Sped Ecfp2009
Sped Ecfp2009
Sped Ecfp2009
SUMÁRIO
1. SPED
Objetivos; Histórico; Os projetos já existentes; Nota fiscal municipal/estadual
eletrônica/Avulsa – diferenças de funcionamento; Contabilidade Digital; Escrituração fiscal
digital; Conhecimento de transporte eletrônico; Regras do Ato Cotepe 35/05 e suas alterações;
Programa Validador e Assinador; Rotinas para apuração dos tributos no sistema
2. SPED CONTÁBIL
Quem esta obrigado; Quando entregar os dados; Certificação digital e a carteira eletrônica do
Conselho Regional de Contabilidade; Fluxo do processo de entrega dos dados; Livros e
Arquivos Eletrônicos – Prazos para entrega; Explanação do lay-out das informações a serem
entregues; Obrigações Acessórias X SPED Contábil; Transmissão, validação e prazo de
entrega; Compartilhamento de informações; Plano de Contas Referencial e seu reflexo para a
Contabilidade.
3. SPED FISCAL
Obrigatoriedade de utilização Protocolo 73/2008 X Despacho nº 63/2008; Confecção dos
arquivos X dispensa da impressão de livros fiscais; Arquivos obrigados ao envio
(Estabelecimento X Matriz); Padronização de procedimentos; Transmissão e validação;
Livros abrangidos; Arquivos digitais; Assinatura digital; Transmissão, validação e prazo de
entrega; Compartilhamento de informações; Leiaute – Orientações gerais.
5. SPED-NFS-e
6. CENTRAL DE BALANÇOS
7. E-LALUR
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O QUE É SPED?
Sped significa Sistema Público de Escrituração Digital. Trata-se de uma solução tecnológica que
oficializa os arquivos digitais das escriturações fiscal e contábil dos sistemas empresariais dentro de um
formato específico e padronizado.
De forma objetiva, o Sped pode ser entendido como um software que será disponibilizado pela Receita
Federal para todas as empresas a fim de que elas mantenham e enviem a este órgão informações de
natureza fiscal e contábil (a partir da escrituração digital mantida nas empresas) e informações
previdenciárias, bem como os Livros Fiscais, Comerciais e Contábeis gerados a partir da escrituração
(já registrados nos órgãos do Comércio), além das Demonstrações Contábeis.
O contribuinte poderá validar esses arquivos, assinar digitalmente, visualizar seu conteúdo e transmitir
eletronicamente seus dados para os órgãos de registro e para os fiscos das diversas esferas.
HISTÓRICO DO SPED
A Emenda constitucional nº 42, aprovada em 19 de dezembro de 2003, introduziu o Inciso XXII ao art.
37 da Constituição Federal, que determina às administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios atuarem de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para atender o disposto Constitucional, foi realizado, em julho de 2004, em Salvador, o I ENAT -
Encontro Nacional de Administradores Tributários, reunindo o Secretário da Receita Federal, os
Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e o representante das Secretarias de Finanças dos
municípios das Capitais.
O Encontro teve como objetivo buscar soluções conjuntas nas três esferas de Governo que
promovessem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações;
racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da
fiscalização; maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior
possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais;
cruzamento de informações em larga escala com dados padronizados e uniformização de
procedimentos.
Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007, para o Programa de
Aceleração do Crescimento 2007-2010 (PAC) - programa de desenvolvimento que tem por objetivo
promover a aceleração do crescimento econômico no país, o aumento de emprego e a melhoria das
condições de vida da população brasileira - consta, no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema
Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e Nota Fiscal Eletrônica
(NF-e) no prazo de dois anos.
Na mesma linha das ações constantes do PAC que se destinam a remover obstáculos administrativos e
burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que o Sped possa proporcionar melhor ambiente de
negócios para o País e a redução do “custo Brasil”, promovendo a modernização dos processos de
interação entre a administração pública e as empresas em geral, ao contrário do pragmatismo pela busca
de resultados, muito comum nos projetos que têm como finalidade apenas o incremento da arrecadação.
OBJETIVOS DO SPED
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Com isso, busca-se reduzir os custos com o armazenamento de documentos e também minimizar os
encargos com o cumprimento das obrigações acessórias.
A estratégia do Sped está em se discutir e propor iniciativas com resoluções conjuntas, criar um
ambiente de testes e aprovar toda a metodologia, implementação e efetivação dos seus três pilares de
abrangência: Nota Fiscal Eletrônica, Escrituração Contábil e Fiscal Eletrônica.
PROJETOS DO SPED?
É composto por três grandes subprojetos:
Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais:
federal, estadual e municipal.
Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos, conselho de classe, associações e entidades
civis, na construção conjunta do projeto.
Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos
para toda a sociedade.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto a escrituração
fiscal como a contábil. As imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do
meio eletrônico.
A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo real, amplia as possibilidades
de seleção de contribuintes e, quando da realização de auditorias, gera expressiva redução no tempo de
sua execução.
a) Sped – Contábil
b) Sped – Fiscal
c) NF-e – Ambiente Nacional
d) NFS-e
e) CT-e
f) e-Lalur
g) Central de Balanços
Todos esses universos de atuação são abordados nos próximos capítulos, boa leitura.
O projeto da Nota Fiscal Eletrônica foi inspirado num modelo chileno. Teve início em abril de 2005, no
Encontro Nacional de Administradores Tributários Estaduais (ENCAT); foi oficialmente assinado pelo
Protocolo ENAT 03/2005, em ago/2005, e instituído pelo Ajuste SINIEF 07/05 de 30-09-2005.
Somente no estado de São Paulo são armazenadas 3,6 bilhões de notas fiscais, que ficam à disposição
do Fisco para fiscalização pelo prazo de até 5 anos. Esses dados representam o dinamismo da economia
nacional e, por outro lado, podem representar 5% do faturamento das empresas brasileiras. O projeto
prevê investimentos no parque tecnológico e nos sistemas de informações, com novas tecnologias,
ampliando a capacidade de atendimento das unidades federativas.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
1 Fica disponibilizado o sistema para emissão a Nota Fiscal Avulsa, modelo 1-A, por processamento de
dados-NFAe:
1.1.1 na Agência de Rendas Internet - AR-internet, instituída pela NPF nº 027/2000, de 5 de abril de
2000, opcionalmente pelos contribuintes enquadrados no Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições (Simples Nacional);
1.1.2 na Agência de Rendas Internet - AR-internet pelos contribuintes que operem com os produtos
controlados fixados em Norma de Procedimento Fiscal.
1.1.3 no sistema SEFANET, pelas Agências da Receita Estadual, nas operações a que referem o § 1º, do
art. 115 e o inciso IV, do art. 412 do RICMS;
1.2 Estão habilitados para emitir a Nota Fiscal Avulsa por processamento de dados:
1.2.2 os contabilistas cadastrados como usuários da AR-internet, desde que não haja vedação expressa
por parte do contribuinte;
2.1 terá numeração seqüencial de 000.000.001 a 999.999.999, única para todos os contribuintes,
reiniciada quando atingido esse limite;
2.2 será emitida em papel comum, exceto papel jornal, no tamanho de 29,7 cm de largura e 21 cm de
altura (padrão A4);
2.3 conterá chave única de codificação digital - "hash code", impressa no campo 'Dados Adicionais -
Reservado ao Fisco", e obtida com a aplicação do algoritmo MD5 - "Message Digest" 5, de domínio
público, para fins de sua identificação e autenticação;
2.5 quando acobertar saídas de mercadorias deverá constar obrigatoriamente a data da saída dos
produtos a qual não poderá exceder ao terceiro dia contado da data da emissão.
3 O serviço disponibilizado para a emissão da Nota Fiscal Avulsa por processamento de dados
permitirá:
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
3.3 geração de arquivo magnético com os dados da nota fiscal emitida, no formato previsto na Tabela 1
do Anexo VI do RICMS.
4 A autenticidade da Nota Fiscal Avulsa emitida por processamento de dados poderá ser confirmada no
endereço eletrônico da Secretaria de Estado da Fazenda, www.fazenda.pr.gov.br, sendo considerado
idôneo o documento fiscal que contiver impresso o código, de trata o subitem 2.3, idêntico àquele
armazenado no sistema da Secretaria de Estado da Fazenda.
4.1 Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal idôneo a NFAe que tiver
sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a terceiro, o
não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.
4.2 As informações consignadas nas NFAe são de inteira responsabilidade do emitente, o qual
responderá, nos termos da legislação, por qualquer infração detectada."
5 As Notas Fiscais Avulsas emitidas por processamento de dados, que acobertem operações com bens
ou mercadorias abordadas pelo fisco nos Postos Fiscais e nas Fiscalizações Volantes, deverão ser
registradas na SEFANET.
CONTABILIDADE DIGITAL
A contabilidade digital pode ser definida inicialmente como sendo o esforço concentrado do governo
federal por intermédio de seus prepostos no ministério da fazenda e em especial na srf - secretaria da
receita federal no sentido de padronização dos registros de escrituração contábil eletrônica ou digital.
Essa padronização tem especialmente como intuito o combate à sonegação fiscal e o melhor controle a
economia nacional.
Partindo da emenda constitucional 42/2003, o histórico dessa padronização dos sistemas de informação
se encontra no site da receita federal. Além dos estados e municípios das capitais, também participam
desse esforço concentrado as empresas enumeradas no site da receita federal.
Diante dos sistemas de controle eletrônicos implantados durante o governo lula, com a iniciativa do
confaz - conselho nacional de política fazendária, que administra o sinief - sistema nacional integrado
de informações econômico-fiscais (existente desde 1970), podemos sentir o empenho de nossas
autoridades fazendárias no combate à sonegação fiscal tão comum entre os empresários não só no brasil
como também em todo o mundo.
Entre esses esforços de padronização eletrônica ou digital da escrituração contábil também está a
criação da nota fiscal eletrônica (nf-e) pelo ajuste sinief 7/05, cujos objetivos estão descritos no portal
da nf-e, da receita federal.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
E esse esforço de padronização também conta com a colaboração do cfc - conselho federal de
contabilidade que inicialmente tentou implantar o leiaute brasileiro de contabilidade digital, através
resolução cfc 1.061/2005, revogada pela resolução cfc 1.078/2006. O motivo da revogação está
explicado no texto da própria resolução do cfc.
Agora só está faltando que nossos dirigentes sindicais e do conselho profissional, de conformidade com
o disposto no artigo 103 da constituição federal de 1988 envidem esforços para que seja proposta ação
direta de inconstitucionalidade da lei 5.987/1973 que em seu art. 3º permite a contração de profissionais
de nível superior e técnico sem formação específica (leigos) para o exercício das prerrogativas
profissionais dos contabilistas na esfera governamental. O artigo 5º da lei 11.638/2007, que introduziu o
artigo 10-a na lei 6.385/1976, veio em parte resolver esse problema falta de contratação de contador,
mas não revogou expressamente o dispositivo contrário existente na lei 5.987/1973.
A expressa revogação do mencionado artigo 3º da lei 5.987/1973 permitirá o perfeito acolhimento das
disposições constantes do decreto-lei 9.295/1946, para que sejam obrigatoriamente contratados
contadores para os quadros de fiscalização cuja base é a contabilidade. Sobre essa irregularidade na
contratação de não habilitados para o exercício da contabilidade, permitida por aquela lei, o sindicato
dos técnicos da receita federal em seu boletim especial 13, mencionado no texto a ilegalidade do
auditor fiscal sem registro no crc, foi contundente. Os dirigentes daquele sindicato conseguiram ver uma
ilegalidade que muitos fingem não existir em razão de interesses particulares duvidosos ou escusos.
Entre os atos recentes está a medida provisória 2.200 de 2001 que no início de março de 2008 ainda se
encontrava em tramitação no congresso nacional embora tenha grande importância para o
desenvolvimento brasileiro. Essa mp institui a infra-estrutura de chaves públicas brasileira - icp-brasil,
transformando o instituto nacional de tecnologia da informação em autarquia.
O convênio icms (confaz) 143/2006 instituiu a efd - escrituração fiscal digital. Em complementação foi
expedido o ato cotepe/icms 009/2008 que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de
arquivos da escrituração fiscal digital - efd, que foi chamado de leiaute da escrituração fiscal digital –
EFD.
O decreto 6.022/2007 instituiu o sistema público de escrituração digital - sped considerando o disposto
no art. 37, inciso xxii, da constituição, nos artigos 10 e 11 da medida provisória 2.200-2/2001 e nos
artigos 219, 1.179 e 1.180 da lei 10.406/2002 (código civil brasileiro).
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
estados, do distrito federal e dos municípios, mediante convênio celebrado com a secretaria da receita
federal e os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham
atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades
empresárias.
Este item visa a orientar a geração, em arquivo digital, dos dados concernentes à Escrituração Fiscal
Digital (EFD) pelo contribuinte do ICMS e/ou IPI, pessoa física ou jurídica, inscrito no cadastro de
contribuintes do respectivo órgão fiscal e esclarecer aspectos referentes à apresentação dos registros e
conteúdo de alguns campos, estrutura e apresentação do arquivo magnético para entrega ao Fisco, na
forma do Ato COTEPE/ICMS Nº 09, de 18 de abril de 2008 e atualizações.
Este documento visa apenas a esclarecer aspectos referentes à apresentação dos registros e conteúdo de
alguns campos, não pretendendo contemplar todas as orientações técnicas sobre a elaboração do arquivo
digital, cuja orientação integral sobre sua estrutura e apresentação deve ser buscada no Manual de
Orientação anexo ao Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008 e atualizações, bem como na
legislação de cada uma das unidades federadas.
Objetivos do EFD:
A Escrituração Fiscal Digital – EFD é parte integrante do projeto SPED a que se refere o Decreto nº
6.022, de 22 de janeiro de 2007, que busca promover a integração dos fiscos federal, estaduais, Distrito
Federal e, futuramente, municipais, e dos Órgãos de Controle mediante a padronização, racionalização e
compartilhamento das informações fiscais digitais, bem como integrar todo o processo relativo à
escrituração fiscal, com a substituição do atual documentário em meio físico (papel) por documento
eletrônico com validade jurídica para todos os fins.
Para tanto, todos os documentos eletrônicos são assinados digitalmente com uso de Certificados
Digitais, do tipo A1 ou A3, expedidos, em conformidade com as regras do ICP-Brasil, pelos
representantes legais ou seus procuradores, tendo este arquivo validade jurídica para todos os fins, nos
termos dispostos na MP-2200-2, de 24 de agosto de 2001.
Para ser possível alcançar os objetivos propostos, ocorreu a união de esforços de representantes, não só
dos Órgãos de Controle e de Fiscalização Tributária, mas também de representantes da iniciativa
privada de diversos segmentos da vida econômica do País que atuaram de forma decisiva, como
parceiros na elaboração das especificações do projeto.
Legislação do EFD
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
EFD - em arquivo digital, de uso obrigatório para os contribuintes do Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e/ou do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI - e que
se constitui de um conjunto de registros de apuração de impostos, referentes às operações e prestações
praticadas pelo contribuinte, bem como de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos
fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O contribuinte deve gerar e manter uma EFD para cada estabelecimento, devendo esta conter todas as
informações referentes aos períodos de apuração do(s) imposto(s). Estabelece ainda o referido Convênio
que o contribuinte deve manter todos os documentos fiscais que deram origem à escrituração, na forma
e prazos estabelecidos para a guarda de documentos fiscais na legislação tributária, observados os
requisitos de autenticidade e segurança nela previstos.
Os Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008 com as alterações produzidas pelos Ato
COTEPE/ICMS nº 19/2008, Ato COTEPE/ICMS nº 30/2008 e Ato COTEPE/ICMS nº 45/2008,
definiram os documentos fiscais, as especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD, que
contém informações fiscais e contábeis, bem como quaisquer outras informações que venham a
repercutir na apuração, pagamento ou cobrança de tributos de competência dos entes conveniados.
O arquivo digital deve ser submetido a um programa validador, fornecido pelo SPED – Sistema Público
de Escrituração Digital - por meio de download, o qual verifica a consistência das informações
prestadas no arquivo. Após essas verificações, o arquivo digital é assinado por meio de certificado
digital, tipo A1 ou A3, emitido por autoridade certificadora credenciada pela infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
As regras de negócio ou de validação, ora implementadas, podem ser alteradas a qualquer tempo, visto
que têm por finalidade única e exclusivamente verificar as consistências das informações prestadas
pelos contribuintes.
Ainda que determinados registros e/ou campos não contenham regras específicas de validação de
conteúdo ou de obrigatoriedade, esta ausência não dispensa, em nenhuma hipótese, a não apresentação
de dados existentes nos documentos e/ou de informação solicitada pelos fiscos.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Os arquivos da EFD têm periodicidade mensal e devem apresentar informações relativas a um mês civil
ou fração, ainda que as apurações dos impostos (ICMS e IPI) sejam efetuadas em períodos inferiores a
um mês, segundo a legislação de cada imposto.
Portanto a data inicial constante do registro 0000 deve ser sempre o primeiro dia do mês ou outro, se for
início das atividades, ou de qualquer outro evento que altere a forma e período de escrituração fiscal do
estabelecimento. A data final constante do mesmo registro deve ser o último dia do mesmo mês
informado na data inicial ou a data de encerramento das atividades ou de qualquer outro fato
determinante para paralisação das atividades daquele estabelecimento.
Os prazos para a transmissão dos arquivos serão definidos por legislação estadual.
O CT-e também poderá ser utilizado como documento fiscal eletrônico no transporte dutoviário e,
futuramente, nos transportes Multimodais.
O Projeto Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada,
pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do Protocolo
ENAT 03/2006, de 10/11/2006, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores
Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e
implantação do Projeto CT-e.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, por este ato, informa
que a Comissão Técnica Permanente do ICMS - COTEPE/ICMS, na sua 120ª reunião ordinária,
realizada nos dias 15 a 17 de abril de 2005, instituiu normas técnicas correspondentes a arquivo digital
contendo informações de interesse do Fisco.
Art. 1º Fica instituído, nos termos do Anexo Único, o Manual de Orientação do Leiaute Fiscal de
Processamento de Dados, a que se refere a cláusula décima oitava do Convênio ICMS 57/95, que deve
ser observado pelos contribuintes do ICMS para a geração, o armazenamento e o envio de arquivos em
meio digital relativos a documentos fiscais, livros fiscais, lançamentos contábeis, demonstrações
contábeis, documentos de informação econômico-fiscais e outras informações de interesse do Fisco.
Art. 2º Este ato entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos
em relação a fatos geradores ocorridos a partir de:
Nova redação dada ao inciso II pelo Ato Cotepe 50/06, efeitos a partir de
21.07.06.
II - 1º de janeiro de 2007, para os Estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo;
Nova redação dada ao inciso III pelo Ato Cotepe 50/06, efeitos a partir de
21.07.06.
III - 1º de janeiro de 2008, para os Estados do Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
III - 1º de janeiro de 2008, para os Estados do Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Em seu anexo único o Ato Cotepe precede o manual de procedimentos e orientações com relação ao
leiaute fiscal de processamento de dados.
http://www.fazenda.gov.br/CONFAZ/confaz/Convenios/ICMS/1995/..%5C..%5C..
%5CAtos%5CAtos_Cotepe%5C2005%5CAC035_05.htm
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/Default.htm
O contexto geral e as etapas do programa validador e assinador do SPED e suas principais rotinas,
podem ser descritos no próximo capítulo que trata do SPED Contábil.
As principais rotinas inerentes a apuração de tributos no sistema do SPED Fiscal, podem ser observadas
no item 3 dessa apostila (SPED-FISCAL) e os procedimentos operacionais podem ser observados passo
a passo no Guia Prático de Escrituração Fiscal que encontra-se disponível também na internet, por meio
do site:
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-fiscal/download.htm
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
2. SPED - CONTÁBIL
O QUE É O SPED-CONTÁBIL?
De maneira bastante simplificada, podemos definir o Sped Contábil como a substituição dos livros da
escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.
A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera um arquivo digital no formato especificado no
anexo único à Instrução Normativa RFB nº 787/07. Devido às peculiaridades das diversas legislações
que tratam da matéria, este arquivo pode ser tratado pelos sinônimos: Livro Diário Digital, Escrituração
Contábil Digital – ECD, ou Escrituração Contábil em forma eletrônica. Este arquivo é submetido ao
Programa Validador e Assinador – PVA fornecido pelo Sped.
Esses sistemas podem ser baixados no site da Receita Federal observando os seguintes passos:
Validação do arquivo contendo a escrituração; Assinatura digital do livro pela(s) pessoa(s) que têm
poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta Comercial e pelo Contabilista; Geração e
assinatura de requerimento para autenticação dirigido à Junta Comercial de sua jurisdição. Para geração
do requerimento é indispensável, exceto para a Junta Comercial de Minas Gerais, informar a
identificação do documento de arrecadação do preço da autenticação. Verifique na Junta Comercial de
sua Jurisdição como obter a identificação.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Verifique na Junta Comercial de sua jurisdição como fazer o pagamento do preço para autenticação.
Recebido o preço, a Junta Comercial analisará o requerimento e o Livro Digital. A análise poderá gerar
três situações, todas elas com o termo próprio:
Autenticação do livro;
Indeferimento;
Sob exigência.
IMPORTANTE: para que um livro colocado sob exigência pela Junta Comercial possa ser autenticado,
após sanada a irregularidade, ele deve ser reenviado ao Sped. Não há necessidade de novo pagamento
do preço da autenticação. Deve ser gerado o requerimento específico para substituição de livros não
autenticados e colocados sob exigência.
Para verificar o andamento dos trabalhos, utilize a funcionalidade “Consulta Situação” do PVA. Os
termos lavrados pela Junta Comercial, inclusive o de Autenticação, serão transmitidos automaticamente
à empresa durante a consulta.
Resolução N° 1.020/05
Aprova a NBC T 2.8 – Das Formalidades da Escrituração Contábil em Forma Eletrônica.
Receita Federal
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Altera o art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de dezembro de 2007, que institui a
Escrituração Contábil Digital (prorroga para o último dia útil de junho de 2009 o prazo para
apresentação da ECD, nos casos de cisão, cisão parcial, fusão ou incorporação ocorridos em 2008).
Com leiaute avançado, a nova Carteira de Identidade Profissional será confeccionada em cartão plástico
rígido (policarbonato) e terá chip criptográfico, entre demais dispositivos antifraude. Outro ponto a ser
destacado é a possibilidade da leitura das informações do documento por dispositivos eletrônicos de
segurança, permitindo a gravação de dados cadastrais e de certificados ICP-Brasil.
A nova Carteira de Identidade Profissional da área contábil dará oportunidade à certificação digital da
Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Criada pelo Governo Federal (Medida
Provisória 2.200-2, de 24 de agosto de 2001), a ICP-Brasil é um conjunto de entidades, padrões técnicos
e regulamentos, elaborados para suportar um sistema criptográfico com base em certificados digitais.
O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação é a Autoridade Certificadora Raiz (AC Raiz) da
Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Dessa forma, é a primeira autoridade da
cadeia de certificação, executora das Políticas de Certificados e normas técnicas e operacionais
aprovadas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil.
Na prática, o certificado digital funciona como uma carteira de identidade virtual, que permite a
identificação segura de uma mensagem ou transação em rede de computadores.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Um novo conceito para a relação entre o contribuinte e o Fisco, com a simplificação das obrigações
acessórias e um controle muito mais efetivo sobre a arrecadação tributária por parte de União, Estados e
municípios. Foram propósitos que nortearam, desde o início, o desenvolvimento do Sped – Sistema
Público de Escrituração Digital. Construído a várias mãos, pela Receita Federal do Brasil (RFB),
secretarias fazendárias estaduais, representantes do setor privado e por uma série de entidades
(Associação Brasileira de Secretarias de Finanças das Capitais, Banco Central do Brasil, Departamento
Nacional de Registro do Comércio, Superintendência da Zona Franca de Manaus, Superintendência de
Seguros e Privados, Federação Brasileira de Bancos, Conselho Federal de Contabilidade, juntas
comerciais, etc.), o sistema tem cumprido, na prática, todas as expectativas geradas em torno de sua
implantação.
Baseado inicialmente no tripé Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Escrituração Contábil Digital (ECD) e
Escrituração Fiscal Digital (EFD), esse revolucionário ambiente eletrônico vem modernizar a relação
entre Estado e os contribuintes pessoas jurídicas, como explica Carlos Sussumu Oda, coordenador-geral
da iniciativa na RFB. “A proposta do Sped não é ser um projeto com começo, meio e fim; trata-se de
algo que estará em permanente evolução, aprimorando a forma como as empresas interagem com os
fiscos federal, estaduais e municipais. É, portanto, um novo paradigma, regulado por premissas de
padronização e simplificação de procedimentos”.
O funcionamento efetivo do Sped começou em 2006, quando algumas das maiores organizações do
país, participantes do projeto-piloto, passaram a emitir a Nota Fiscal Eletrônica nas comercializações
com outras pessoas jurídicas.
Os resultados foram mais do que animadores e, em abril deste ano, o Fisco decidiu tornar seu uso
obrigatório para os setores de combustíveis líquidos e de cigarros. Até a primeira quinzena de novembro
de 2008, o portal da NF-e na internet (www.nfe.fazenda.gov.br) já contabilizava cerca de 44 milhões de
notas fiscais autorizadas, abrangendo um montante aproximado de R$ 920 bilhões.
Uma das empresas pioneiras do projeto foi a Gerdau, que emite, mensalmente, 180 mil notas fiscais,
sendo que 72% desse volume já eletronicamente. As vantagens do novo modelo são atestadas por
Antônio Marques de Almeida, diretor de Serviços Compartilhados da siderúrgica. “Os principais
benefícios foram a redução de 4,7 milhões de folhas de papel por ano, o que baixou consideravelmente
os custos de impressão e aquisição de papel; diminuição de custos de armazenagem de documentos;
eliminação da digitação das notas fiscais na recepção das mercadorias; possibilidade de melhor
planejamento da logística de entrega pela recepção antecipada da informação; e também redução de
erros de escrituração por digitação incorreta das notas”, detalha.
O diretor da Gerdau também ressalta que a utilização da NF-e permite aprimorar a interação da
empresa com seus públicos de relacionamento. “Estamos hoje operando com a Nota Fiscal Eletrônica
em 17 Estados. E constatamos que a nova tecnologia melhora a relação com os clientes e fornecedores
pelo fato de trazer a antecipação das informações, o que permite melhor planejamento, melhor
gerenciamento e maior agilidade no processo de entrada de mercadorias”, comemora Almeida.
Como funciona?
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
“É função do Serpro prover a infra-estrutura do ambiente da receita, onde são armazenados todos os
documentos digitais relativos à NF-e e aos outros projetos do Sped. No caso da Nota Fiscal Eletrônica,
o nível de serviço acordado com os Estados é de, no máximo, três minutos para autorização, mas
estamos conseguindo fazer isso em poucos segundos”, afirma Divino Lisboa, coordenador do Sped pelo
Serpro.
As exceções dentro desses segmentos são apenas para os fabricantes de aguardente de cana e os de
vinho, com receita bruta anual até R$ 360 mil. Em abril de 2009, a obrigatoriedade passa a vigorar para
setores como atacadistas de alimentos e bebidas, material de limpeza, solventes, indústria de autopeças,
baterias automotivas, vasilhames para bebidas e também de importadores de veículos e de bebidas
alcoólicas. “Optamos por estabelecer obrigatoriedade de emissão de NF-e por segmento, visando
manter o equilíbrio da concorrência, com todos os interessados sujeitos às mesmas regras. Isso faz parte
dos objetivos do Sped, de justiça fiscal, maior rigor na fiscalização, atenção ao contribuinte, redução do
custo e transparência”, observa Eduardo Bruno Machado, supervisor de desenvolvimento do Sped na
RFB.
Ele destaca que, além dos setores incluídos na obrigatoriedade, várias organizações, de diferentes portes
e segmentos, têm aderido espontaneamente à emissão da NF-e. “Todos são unânimes em reconhecer os
ganhos obtidos, uma vez que a modalidade atende não só ao interesse do Fisco, como também das
próprias empresas. Segundo as empresas participantes, o investimento na adequação de sistemas é
amortizado num período muito curto. Por isso, várias aderiram voluntariamente à emissão de NF-e,
além daquelas obrigadas”, destaca Machado.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Estão incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas. O diário e o razão são,
para o Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido pelo
usuário. São previstas as seguintes formas de escrituração:
a) Diário Geral;
b) Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar);
c) Diário Auxiliar;
d) Razão Auxiliar;
e) Livro de Balancetes Diários e Balanços.
Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos contábeis. Este
livro é classificado, no Sped, como G - Livro Diário (completo, sem escrituração auxiliar). É o livro
Diário que independe de qualquer outro. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com
quaisquer dos outros livros (R, A, Z ou B).
O Código Civil traz, também, duas as exceções. A primeira delas diz respeito à utilização de
lançamentos, no Diário, por totais:
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento
respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da
empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta
dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar): é o livro Diário que contêm
escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 acima transcrito. Ele obriga à existência de
livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros G e B.
A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida: é o livro auxiliar previsto no nos
termos do § 1º do art. 1.184 acima mencionado, contendo os lançamentos individualizados das
operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida.
Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração): o
art. 1.183 determina que a escrituração será feita em forma contábil. As formas contábeis são: razão e
diário. Este é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar não se mostrar
adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo.
21
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O Art. 1.185 dispõe: “O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de
lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as
mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.” Tem-se, assim, a segunda exceção:
B - Livro Balancetes Diários e Balanços: somente o Banco Central regulamentou a utilização deste
livro e, via de regra, só é encontrado em instituições financeiras. O Sped não obsta a utilização
concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e de livros auxiliares.
PRAZOS DE ENTREGA
Não houve alteração nos prazos normais para apresentação dos livros. Para a Receita Federal, foi fixado
o último dia útil de junho do ano seguinte ao que se refere a escrituração (exceto nos casos de cisão,
fusão e incorporação. Nestas hipóteses, o prazo é o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência dos
eventos – exceto quando ocorrerem em 2008).
O lay-out das informações a serem entregues junto ao SPED Contábil pode ser observadas no link:
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-contabil/exemplos-de-
arquivos.htm
Nele pode-se observar o lay-out dos seguintes livros contábeis:
Z - Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração)
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se de certificação digital para fins de assinatura dos documentos
eletrônicos, em cuja forma digital fica garantida a validade jurídica.
Composto pelo tripé de ações – Nota Fiscal Eletrônica, SPED Contábil e SPED Fiscal, o SPED tem
como premissas a redução de custos para o contribuinte, com a racionalização e simplificação das
obrigações acessórias, com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel; a
propiciação de melhor ambiente de negócios para as empresas no país; a melhoria da qualidade, rapidez
no acesso e compartilhamento das informações. Pelo lado governamental objetiva-se tornar mais célere
a identificação de ilícitos tributários.
O sistema do SPED-Contábil pode ser baixado no site da Receita Federal por meio do link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Gerenciar Requerimento
Consultar Situação
Visualizar
Sair do Sistema
Para validar uma escrituração contábil, basta clicar em Validar Escrituração Contábil e buscar o arquivo
de origem a ser validado.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para assinar uma escrituração, basta clicar em Assinar Escrituração, selecionar a escrituração que deseja
assinar e clicar em OK.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para Transmitir uma Escrituração basta clicar em Transmitir Escrituração, selecionar a Escrituração a
ser transmitida e clicar em OK.
Para Consultar a Situação da Escrituração Contábil basta clicar em Consulta, selecionar a Escrituração a
ser consultada e clicar em OK.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para Excluir uma Escrituração Contábil basta clicar em Excluir, selecionar a Escrituração a ser excluida
e clicar em OK.
O sistema SPED-Contábil ainda possibilita que você visualize qualquer Escrituração da sua base de
dados ou o Recibo de Transmissão da Escrituração, para isso basta clicar em Visualizar e escolher o que
se pretende visualizar.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Sendo possível ainda, gerar e restaurar Cópias de Segurança das Escriturações e Recibos.
É um plano de contas, elaborado com base na DIPJ. As empresas em geral devem usar O plano
Publicado pela Receita Federal pelo Ato Declaratório Cofis nº 36/07. As financeiras utilizam o Cosif e
as seguradoras não precisam informar o registro I051.
Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de
contas da empresa e um padrão, possibilitando a eliminação de fichas da DIPJ. O e-Lalur (Livro
Eletrônico de Apuração do Lucro Real, um dos projetos do Sped) importará dados da escrituração
contábil digital e montará um “rascunho” correspondente a várias das fichas hoje existentes na DIPJ.
Assim, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no registro I051,
menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur. Quaisquer equívocos na sua indicação do plano de
contas referencial poderão ser corrigidos no e-Lalur.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
R.: Podem ser incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas. O diário e o
razão são, para o Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido
pelo usuário. São previstas as seguintes formas de escrituração:
a) Diário Geral;
b) Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar);
c) Diário Auxiliar;
d) Razão Auxiliar;
e) Livro de Balancetes Diários e Balanços.
Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos contábeis. Este
livro é classificado, no Sped, como G - Livro Diário (completo, sem escrituração auxiliar). É o livro
Diário que independe de qualquer outro. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com
quaisquer dos outros livros (R, A, Z ou B).
O Código Civil traz, também, duas as exceções. A primeira delas diz respeito à utilização de
lançamentos, no Diário, por totais:
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento
respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da
empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta
dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar): é o livro Diário que contêm
escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 acima transcrito. Ele obriga à existência de
livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros G e B.
A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida: é o livro auxiliar previsto no nos
termos do § 1º do art. 1.184 acima mencionado, contendo os lançamentos individualizados das
operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração): o
art. 1.183 determina que a escrituração será feita em forma contábil. As formas contábeis são: razão e
diário. Este é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar não se mostrar
adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo.
O Art. 1.185 dispõe: “O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de
lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as
mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.” Tem-se, assim, a segunda exceção:
B - Livro Balancetes Diários e Balanços: somente o Banco Central regulamentou a utilização deste
livro e, via de regra, só é encontrado em instituições financeiras. O Sped não obsta a utilização
concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e de livros auxiliares.
A numeração dos livros é seqüencial, por tipo de livro, independente de sua forma (em papel, fichas,
microfichas ou digital). Para maiores esclarecimentos, consulte a legislação do Departamento Nacional
de Registro do Comércio no link a seguir:
http://www.dnrc.gov.br/Legislacao/MinutaIN107maio2008.pdf.
Os requerimentos de extravio, deterioração ou destruição não serão aceitos quando o livro “original”
tiver sido enviado para o Sped e ainda estiver em sua base de dados. Neste caso e enquanto não
disponível o download do livro para o seu titular, solicite uma cópia a um dos membros do Sped que
possa ter acesso à escrituração.
Para que o livro colocado em exigência possa ser autenticado é indispensável a remessa de novo livro
(com as correções necessárias, se for o caso) com requerimento de “substituição de livro colocado em
exigência pela Junta Comercial”.
Será implantada funcionalidade para permitir ao titular fazer download da própria escrituração, com
utilização de certificado digital da empresa, de seu representante legal ou de seu procurador.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O mesmo ato normativo disciplina a recomposição da escrituração nos casos de extravio, destruição ou
deterioração:
Art. 26. Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de escrituração,
o empresário ou a sociedade empresária fará publicar, em jornal de grande circulação do local de seu
estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste fará minuciosa informação, dentro de quarenta e
oito horas à Junta Comercial de sua jurisdição.
§ 1º Recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de ordem do
substituído, devendo o Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a ocorrência comunicada.
§ 2º A autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o cumprimento do
disposto no caput deste artigo.
§ 3º No caso de livro digital, enquanto for mantida uma via do instrumento objeto de extravio,
deterioração ou destruição no Sped, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo, devendo o
empresário ou sociedade obter reprodução do instrumento junto à administradora daquele Sistema.”
São, no mínimo, dois signatários: a pessoa física que, segundo os documentos arquivados na Junta
Comercial, tiver poderes para a prática de tal ato e o contabilista. Assim, devem ser utilizados somente
certificados digitais e-PF ou e-CPF, com segurança mínima tipo A3. Não existe limite para a quantidade
de signatários e os contabilistas devem assinar por último.
Somente se for a mesma pessoa que, segundo os documentos arquivados na Junta Comercial, tiver
poderes para a prática de tal ato. Esta verificação será feita pela Junta Comercial.
Não. Conforme Instrução Normativa DNRC 107/08, o Livro Digital deve ser assinado com certificado
digital de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Consulte a Junta Comercial de sua jurisdição para obter a informação. A Junta Comercial de Minas
Gerais dispensa o preenchimento do campo.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A Receita Federal estabeleceu, para fins fiscais e previdenciários, a obrigatoriedade pelo art. 3º da
Instrução Normativa nº 787/07:
I – em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, as pessoas jurídicas
sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 11.211,
de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real;
II – em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, as demais pessoas
jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.
Não houve alteração nos prazos normais para apresentação dos livros. Para a Receita Federal, foi fixado
o último dia útil de junho do ano seguinte ao que se refere a escrituração (exceto nos casos de cisão,
fusão e incorporação. Nestas hipóteses, o prazo é o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência dos
eventos – exceto quando ocorrerem em 2008).
É um conjunto de informações para identificar as pessoas físicas e jurídicas com as quais a empresa tem
alguns tipos de relacionamentos específicos. Somente devem ser informados os participantes com os
quais a empresa tenha um dos seguintes relacionamentos:
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A grande maioria dos clientes e fornecedores das empresas não preenche os requisitos para serem
incluídas nos registros 0150.
14) O que se entende por plano de contas referencial e qual sua finalidade?
Conforme as regras de validação (anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 36/07), o registro I051 não é
obrigatório.
É um plano de contas, elaborado com base na DIPJ. As empresas em geral devem usar O plano
Publicado pela Receita Federal pelo Ato Declaratório Cofis nº 36/07. As financeiras utilizam o Cosif e
as seguradoras não precisam informar o registro I051.
Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de
contas da empresa e um padrão, possibilitando a eliminação de fichas da DIPJ. O e-Lalur (Livro
Eletrônico de Apuração do Lucro Real, um dos projetos do Sped) importará dados da escrituração
contábil digital e montará um “rascunho” correspondente a várias das fichas hoje existentes na DIPJ.
Assim, quanto mais precisa for sua indicação dos códigos das contas referenciais no registro I051,
menor o trabalho no preenchimento do e-Lalur. Quaisquer equívocos na sua indicação do plano de
contas referencial poderão ser corrigidos no e-Lalur.
15) Onde deve ser informado o código da conta analítica do plano de contas adotado pela
empresa?
A Escrituração Contábil Digital é a contabilidade comercial das empresas e, portanto, baseada no plano
de contas que a empresa utiliza para o registro habitual dos fatos contábeis. Assim, os códigos das
contas analíticas do plano da empresa são os que devem ser informados nos seguintes registros:
I015: Identificação das Contas da Escrituração Resumida a que se Refere a Escrituração Auxiliar
I050: Plano de Contas
I155: Detalhe dos Saldos Periódicos
I250: Partidas do Lançamento
I310: Detalhes do Balancete Diário
I355: Detalhes dos Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento
Conforme as regras de validação (anexo ao Ato Declaratório Cofis nº 36/07), o registro I052 não é
obrigatório, podendo ser livremente estabelecido pela empresa. Na grande maioria dos casos, a empresa
utiliza contas sintéticas do próprio plano de contas como “código de aglutinação”.
Tem por finalidade estabelecer uma relação (um DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de
contas da empresa e as linhas de maior detalhamento das demonstrações contábeis (bloco J). O
Programa Validador e Assinador – PVA do Sped Contábil totaliza os registros de saldos periódicos, na
data do balanço, com base no código de aglutinação. O valor assim obtido é confrontado com as
informações constantes do balanço (bloco J). O mesmo procedimento é adotado para conferência dos
valores lançados na Demonstração do Resultado do Exercício. A diferença é que os valores totalizados
são obtidos dos registros de “saldo das contas de resultado antes do encerramento”. Havendo
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
3. SPED - FISCAL
3 - SPED FISCAL
3.1 - Obrigatoriedade de utilização Protocolo 73/2008 X Despacho nº 63/2008
O QUE É O SPED-FISCAL?
A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo com leiaute
estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras informações de
interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este
arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA)
fornecido pelo Sped.
Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina virtual do Java.
Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio Programa Validador, com
possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
DESPACHO 63/2008
O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso das atribuições
que lhe são conferidas pelo inciso IX, do art. 5º do Regimento desse Conselho, e em cumprimento ao
disposto no artigo 40 desse mesmo diploma, faz publicar o seguinte Protocolo ICMS, celebrado entre as
respectivas unidades federadas:
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
PROTOCOLO 73/2008
Dispõe sobre a remessa de soja em grão do Estado do Tocantins para industrialização, por encomenda,
no Estado da Bahia com suspensão do imposto.
Os Estados do Tocantins e da Bahia, neste ato representado pelos seus respectivos Secretários de Estado
de Fazenda, considerando o disposto nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966), e tendo em vista o disposto no parágrafo único da cláusula primeira do
Convênio AE-15/74, de 11 de dezembro de 1974, com a redação dada pela cláusula segunda do
Convênio ICMS 34/90, de 13 de setembro de 1990, resolvem celebrar o seguinte
PROTOCOLO
Cláusula primeira Acordam os Estados signatários em estabelecer que a suspensão do ICMS prevista no
Convênio AE - 15/74, de 11 de dezembro de 1974, reconfirmado pelo Convênio 34/90, de 13 de
setembro de 1990, será aplicada à saída de soja em grão promovida pelos estabelecimentos
tocantinenses da BUNGE ALIMENTOS S.A, especificados no Anexo Único, para fins de
industrialização em estabelecimento da própria empresa, situado no Município de Luiz Eduardo
Magalhães, Estado da Bahia, inscrito no CNPJ nº 84.046.101/0228-39 e inscrição estadual nº
28.835.923-NO, localizada à Rod. BR 242, KM 01, e destinada à produção de farelo de soja, código
2302.50.00 da NCM e óleo de soja em bruto, mesmo degomado, código 1507.10.00 da NCM, os quais
doravante, passam a serem denominados, respectivamente, ENCOMENDANTE e
INDUSTRIALIZADOR.
§ 1º A suspensão prevista nesta cláusula:
I - abrange a remessa de até 200.000 toneladas/ano de soja em grãos para industrialização no Estado da
Bahia;
II - fica condicionada ao retorno real ou simbólico dos produtos resultantes da industrialização para o
ENCOMENDANTE, no prazo de 120 (cento e vinte) dias improrrogáveis, contados da data da
respectiva saída;
III - somente poderá ser fruída após a expressa manifestação por instrumento público lavrado,
individualmente, pelos contribuintes especificados no Anexo Único e arquivado na repartição fiscal do
seu domicilio, declarando aceitação dos termos deste protocolo e, renunciando, na hipótese de saída não
tributada por qualquer motivo, posterior àquelas previstas neste instrumento, ao crédito pertinente à
matéria prima, insumos, material secundário e outros, inclusive aquele oriundo do valor adicionado ou
debitado a qualquer título;
IV - está condicionada:
a) à regularidade e à idoneidade fiscal da operação e ao cumprimento da legislação fiscal de regência;
b) a saída tributada pelo ENCOMENDANTE, do "óleo de soja" com rendimento mínimo de 19%, para
o mercado nacional, resultado da industrialização processada com insumo remetido sob abrigo deste
protocolo;
c) a saída de "Farelo de Soja" destinada à exportação ou ao retorno real a destinatário localizado no
estado de Tocantins;
d) ao destaque e ao recolhimento mensal do ICMS devido sobre a industrialização efetuada pelo
estabelecimento INDUSTRIALIZADOR.
§ 2º Não será aplicada a suspensão na operação:
I - pendente ou futura, realizada a partir da data em que cessar, por qualquer motivo, os efeitos da
manifestação exarada nos termos do inciso III do § 1º desta cláusula;
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Assinatura digital,
Prazo de entrega,
Compartilhamento de informações,
Leiaute e
Orientações gerais.
O sistema do SPED-Fiscal pode ser baixado no site da Receita Federal por meio do link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Verificar pendências
Assinatura
Transmitir
Para cadastrar um novo contribuinte, basta entrar em Contribuinte e clicar em Cadastrar Contribuinte. O
mesmo link possibilita abrir um cadastro ou até excluir um cadastro.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para Transmitir uma Escrituração basta clicar em Transmitir Escrituração, selecionar a Escrituração a
ser transmitida e clicar em OK.
Sendo possível ainda, gerar e restaurar Cópias de Segurança das Escriturações e Recibos.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Os prazos para a apresentação da EFD serão estabelecidos pelas respectivas Secretarias de Fazenda de
cada estado.
Resposta: A Cláusula sétima do Convênio ICMS 143/06 estabelece que a escrituração prevista na forma
deste convênio substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros:
I - Registro de Entradas;
II - Registro de Saídas;
III - Registro de Inventário;
IV - Registro de Apuração do IPI;
V - Registro de Apuração do ICMS.
Resposta: A partir de 01 de janeiro de 2009, poderá ser exigido de todos os contribuintes de ICMS e/ou
IPI, de acordo com os cronogramas a serem estabelecidos pelas Secretarias de Fazenda estaduais e RFB
(exceto os contribuintes sediados no Distrito Federal e Pernambuco).
41
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Resposta: Os prazos para a apresentação da EFD serão estabelecidos pelas respectivas Secretarias de
Fazenda de cada estado.
Resposta: O arquivo digital poderá conter mais de um período de apuração desde que pertençam ao
mesmo mês civil.
Exemplo: Contribuinte do IPI com apuração decendial e mensal irá apresentar uma EFD para todo o
período mensal.
Resposta: O leiaute de que trata a cláusula quarta do Convênio ICMS nº 143/06 é o que consta no Ato
Cotepe nº 09/08 e 19/08.
Resposta: A escrituração Fiscal Digital está prevista no Convênio ICMS 143 de 15 de dezembro de
2006 (DOU de 20/12/06).
Resposta: As Secretarias de Fazenda irão enquadrar as empresas obrigadas à EFD para que sejam
apresentados alguns registros de forma detalhada ou de forma consolidada. Exemplo: Se a empresa for
enquadrada no Perfil A – terá que apresentar todos os documentos de forma detalhada, tais como:
a) itens de cupom fiscal registros C460 e C470.
b) itens do resumo diário de notas de venda a consumidor (código 02) registro C321.
No entanto, se a empresa fosse enquadrada no Perfil B, deixaria de informar os itens do resumo diário
de notas de venda ao consumidor – registro C321. Também não se informaria os registros C460 e C470
(detalhamento do cupom fiscal), porém, informaria os itens de forma consolidada – registro C425,
referente à redução Z informada.
Resposta: A empresa com diversos estabelecimentos deverá entregar um arquivo da EFD por
estabelecimento contribuinte de ICMS e/ou IPI, exceto quando autorizado pelo fisco estadual, nos casos
de autorização para centralização da escrita fiscal.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para obter mais informações sobre o NF-e, conhecer o modelo operacional, detalhes técnicos ou a
legislação já editada sobre o tema, acesse o seguinte endereço: www.nfe.fazenda.gov.br
A integração e a cooperação entre Administrações Tributárias têm sido temas muito debatidos em
países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil, possuem forte grau de descentralização
fiscal.
Atualmente, as Administrações Tributárias despendem grandes somas de recursos para captar, tratar,
armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os volumes
de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo intenso e, na
mesma proporção, aumentam os custos inerentes à necessidade do Estado de detectar e prevenir a
evasão tributária.
Assim, o projeto justifica-se pela necessidade de investimento público voltado para integração do
processo de controle fiscal, possibilitando:
a) Melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;
b) Redução de custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias
e o pagamento de impostos e contribuições;
c) Fortalecimento do controle e da fiscalização.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
e) Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Receita Federal e demais
Secretarias de Fazendas Estaduais;
f) Fortalecimento da integração entre os fiscos, facilitando a fiscalização realizada pelas
Administrações Tributárias devido ao compartilhamento das informações das NF-e;
g) Rapidez no acesso às informações;
h) Eliminação do papel;
i) Aumento da produtividade da auditoria através da eliminação dos passos para coleta dos
arquivos;
j) Possibilidade do cruzamento eletrônico de informações.
A implementação da NF-e permite uma melhor integração e colaboração da cadeia de valor das
empresas, através da adoção de tecnologia webservices, permitindo com isto melhorias da performance
operacional. Conheça os impactos positivos da NF-e e veja como o projeto vem de encontro às
necessidades e desafios do mercado global.
O que é?
O projeto de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) institui um novo modelo digital de documento fiscal que
substitui o modelo tradicional de papel em todo território brasileiro.
No Brasil, estima-se que são emitidos 100 milhões de notas fiscais por mês. Destas, 60 milhões só no
Estado de São Paulo. Com esse dado é possível medir o impacto positivo, agilidade e economia que se
alcançará nos processos de negócios com a adoção da Nota Fiscal Eletrônica.
A proposta do projeto pretende eliminar, dentro de um cronograma definido pelos Governos Federal e
Estaduais, a emissão e o trânsito de notas fiscais de papel no território nacional. Este é um marco na
questão da modernização tecnológica envolvendo políticas públicas.
Como funciona?
A empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico, assinado digitalmente com informações
fiscais da operação comercial.
Através da Internet, o documento eletrônico é enviado para a Secretaria da Fazenda que devolverá a
Autorização de Uso, sem a qual não há o trânsito da mercadoria.
A NF-e também será enviada para a Receita Federal, que servirá de repositório nacional de todas as
notas eletrônicas emitidas (Ambiente Nacional).
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para garantir esta segurança, escalabilidade e confiabilidade, a solução desenvolvida utiliza tecnologia
Microsoft tais como: BizTalk Server 2006, SQL 2005, com codificação sob.NET - tanto como
ferramenta de processamento das requisições de envio e transmissão de nota, como de interface com o
legado (ex: ERP’s)
Trata-se de uma solução sólida, inteiramente disponível e que atende as especificações governamentais
definidas no ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Auditores Tributários.
Impactos e benefícios
A implantação do projeto NF-e constituirá no importante avanço tecnológico facilitador para todos os
envolvidos. Entre os principais benefícios identificados nos estudos preliminares, destacam-se:
Uma versão piloto do sistema de pagamento de impostos on-line começou a ser avaliada em seis
estados - São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Goiás e Maranhão. O Projeto NF-e foi
desenvolvido em parceria com 19 empresas, que se habilitaram a participar do projeto-piloto. Mais
informações.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A adaptação dos contribuintes e da sociedade a este novo modelo será gradativa. Na primeira fase (pré-
operacional, com duração de abril a julho de 2006), a emissão das NF-e ocorre ao mesmo tempo às
tradicionais emissões de notas fiscais em papel. Nesta fase, as NF-e não terão validade tributária.
Em agosto de 2006, inicia-se a segunda fase, com a ampliação da quantidade de empresas e estados
emissores. A partir de janeiro de 2007, a NF-e será disseminada nacionalmente de maneira oficial.
A Microsoft participa ainda e outras implementações de sucesso como por exemplo a ocorrida no Chile.
No país, o processo já acontece há mais de quatro anos em território nacional e atualmente, 50% das
notas já trafegam pelo sistema eletrônico.
Quando o Emissor de Cupom Fiscal (ECF) foi criado, anunciava-se o fim das fraudes no varejo, porém, a partir de falhas sistêmicas, equipamentos e
pareceres do Confaz foram anulados, comprometendo, desta forma, os pilares básicos de tal projeto, tais como os requisitos específicos de segurança da
informação e a comprovação eficiente da autenticidade e integridade. Estes pareceres "garantiam" a inviolabilidade das máquinas ECF, mas as armas da
sonegação fiscal sempre encontram os seus caminhos.
Já com a Nota Fiscal Eletrônica, a situação ainda é mais delicada, uma vez que o contribuinte não poderá ser condenado pelo ataque de "crakers" - caso
não sejam identificados os criminosos virtuais. Dentro deste cenário de implantação da NF-e, temos também o aumento das fraudes nos bancos: foram
registradas, pelos usuários da Internet, 28.133 notificações de fraudes no primeiro trimestre, o que representa 126% acima dos 12.438 casos no mesmo
período em 2005. Golpes bancários lideram o ranking, com 12.099 casos - aumento de 447%.
Segundo a Febraban, a falta de uma legislação específica para crimes virtuais no Brasil é hoje uma das barreiras para o combate desse tipo de fraude. Por
conta dessa lacuna, a Polícia Federal e a Justiça acabam tratando esse tipo de delito pela legislação comum. E quais as garantias ao contribuinte? Qual a
segurança ao Estado-Cidadão-Arrecadador? Vamos deixar estas perguntas no ar até para meditarmos. Até porque o projeto NF-E é esta em fase de testes.
Para a mudança deste lamentável quadro seriam necessárias alterações no Código Penal Brasileiro da década de 40. Não é outro o objetivo do amplo
Projeto de Lei 89/2003, que atualmente tramita no Senado Federal.
De acordo com estimativas da Febraban - Federação Brasileira de Bancos, as instituições aplicam cerca de US$ 1,2 bilhão por ano no sistema para
melhorar a segurança dos clientes, sejam usuários de cartões ou Internet Banking. Acredito firmemente que não apenas as empresas serão obrigadas a
realizar milionários investimentos em sistemas de segurança para garantir a idoneidade de seus documentos, mas o Estado será obrigado a realizar o
mesmo investimento, uma vez que, passará a oferecer este serviço a todos os Contribuintes.
Dentro deste cenário, com apoio da FIESP, realizei convite ao Diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Dr. Geraldo Bertolo, e um dos maiores
especialistas da Polícia Federal o Dr. PHD Dr. Paulo Quitiano, para discutir temas relacionados a fraudes virtuais. O seminário promovido pela FIESP, sobre
a implantação da NF-E, ocorreu no dia 10 de maio p.p.
Dr. Helcio Honda Assessor jurídico da Fiesp, sempre participativo, achou importante que as empresas discutam o assunto abertamente e coloquem suas
dúvidas. "O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que venha substituir a sistemática
atual de emissão do documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações
acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco". (Clique aqui) Oller
mencionou que o processo deve ter um envolvimento efetivo das empresas oriundas da iniciativa privada.
Após os debates sugeri que o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal pudesse participar mais ativamente do ENCAT - Encontro Nacional dos
Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. O INC tem muito a oferecer em preventivamente ao Estado-Cidadão-Arrecadador. O
Coordenador da Administração Tributária - CAT, Sr. Henrique Shiguemi Nakagaki informou que irá propor aos demais membros do ENCAT, a possibilidade
do INC da Polícia Federal participar do Projeto NF-E, de forma preventiva, trazendo novos argumentos e sugestões sobre segurança. O Dr. Geraldo Bertolo
ressaltou que o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, com sede no Distrito Federal, atualmente é um dos mais modernos do mundo.
Outro fato relevante, anunciado no final de março deste ano, se refere à facilidade da atuação de quadrilhas especializadas em realizar fraudes
eletrônicas contra a Receita Federal. A Superintendência Paulista da Polícia Federal anunciou que realizou operações para prender estes criminosos, cujos
atos de retirada de Certidões Negativas de Débitos Falsas, causaram prejuízo estimado de 100 milhões de reais ao órgão.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Para o Delegado da Polícia Federal, Sr. Adaíton de Almeida, da Operação Pegasus, a legislação brasileira deveria ser mais ágil para facilitar as
investigações, a Policia Federal defende maior rigor na lei de combate ao crime virtual, e prendeu, recentemente, um dos líderes da quadrilha de
clonagem de cartões de crédito, deflagrou em dezembro/2005, uma operação que agia em cinco estados, que tinha como objetivo desmontar uma
quadrilha de crackers especializada em aplicar golpes bancários pela Internet - este grupo causou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão por mês ao sistema
financeiro. Segundo o delegado, fica o questionamento se as Secretarias de Fazenda suportam estas perdas e golpes, pois, foi verificado que os agentes
envolvidos no Projeto NF-E não convidaram o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal para participar dos processos preventivos contra
fraudes, dos quais, serão vitimados os contribuintes, bem como, servirão de veículo para sonegação impune por outros.
De certa forma, há indícios de que os criminosos virtuais irão utilizar documentos supostamente autênticos, emitidos e "autenticados" pela tão
comemorada certificação digital, para acobertar roubo de cargas, sonegação fiscal e outros crimes. O número de brechas de segurança relacionadas à
internet, utilizadas por "crackers" para furtar dados de usuários, deu um salto de 34% no segundo semestre de 2005, alcançando o mais alto patamar dos
últimos sete anos. Foram descobertos 1.896 falhas de segurança relacionadas à internet, comparativamente as 1.416 falhas do mesmo período de 2004,
segundo um relatório da Symantec Corp, a maior fabricante mundial de softwares antivírus, em seu relatório sobre ameaças à segurança na Internet. Os
criminosos virtuais estão se aproveitando dessas brechas para roubar dados sobre contas bancárias, cartões de crédito e outras informações pessoais. O
estudo informa, ainda, sobre a tendência relativa a invasões mais sigilosas de computadores pessoais. Essa tendência se opõe aos ataques destinados a
exibir as habilidades dos intrusos, que costumavam tirar do ar alguns sites, por exemplo.
No início do ano a Gazeta Mercantil anunciava que "a Fraude virtual é 80% da perda de bancos com roubo". Tal a preocupação hoje com o forte impacto
das fraudes eletrônicas sobre o setor bancário, em face de seus clientes, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defende que esse tipo de
irregularidade passe a constar na legislação do país como crime inafiançável. Segundo a Entidade, a falta de uma legislação específica para crimes virtuais
no Brasil é hoje uma das barreiras para o combate desse tipo de fraude. Por conta dessa lacuna, a Polícia Federal e a Justiça acabam tratando esse tipo de
delito pela legislação comum. Desta forma, não há garantias ao contribuinte nem segurança ao Estado-Cidadão-Arrecadador. Para a mudança deste
lamentável quadro seriam necessárias alterações no Código Penal Brasileiro da década de 40. Não é outro o objetivo do amplo Projeto de Lei 89/2003,
que atualmente tramita no Senado Federal.
De acordo com estimativas da Febraban, as instituições aplicam cerca de US$ 1,2 bilhão por ano no sistema para melhorar a segurança dos clientes, sejam
usuários de cartões ou Internet Banking. Num futuro próximo, não apenas as empresas serão obrigadas a realizar milionários investimentos em sistemas
de segurança para garantir a idoneidade de seus documentos, como também o Estado será obrigado a realizar o mesmo investimento, uma vez que,
passará a oferecer este serviço a todos os contribuintes.
O Anonimato e a impunidade são fatores que deixam os criminosos estimulados. Para especialistas, a elaboração de normas claras e fundamentais para
proporcionar à efetiva punição destes criminosos, armas de defesa e prova aos Contribuintes e ao Estado-Cidadão-Arrecadador, devem ser, os quantos
antes, colocados à disposição das autoridades e empresários. Portanto, pelo Código Penal, a sensação de impunidade ainda persistirá, em face da
ausência de meios legalmente adequados ao combate dos cibercrimes e a criação de meios de defesa aos contribuintes.
Atualmente, nada abala tanto o consumidor mundial como o roubo de dados pessoais ou financeiros. A conclusão é de uma pesquisa da Visa
International, que ouviu seis mil pessoas em 12 países. A pesquisa foi feita em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Alemanha e emergentes,
incluindo Brasil, México e ?ndia. Nos emergentes, a preocupação com roubo de dados, de senhas e do próprio cartão é bem maior que nas economias do
primeiro mundo.
Em face desse cenário, a Nota Fiscal Eletrônica é uma realidade a ser estudada com cuidado e ponderação pelas autoridades. Este documento digital é
uma realidade que precisa ser acompanhada de perto pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e Ministério Público, de forma ampla e
completa, pois tais casos de fraudes são alarmantes e preocupantes.
Curioso notar que as etiquetas inteligentes, que embutem num chip as informações de produto e as transmitem por radiofreq?ência, não são tão seguras
como parecem. Cientistas da Universidade Vrije há Holanda, encontraram falhas no software de leitura dos chips que, se exploradas por vírus, poderiam
fazer o sistema confundir as informações enviadas pelas etiquetas, alterando o preço do produto, por exemplo. Vide revista Info do mês de abril de 2.006.
Len Hynds, chefe da luta contra os crimes da internet na Inglaterra diz que todo policial tem de dominar as novas tecnologias. Para o Banco Mundial o
valor das fraudes por meio virtual já ultrapassa os números do tráfico de drogas. Ou seja, os criminosos têm muito dinheiro para investir.O Dr. Paulo do
INC recomendou que os pais cuidem de seus filhos, porque as quadrilhas estão recrutando menores que tem habilidades especiais com computadores.
O crime na internet e a impunidade tornaram-se um ciclo vicioso que do ponto de vista tecnológico parece não ter limites. "Nós criamos uma civilização
global em que elementos cruciais - como as comunicações, o comércio, a educação e até a instituição democrática do voto - dependem profundamente
da ciência e da tecnologia. Também criamos uma ordem em que quase ninguém compreende a ciência e a tecnologia. É uma receita para o desastre.
Podemos escapar ilesos por algum tempo, porém mais cedo ou mais tarde essa mistura inflamável de ignor?ncia e poder vai explodir na nossa cara".
Gostaria de agradecer ao Dr. Hélcio Honda, pela oportunidade de promovermos um debate extremante produtivo e inovador. O Coordenador da
Administração Tributária - CAT, Sr. Henrique Shiguemi Nakagaki, cumprimento pela iniciativa de envolver o Instituto Nacional de Criminalística, neste
relevante projeto Nacional. Dentro deste cenário, harmonioso e produtivo, agradeço a presença do Dr. Geraldo Bertolo e do Dr. Paulo Quintino.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A principal mudança para os destinatários da NF-e, seja ele emissor ou não deste documento, é a
obrigação de verificar a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital, bem como a
concessão da Autorização de Uso da NF-e mediante consulta eletrônica nos sites das Secretarias de
Fazenda ou Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica (www.nfe.fazenda.gov.br).
Para verificar a validade da assinatura e autenticidade do arquivo digital o destinatário tem à disposição
o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil - disponível na opção
“download” do Portal Nacional da NF-e.
O emitente e o destinatário da NF-e deverão conservar a NF-e em arquivo digital pelo prazo previsto na
legislação, para apresentação ao fisco quando solicitado, e utilizar o código “55” na escrituração da NF-
e para identificar o modelo.
Caso o cliente não seja credenciado a emitir NF-e, alternativamente à conservação do arquivo digital já
mencionada, ele poderá conservar o DANFE relativo à NF-e e efetuar a escrituração da NF-e com base
nas informações contidas no DANFE, desde que feitas as verificações citadas acima.
Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá
exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado
por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de
segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades
definidas no Protocolo ICMS 88/07.
Nota Fiscal Eletrônica pode ser utilizada em substituição à Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A em
todas as operações documentadas por este tipo de documento fiscal, inclusive nas vendas a Órgãos
Públicos e empresas públicas.
O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação gráfica simplificada da
NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta
às suas informações na Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito.
O Órgão Público receberá o DANFE juntamente com a mercadoria e deverá realizar a verificação da
validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital da NF-e (o destinatário tem à
disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil) e a concessão da
Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da Fazenda o Portal Nacional da
NF-e.
Nos casos em que o emitente for obrigado ao uso da NF-e, a obrigatoriedade de emissão de NF-e aplica
se a todas as operações praticadas em todos os estabelecimentos, sendo vedada a emissão de Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A.
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Os contribuintes emitentes que não são obrigados a emitirem NF-e, pois decidiram a adoção do modelo
de forma espontânea, deverão, preferencialmente, emitir NF-e, cabendo a eles a decisão da emissão da
Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A ou Nota Fiscal Eletrônica, conforme sua conveniência.
Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá
exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado
por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de
segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades
definidas no Protocolo ICMS 88/07.
OS SERVIÇOS DA WEB
Todas as informações com relação aos serviços oferecidos pela Web com relação a NF-e e seus
documentos acessórios podem ser observados no link:
http://www1.receita.fazenda.gov.br/nfe/default.htm
Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de existência apenas digital,
emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de
circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua validade jurídica
é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção,
pelo Fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador.
A Nota Fiscal Eletrônica tem validade em todos os Estados da Federação e já é uma realidade na
legislação brasileira desde outubro de 2005. Foram aprovados:
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
c) O Ato COTEPE 14/2007 dispõe sobre as especificações técnicas da NF-e. Este Ato COTEPE
contempla o Manual de Integração do Contribuinte que contém todo o detalhamento técnico da
Nota Fiscal Eletrônica e do DANFE.
A Nota Fiscal Eletrônica proporciona benefícios a todos os envolvidos em uma transação comercial.
Para os emitentes da Nota Fiscal Eletrônica (vendedores) podemos citar os seguintes benefícios:
Redução de custos de impressão do documento fiscal , uma vez que o documento é emitido
eletronicamente. O modelo da NF-e contempla a impressão de um documento em papel, chamado de
Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), cuja função é acompanhar o trânsito das
mercadorias ou facilitar a consulta da respectiva NF-e na internet. Apesar de ainda haver, portanto, a
impressão de um documento em papel, deve-se notar que este pode ser impresso em papel comum A4
(exceto papel jornal), geralmente em apenas uma via;
Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira . Com a NF-e, os processos
de fiscalização realizados nos postos fiscais de fiscalização de mercadorias em trânsito serão
simplificados, reduzindo o tempo de parada dos veículos de cargas nestas unidades de fiscalização;
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias ,uma vez que poderá adaptar seus
sistemas para extrair as informações, já digitais, do documento eletrônico recebido. Isso pode
representar redução de custos de mão-de-obra para efetuar a digitação, bem como a redução de
possíveis erros de digitação de informações;
GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das
empresas emitentes;
Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B) , pelos motivos já expostos
anteriormente.
GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das
empresas emitentes;
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de
mercadorias em trânsito;
GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos , conforme os motivos expostos nos benefícios das
empresas emitentes;
Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da Receita Federal e
demais Secretarias de Fazendas Estaduais (Sistema Público de Escrituração Digital ? SPED).
Atualmente a legislação nacional permite que a NF-e substitua apenas a chamada nota fiscal modelo 1 /
1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas
jurídicas.
Não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação como, por
exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal.
Os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem continuar a ser emitidos de acordo com a
legislação em vigor.
5) Para quais tipos de operações (ex: entrada, saída, importação, exportação, simples remessa) a
NF-e pode ser utilizada?
A NF-e substitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que
estes documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo: a Nota Fiscal de entrada, operações
de importação, operações de exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples
remessa.
O Protocolo ICMS 30/07 de 06/07/2007, alterou disposições do Protocolo ICMS 10/07 e estabeleceu a
obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a partir de 1º de abril de 2008, para os
contribuintes:
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
I - fabricantes de cigarros;
II - distribuidores de cigarros;
V - transportadores e revendedores retalhistas – TRR, assim definidos e autorizados por órgão federal
competente.
O Protocolo ICMS 88/07 de 14/12/2007, alterou disposições do Protocolo ICMS 10/07 e estabeleceu a
obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a partir de DEZEMBRO de 2008, para
os contribuintes:
XI – fabricantes de refrigerantes;
XII – agentes que assumem o papel de fornecedores de energia elétrica, no âmbito da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Excepcionalmente, a cláusula segunda do Protocolo ICMS 10/2007, estabelece os casos especiais onde
são permitas a emissão de notas fiscais modelos 1 e 1A, conforme apresentado abaixo:
A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição a Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não se aplica:
• na hipótese dos distribuidores ou atacadistas de cigarros, às operações praticadas por contribuinte que
tenha como atividade preponderante o comércio atacadista, desde que o valor das operações com
cigarros não ultrapasse 5% (cinco por cento) do valor total das saídas nos últimos (12) doze meses;
7) O que muda para meu cliente se minha empresa passar a utilizar NF-e em suas operações?
A principal mudança para os destinatários da NF-e, seja ele emissor ou não deste documento, é a
obrigação de verificar a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital, bem como a
concessão da Autorização de Uso da NF-e mediante consulta eletrônica nos sites das Secretarias de
Fazenda ou Portal Nacional da Nota Fiscal Eletrônica (www.nfe.fazenda.gov.br).
Para verificar a validade da assinatura e autenticidade do arquivo digital o destinatário tem à disposição
o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil - disponível na opção
“download” do Portal Nacional da NF-e.
O emitente e o destinatário da NF-e deverão conservar a NF-e em arquivo digital pelo prazo previsto na
legislação, para apresentação ao fisco quando solicitado, e utilizar o código “55” na escrituração da NF-
e para identificar o modelo.
Caso o cliente não seja credenciado a emitir NF-e, alternativamente à conservação do arquivo digital já
mencionada, ele poderá conservar o DANFE relativo à NF-e e efetuar a escrituração da NF-e com base
nas informações contidas no DANFE, desde que feitas as verificações citadas acima.
Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá
exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado
por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades
definidas no Protocolo ICMS 88/07.
8) A Nota Fiscal Eletrônica e o seu documento auxiliar – DANFE - podem ser utilizados para
documentar vendas de mercadorias a Órgãos Públicos (Administração Direta ou Indireta) e
empresas públicas?
Sim, a Nota Fiscal Eletrônica pode ser utilizada em substituição à Nota Fiscal em papel modelo 1 ou 1A
em todas as operações documentadas por este tipo de documento fiscal, inclusive nas vendas a Órgãos
Públicos e empresas públicas.
O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação gráfica simplificada da
NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta
às suas informações na Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito.
O Órgão Público receberá o DANFE juntamente com a mercadoria e deverá realizar a verificação da
validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital da NF-e (o destinatário tem à
disposição o aplicativo “visualizador”, desenvolvido pela Receita Federal do Brasil) e a concessão da
Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da Fazenda o Portal Nacional da
NF-e.
Não, esta exigência não poderá ser feita pelos destinatários. Nos casos em que o emitente for obrigado
ao uso da NF-e, a obrigatoriedade de emissão de NF-e aplica se a todas as operações praticadas em
todos os estabelecimentos, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.
Os contribuintes emitentes que não são obrigados a emitirem NF-e, pois decidiram a adoção do modelo
de forma espontânea, deverão, preferencialmente, emitir NF-e, cabendo a eles a decisão da emissão da
Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A ou Nota Fiscal Eletrônica, conforme sua conveniência.
Atenção: Relativamente às operações em que seja obrigatória a emissão da NF-e, o destinatário deverá
exigir a sua emissão, sendo vedada a recepção de mercadoria cujo transporte tenha sido acompanhado
por outro documento fiscal, ressalvada a hipótese prevista na emissão de DANFE em formulário de
segurança devido à problemas técnicos na emissão da NF-e, bem como nos casos de excepcionalidades
definidas no Protocolo ICMS 88/07.
10) As empresas obrigadas serão credenciadas de ofício pela Secretaria da Fazenda ou terão que
providenciar seu credenciamento para emissão de NF-e?
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
O contribuinte que esteja obrigado a emitir NF-e, modelo 55, em substituição a Nota Fiscal, modelo 1
ou 1-A, cujos estabelecimentos, eventualmente, não estejam relacionados, deverá providenciar o
credenciamento de seus estabelecimentos, conforme procedimentos previstos no site da Sefaz de sua
circunscrição.
11) Os contribuintes obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o início desta emissão?
Sim, todos os contribuintes que estiverem obrigados a emitir NF-e poderão antecipar o uso da NF-e por
meio do sistema de credenciamento disponível os site da Sefaz de sua circunscrição.
12) Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que optarem por antecipar sua emissão
anteciparão também a data inicial da obrigatoriedade de emissão de NF-e?
Não. Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e que anteciparem a data de seu uso serão
considerados emissores voluntários até que chegue a data inicial da obrigatoriedade e deverão,
preferencialmente, emitir NF-e.
A obrigatoriedade de emissão em todas as suas operações, ainda que o estabelecimento antecipe sua
entrada em produção, fica mantida para as datas previstas na legislação.
A legislação não vinculou a obrigatoriedade de emissão de NF-e com nenhum código CNAE específico
(principal ou secundário) em que o contribuinte esteja cadastrado junto aos órgãos públicos.
14) Uma empresa credenciada a emitir NF-e deve substituir 100% de suas Notas Fiscais em papel
pela Nota Fiscal Eletrônica?
O estabelecimento credenciado a emitir NF-e que não seja obrigado à sua emissão deverá emitir,
preferencialmente, NF-e em substituição a Nota Fiscal em papel, modelo 1 ou 1-A.
No caso dos estabelecimentos obrigados a emitir NF-e, após o início da obrigatoriedade prevista na
legislação, devem emitir NF-e em todas as suas operações, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal
modelo 1 ou 1A.
Não há nenhuma restrição quanto ao porte das empresas emissoras de NF-e. Empresas voluntárias de
pequeno e médio porte também poderão solicitar credenciamento para emiti-la.
56
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
16) Quais os procedimentos para que uma empresa interessada possa passar a emitir NF-e?
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
NFS -e
5. SPED – NFS-
O QUE É O SPED-NFS-e?
O Projeto Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) está sendo desenvolvido de forma integrada, pela
Receita Federal do Brasil (RFB) e Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais
(Abrasf), atendendo o Protocolo de Cooperação ENAT nº 02, de 7 de dezembro de 2007, que atribuiu a
coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto da NFS-e.
Esse projeto visa o benefício das administrações tributárias padronizando e melhorando a qualidade das
informações, racionalizando os custos e gerando maior eficácia, bem como o aumento da
competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do
custo-Brasil), em especial a dispensa da emissão e guarda de documentos em papel.
A geração da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e é feita, automaticamente, por meio de serviços
informatizados, disponibilizados aos contribuintes. Para que sua geração seja efetuada, dados que a
compõem serão informados, analisados, processados, validados e, se corretos, gerarão o documento. A
responsabilidade pelo cumprimento da obrigação acessória de emissão da NFS-e e pelo correto
fornecimento dos dados à secretaria, para a geração da mesma, é do contribuinte.
A NFS-e será gerada através dos serviços informatizados disponibilizados pela respectiva secretaria
municipal de finanças.
No intuito de prover uma solução de contingência para o contribuinte, foi criado o Recibo Provisório de
Serviços (RPS), que é um documento de posse e responsabilidade do contribuinte, que deverá ser
gerado manualmente ou por alguma aplicação local, possuindo uma numeração seqüencial crescente e
devendo ser convertido em NFS-e no prazo estipulado pela legislação tributária municipal.
Este documento atende, também, àqueles contribuintes que, porventura, não dispõem de infra-estrutura
de conectividade com a secretaria em tempo integral, podendo gerar os documentos e enviá-los, em
lote, para processamento e geração das respectivas NFS-e.
Para que os RPS possam fazer parte de um lote a ser enviado para geração das NFS-e correspondentes,
é necessário que o contribuinte possua uma aplicação instalada em seus computadores, seja ela
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
A NFS-e contém campos que reproduzem as informações enviadas pelo contribuinte e outros que são de
responsabilidade do Fisco. Uma vez gerada, a NFS-e não pode mais ser alterada, admitindo-se,
unicamente por iniciativa do contribuinte, ser cancelada ou substituída, hipótese esta em que deverá ser
mantido o vínculo entre a nota substituída e a nova.
A NFS-e deve conter a identificação dos serviços em conformidade com os itens da Lista de Serviços,
anexa à Lei Complementar n°116, de 2003, acrescida daqueles que foram vetados e de um item "9999"
para "outros serviços".
É possível descrever vários serviços numa mesma NFS-e, desde que relacionados a um único item da
Lista, de mesma alíquota e para o mesmo tomador de serviço. Quando a legislação do município assim
exigir, no caso da atividade de construção civil, as NFS-e deverão ser emitidas por obra.
A identificação do prestador de serviços será feita pelo CNPJ, que pode ser conjugado com a Inscrição
Municipal, não sendo esta de uso obrigatório.
A informação do CNPJ do tomador do serviço é obrigatória para pessoa jurídica, exceto quando se
tratar de tomador do exterior.
A base de cálculo da NFS-e é o Valor Total de Serviços, subtraído do Valor de Deduções previstas em
lei.
O Valor do ISS é definido de acordo com a Natureza da Operação, a Opção pelo Simples Nacional, o
Regime Especial de Tributação e o ISS Retido, e será sempre calculado, exceto nos seguintes casos:
A Natureza da Operação for Tributação no Município; Exigibilidade suspensa por decisão judicial ou
Exigibilidade suspensa por procedimento administrativo e o Regime Especial de Tributação for
Microempresa Municipal; Estimativa ou Sociedade de profissionais.
a) A Natureza da Operação for Tributação fora do Município, nesse caso os campos Alíquota de
Serviço e Valor do ISS ficarão abertos para o prestador indicar os valores.
b) A Natureza da Operação for Imune ou Isenta, nesses casos o ISS será calculado com alíquota
zero.
c) O contribuinte for optante pelo Simples Nacional e não tiver o ISS retido na fonte.
A alíquota do ISS é definida pela legislação municipal. Quando a NFS-e é tributada fora do município
em que está sendo emitida, a alíquota será informada pelo contribuinte.
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O Inciso XXII do art. 37 da Constituição Federal, incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19 de
dezembro de 2003, segundo o qual as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.
Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Institui o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped.
O envio de RPS à secretaria para geração da NFS-e será feito em lotes, ou seja, vários RPS agrupados
para gerar uma NFS-e para cada um deles.
Este serviço de Recepção de Lote de RPS será definido como Assíncrono. Um processo é assíncrono
quando ocorre uma chamada ao mesmo, com envio de determinadas informações (lote de RPS nesse
caso) e seu retorno é dado em outro momento.
Um RPS pode ser enviado com o status de cancelado gerando uma NFS-e cancelada. Um RPS já
convertido em NFS-e não pode ser reenviado. Havendo necessidade de cancelamento do documento,
deve ser ancelada a respectiva NFS-e.
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6. CENTRAL DE BALANÇOS
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7. E-
E-LALUR
O QUE É O E-LALUR?
Após baixado pela internet e instalado, o Programa Gerador de Escrituração (PGE) disponibilizará as
seguintes funcionalidades:
Ao importar os dados da contabilidade, o e-Lalur os converterá para um padrão bastante parecido com o
que hoje se informa na DIPJ nas demonstrações contábeis. Para isto, ele utilizará o "Plano de Contas
Referencial" informado anteriormente na escrituração contábil digital - ECD.
A rastreabilidade diz respeito manter registros das movimentações que resultem em alterações de saldos
que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas referencial.
A coerência aritmética dos saldos da parte B é a garantia de que eles estarão matematicamente corretos.
Para isto, uma das etapas será a conferência com os saldos do período anterior de e-Lalur já transmitido.
A cada conferência de saldo, o sistema obterá, também, um extrato (semelhante a um razão) completo
de cada conta controlada na parte B.
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A partir de tais elementos o PGE fará um "rascunho" da Demonstração do Lucro Real, da base de
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos valores apurados para o IRPJ e a
CSLL Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados, basta assinar o livro e transmiti-lo
pela internet.
É importante ressaltar que o projeto se encontra em elaboração. Participam dos trabalhos, além da
Receita Federal do Brasil, o CFC, Fenacon, contribuintes, entidades de classe, enfim, todos os parceiros
cuja relação pode ser obtida na página principal do sitio.
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FONTES BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, June Alisson Westarb Cruz. Contabilidade Introdutória Descomplicada. Curitiba: editora Juruá,
2008.
OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. São Paulo: editora Saraiva, 2005.
http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-fiscal/download/Guia_Pratico_da_EFD.pdf
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/assuntoagrupado1.aspx#
http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=303
http://www1.receita.fazenda.gov.br/
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