Ptributario
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VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE .... DO ESTADO DE ....
I. DO CABIMENTO
III. DO DIREITO
Da Inconstitucionalidade de apreensão de mercadorias como forma
de coagir ao pagamento de tributo – Súmula no 323 do STF.
O procedimento realizado pela Secretaria de Arrecadação Estadual
quando da apreensão dos equipamentos sob a alegação de que a nota fiscal que os
acompanhava não registrava uma diferença de alíquota devida ao Fisco é
inconstitucional. O artigo 5º, XXII, da CF assegura o direito de propriedade, e o
artigo 170 da CF, que dispõe sobre a ordem econômica, garante o direito à livre-
iniciativa.
O STF, na Súmula 323, firmou entendimento no sentido de não admitir
a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para o pagamento de tributo.
Também, no mesmo sentido, a Súmula nº 70 do STF estabelece não se admitir, como
meio coercitivo para a cobrança de tributo, a interdição de estabelecimento.
Por fim, a Súmula 547 do STF, que determina não ser permitido à
autoridade proibir o contribuinte em débito de adquirir estampilhas, despachar
mercadoria nas alfandegas e de exercer sua atividade profissional.
Desta forma, fica mais que comprovada que a apreensão dos
equipamentos pela Ré é inconstitucional, pois a mesma usou a apreensão como meio
coercitivo para o pagamento de tributo. Fica evidente o abuso de poder, já que a ré não
poderia, com base nos dispositivos constitucionais já citados, ter apreendido os
equipamentos.
V. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local/Dia/Mês/Ano
ADVOGADO/OAB