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    Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III - Aula 7

    Enviado por

    David M Sampaio
    Este documento discute os direitos à inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem segundo o artigo 5o, X da Constituição, bem como a inviolabilidade domiciliar no artigo 5o, XI e o sigilo da correspondência e comunicações no artigo 5o, XII. Inclui notas sobre jurisprudência do STF nesses temas.

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    DIREITO CONSTITUCIONAL

    Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III


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    DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS III

    INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA


    IMAGEM (ART. 5º, X)

    Art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pes-
    soas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
    sua violação;

    Obs.: o “ou” do artigo acima é aditivo, pois a indenização pode ser pelos dois danos.

    INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI)

    O PULO DO GATO
    O artigo abaixo é muito cobrado em provas, principalmente na carreira policial.

    Obs.: o conceito de casa no artigo abrange também quartos de hotel, escritórios de advo-
    gados etc., não apenas a residência do indivíduo. A inviolabilidade domiciliar não é
    um direito em si mesmo, mas sim uma garantia (caráter instrumental de proteger a
    privacidade de quem está lá dentro).
    5m

    Art. 5º, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
    consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para pres-
    tar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

    Obs.: entende-se o dia a partir de dois critérios, sendo o primeiro cronológico que determi-
    na que dia é das seis até as dezoito horas, e o segundo astronômico que determina
    que o dia vai da aurora ao crepúsculo (do nascer ao pôr do sol).
    10m
    ANOTAÇÕES

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    Mapa mental:

    Obs.: em algumas situações, o Supremo entende que prevalece a Segurança Pública em


    detrimento da inviolabilidade domiciliar, de maneira que a prova produzida a noite é
    considerada lícita.
    15m

    O STF admitiu a entrada de policiais em escritório de advocacia durante à noite para


    colocação de escutas ambientais, em cumprimento a ordem judicial. Entendeu a Corte que
    a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio – como é o caso dos escritórios de
    advocacia – é relativa. Asseverou, ademais, que a garantia da inviolabilidade não serve nos
    casos em que o próprio advogado é acusado do crime, ou seja, a inviolabilidade (garantida
    pela Constituição) não pode transformar o escritório em reduto do crime.

    Obs.: é possível sim reivindicar a inviolabilidade domiciliar em face do proprietário do imó-


    vel, uma vez que o locatário exerce sua privacidade dentro daquele espaço.
    20m

    Tratando-se de uma diligência complexa, ela terá provas consideradas lícitas ainda que
    adentre o período noturno. O que interessa é o início da diligência, desde que haja justificativa.
    ANOTAÇÕES

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    SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA E DAS COMUNICAÇÕES (ART. 5º, XII)

    Art. 5º, XII: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,


    de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
    hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
    processual penal;

    Obs.: como regra, os direitos são relativos.


    25m

    Mapa mental:

    Obs.: muito embora a Constituição relativize apenas as comunicações telefônicas, os de-


    mais direitos também são relativos.

    A finalidade de uma interceptação das comunicações telefônicas é uma investigação cri-


    minal, e por isso precisa de um juiz com competência criminal, ainda que a prova possa ser
    levada para outros juízes.
    30m

    �Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
    preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.
    A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
    ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
    siva deste material.

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