08 Logística Integral
08 Logística Integral
08 Logística Integral
2ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
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Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
A282l
ISBN 978-65-5646-079-6
ISBN Digital 978-65-5646-074-1
CDD 650
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Evolução da Logística Integrada................................................7
CAPÍTULO 2
Gestão da Armazenagem e Distribuição...................................49
CAPÍTULO 3
Nível de Serviço ao Cliente.......................................................97
APRESENTAÇÃO
Quando entramos em contato com as transformações do mundo do trabalho,
nos deparamos com as indicações de que estamos na época de grandes
mudanças, num contexto de flexibilidade e exigência do desenvolvimento de
novas competências.
Essas operações exigem uma série de recursos que são ajustados para a
eficiência necessária às organizações que, por sua vez, vivenciam um momento
de crescente competitividade, o que lhes exige fazer mais, ter mais qualidade com
menos recursos. Eis o grande desafio dos gestores logísticos que se deparam
frequentemente com a tomada de decisão a respeito de armazéns, estoques,
equipamentos, pessoas e transporte.
A logística passou a ter uma visão integral nas organizações à medida que os
gestores perceberam que o transporte responde por até dois terços do custo de
uma operação logística, dependendo das distâncias geográficas e da estratégia
estabelecida pela organização. De igual forma, as empresas entenderam que as
decisões de estoque fazem parte da relação custo-benefício, pois há um ponto de
equilíbrio importante a ser discutido.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O termo logística evoluiu dentro do contexto econômico, social, político e
tecnológico em que esteve inserido, por estar muito voltado para a realidade dos
processos que envolviam as organizações. À medida que as empresas foram
evoluindo e se transformando quanto ao que produziam e para quem produziam,
a logística também apresentou mudanças importantes.
Por isso o termo Logística Integral pode ser visto como uma forma de integrar
várias perspectivas nas mesmas soluções, até que os canais de distribuição
passam a protagonizar os processos de competitividade e lucratividade dos
negócios. E aí que identificamos a Supply Chain Management, tida como a cadeia
que supre, de forma integrada, várias partes do processo e suas soluções devem
conversar com todas as áreas da empresa.
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Logística Integral
2 DA LOGÍSTICA À CADEIA DE
SUPRIMENTOS
Imagine como seria viver no mundo atual sem a logística? Teríamos que
reaprender a viver sem todas as facilidades que abrangem comprar sem sair de
casa, controlar a informação de rastreio de nossos pedidos ou ter informações de
prazos de entrega.
No entanto, para boa parte do mundo essa situação já não acontece mais
dessa forma desde a abertura de capital entre os países e o aproveitamento
da tecnologia e da informação para competitividade, a partir de estratégias
geográficas.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
Essa medida deu início à primeira empresa que comercializava produtos por
catálogo, resultando em uma importante evolução logística pela centralização dos
estoques em alguns pontos do território, ocasionando maior rapidez na distribuição
dos produtos, variedade e eliminação de intermediários como os caixeiros-viajantes.
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Logística Integral
Mais do que isso, neste processo, a logística passa a ter outras funções
atreladas a esse processo: planejamento, controle do fluxo de mercadorias e nível
de serviço ao cliente.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
FONTE: A autora
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Logística Integral
Veja o exemplo de uma das maiores redes de varejo do mundo: Wall Mart.
Ao longo da sua história, a maior estratégia apresentada para competitividade
junto aos concorrentes foi um forte posicionamento por preço, muito obtido pela
redução de custos e eficácia da cadeia de suprimentos. Tal situação foi possível
porque eles implementaram o que Ballou (2006) chama de valores criados pela
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
logística dentro da atividade empresarial, porque ela controla tempo e lugar nos
produtos, por meio de transportes, fluxo de informação e dos estoques. Caberá
ao Marketing e às Finanças produzir o poder de posse ao cliente.
O terceiro pode ser entendido como a logística de saída que tem como
conceito englobar a distribuição física dos produtos acabados de manufatura,
estruturado pelo seu transporte para os condutos de distribuição, sendo eles os
atacadistas, varejistas, armazéns ou consumidor final.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
Segundo Pires (2000), a logística integrada está baseada sob três visões
principais:
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FONTE: A autora
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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A função produção, por sua vez, também lida com variáveis que devem trazer
eficiência em seus processos. A junção da estratégia dessas áreas é fundamental
para o alcance de um fluxo coordenado de materiais, para um processo produtivo
adequado. Quando pensamos na gestão de toda a cadeia de suprimentos
entendemos que haverá interface com todas as etapas dos processos de
produção, especialmente com fornecedores. O principal objetivo nesse sentido é
garantir a produção da demanda com o menor custo possível.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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Logística Integral
Veja a seguir quais os tipos de perdas mais comuns que devem ser
combatidos para que a logística e a função produção possam estar adequadas
com as melhorias no processo de acordo com Shingo (1996):
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
Algumas empresas optam por repassar parte dos custos de entrega para os
clientes e de acordo com o frete que acrescentado ao valor final das compras.
Contudo, essa é uma decisão que tem grande influência sobre o volume de
vendas e deve ser estudada com cuidado, pois apesar de parecer a solução mais
óbvia, não traz competitividade nas estratégias de posicionamento por preço.
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Logística Integral
Por isso é natural que os recursos humanos estejam cada vez mais
presentes na logística. É fundamental, por exemplo, ter pessoas que saibam lidar
com imprevistos problemas complexos, que saibam fazer tarefas que não serão
automatizadas, mas essas atividades são caracterizadas por ritmo acelerado e
intenso dos processos e pela necessidade de agilidade na tomada de decisões
Toda essa atuação tem a ver com o fator humano no sistema logístico. Ele
precisa ser considerado de maneira tão relevante quanto os demais elementos,
de modo que seja possível para o negócio obter os efeitos de eficiência, redução
de custos e qualidade que deseja. Além de reter talentos, o investimento em
logística integrada deve qualificar as equipes de colaboradores e gestores.
Por isso é fato que a carreira em logística requer mais do que conhecimentos
técnicos e experiências práticas. Trata-se de uma profissão que requer habilidades
interpessoais, pois existe muita interação com outros profissionais. Essa interação
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
As operações têm revelado sistema flexíveis, pois cada vez mais há que se
contemplar as necessidades do perfil dos clientes, obrigando as organizações a
buscarem alternativas na forma de atuação. Para tal, a logística pode ser entendida
como estratégica à medida que faz a junção de quatro atividades básicas: as de
aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. Para que essas
atividades funcionem, é preciso haver consistente planejamento logístico, quer
seja de materiais ou de processos e estejam intimamente relacionadas com as
funções de manufatura e marketing.
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Logística Integral
Ballou (2006) nos esclarece que cada elo do sistema logístico pode ser
planejado para o desenho dos sistemas de gestão e controle com vistas a marcar
estratégia de negócios. Dessa forma, o foco pode ser para o nível de serviço
do cliente sempre visando a tríade da tomada de decisão quanto à localização
das instalações, estoques e transportes. É o que o autor chama de triângulo da
tomada de decisões logísticas.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
O estoque também faz parte de uma decisão importante para essa tomada
de decisão. Ballou (2006) nos instiga a pensar como essa informação permeia
o nível de serviço ao cliente quando reforça que o estoque poderá ser alocado
de acordo com a forma de reposição. Se a demanda tem giro rápido, o espaço
e a forma de armazenagem serão diferentes de outros itens que podem ter
uma demanda mais sazonal ou que estão fisicamente distantes do ponto de
distribuição e ensejam a formação de lotes para o transporte da carga.
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Logística Integral
4.2 OS NÓS DO PLANEJAMENTO
LOGÍSTICO
O planejamento logístico pode ser definido como uma rede abstrata de
“ligações e nós” (BALLOU, 2006, p. 54). Esses nós são os pontos que ligam
lojas de varejo, armazéns, fábricas e vendedores. O estudo detalhado dessa
configuração enseja a representação de alternativas de transporte com rotas
diferenciadas. Além desses pontos físicos, há também uma rede de informações,
cujos dados declaram ganhos com as vendas, custos dos produtos, níveis de
estoques, tarifas, custos. As duas redes são combinadas pois afetam diretamente
os prazos dos ciclos de pedidos, que impactam os estoques que, por sua vez,
alimentam os nós das redes de mercadorias. Essas variáveis influenciam o nível
de serviço ao cliente e a informação enviada à toda a cadeia.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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FONTE: <https://www.bloglogistica.com.br/mercado/planejamento-
de-logistica-magazine-luiza-e-sony/>.
R.: ____________________________________________________
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5 SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
As tecnologias têm apresentado uma dinamicidade impressionante, a partir
de mudanças numa velocidade espantosa, acompanhada de uma redução dos
custos associados à inovação Esse ritmo, apresentado com várias soluções, tem
permitido aos diversos setores de negócios se adaptarem às mudanças modo
relativamente rápido.
Uma Tecnologia que tem se mostrado muito útil para inúmeras empresas é a
Identificação por Radiofrequência (RFID) que usa ondas de rádio para identificar
automaticamente pessoas ou objetos. Existem vários métodos de identificação,
mas o mais comum é armazenar um número serial que identifica uma pessoa
ou objeto e, talvez, outras informações, em um microchip que está ligado a uma
antena (BANZATO, 2016).
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
FONTE: <https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2017/12/cadernos/
jc_logistica/599976-como-funciona-a-radiofrequencia.html>.
Uma tag RFID tem um tamanho bem reduzido e podem ser embutidas em
cartões com a mesma espessura que um cartão magnético e até em etiquetas de
roupas. Os cartões com tags RFID têm sido usados para controle de acesso em
prédios e empresas, onde o próprio crachá do funcionário contém informações
como quem ele é e qual o nível de acesso que ele possui dentre daquele edifício.
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Logística Integral
etiquetas: as ativas e as passivas sendo que as ativas possuem uma bateria cuja
energia permite que ela se comunique com o receptor, enquanto as passivas
obtêm energia através do campo eletromagnético criado pela antena (SANTINI;
JUNQUEIRA; SILVA, 2008).
Já nas etiquetas RFID, o código fica gravado no chip, possibilita a leitura sem
contato com o objeto e pode ser lido através de madeira, plástico, papel tecido,
entre outros materiais. O sistema pode ler várias etiquetas simultaneamente, com
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
Outra tecnologia que pode ser citada com uma grande vantagem na logística
é o voice picking. A separação de pedidos é uma atividade que afeta os custos
do armazém porque requer elevado investimento em mão de obra, espaço físico
e recursos tecnológicos. Além disso, ela afeta diretamente o nível de serviço
prestado ao cliente.
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Logística Integral
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Como vimos no decorrer desse capítulo, o termo Logística Integral traduz o
papel da Logística como integradora das demais áreas da empresa. Destacamos
que o atual mercado competitivo, com as mudanças rápidas, a atuação das
empresas de logística precisa de estratégias para garantir a sobrevivência. Uma
alternativa relevante para a gestão pode ser a atuação para além das fronteiras
organizacionais, ou seja, as empresas podem ser organizar em forma de cadeias
ou redes de suprimentos.
Além disso destacamos que um dos pontos mais importantes para eficiência
do planejamento logístico é a atenção com o controle de estoques. Para tanto, os
gestores devem optar pelo aproveitamento da tecnologia e recursos técnicos e
humanos de forma otimizada. No entanto, trabalhar com grandes quantidades de
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
produtos estocados pode não ser tão vantajoso, pois os custos de armazenagem
se elevam e a estocagem se torna mais difícil, aumentando as chances de avarias
nos produtos.
Por outro lado, trabalhar com níveis reduzidos de produtos pode ser danoso
para o negócio, pois pode acontecer de não ser suficiente para cobrir a demanda,
prejudicando o bom andamento dos negócios por falta do produto. Situações
como essa vão requerer estudos de custos de avaliação da melhor toma de
decisão ainda que com algum nível de trade off: as escolhas conflitantes.
REFERÊNCIAS
ALDAY, H; PINOCHET, L.H.C. A tecnologia e-Commerce como estratégia
determinante no setor supermercadista. Revista da FAE, v. 5, n. 3, 2002.
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Capítulo 1 Evolução da Logística Integrada
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WOOD Jr., T.; ZUFFO, P.K. Supply Chain Management. Revista RAE – EAESP
FGV. São Paulo, Julho - Setembro 1998.
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C APÍTULO 2
Gestão da Armazenagem
e Distribuição
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O mercado atual da logística passa por grandes transformações tecnológicas
em que muitos segmentos buscam competitividade, inclusive a Logística, por ser
necessária a atualização constante das empresas em relação aos seus fluxos de
operações bem como nas ferramentas de otimização dos processos.
2 GESTÃO DA ARMAZENAGEM E
DISTRIBUIÇÃO
A função armazenagem é uma das principais operações da Logística
Integrada e contém a complexa operação de estocar itens e deixá-los disponíveis
e devidamente identificados para que possam ser rapidamente encontrados
quando for necessário.
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Logística Integral
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
O estoque, por sua vez, refere-se ao que está guardado dentro do armazém, ou
seja, é o conteúdo do armazém (SILVA, 2015).
O armazém mais simples costuma ter portas de acesso, uma zona livre para
manobra e verificação, uma zona de armazenagem para alocar a mercadoria,
um escritório de controle para a gestão da planta, além de banheiros e vestiários
para funcionários.(Manual Técnico de armazenagem (MECALUX, s.d.).
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FONTE: <https://www.mecalux.com.br/manual-de-armazenagem/
armazem>. Acesso em: 28 set. 2020.
FONTE: <https://www.mecalux.com.br/manual-de-
armazenagem/armazem>. Acesso em: 5 jul. 2020.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
1 Escritórios.
2. Docas de carga e descarga.
3. Local para recebimento da carga.
4. Local destinado a realizar as expedições de mercadorias.
5. Área para produtos de alta rotatividade.
6. Local de separação dos produtos de alta rotatividade.
7. Espaço para produtos de dimensões irregulares.
8. Área para produtos de média rotatividade.
9. Armazém de componentes de alta rotatividade.
10. Armazém de componentes de baixa rotatividade.
FONTE: <https://www.mecalux.com.br/manual-de-
armazenagem/armazem>. Acesso em: 5 jul. 2020.
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O que é trade-off?
Essa expressão em inglês, refere-se ao ato de escolher uma
decisão em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como
“perde-e-ganha”. Trata-se de um conflito de escolha pois ao optar
por uma decisão e seus benefícios, automaticamente perde-se os
benefícios da outra decisão disponível.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
de maximizar a produtividade.
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FONTE: <http://portallogistico.com.br/wp-content/uploads/
sites/9/2015/04/do.png>. Acesso em: 5 jul. 2020.
Diante dessa abordagem, pode-se dizer que os pontos mais relevantes para
a gestão de armazéns estão na separação e preparação de pedidos, tomada
de decisão do “cross-docking”, produtividade, utilização do espaço e serviço de
valor acrescentado, acondicionamento, conservação e recondicionamento dos
produtos. É evidente a importância de se estudar e analisar a real necessidade
de se manter um armazém, levando em consideração os aspectos financeiros e
de marketing
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
Aplicação do cross-docking
Agora, responda:
R.: ____________________________________________________
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R.:_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
item nessa característica, quantas viagens e rotas precisam ser agendadas para
suprir essa demanda? É preciso haver o mínimo de conveniência econômica em
um estoque (BALLOU, 2006).
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Vamos praticar?
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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1. trem-caminhão;
2. trem-navio;
3. trem-duto;
4. caminhão-avião;
5. navio-avião;
6. caminhão-navio;
7. caminhão-duto;
8. navio-duto;
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
9. navio-avião;
10. avião-duto.
3 GESTÃO DE CUSTOS NA
LOGÍSTICA INTEGRADA
Uma das principais funções da Logística Integrada consiste no controle e
administração dos seus custos, sem que haja prejuízo ao nível de serviço a ser
praticado pelo cliente. Essa análise entre custo e qualidade frequentemente
ensejará os tomadores de decisão a fazer uso de trade-offs. Um dificultador a essa
abordagem é o fato que os clientes estão cada vez mais exigentes e querem
um ótimo nível de serviço, mas não necessariamente querem pagar mais por isso
(NOVAES, 2017).
Castiglione (2008) realça que os custos logísticos são formados por quatro
elementos que são descritos a seguir:
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Ballou (2006) resume essa abordagem sob a ótica de três variáveis bastante
relevantes na formação dos custos logísticos. Trata-se de um triângulo de tomada
de decisões em cujos lados se encontram três das principais áreas-problema
responsáveis pelos custos logísticos globais: estoque, transporte e localização.
No centro do triângulo estariam os objetivos do serviço ao cliente que seriam o
resultado da estratégia formulada nessas três áreas pertinentes.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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Vamos praticar?
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
d. Custo de pedido – valor gasto pela empresa para que determinado lote
de compra possa ser solicitado ao fornecedor e entregue na empresa
compradora. Os custos fixos associados a um pedido são, o envio da
encomenda, receber essa mesma encomenda e inspeção. O exemplo
principal de custo variável é o preço unitário de compra dos artigos
encomendados (Garcia et al., 2006, p.15)
e. Custo de falta – ocorre quando a empresa busca reduzir ao máximo
seus estoques. Custos de falta são custos derivados de quando não
existe estoque suficiente para satisfazer a procura dos clientes em um
dado período de tempo. Como exemplos temos: pagamento de multas
contratuais, perdas de venda, deteorização de imagem da empresa,
perda de market share, e utilização de planos de contingência (Garcia et
al., 2006, p.16).
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Logística Integral
É possível observar que cerca de 35% dos itens respondem por 80% das
vendas. Conforme a metodologia, os itens que estiverem nos primeiros 20% são
classificados como A, os 30% seguintes como itens B e os itens restantes formam
os itens C. Essa visão nos ajuda a entender como agrupar os itens, qual espaço
físico necessário e quais os níveis de estocagem necessários.
Como exemplo podemos citar o custo indireto “aluguel” que será pago
independentemente do número de itens que irá circular no armazém. Mas é
fato que este custo será mais utilizado com os itens classificados como A, que
são mais nobres e ocupam mais espaço, movimentação, mão de obra do que
os demais, pois logo vão se transformar em lotes que serão despachados aos
clientes ou fábricas (explicação da tabela)
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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carga for leve, mas tiver grande volume, o cálculo da cubagem impedirá que a
companhia aérea tenha perdas financeiras (NOVAES, 2007).
Ballou (2006) estabeleceu uma tabela indicando o preço médio por tonelada
em cada um dos modais apresentados.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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L=T+A+M+O+D
P=E+O
Assim, este modelo, por não ter foco na logística empresarial, pode gerar
uma distorção, uma vez que trabalha com a maximização do resultado das
operações industriais de uma empresa, segundo as restrições de capacidades,
sem contemplar o impacto mercadológico das vendas perdidas por falta de oferta.
c) Modelo de Dias :os custos totais são a soma dos custos de armazenagem
(resultado do custo financeiro pelo tempo que os materiais permanecem
em estoque) acrescidos dos custos de pedido (resultado do rateio das
despesas de confecção dos pedidos).
CT = CA + CP
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
C = CF + CV
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Com a leitura do código de barras, o WMS faz interface com outros sistemas
e já se encarrega de transmitir ao ERP da empresa o fechamento do recebimento,
onde se específica com exatidão as unidades e as referências que entraram no
armazém, para que o ERP possa efetuar as gestões administrativas com os
fornecedores.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
FONTE: <https://www.mecalux.com.br/manual-de-armazenagem/
armazem/o-que-e-wms>. Acesso em: 4 out. 2020.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
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aumentado. Vários fatores têm contribuído para isso, incluindo a redução drástica
do preço do hardware, software e telecomunicações, bem como o advento da
Internet, que permite um meio alternativo para o envio de mensagens. Outro fator
que vem contribuindo para esse crescimento é a percepção cada vez maior de
seu papel, como um fator de negócio que provoca aumento da competitividade e
a dinâmica do mercado.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
R.:____________________________________________________
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A armazenagem comporta diferentes estratégias para compor o processo
logístico, com a melhor qualidade possível sempre pensando em diminuição de
custos. Para tal, é necessário que se estabeleçam algumas diretrizes importantes
nas ações de estocagem, decisão de modal de transporte e, principalmente, o
fluxo de informações.
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
visão nos ajuda a entender como agrupar os itens, qual espaço físico necessário
e quais os níveis de estocagem necessários.
REFERÊNCIAS
AMARAL, J. V.; GUERREIRO, R. Conhecimento e Avaliação dos trade-
offs de Custos Logísticos: Um estudo com profissionais brasileiros. Revista
Contabilidade & Finanças, v. 25, n. 65, p. 111-123, 2014.
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Logística Integral
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Capítulo 2 Gestão da Armazenagem e Distribuição
https://mecaluxbr.cdnwm.com/catalogos-de-solucoes-de-armazenagem/
solucoes-de-armazenagem1.1.2.pdf#_ga=2.8936496.40483045.1600801521-
884424314.1600801521&_gac=1.162653646.1600802915.
CjwKCAjwwab7BRBAEiwAapqpTB6O-26Qv8R0f84xAR-
NnqayXTktkWWYaGQNajz73scW8BRl-ZhOYRoCHB8QAvD_BwE. Acesso em: 4
out. 2020.
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C APÍTULO 3
Nível de Serviço ao Cliente
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Capítulo 3 Nível de Serviço ao Cliente
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
As constantes transformações do mercado provocam mudanças
organizacionais, de fora para dentro das empresas, forçando-as a se adaptarem
ao novo ambiente. Neste sentido, a estratégia é fundamental para posicionar e
fortalecer a empresa no mercado. E como resposta imediata a essa adaptação,
deve estar voltada aos objetivos básicos da empresa, à determinação de metas e
à eficiência dos processos para melhor atender às necessidades dos clientes, em
busca de vantagens como diferenciação e competitividade.
Por fim, vamos refletir sobre o quanto a satisfação dos clientes é uma atitude,
resultante da interação entre o que os clientes esperam que ocorra (expectativas
de performance) e o que acham que ocorreu (suas percepções de performance),
sendo tipicamente medida com algum tipo de escala atitudinal. Ao identificar o
nível de serviço ao cliente, a logística Integrada oferece valor para compor a sua
satisfação. O conceito de cadeia de valor será abordado, para que possamos
entender que num ambiente competitivo, valor é o montante que os compradores
estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa ou indivíduo lhe fornece.
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Capítulo 3 Nível de Serviço ao Cliente
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Pereira (2007) menciona ainda que as atividades ligadas aos serviços, são
fundamentais às organizações produtoras, pois são capazes de agregar valor
aos produtos comercializados. Desta forma, os serviços acompanhados de bens
físicos constituem um dos principais fatores de avaliação dos clientes acerca da
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Capítulo 3 Nível de Serviço ao Cliente
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Neste caso, as atividades que podem ser realizadas para agregar valor da
seguinte maneira:
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Capítulo 3 Nível de Serviço ao Cliente
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Outros autores poderão indicar ainda vários elementos que podem compor
a forma de acompanhamento do nível de serviço logístico, mas é importante
que eles sejam ajustados o máximo possível à ótica do cliente, o que favorece
competitividade para a organização que os aplica em sua medição de desempenho.
Muitas vezes a mensuração do serviço é orientada dentro da empresa, onde os
dados estão disponíveis e o controle é mais acessível, mas há casos em que
nem sempre as medidas estão centradas no cliente. O efeito para essa situação
é que mensurações estreitas sobre o nível de serviço ao cliente podem levar a
empresa a acreditar que esteja se saindo bem, mas desconsiderando elementos
importantes ao cliente. Tal situação torna a organização vulnerável em seu
mercado de concorrentes, que podem estar gerenciando seu nível de serviço pela
perspectiva do cliente (BALLOU, 2006).
Vejamos o exemplo a seguir, que nos alerta sobre empresas que cometem
erros de mensuração do nível de serviço:
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sua concorrente com relação aos serviços prestados. Ainda no que diz respeito
à rastreabilidade do pedido, outra grande colaboradora nesse sentido é a
embalagem. Não só pode apresentar instruções de manuseio e prevenção contra
avarias, mas também servir como bom meio de controle por informar, a partir
de critérios estabelecidos pela empresa, onde se encontra fisicamente o pedido
(ARIMA; CAPEZZUTTI, 2002).
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Portanto, deve ser adotar um processo que forneça equilíbrio entre velocidade
e o custo do serviço. A consistência é um reflexo da confiabilidade do transporte.
Um transporte de qualidade é aquele consistente e estável, ou seja, se uma
movimentação levar dois dias para entrega na primeira vez, e seis dias na vez
seguinte, essa variação pode causar sérios problemas nas operações logísticas,
colocando em risco a confiança do cliente (BOWERSOX; CLOSS, 2011).
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Razzolini Filho (2011) relata que uma organização que valoriza os seus
clientes busca um diferencial para conseguir um bom nível de serviço logístico.
Esse diferencial seria disponibiliza os produtos certos, no tempo certo e hora
certa o autor ainda acrescenta que transportes, disponibilidades de estoques,
ajudariam em um processamento de pedidos mais rápidos e menor perda de
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A figura anterior demonstra de maneira simples que a empresa ideal tem que
ter seus produtos colocados no quadrante superior direito, oferecendo vantagem
em serviços e vantagem em produtividade. Hoje a empresa deve obter seu
ganho máximo no início do ciclo de vida do produto, sendo sempre que possível
referencial de sua área, apresentando constante inovação, se mantendo sempre à
frente de seus concorrentes, para manter-se ativa e lucrativa. Outra forma de sair
da área de comodities é procurar segmentar o seu mercado, diversificando sua
linha de produção, passando assim a atender o cliente de maneira diferenciada,
agregando valor ao produto e se diferenciando dos concorrentes (PINTO, 2014).
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Kotler (1998) indica que uma oferta de marketing para o mercado tem um
valor agregado entregue ao consumidor, resultado da diferença entre o valor total
esperado (conjunto de benefícios) e o custo total para o consumidor, e que pode
ser interpretado como o lucro do consumidor na transação de troca. Assim, o valor
percebido é o valor atribuído pelos clientes ao produto ou serviço, baseado na
relação entre os benefícios que este trará, segundo a ótica do consumidor, e os
custos percebidos para sua aquisição, comparativamente à concorrência. O autor
indica que a satisfação é função do desempenho percebido e das expectativas: se
o desempenho atender (ou exceder) às expectativas, o consumidor ficará satisfeito
(ou altamente satisfeito), e se ficar aquém das expectativas, o consumidor ficará
insatisfeito (KOTLER 1998).
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Para criar valor superior, e então fidelizar o cliente, é preciso muito esforço.
Em primeiro lugar é preciso conhecer o que ele considera como valor superior.
Em segundo lugar é preciso transformar esta informação em especificações do
serviço e investir em equipamentos, pessoas, instalações, tecnologia, enfim nos
recursos necessários para realmente criar um valor superior. Isto pode sair muito
caro e seria demagógico afirmar que é preciso criar valor superior para todos os
clientes (FIGUEIREDO, 2004).
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durante o tempo que ele permanece cliente. Quanto mais tempo ele permanece
como cliente, maior o seu valor para a empresa (DOMINGUEZ, 2000).
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• características do mercado;
• tradição no setor;
• características dos intermediários e da concorrência;
• objetivos da estratégia comercial;
• recursos disponíveis;
• hábitos do consumidor;
• preço do produto e imagem do produto (NOVAES, 2007).
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R:_____________________________________________________
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O nível de serviço logístico refere-se à qualidade com que o fluxo de bens
e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da
organização e demonstra o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus
clientes no atendimento de pedidos.
Além disso, como o nível de serviço logístico está associado aos custos de
prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve
iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de
seus pedidos.
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REFERÊNCIAS
ARIMA, C. H.; CAPEZZUTTI, D. Visão Logística Integrada a Partir de
Processamento de Pedidos e Nível de Serviço. 2002. Disponível em: https://
anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/2676. Acesso em: 29 jun. 2020.
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http://uenf.br/posgraduacao/engenharia-de-producao/wp-content/uploads/
sites/13/2013/04/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Vers%C3%A3o-Final.pdf. Acesso
em: 4 out. 2020.
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KnVHivChKAY-Kz1JnV9w#v=onepage&q=MOURA%2C%20B.%20do%20C.%20
Log%C3%ADstica%3A%20Conceitos%20e%20Tend%C3%AAncias.&f=false.
Acesso em: 4 out. 2020.
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