Genoveva de Brabante Amostra
Genoveva de Brabante Amostra
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GENOVEVA DE BRABANTE
Cônego Schmid
Revisão:
Ana Cláudia Pereira ISBN: 978-65-87853-28-4
Capa:
Rodrigo Londero Reservados todos os direitos desta obra.
Editoração: Proibida toda e qualquer reprodução desta edição
Eduardo C. de Oliveira por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica ou
mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro
Ilustração: meio de repro-dução, sem permissão expressa do
Gisele Daminelli editor.
Sumário
1 PRIMEIROS ANOS 7
4 RESIGNAÇÃO NO CÁRCERE 25
6 PERTO DA MORTE 37
8 NO ESCONDERIJO DA CERVA 61
9 O LIVRO DA NATUREZA 75
EPÍLOGO 261
Por isso Genoveva confiava nele. Mas Golo, que era sa-
gaz, e ao qual quase nada passava inadvertido, descobriu os
planos da condessa. E numa manhã, havendo Genoveva man-
dado chamar a Dracón para que este se apresentasse em sua
câmara, permaneceu à espreita. Então o seguiu cautelosamen-
te quando este se dirigiu ao encontro da dama, e aguardou
fora escutando. Genoveva falou com Dracón poucas palavras
e logo pegou a carta que desejava que fizesse chegar às mãos
de seu esposo. Mas quando já ia entregá-la, a porta abriu-se de
repente e entrou Golo. Rapidamente cravou um punhal nas
costas de Dracón, lançando ao mesmo tempo fortes gritos de
socorro. O infeliz, depois de soltar um atroz grito de dor, caiu
ao chão, desfalecido.
Aos gritos de socorro acudiram assustados os servidores
do castelo, encontrando a condessa lívida, quase desfalecendo,
com a garganta oprimida pelo terror e sem poder pronunciar
nem uma só palavra. A seus pés se achava o cadáver do po-
bre servidor, cheio de sangue, enquanto a um lado, o maligno
Golo brandia no ar o ensanguentado punhal, manifestando
que estava orgulhoso de haver vingado a honra de seu senhor.
Com isso caluniava, não só o infeliz que jazia morto no
chão, mas também a pobre Genoveva, a qual, não podendo
acreditar no que escutava, encarava um a um os rostos rubo-
rizados dos servidores, como se desejasse ver neles a increduli-
dade. Mas todos temiam Golo e nada disseram nem deixaram
entrever. Aproveitando seu absoluto poder, o malvado enviou
a toda pressa um emissário ao conde Sigfrid, com uma mensa-
gem repleta de vis mentiras e calúnias infames, na qual se acu-
sava Genoveva, que era completamente pura e fiel, de mulher
desonrada por vis paixões. Mas não satisfeito ainda com isso, e
enquanto esperava a resposta de seu senhor, mandou encerrar
a infeliz Genoveva na mais sombria masmorra do castelo.
Havia destruído a sincera carta que ela escrevera a seu es-
poso, e confiava que sua missiva conseguiria a reação desejada.
A S A R TIM A NHA S D O MA LVA D O G O L O 23