Lei de Composição Interna
Lei de Composição Interna
Lei de Composição Interna
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Basílio João Pedro Catonga
Valente Farahane.
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Índice
1.Introdução ..................................................................................................................................... 4
1.1.Objectivos .............................................................................................................................. 4
1.2.Metodologias ......................................................................................................................... 4
5. Conclusão .................................................................................................................................. 14
1.Introdução
O presente trabalho tem como tema lei de composição interna, dentro do mesmo, trata-se das suas
propriedades. Portanto, sendo elas como associativa, comutativa, elemento neutro, elementos
simetrizáveis e elementos regulares. E não só, veremos também parte fechada de uma operação.
Assim sendo, designamos uma operação sobre E e A um subconjunto não vazio de E. Dizemos
que A é parte fechada de E para operação ∗ se, 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐴 ⇒ 𝑥 ∗ 𝑦 ∈ 𝐴para quaisquer x, y ∈ A.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivos Gerais
1.1.2.Objectivos específicos
1.2.Metodologias
Para realização deste trabalho, recorreu-se a pesquisa bibliográfica como forma de concretização
culminou com suas referências bibliográficas.
5
2.1. Definição
Notação: Uma operação f sobre E associa a cada par (x, y) de E × E em elemento de E que será
denotado por x ∗ y. Assim, x ∗ y é uma forma de indicar f (x, y). Diremos também que E é um
conjunto munido da operação ∗. O elemento x ∗ y é chamado composto de x e y pela operação ∗.
(a) A aplicação 𝑓 ∶ 𝑁 × 𝑁 → 𝑁 tal que 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦, ou seja, f associa a cada par (𝑥, 𝑦) de
números naturais a sua soma 𝑥 + 𝑦. A aplicação f é conhecida como operação de adição sobre N.
A operação de adição pode ser estendida para 𝑍, 𝑄, 𝑅 𝑒 𝐶.
(b) A aplicação 𝑓 ∶ 𝑁 × 𝑁 → 𝑁 tal que 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 · 𝑦, ou seja, f associa a cada par (𝑥, 𝑦)
de números naturais o seu produto 𝑥 · 𝑦. A aplicação f é conhecida como operação de
multiplicação sobre N. A operação de multiplicação pode ser estendida para 𝑍, 𝑄, 𝑅 𝑒 𝐶.
(c) A aplicação ℎ ∶ 𝑃(𝐸) × 𝑃(𝐸) → 𝑃(𝐸), em que 𝑃(𝐸) indica o conjunto das partes de E, tal
que ℎ(𝑋, 𝑌 ) = 𝑋 ∩ 𝑌, ou seja, h associa a cada par de conjuntos (𝑋, 𝑌 ) a sua interseção 𝑋 ∩
𝑌. Essa aplicação é conhecida como operação de interseção sobre E.
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𝑥
(e) A aplicação 𝑓 ∶ 𝑄 ∗ × 𝑄 ∗ → 𝑄 ∗ tal que 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑦 , é operação de divisão sobre Q∗.
Observe que esta operação pode ser estendida para 𝑅 ∗ 𝑒 𝐶 ∗. Lembrando que:
𝑎 + 𝑏𝑖 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑥 − 𝑦𝑖 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + (𝑏𝑥 − 𝑎𝑦)𝑖
= ∙ =
𝑥 + 𝑦𝑖 𝑥 + 𝑦𝑖 𝑥 − 𝑦𝑖 𝑥2 + 𝑦2
Seja ∗ uma lei de composição interna em E. Esta lei pode apresentar as seguintes propriedades:
Propriedade associativa
Resolução:
𝒙 ∗ (𝒚 ∗ 𝒛) = (𝒙 ∗ 𝒚) ∗ 𝒛
𝑥∗𝑦 =𝑥∗𝑧
𝑥=𝑥
Propriedade Comutativa
𝒙 ∗ 𝒚 = 𝒚 ∗ 𝒙
√𝑥 2 +𝑦 2 = √𝑦 2 +𝑥 2
Elemento Neutro
Se existe 𝑒 ∈ 𝐸 tal que 𝑥 ∗ 𝑒 = 𝑥, para todo 𝑥 ∈ 𝐸, dizemos que 𝑒 é um elemento neutro à direita
para ∗.
𝑥∗𝑒=𝑥
𝑥 + 𝑒 + 𝑥𝑒 = 𝑥
𝑒 + 𝑥𝑒 = 𝑥 − 𝑥
𝑒 + 𝑥𝑒 = 0
𝑒(1 + 𝑥) = 0
0
𝑒=
1+𝑥
𝑒=0
Por outro lado a operação 𝒙 ∗ 𝒚 = 𝒙 + 𝒚 + 𝒙𝒚 nos conjuntos dos números inteiros não admite
elemento neutro, de fato:
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Proposição
Demostração
De onde, 𝑒 ′ = 𝑒.
Elementos simetrizáveis
Definição
Seja ∗ uma operação sobre E que tem elemento neutro e. Dizemos que x ∈ E é um elemento
simetrizável para esta operação se existir x′ ∈ E tal que:
𝑥′ ∗ 𝑥 = 𝑒 = 𝑥 ∗ 𝑥′
Notação: Se ∗ é uma operação sobre E com elemento neutro e, então indica-se por U ∗ (E) o
conjunto dos elementos simetrizáveis de E para a operação ∗.
𝑥′ ∗ 𝑥 = 𝑒
𝑥 ′ + 𝑥 + 𝑥𝑥 ′ = 0
𝑥 ′ + 𝑥𝑥 ′ = 𝑥
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𝑥 ′ (1 + 𝑥) = 𝑥
𝑥
𝑥′ =
1+𝑥
Proposição:
Demostração:
𝑥 ′ = 𝑒 ∗ 𝑥 ′ = (𝑥 ′′ ∗ 𝑥) ∗ 𝑥 ′ = 𝑥 ′′ ∗ (𝑥 ∗ 𝑥 ′ ) = 𝑥 ′′ ∗ 𝑒 = 𝑥 ′′
𝑥′ ∗ 𝑥 = 𝑒 = 𝑥 ∗ 𝑥′
(i) (𝑦 ′ ∗ 𝑥′) ∗ (𝑥 ∗ 𝑦) = 𝑒
(ii) (𝑥 ∗ 𝑦) ∗ (𝑦 ′ ∗ 𝑥 ′ ) = 𝑒
De facto temos:
(ii) Analogamente.
Se ∗ é uma operação sobre 𝐸 com elemento neutro 𝑒, indica-se por ∪∗ (𝐸) o conjunto dos
elementos simetrizáveis de 𝐸 para a operação ∗.
∪∗ (𝐸) = {𝑥 ∈ 𝐸|∃𝑥 ′ ∈ 𝐸: 𝑥 ′ ∗ 𝑥 = 𝑒 = 𝑥 ∗ 𝑥′
Elementos regulares
Definição
Notação: Se ∗ é uma operação sobre E, indica-se por R∗ (E) o conjunto dos elementos regulares
de E para a operação ∗.
𝑥∗𝑎 =𝑦∗𝑎
𝑥 + 𝑎 + 2𝑥𝑎 = 𝑦 + 𝑎 + 2𝑦𝑎
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2𝑥𝑎 − 2𝑦𝑎 + 𝑎 − 𝑎 + 𝑥 − 𝑦 = 2𝑎
(𝑥 − 𝑦) + (𝑥 − 𝑦) = 0
(𝑥 − 𝑦)(2𝑎 + 1) = 0
(𝑥 − 𝑦) = 0 ∨ (2𝑎 + 1) = 0
1
𝑥=𝑦 𝑉𝑎=−
2
𝟏
Todos os elementos do conjunto ℝ – {– 𝟐} são regulares para a operação 𝒙 ∗ 𝒚 = 𝒙 + 𝒚 +
𝟏 𝟏
Assim, ℝ ∗ (ℝ – {– 𝟐}) = ℝ – {– 𝟐}, onde U* representa o conjunto dos elementos regulares.
Proposição
Demostração:
Sendo ∗ uma operação sobre E, indica-se com 𝑅 ∗ (𝐸) o conjunto dos elementos regulares de E
para a operação ∗.
Propriedade distributiva
Resolução:
𝒙 △ (𝒚 ∗ 𝒛) = (𝒙 △ 𝒚) ∗ (𝒙 △ 𝒛)
(𝑎, 𝑏) △ [(𝑐, 𝑑) ∗ (𝑒, 𝑓)] = [(𝑎, 𝑏) △ (𝑐, 𝑑)] ∗ [(𝑎, 𝑏) △ (𝑎, 𝑏) △ (𝑒, 𝑓)
(𝒚 ∗ 𝒛) △ 𝒙 = (𝒚 △ 𝒙) ∗ (𝒛 △ 𝒙)
Segundo Elisandra Figueiredo, sejam ∗ uma operação sobre E e A um subconjunto não vazio de
E. Dizemos que A é parte fechada de E para operação ∗ se, 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐴 ⇒ 𝑥 ∗ 𝑦 ∈ 𝐴para
quaisquer x, y ∈ A.
Exemplo: O conjunto ℕ ≠ ∅, ℕ ⊂ ℤ e 𝑥 ∈ ℕ 𝑒 𝑦 ∈ ℕ ⇒ 𝑥 + 𝑦 ∈ ℕ, 𝑥 ∈ ℕ 𝑒 𝑦 ∈ ℕ ⇒ 𝑥 ∙ 𝑦 ∈
ℕ, quaisquer que sejam 𝑥, 𝑦 ∈ ℕ.
Resolução:
1 2 3 4
1 1 1 1 1
2 1 2 1 2
3 1 1 3 1
4 1 2 1 4
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5. Conclusão
Chegado na parte final do presente trabalho que tem como tema lei de composição interna,
conclui-se que para efectuar as operações, devem ser seguidas as propriedades propostas no
presente trabalho. Deste modo, uma operação interna em A ou apenas operação em A, toda
aplicação 𝑓: 𝐴𝑥𝐴 → 𝐴 do produto cartesiano AxA em A. Portanto, uma operação f em A faz
corresponder a todo par ordenado (𝑥, 𝑦) de AxA um único elemento 𝑓[(𝑥, 𝑦)] = 𝑥 ∗ 𝑦 (lê-se: "x
estrela y") de A. Neste caso, diremos também que A é um conjunto munido da operação *.
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6. Referencias Bibliográficas