bhola NE, Zhang Q, Contrucci SC, Wentzel AL, Freilino ML, et al.
Cross-talk between G protein-coupled receptor and epidermal growth factor receptor
signaling pathways contributes to growth and invasion of head and neck squamous
cell carcinoma. Cancer Res. 2006 Dec 15;66(24):11831-9.
Whiteside TL. Tricks tumors use to escape from immune control. Oral Oncol. 2009
Oct;45(10):e119-23.
Yu L, Wu WK, Li ZJ, Wong HP, Tai EK, Li HT, et al. E series of prostaglandin
receptor 2-mediated activation of extracellular signal-regulated kinase/activator
protein-1 signaling is required for the mitogenic action of prostaglandin E2 in
esophageal squamous-cell carcinoma. J Pharmacol Exp Ther. 2008 Oct;327(1):258-
67.
86