Manual de Comunicação para Serviços Veterianários
Manual de Comunicação para Serviços Veterianários
Manual de Comunicação para Serviços Veterianários
de Comunicação para
os Serviços Veterinários
Em colaboração com
Organização Mundial de Saúde – OMS
Sede da OMS
Escritório do Diretor-Geral do Departamento de Comunicação
Guia do Usuário 9
Agradecimentos 123
Introdução
Os Serviços Veterinários e seus interlocutores desempenham
um papel crucial na proteção da sanidade e bem-estar animal.
Diariamente controlam, detectam, notificam e atuam com rapidez
diante de focos de doenças dos animais. Da mesma forma,
elaboram e colocam em prática medidas relacionadas à proteção
da sanidade e bem-estar dos animais, e redigem e emitem
certificados veterinários internacionais.
5
Recomenda-se aos Delegados Nacionais dos Países Membros da
OIE a nomear pontos focais para a comunicação. A OIE realiza
seminários regionais para os pontos focais nacionais com o objetivo
de que reforcem suas competências e capacidades de comunicação,
bem como para oferecer-lhes a oportunidade de criar uma rede de
contatos. Essa publicação é uma ferramenta a mais da OIE para
continuar melhorando as capacidades de comunicação dos Serviços
Veterinários.
Bernard VALLAT
Diretor Geral da Organização
Mundial de Saúde Animal - OIE
7
Guia do usuário
Obrigado por dispor seu tempo para ler esse manual. Nele você
encontrará material que ajudará a se comunicar melhor no âmbito
da saúde e do bem-estar animal. Cada capítulo contém:
9
SEÇÃO A
COMO PLANEJAR
A COMUNICAÇÃO
11
Atividade 1
A SOCO e o
PONTO CENTRAL
Notas da Atividade 1:
A SOCO
e o PONTO CENTRAL
1. Sobre o que é essa atividade?
A habilidade mais importante de um bom comunicador é ter
uma compreensão clara da mudança que se quer efetuar,
independentemente do que diga ou da forma como diga. Nessa
atividade se apresentam os dois conselhos básicos para que a
comunicação seja eficaz: definir a mensagem sobre o resultado de
minha comunicação ou a transformação que desejo ver (SOCO,
por sua sigla em Inglês: Single Overarching Communications
Outcome) e ir ao ponto imediatamente.
2. Objetivos da aprendizagem
Ao terminar a atividade, os participantes deverão ser capazes
de:
3. Passos e orientações
3.1 O resultado de minha comunicação ou a transformação
que desejo ver (SOCO)
16
Passo 1: Qual é o ponto central?
Vejamos um exemplo:
SOCO
17
Passo 4 Qual é a mudança Se é a opção 1: Que os produtores
que se quer alcançar deixem de comprar e administrar
no público-alvo antibióticos sem a supervisão de um
como resultado da veterinário e que respeitem rigorosamente
comunicação? (Este a prescrição veterinária, sobre tudo
é sua SOCO.) os períodos de carência aplicáveis aos
animais de produção.
Uma vez que se tenha claro a SOCO, você saberá para onde vai
ou qual a sua meta. Uma vez que saiba qual a sua meta, deve-se
chegar lá com a maior rapidez possível. Aqui está o porquê:
18
de pertinência e importância para os destinatários. Graficamente,
daríamos volta ao triângulo do qual falamos antes, de forma tal
que o ápice fique acima. Ir ao PONTO CENTRAL é um conselho
básico, lógico e essencial para a comunicação.
19
Folha de exercício #1: A SOCO
A Ação Que Desejo Ver
Proposta
20
O que não é uma boa SOCO:
Exemplos:
Meu público-alvo esteja (VERBO) para fazer (VERBO). -OU- Meu público-alvo
(VERB).
X Y Z X Y
-OU-
21
Notas :
Notas :
Atividade 2
O público-alvo
Notas da Atividade 2:
O PÚBLICO-ALVO
1. Sobre o que é essa atividade?
Nessa atividade se aborda o tema mais importante e susceptível
de ação de toda a comunicação: o público-alvo. Veremos a forma
como determinar o público e como ele presta atenção às suas
mensagens. Consideraremos os resultados das investigações
em neurociências e a teoria da aprendizagem dos adultos para
compreender a melhor maneira em que as pessoas escutam,
prestam atenção, recordam e inclusive mudam seu comportamento.
2. Objetivos da aprendizagem
Ao terminar a atividade, os participantes deverão ser capazes
de:
→ explicar porque a comunicação multissensorial é importante para
uma comunicação eficaz;
→ descrever ao menos três métodos de aprendizagem dos adultos
que podem melhorar a compreensão e a retenção; e
→ fazer uma análise dos interessados diretos e estabelecer opções
estratégicas para selecionar o público-alvo.
3. Passos e orientações
3.1 Como determinar o público-alvo, captarsua atenção
e convencê-lo de que participe da ação que se quer alcançar?
3. Quando temos que fazer algo, ainda que seja uma ligação
telefônica, consultar um sítio web, estar atento, etc.,
tende-se a lembrar-se mais as mensagens.
28
se possível. Por exemplo, apresente uma ideia e ofereça a
possibilidade de fazer perguntas ou de refletir antes de
passar a ideia seguinte.
29
› pode mudar com o tempo; e
30
4. Principais mensagens da atividade
1. Reserve tempo para analisar os distintos públicos-alvo
DEPOIS de ter definido a SOCO e ANTES de começar a
elaborar as mensagens.
31
Folha de exercícios # 2:
Análise do público-alvo e
das partes interessadas
Muita
energia
Bloqueadores Campeões
(Resistência ativa) (Defensores ativos)
Energia investida
Sem energia
ou ação
32
Folha de exercício # 2 continuação:
Análise do público-alvo e
das partes interessadas e as
estratégias de comunicação
→ Deixar
que defendam
sua causa
33
Compartilha Energia Estratégias de
com seu investida Comunicação
objetivo
→ Se forem influentes o
suficiente: confrontar
→ Contra-atacar expondo
fatos e recrute os
defensores.
34
Notas :
Atividade 3:
A COMUNICAÇÃO
DE RISCO
Notas da Atividade 3:
A COMUNICAÇÃO DE RISCOS
2. Objetivos da aprendizagem
Ao terminar a atividade, os participantes deverão ser capazes
de:
3. Passos e orientações
3.1 Percepção do risco
Nos setores da saúde animal e da saúde pública, o risco pode ser considerado
como a probabilidade de que algo de mal ocorra quando as pessoas ou os
animais estejam expostos a um perigo (algo que pode ocasionar um dano
físico ou econômico, como uma doença contagiosa). A magnitude do risco
está diretamente relacionada com a magnitude do perigo, o grau de exposição
ao perigo e o grau de vulnerabilidade das pessoas expostas ao perigo. Mas
os especialistas e as pessoas “em risco” não necessariamente percebem o
risco da mesma maneira.
39
→ Para os especialistas, o risco está diretamente relacionado com a
natureza e a magnitude do PERIGO.
→ Imposto voluntariamente;
→ Incontrolável;
→ Exótico ou pouco conhecido;
→ Produzido pelo homem;
→ Irreversível;
→ Desastroso em escala (independentemente da probabilidade);
→ Injustamente distribuído;
→ Perigoso para as crianças e as gerações futuras; e
→ Pouco compreendido.
O propósito dos responsáveis da comunicação é fechar essa
lacuna entre a forma que os especialistas definem o risco e a
forma que o público o percebe. Então:
1
Esse material foi adaptado do trabalho realizado por Peter Sandman e Vicent Covello e pela OMS
40
Muitos especialistas acreditam erroneamente que se somos
transparentes e exatos, o risco pode ser bem comunicado.
Entretanto, ainda que a informação técnica (fatos e números
necessários para respaldar mensagens decisivas) seja crucial e
essencial para a comunicação de risco, não é suficiente:
→ a magnitude do perigo; e
41
Indignação/Medo
Apatia
Metas:
→ Vigiar a comunicação para detectar e abordar a indignação de
imediato (antes de que a situação passe ao gerenciamento da
indignação).
→ Manter a participação do público e os interessados diretos nos
projetos em andamento.
Notas:
42
→ Deve-se entender que é pouco provável que se alcancem mudanças
importantes por si mesmo..
Exemplos:
Metas:
→ Estimular a reação emocional e a indignação do público a fim de
que chegue a ter o mesmo grau de preocupação que você (mas
não maior) e decida agir.
Notas:
→ Essa é a ÚNICA situação na qual você quer que a indignação
do público aumente, mas deve parar quando alcance o grau de
preocupação do especialista.
→ Tenha cuidado em não exagerar. Não use táticas alarmistas. Seja
franco e transparente.
→ Provoque as pessoas a agir para evitar crises secundárias
ocasionadas por este risco.
→ Difunda mensagens baseadas em provas científicas sólidas e com
uma linguagem que todos possam compreender.
43
Às vezes, os problemas de saúde animal que os Serviços
Veterinários devem abordar representam uma ameaça grave,
mas seu público-alvo não está comprometido emocionalmente de
maneira suficiente como para fazer caso de seus conselhos.
Exemplos:
→ Comunicações a respeito da identificação dos animais, as medidas
de biossegurança das propriedades, etc.
→ As pessoas não conhecem a nova ameaça: o risco de que aves
silvestres transmitam influenza aviária. Necessitam informação
para compreender a magnitude do risco e saber que medidas tomar
para proteger suas aves e proteger-se.
→ As taxas de vacinação antirrábica são baixas nos países
desenvolvidos. As pessoas não são conscientes de até que ponto
a vacinação canina, tanto de cães domésticos como de cães
errantes, poderia eliminar essa doença letal que segue matando
a dezenas de milhares de pessoas todos os anos, a maioria de
crianças, lamentavelmente.
Estratégia 3. Manejo da indignação: Quando o perigo é baixo
(ou não constituem um perigo real) mas as pessoas estão muito
indignadas ou chateadas ou as respostas das pessoas são
desproporcionais com o risco real.
Metas:
→ Tranquilizar o público de maneira respeitosa e racional.
› Antes de qualquer coisa, dê ouvidos às preocupações do
público.
› Peça desculpas se a sua organização for responsável por
qualquer erro.
→ Comunicar os fatos e as evidências; reconhecer respeitosamente
a raiva e o medo da população.
› Explique o perigo real.
44
› Corrija a informação incorreta.
Notas:
Metas:
45
→ Modificar o comportamento.
› Aborde as emoções.
› Mostre empatia.
Notas:
46
Exemplos:
47
Folha de exercício # 3:
A comunicação de risco
Qual é a percepção do público?
Estão reagindo emocionalmente, estão preocupados ou não
demostram interesse ou apatia sobre o problema? Localize-os
no gráfico seguinte.
SOCO:
PÚBLICO-ALVO:
Indignação/Medo
Apatia
48
Folha de exercício # 3 continuação:
A comunicação de risco
Aplicação de estratégias de comunicação de riscos
Estratégia de Perigo X Exemplos de Gerenciamento Mensagem Ação necessária
comunicação indignação perigos (reais da indignação principal
(preocupação) ou percebidos) (preocupação)
Comunicação → Perigo alto. → Desastre natural. → Manter um grau → Estamos todos → Comunique-se
de crise1 → Alta indignação. → Foco de uma de indignação juntos nisto. imediatamente e de
doença. elevado a fim de forma proativa.
que as pessoas → Explique o que está
→ Contaminação se mantenham
dos alimentos. acontecendo.
alerta e
→ Contaminação motivada a atuar → Diga claramente o que
dos produtos de sabe e o que não sabe.
origem animal (real
ou suspeita).
Educação → Perigo baixo → Deficiência de → Nenhuma ação → Mantenha-se → Faça uma pesquisa
em saúde e ou mediano, ou micronutrientes. vigilante de comunicação o
vigilância dos não iminente. mais rapidamente
interessados → Campanhas
→ Indignação contra parasitos possível.
diretos2
baixa ou → Identifique
nenhuma precocemente os
(apatia). possíveis motivos
de preocupação
53
Atividade 4
Os 7 Cs
da comunicação
nos Serviços
Veterinários
Notas da Atividade 4:
Os 7 Cs da comunicação
nos Serviços Veterinários
1. Sobre o que é essa atividade?
Nessa atividade se apresenta uma lista de verificação útil para
garantir que as comunicações em saúde e bem-estar animal
assim como seus produtos sigam nossas boas práticas.
2. Objetivos da aprendizagem
Ao final dessa atividade, os participantes devem ser capazes de:
3. Passos e orientações
Os bons materiais ou produtos de comunicação no ambito de
saúde e bem estar animal cumprem os critérios a seguir:
1. Chamar a atenção:
Os produtos de comunicação eficazes chamam a atenção.
Nós fazemos isto para focar no ponto o mais rapidamente usando
argumentos convincentes, fatos e imagens que causem emoção.
4. Ser consistente:
Devemos ser consistentes em todo o nosso conteúdo,
incluindo números, fatos e chamados à ação. Deve haver
uniformidade ao longo do tempo (a menos que nossa
comunicação seja sobre uma mudança no conhecimento ou
nos conselhos que o Serviço Veterinário oferece), assim como
em todas as partes do seu serviço. A falta de consistência
prejudica nossa reputação, credibilidade, assim como nossa
capacidade de fazer o nosso trabalho, mesmo quando em
outras áreas.
6. Criar confiança:
Usando conteúdo técnico sólido, respeitando os valores do
público, a credibilidade dos serviços veterinários e a do porta-
voz, usando expressões de cuidado que evocam confiança.
7. Conclamar à ação:
Para induzir a mudança de comportamento desejada, as
comunicações DEVEM ter um apelo à ação. Isto poderia ser: lave
as mãos, identifique seus rebanhos, vacine seus cães, chame um
Veterinário, visite um site, etc.
Essas dicas se aplicam a todas as comunicações, posteres,
folhetos, cartazes, vídeos, entrevistas, etc.
58
4. Principais mensagens da atividade
1. Os 7 Cs nos ajudam a garantir que Nossas mensagens de
saúde e bem-estar animal sejam eficazes.
59
Folha de exercício # 4:
Os 7 Cs da comunicação
Folha de avaliação dos 7 Cs da comunicação
Antes de enviar uma mensagem, verbal ou por escrito, gaste
um minuto para pensar sobre os pontos que você quer abordar.
Usou os sete elementos fundamentais em sua mensagem?
Use essa avaliação como um guia para criar uma mensagem que
seja clara, que leve a uma ação e mais importante, que as pessoas
escutem.
Tipo de material:
Assunto:
SOCO:
Público-alvo:
60
Os 7 Cs Descrição N° Parcialmente Completamente
61
Notas :
Notas :
Atividade 5
A narrativa
e os pontos
para debate
Notas da Atividade #5:
A narrativa e os
pontos para debate
1. Sobre o que é essa atividade?
Essa atividade ajuda você a desenvolver "pontos para debate" e criar
uma narrativa para sua entrevista ou conversa.
2. Objetivos da aprendizagem
No final dessa atividade, os participantes deverão ser capazes de:
3. Passos e orientações
3.1 Antes de desenvolver uma narrativa e preparar pontos de debate
Conforme discutido na Seção 2, você deve conhecer seu público antes de tentar
se comunicar com ele. Na maioria das vezes, o objetivo de sua comunicação é a
atitude que você quer que seja adotada pelo seu público-alvo - é isto que deve
ser a definição da SOCO. Porém, antes das pessoas agirem, elas geralmente
passam por etapas internas. Entender como as pessoas tomam decisões para
então agir é uma parte fundamental do processo de comunicação. As pessoas
geralmente estão em um dos quatro passos seguintes na escada de decisão:
A: Ação
C: Convicção
C: Compreenção
C: Concientização
67
Seu objetivo final é que seu público chegue ao último degrau – a Ação.
Porém, dependendo de onde as pessoas estão na escada da decisão, sua
meta intermediária é simplesmente que o seu público possa dar o próximo
passo. Seu público só pode subir a escada um degrau de cada vez.
68
Pontos de debate ajudam a focar no conteúdo da comunicação no seu
“O QUÊ”.
1. Tenha uma SOCO, a ação que você quer ver como resultado
da sua mensagem.
› exemplos concretos, ou
› fatos, ou
› estatísticas.
69
Nota:
70
4. Principais mensagens da atividade
71
Folha de exercícios # 5:
Modelo para os
pontos de debate
Autor:
Data e hora:
Aprovado por:
Público-alvo principal:
72
O problema: ponto de debate #1:
› Argumento de apoio:
› Argumento de apoio:
› Argumento de apoio:
73
Notas :
Notas :
SEÇÃO C
COMO TRABALHAR
COM OS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO
77
Atividade 6
Ferramentas para os
Porta-vozes que
interagem com
os meios de
comunicação
Notas da atividade #6:
Ferramentas para os porta-vozes que
interagem com os meios de Comunicação
2. Objetivos da aprendizagem
No final dessa atividade, os participantes serão capazes de:
3. 3. Passos e orientações
3.1 O porta-voz
O papel do porta-voz dos Serviços Veterinários é comunicar informações
que a população quer ou precisa para prevenir e reduzir o risco,
disseminação de doenças ou mortes de animais. O porta-voz pode dar
vida ao serviço por meio da construção de confiança e credibilidade
para os Serviços Veterinários e construir o apoio para a resposta à
saúde e o bem-estar animal. Muitas vezes, os serviços veterinários
serão solicitados pelos meios de comunicação para comentar sobre
novas doenças zoonóticas que afetam as pessoas. Ao se preparar como
porta-voz dos Serviços Veterinários, tenha em mente as seguintes
dicas de orientação.
81
A. Lembre-se, ninguém nasce como bom porta-voz, eles são
preparados
Eles:
→ estão preparados;
82
C. Siga as dicas essenciais de comunicação
Dicas básicas de comunicação se aplicam a todos os porta-vozes,
independentemente de sua habilidade. Aplicando as seguintes
dicas essenciais de comunicação irá ajudá-lo a criar as três
mensagens principais, encontrar histórias, ilustrações, provas
dos fatos ou exemplos e sustentar sua mensagem.
1. Chamar a atenção.
3. Comunicar um benefício.
5. Ser consistente.
6. Fomente a confiança.
83
3.2 A entrevista
A. As entrevistas aos meios de comunicação são úteis para a
saúde pública e animal
Entrevistas aos meios de comunicação proporcionam valiosas
oportunidades para o Serviços Veterinários. São maneiras
rentáveis de alcançar nosso público para destacar os problemas
da saúde e bem-estar animal e, fomentar os vínculos com a saúde
pública. Nos ajudam na participação do público-alvo decisivo
nas soluções e a ações. Quando bem feitas, elas aumentam
a confiança nos serviços públicos, o que é essencial para os
serviços veterinários e para o trabalho global.
84
→ Esteja sempre preparado; inclusive para as entrevistas difíceis
com os meios de comunicação.
→ O interruptor…
→ Fazendo a ponte
Muitas vezes lhe farão perguntas que não levam aos pontos que
deseja transmitir ou que você não gostaria de responder. Você
pode usar a técnica das “pontes” para transformar a pergunta
nos seus pontos principais. Aqui estão algumas técnicas de
ligação para ajudá-lo a retornar com segurança à sua mensagem
principal:
› " É assim que costumava ser ... agora fazemos assim ... "
→ Usando o gancho
→ Enumerando os pontos
87
4. Principais mensagens da atividade
1. Entrevistas para os meios de comunicação são muito eficazes
para o trabalho de saúde pública e animal e para fortalecer a
confiança no serviço.
88
Folha de exercícios #6:
Frases para construir
sua ponte de segurança
(sua SOCO)
Táticas dos jornalistas e técnicas para os porta-vozes
89
Folha de exercícios #6 (continuação):
Frases para construir sua
ponte de segurança (sua SOCO)
Táticas dos jornalistas e técnicas para os porta-vozes (continuação)
90
Uso de técnicas de ponte pelo porta-vozes e exemplos
“Fazer o gancho” deixa um gostinho "Você ficaria surpreso com o que nossa
Gancho no final de uma declaração para que o pesquisa encontrou ..."
repórter queira fazer uma pergunta de "Há três coisas que descobrimos que
seguimento. são particularmente importantes ..."
Quando você tem uma mensagem “Há três coisas que um agricultor
complexa para transmitir em uma que enfrenta mortes inexplicáveis
entrevista de rádio e TV, você em seus rebanhos, devem saber:
pode prolongar cuidadosamente 1) isolar os animais mortos
Enumerando o seu ponto central, enumerando do resto do rebanho,
suas ideias. Isto dificulta cortes
durante a edição da matéria. 2) lavar as mãos e trocar de roupa,
antes de manejar os outros animais,
3) contate seu veterinário o
91
mais rápido possível. ”
Notas :
Notas :
Atividade 7
Dicas para lidar
com os meios
de comunicação
Notas da Atividade # 7:
Dicas para lidar com os
meios de comunicação
1. Sobre o que é essa atividade?
Essa atividade descreve dicas, ferramentas e conselhos para
lidar de modo eficaz com os meios de comunicação.
2. Objetivos da aprendizagem
Ao terminar essa atividade, os participantes deverão ser capazes
de:
3. Passos e orientação
3.1 Prepare-se
97
C. Lembre-se das 10 regras de ouro
98
B. O que os repórteres querem
Repórteres querem:
→ números, números, números ... (que sejam "atuais" e "confiáveis")
→ novidades
→ coisas inesperadas, surpreendentes ou contra a "tendência"
→ que suas ligações sejam atendidas prontamente
→ acesso a um especialista ou porta-voz que "chegue ao ponto"
→ material no idioma local
→ frases de efeito, boas análises e informações atuais
→ vídeos, fotos e imagens
→ tratamento respeitoso
→ histórias de interesse humano.
99
3.3 Prepare uma frase de efeito
Uma maneira de trabalhar com os meios de comunicação é garantir uma
mensagem clara e preparar uma frase de efeito. Uma frase de efeito deve
ser uma frase curta, focada e clara que seja fácil de repetir e memorizável
quando ouvida.
Criando uma frase de efeito ajudará a focar sua mensagem e alcançar seu
público-alvo. Essas frases:
› 27 palavras,
› 9 segundos,
› 3 mensagens;
100
4. Mensagens principais da atividade
1. A única maneira de melhorar suas habilidades com os meios
de comunicação é preparar, ensaiar e obter um retorno
honesto.
101
Folha de exercícios #7:
Minha frase de efeito
Passo 1: Revise a planilha #5, seus pontos de debate
Passo 2: Use a Regra 27/9/3: 27 palavras; 9 segundos; 3 mensagens
Passo 3: Fale em voz alta, receba um retorno e refine
102
Notas :
SEÇÃO D
AS NORMAS DE
COMUNICAÇÃO
DA OIE
105
Atividade 8
Código Sanitário
dos Animais
Terrestres
Documento de referência:
Capítulo 3.3. do
Código Sanitário dos
Animais Terrestres
Artigo 3.3.1.
Considerações gerais
Em geral, a comunicação implica na troca de informações entre indivíduos,
instituições e entre o público em geral com a finalidade de informar, orientar
e motivar ações. A aplicação da ciência e técnica de comunicação envolve a
modulação de mensagens de acordo com situações, objetivos e públicos-alvo.
109
Artigo 3.3.2.
Princípios da comunicação
1. Os Serviços Veterinários devem ter autoridade e capacidade para se
comunicar sobre assuntos dentro de sua competência.
Artigo 3.3.3.
Definições
Comunicação: significa a ciência de informar, orientar e motivar pessoas,
instituições e público em geral, de preferência com base em trocas interativas,
sobre qualquer assunto sob a competência dos Serviços Veterinários.
110
Crise: significa uma situação de grande ameaça, dificuldade ou incerteza
quando questões sob a competência dos Serviços Veterinários exigem ação
imediata.
Artigo 3.3.4.
Sistema de Comunicação
Além dos Princípios de Comunicação, os seguintes elementos devem
ser usados em conjunto com o Capítulo 3.1, ao planejar, implementar e
avaliar um sistema de comunicação:
1. Organograma
2. Recursos Humanos
111
4. Gestão do sistema de comunicação
112
Os principais resultados na implementação efetiva de um plano
estratégico de comunicação são o aumento do conhecimento
e conscientização dos problemas pelo público e pelas
partes interessadas, maior compreensão do papel dos
Serviços Veterinários, maior visibilidade e maior confiança
e credibilidade nos Serviços Veterinários. Estes irão
melhorar a compreensão ou aceitação de decisões políticas
e consequentemente mudança de percepção, atitude ou
comportamento.
113
Atividade 9
Código Sanitário
dos Animais
Aquáticos
Documento de referência:
Capítulo 3.2. do Código Sanitário
dos Animais Aquáticos
Artigo 3.2.1.
Considerações gerais
Em geral, a comunicação implica na troca de informações entre
indivíduos, instituições, ou entre o público em geral para fins de
informar, orientar e motivar a ação. A aplicação da ciência e técnicas
de comunicação envolve a modulação de mensagens de acordo com
situações, objetivos e públicos-alvo.
117
Artigo 3.2.2.
Princípios da comunicação
1. Os Serviços de Saúde dos Animais Aquáticos devem ter autoridade e
capacidade para comunicar sobre assuntos dentro do seu mandato.
Artigo 3.2.3.
Definições
Comunicação: significa a disciplina de informar, orientar e motivar grupos
individuais, institucionais e públicos, preferencialmente com base em trocas
interativas, sobre qualquer assunto sob a competência dos Serviços de
Saúde dos Animais Aquáticos.
118
Crise: significa uma situação de grande ameaça, dificuldade ou incerteza
quando questões sob a responsabilidade dos Serviços de Saúde de Animais
Aquáticos exigem ação imediata.
Artigo 3.2.4.
Sistema de Comunicação
Além dos princípios de comunicação, os seguintes elementos devem
ser usados em conjunto com o Capítulo 3.1., ao planejar, implementar
e avaliar um sistema de comunicação:
2. Recursos Humanos
119
4. Gestão do sistema de comunicação
120
O plano estratégico de comunicação deve considerar os diferentes
tipos de comunicação: comunicação de rotina, comunicação de risco,
comunicação de focos e comunicação de crise, para permitir que
indivíduos, partes afetadas ou interessadas, uma comunidade inteira
ou o público em geral, tome as melhores decisões possíveis e seja
informado sobre as decisões políticas e seus fundamentos.
121
Agradecimentos
O Manual de Comunicação para os Serviços Veterinários
foi desenvolvido com base no Manual de Participantes de
Comunicações Eficazes da OMS. O manual da OMS foi criado para
apoiar os funcionários da OMS em todo o mundo no aprimoramento
de suas habilidades de comunicação como parte dos esforços
globais de capacitação em comunicações do Departamento de
Comunicações da OMS (DCO).
123
Programa de Formação em Comunicação para os
Pontos Focais Nacionais da Comunicação da OIE