Dissertação MarceloPinto PPGCA
Dissertação MarceloPinto PPGCA
Dissertação MarceloPinto PPGCA
DISSERTAÇÃO
Humaitá
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, AGRICULTURA E AMBIENTE - IEAA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
Humaitá
2019
Ficha Catalográfica
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
A Deus.
À minha família, pelo apoio incondicional recebido durante todos os momentos.
Principalmente a esposa Ludimila que me deu o meu maior presente a minha filha
Maitê. Além dos meus pais (Kátia e Alzariais), minhas avós: Donatila e Nazaré e minhas
queridas tias Nádia, Nadir e Neide. A minha irmã Marcela e ao meu cunhado Michel.
Ao meu orientador, professor Dr. Marcos André Braz Vaz, pela sua
dedicação, confiança e paciência a minha pessoa, por compartilhar do seu
conhecimento e disponibilizar seu tempo.
Ao meu co-orientador Marcelo dos Anjos e a todo os colegas de LIOP
pelo esforços prestados para a realização da pesquisa. Sem vocês nada disso era
possível.
Aos amigos, Fernanda, Miqueias, Neriane, Dayanne, Ayrton Sena, Luan, Luiz
Müller, Luana Talita, Harumy, Sielane e todos que ajudaram esse processo de pós-
graduação.
Aos meus colegas envolvidos no estudo.
Aos meus professores, que com seus ensinamentos contribuíram para minha
formação acadêmica, profissional e pessoal.
Um agradecimento especial ao Centro do Menor e aos
Salesianos, colaboradores e a Articulação da Juventude Salesiana (AJS) pela
educação e por despertar a Vocação à pesquisa, ética e ao protagonismo.
Aqueles que não estão presentes nestas palavras, mas que direta ou
indiretamente participaram desta fase da minha vida.
A todos estes deixo meus sinceros agradecimentos.
continue nadando. . .
Resumo
Among many other ecosystems, the interaction analysis of water mechanics with
biotic and abiotic components stands out the Amazonian Cerrado, which is surrounded
by the Amazon Forest, creating a unique and dynamic mosaic of biomes and among
these specificities in the region there is pressure exercised by man. Faced with this
problem, this work has as its objective: to model the water flow, superficial and
underground, in different areas of use and anthropic occupation on the natural
Amazonian fields. With the method of overlapping topographic layers and dynamic
fluctuation of surface and groundwater, associated to different types of use and
occupation of areas of Amazonian savannas. This study found that the greater the
disorganized interventions exerted by anthropic actions on a cerrado area, the greater
the adverse consequences to the biotic and abiotic components of the environment,
such as the increase of areas vulnerable to flooding and the emergence of temporary
pools that can serve as breeding grounds vectors of disease transmission. However,
such research may serve, for the managers of the society, subsidy of land management
and planning under pressure of better drainage projects and, in general, basic
sanitation projects for the southwest region of the Amazon.
Keywords: Drainage, Water flow, Amazonian savannah, Anthropogenic actions,
Vulnerability.
Lista de ilustrações
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4 Revisão da Literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.1 Modelagem hidrológica em relação ao cerrado brasileiro e
amazônico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.2 Classificação dos modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.3 Modelagem Hidrológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.4 Modelos para fluxo hidrodinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.5 Cerrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.5.1 Cerrado Amazônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.6 Uso e ocupação e Urbanização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.6.1 Conjuntos habitacionais e áreas loteads . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.6.2 Lixões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.7 Hidrodinâmica: elementos e princípios . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.7.1 Precipitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.7.2 Escoamento superficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.7.3 Lençol Freático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.7.4 Zona de flutuação freática (zona não saturada) e zona de saturação 29
5 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1 Área de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1.1 Área de baixa intervenção antrópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1.2 Área de moderada intervenção antrópica . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.1.3 Área de moderada intervenção antrópica . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.1.4 Área de altíssima intervenção antrópica (não planejada) . . . . . . . 38
5.2 Aquisição dos dados e coletas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5.2.1 Dados meteorológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.2.2 Nível estático da água no lençol freático . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.2.3 Análises dos parâmetros de tipos de cobertura de solos, vegetações
e uso e ocupação do nas áreas de estudo . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.3 Método de modelagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5.4 Análises do tratamento estatístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.4.1 Tamanho da amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.4.2 Mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4.3 Máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4.4 Amplitude total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4.5 Mediana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4.6 Percentis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4.7 Desvio Interquartílico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.4.8 Média Aritmética (amostral) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.4.9 Variância e Desvio Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.4.10 Coeficiente de Variação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.4.11 Assimetria (g1) e Curtose (g2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
6.1 Análise da estatística descritiva dos níveis estáticos do lençol
freático e as variáveis meteorológicas . . . . . . . . . . . . . . . . 51
6.1.1 Resultado gráfico dos níveis do lençol freático . . . . . . . . . . . . . 51
6.1.2 Resultado da estatística descritiva da flutuação do nível estático do
lençol freático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6.2 Análise da descrição quantitativa e espacial de fluxo hídrico e
simulações nas áreas de intensidade interferência antrópica . . 57
6.2.1 Área de baixa intervenção antrópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
6.2.2 Área de moderada intervenção antrópica . . . . . . . . . . . . . . . . 61
6.2.3 Área de alta intervenção antrópica (planejada) . . . . . . . . . . . . . 67
6.2.4 Área de alta intervenção antrópica (não planejada) . . . . . . . . . . 72
7 Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
14
1 Introdução
2 Justificativa
3 Objetivos
4 Revisão da Literatura
que existe uma íntima relação entre a modelagem hidrológica, a biológica e a ecológica,
pois, o fluxo de materiais pela água é provocado por atividades biológicas que podem
aumentar ou diminuir a quantidade desses materiais na água, e o regime do fluxo
de água pode afetar diversos habitats. Além disso, a hidrologia está estreitamente
relacionada às condições climáticas e, portanto, modelos hidrológicos e atmosféricos
deveriam estar acoplados, sendo que, na prática, um estreito acoplamento torna-se
bastante dificultado, uma vez que modelos atmosféricos trabalham com resoluções
espaciais muito maiores que as utilizadas na modelagem hidrológica.
Essa complexidade na delimitação espacial com os componentes atmosféricos
de ecossistemas adjacentes em todas as dimensões sendo de forma livre na
observação da mecânica do ambiente. São fatores que dificultam a modelagem
ambiental, entretanto, tal desafio provoca, ainda mais, a engenhosidade na criação de
modelos que se aproxime da realidade. Ideia corroborada por (GOODCHILD; PARKS,
1993), que afirma que os processos ambientais no mundo real são geralmente
bastante complexos e são tipicamente tridimensionais e dependentes do tempo. O
mesmo autor complementa afirmando que tal complexidade pode incluir
comportamentos não lineares e componentes estocásticos sobre múltiplas escalas de
tempo e espaço. Pode-se haver um entendimento qualitativo de um processo particular,
mas o entendimento quantitativo pode ser limitado. A possibilidade de expressar os
processos físicos como um conjunto de equações matemáticas detalhadas pode não
existir, ou as equações podem ser muito complicadas, exigindo simplificações para seu
uso.
É de comum aceitação que todo modelo é uma representação esquemática de
modo a qualificar e/ou quantificar um sistema, que no que lhe concerne é composta
por componentes que podem ser analisados individualmente ou em estado de
interação dinâmica (CHRISTOFOLETTI, 2003; MAIDMENT, 1993; VERTESSY et al.,
1993; GOODCHILD; PARKS, 1993). Isto é, para melhor entender os modelos
hidrológicos, é necessário analisar os componentes envolvidos no ciclo hidrológico. A
água é agente essencial no processo produtivo, aqui entendido como fixação do
carbono atmosférico pelas plantas superiores. A folha de uma planta é o principal
órgão responsável pela fotossíntese e é também o responsável pelo controle sobre o
ciclo hidrológico através dos estômatos. Pode-se verificar uma estreita relação entre os
ciclos da água e do carbono. Os principais componentes envolvidos no ciclo
hidrológico são esquematizados na Figura 1.
Capítulo 4. Revisão da Literatura 23
4.5 Cerrado
4.6.2 Lixões
4.7.1 Precipitação
A água, uma vez precipitada sobre o solo, pode seguir três caminhos básicos
para atingir o curso d’água: o escoamento superficial, o escoamento sub-superficial
(hipodérmico) e o escoamento subterrâneo, sendo as duas últimas modalidades sob
velocidades mais baixas. Observa-se que o deflúvio direto abrange o escoamento
superficial e grande parte do sub-superficial, visto que este último atinge o curso
d’água tão rapidamente que, comumente, é difícil distinguí-lo do verdadeiro
escoamento superficial. O escoamento de base, constituído basicamente do
escoamento subterrâneo, é o responsável pela alimentação do curso d’água durante o
período de estiagem (PRUSKI; GRIEBELER; SILVA, 2001).
O escoamento superficial tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Ao
chegar ao solo, parte da água se infiltra, parte é retirada pelas depressões do terreno e
parte se escoa pela superfície. Inicialmente a água se infiltra; tão logo a intensidade da
chuva exceda a capacidade de infiltração do terreno, a água é coletada pelas pequenas
depressões. Quando o nível à montante se eleva e superpõe o obstáculo (ou o destrói),
o fluxo se inicia, seguindo as linhas de maior declive, formando sucessivamente as
Capítulo 4. Revisão da Literatura 29
5 Materiais e Métodos
Figura 3 – Áreas de níveis diferentes de uso e ocupação antrópica nos campos amazônicos.
próprio autor
Capítulo 5. Materiais e Métodos 36
Latitude Longitude
5.4.2 Mínimo
5.4.3 Máximo
A = M ax − M in (5.1)
5.4.5 Mediana
5.4.6 Percentis
d = Q3 − Q1 (5.2)
Pn
xii=1
xmed = (5.3)
n−1
Pn
2 i=1 (xi− xmed )2
S = (5.4)
n−1
Desvio Padrão é a raiz quadrada positiva da variância, apresentando a mesma
unidade dos dados e da média, permitindo avaliar melhor a dispersão, expressão
dada pela equação;
sP
n
− xmed )2
i=1 (xi (5.5)
S=
n−1
S
CV = (5.6)
Xmed × 100
Capítulo 5. Materiais e Métodos 50
Q3 + Q1 − 2Xmed
As = (5.7)
Q3 − Q1
Q3 − Q1
C= (5.8)
2(c90 − C10 )
6 Resultados e Discussão
Tamanho da
30 30 30
amostra
Terceiro Quartil
48,66 49,65 47,99
(75%)
Desvio
0,43 0,34 0,47
interquartílico
Tabela 4 – Estatística descritiva do nível estático do lençol freático para área de moderada
interferência antrópica
Tamanho da amostra 30 30 30
Capítulo 6. Resultados e Discussão 55
Tabela 5 – Estatística descritiva do nível estático do lençol freático para área de alta a
interferência antrópica
Tamanho da amostra 30 30 30
Capítulo 6. Resultados e Discussão 56
Tabela 6 – Estatística descritiva do nível estático do lençol freático para área de altíssima a
interferência antrópica
Tamanho da amostra 30 30 30
O uso e ocupação do solo na área A apresenta 95% de solo coberto por uma
vegetação típica dos campos amazônico, a área de baixa intervenção antrópica
apresenta o solo exposto na sua área central, pois, nessa região se caracteriza uma
via de acesso de solo compactado. E na região norte (extremidade superior direito),
uma faixa extensa de solo exposto é identificado, tal área é uma via de fluxo de
escoamento superficial, todavia, ela é a que recebe maior vazão de escoamento
característico (FIGURA 23)
Figura 38 – Uso e ocupação do solo em área de alta (não planejada) intervenção antrópica
7 Considerações finais
Referências
VERTESSY, R. A. et al. Predicting water yield from a mountain ash forest catchment
using a terrain analysis based catchment model. Journal of Hydrology, v. 150, n. 2-4,
p. 665 – 700, 1993.