Manual de Equipamentos Do Passadiço - FINAL

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 49

Manual de Equipamentos do

Passadiço e Operacionalidade

M/V
Normand Poseidon
Número IMO: 9422330
Porto de Registro: Rio de Janeiro
Sumário

SEÇÃO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3


1.1 Objetivo
1.2 Operação

SEÇÃO 2 ESPECIFICAÇÕES DA EMBARCAÇÃO ................................................... 5

2.1 Especificações gerais


2.2 Tonelagem
2.3 Dimensões
2.4 Acomodações
2.5 Performance e Capacidades
2.6 Equipamentos de Navegação
2.7 Equipamentos de Segurança e Salvatagem
2.8 Potência dos propulsores

SEÇÃO 3 SISTEMA DE GOVERNO E MANOBRA .................................................... 7

3.1 Máquinas Principais


3.2 Propulsão Principal
3.3 Bow Thruster
3.4 Bow Thruster Azimutal
3.5 Manete de controle
3.6 Helicon 3x
3.7 Dicas Rápidas de Azipull

SEÇÃO 4 EQUIPAMENTOS DO PASSADIÇO PROAM ............................................ 18

4.1 Fotos do Console de Proa bombordo


4.2 Fotos do Console de Proa boreste
4.3 Fotos do Console de Proa boreste
4.4 Funções dos equipamentos da proa

SEÇÃO 5 EQUIPAMENTOS DO PASSADIÇO POPA E ASAS .................................. 27

5.1 Fotos do Console de Popa


5.2 Fotos do Console Popa Boreste
5.3 Funções dos equipamentos da Popa
5.4 Apresentações Radares das Asas
5.5 Agulhas Giroscópicas das ASAS

1
SEÇÃO 6 SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINÂMICO ....................................... 34

6.1 Sistema de Posicionamento Dinâmico


6.2 Sistemas de Referência
6.3 ASOG

SEÇÃO 7 SISTEMA DE GOVERNO DE EMERGÊNCIA .......................................... 39

7.1 Fotos do sistema

SEÇÃO 8 DOCUMENTOS E PAINÉIS INFORMATIVOS DO PASSADIÇO ....... 43

8.1 Biblioteca
8.2 Painéis das anteparas
8.3 Pastas
8.4 Equipamentos de Salvatagem do Passadiço
8.5 Agradecimentos

2
SEÇÃO 1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
Esse manual tem como objetivo instruir os novos tripulantes do Normand
Poseidon em relação à utilização dos equipamentos de passadiço. Além disso,
também serão descritas nesse documento as capacidades e características da
embarcação em relação a navegação, manobrabilidade, potência e
operacionalidade. Todo o material coletado para elaboração deste manual advém
não apenas dos manuais específicos de cada equipamento, mas também da
experiência dos Oficiais de Náutica que trabalham na embarcação.
Os modelos aqui descritos são específicos dessa embarcação e servirão de
importante fonte para os processos de ambientação dos novos Oficiais de Náutica,
praticantes ou outras pessoas interessadas.
As informações aqui apresentadas são de conhecimento prático e possuem
o foco em familiarizar os novos tripulantes, portanto, qualquer informação de
caráter consultivo ou deveras detalhada deverá ser consultada no manual
específico do equipamento.
Para o auxílio de todos os tripulantes é importante que esse manual esteja
facilmente disponível para consulta e continue sendo renovado pelas novas
equipes de passadiço conforme atualizações forem sendo feitas no barco.

3
1.2 Operação
O Normand Poseidon é uma embarcação de “Construção Submarina”, em
inglês chamado de Construction Suport Vessel (CSV). Esse nome é devido à sua
capacidade de posicionar e reparar equipamentos no leito marinho. Essas funções
são realizadas com auxílio do guindaste principal no convés e dos ROV’s (robôs
especializados em mergulhos de grandes profundidades).

O navio realiza seus serviços principalmente para as unidades de produção


de petróleo offshore, uma vez que do poço de óleo até a plataforma existem
centenas de estruturas que estão posicionadas no fundo do oceano.

Dessa forma, a embarcação navega até determinado local, realiza um


trabalho utilizando o guindaste e/ou os ROV’s no leito marinho e, ao finalizar o
serviço, é informado o próximo local de mergulho, então o barco navega até a
próxima locação e executa a tarefa.
4
SEÇÃO 2 ESPECIFICAÇÕES DA EMBARCAÇÃO
2.1 Especificações gerais
Normand Poseidon é um CSV equipado com um DP classe II Konsberg, um guindaste
submarino MacGregor de 100 toneladas, e com uma Moon pool. A embarcação também
possui facilidades para instalação de ROV’s e sistemas de mergulho. Além dessas
características, o barco possui tanques capazes de carregar lama líquida, Brine,
Methanol e produtos especiais.
 Call Sign: PU6294
 Classificadora: DNV
 Design: MT 6016 Mk. III
 Estaleiro de construção: Kleven Yard AS
 Ano de término de construção: 2009
 Bandeira: Brasil (registro especial brasileiro)
 Porto de registro: Rio de Janeiro
 Armador: Solstad Offshore ASA

2.2 Tonelagem
 Gross Tonnage: 4869 t
 Net Tonnage: 1588 t
 Deadweight: 4247 t
 Displacement S: 7812 t
 Light Ship: 3565 t

2.3 Dimensões
 Comprimento (LOA - Length Over All): 93.60 metros
 Distâncias entre perpendiculares (LPP): 86.60 metros
 Boca moldada: 19.70 metros
 Calado moldado: 7.85 metros
 Calado de verão: 6.30 metros

2.4 Acomodações
 Camarotes individuais: 14
 Camarotes duplos: 27
 Camarotes triplos: 2
 Capacidade total de pessoas: 74

5
2.5 Performance e Capacidades
 Velocidade: 16,0 nós
 Água de Lastro: 2100 m³
 Drill Water: 1800 m³
 Água potável: 1002 m³
 Óleo combustível (90%): 1017 m³
 Área de carga no deck: 1046 m²
 Tanque de Brine (90%): 456 m³
 Tanque de lama líquida: (90%): 1045 m³
 Methanol (90%): 193 m³
 Produtos especiais (90%): 192 m³

2.6 Equipamento de Navegação


 Radar de banda X: SAM
 Radar de banda S: SAM
 ECDIS – SAM Chartpilot
 Tela de exibição de informações de navegação: SAM
 Agulha giroscópica: 3x Anschutz
 GPS: 2x SAAB R4
 Echo Sounder: SAM 4620
 AIS: SAM Integrated
 Log: Furuno RD-30

2.7 Equipamentos de segurança e salvatagem


 Balsas Salva-vidas Boat Deck: 2x25 PAX HAINING
 Balsas Salva-vidas superestrutura: 6x35 PAX DSB
 Bote de resgate: 1 Weedo 600
 Coletes Salva-vidas: 96 Misc.
 Roupas de imersão: 78 Takashima Life
 EPIRB: 2 Jotron
 SART: 2 Jotron
 EEBD: 10 Ocenco

2.8 Potência dos propulsores


 2x Propulsores Azipull’s na popa de 2200 Kw cada.
 2x Bow Tunnel Thrusters (propulsores transversais) de 1050 Kw cada.
 1x Azimutal Retrátil de Proa de 883 kW

6
SEÇÃO 3 SISTEMA DE GOVERNO E MANOBRA
3.1 Máquinas Principais
O Normand Poseidon é equipado com quatro máquinas principais
construídas pela Caterpillar do tipo 3516TA C. Cada máquina possui uma
potência de 2100 KW e está conectada a um gerador.
As máquinas principais estão posicionadas todas na praça de máquinas da
embarcação e foram construídas para acionamento manual no CCM via PMS
(Power Managment System). Esses equipamentos também podem ser parados em
emergência diretamente da praça de máquinas. A PMS do navio é configurada no
modo “Loan Dependet Start”, portanto se uma máquina estiver rodando e mais
energia for necessária do que essa possa fornecer, outra máquina será acionada
automaticamente. (Os compressores de ar utilizados para dar partida nos motores
também se encontram localizados na praça de máquinas).
3.2 Propulsão principal
A embarcação possui dois Azipull`s da Rolls Royce de passo fixo, ambos
com uma potência de 2200 Kw cada. Atente-se, pois, Azipull`s são diferentes dos
famosos Azipods.
Os Azipull’s possuem rotação de 360 graus e um desenho hidrodinâmico
que permite uma alta eficiência de manobrabilidade, de consumo e estabilidade
direcional quando comparado com outros barcos. Por serem do tipo Diesel
Elétrico possuem também menos ruído e vibração.

7
3.3 Bow Thrusters
A embarcação é equipada com dois propulsores em túnel na proa
posicionados na direção transversal. Esses propulsores possuem 1050 Kw de
potência cada, possuem RPM fixo e passo controlável, portanto possuem uma
resposta muito rápida. Atente-se, pois, os bow thruster não possuem efeito
significativo em altas velocidades (acima de 5 nós) e não devem estar ligados
durante navegações longas e velozes.

3.4 Propulsor Azimutal Retrátil


A embarcação é dotada de um propulsor na proa com potência de 883 Kw
e passo fixo. Esse propulsor é utilizado exclusivamente em operações DP e
raramente em atracações, portanto em outras situações ele deverá estar alojado e
protegido no interior do casco. Atenção, em movimentações acima de 3 nós esse
equipamento deve ser recolhido, uma vez que, se submetido à altas velocidades
pode ser avariado.

8
3.5 Manetes de Controle
Em sua configuração padrão, os movimentos do barco são controlados pelo
jogo de manetes localizados no setor de vante ou ré do passadiço. Os manetes
controladores dos propulsores principais e do thruster retrátil da proa giram 360
graus e só avançam em um sentido. Os manetes do Bow thruster ficam na
transversal, não giram e podem ser movimentados para ambos os bordos.
Atenção, pois, nesse navio, como você está literalmente controlando o fluxo de
água dos hélices, deverá girar os propulsores para boreste para guinar para
bombordo e vice-versa.

9
3.6 Helicon X3
O Helicon X3 é o console da Rolls Royce por onde se realiza o controle
remoto do sistema de propulsão do navio. Na tela o operador consegue acionar os
propulsores e suas respectivas bombas, mudar o modo de operação do navio e dos
manetes, arriar o propulsor azimutal, colocar a embarcação em piloto automático
e várias outras funções.

No Passadiço do Normand Poseidon existem duas telas de comando do


Helicon X3. Para definir qual será a que estará efetivamente controlando os
propulsores, deve-se acionar o botão “In Command”, ao clicar nele você ouvirá
um apito e a partir desse momento aquela tela estará no controle.
Informe sempre ao Oficial de Máquinas de serviço que as máquinas serão
requeridas, dê informações precisas quanto ao número de geradores que serão
necessários e qual tipo de operação será realizada. Mantenha em mente de que
grandes mudanças irão sempre requerer mais energia. Por exemplo, uso do
guindaste principal, uso do sistema de Anti-helling (controle de lastro e banda) e
outros.
10
Após escolher um console de controle, você precisará ativar os thrusters.
Para realizar tal função navegue pela coluna a esquerda até a aba do thruster que
deseja ativar, ligue a bomba, espere alguns segundos e então ligue o thruster.

Na aba de controle do Azimutal Retrátil você pode arriá-lo ou içá-lo. Ao


clicar no botão Lift, por exemplo, ele começará a piscar, isso significa que ele está
em processo de movimento ascendente. O mesmo para o processo de descida
através do botão “Lower”.

11
A seguir serão apresentadas as funcionalidades principais e de uso diário
do Helicon 3X.

Manouvre: No modo de manobra, os propulsores têm liberdade angular de 360


graus, porém a RPM será reduzida. Esse modo é utilizado nas atracações,
desatracações e operações DP. Atenção, não se esqueça de passar a configuração
do Helicon X3 para “Manouvre” antes de colocar o barco em DP.

Transit: Esse modo é configurado para viagens, nele o movimento angular dos
thrusters fica limitado em 35 graus. Caso a embarcação esteja no modo
“Manouvre” e seja acelerada acima de 10 nós, um alarme será ativado pedindo
para que se ative o modo “Transit”. Nessa configuração o sistema ganha mais
RPM, portanto ela também é utilizada para ganhar seguimento avante caso o barco
esteja parado.

12
RPM Mode: A ordem dada nos manetes é a porcentagem de um valor fixo de
RPM, caso queira atingir valores expressivos de RPM deve-se dar bastante ordem.
Esse modo é recomendado para operações DP e atracações. As ordens de máquina
no manete ficam menos sensíveis. A carga no gerador nesse modo é variável a
carga no barramento e o RPM fixo. Quando trocar do POWER MODE para RPM
MODE a rotação do propulsor reduzirá.
Power Mode: A ordem dada nos manetes é a porcentagem de carga no
barramento, logo, caso você não mude a ordem de máquina e ative o Power Mode
você sempre perceberá um ganho expressivo de RPM. As ordens de máquina no
manete ficarão mais sensíveis. A carga no gerador durante o POWER MODE fica
fixa e o RPM variável. Quando trocar de RPM MODE para POWER MODE a
rotação do propulsor aumentará.

IMPORTANTE: Nas rotinas do Normand Poseidon para sair de uma


operação DP e ganhar seguimento avante pode-se fazer da seguinte maneira:
Durante a operação DP o barco estará em RPM MODE e MANOUVRE. Depois
de pegar o comando no console de vante, aproe a embarcação no rumo desejado,
ainda com pouco seguimento coloque em Transit (perceba que o RPM subirá),
desligue os Bows e, ao ganhar algum seguimento, pouco mais de 5 nós, reduza
um pouco a ordem de máquinas e passe para Power Mode. Novamente você
observara o RPM subir sem dar ordem de máquina. Lembre-se sempre de checar
a carga nos geradores antes de dar ordem nos manetes ou passar para Power Mode.
É considerada uma boa prática estar sempre em contato com a máquina durante
esses momentos.
13
Autopilot: Após aproar a embarcação e alcançar o seguimento desejado deve-se
ativar esse botão para a navegação. Desse modo a embarcação manterá o
aproamento ordenado pelo console do autopilot e o piloto não mais precisará
utilizar os manetes do Helicon para guinar o barco.

14
3.7 Dicas Rápidas de Azipull
Esse capitulo é dedicado a fornecer as primeiras informações básicas para
manobra do Normand Poseidon. O sistema de governo com Azipulls difere não
apenas na capacidade de manobra, mas também no manejo dos manetes.
Ao acionar os propulsores e utilizando os manetes para controlá-los, deve-
se ter em mente que você está fazendo o manejo do propulsor em si, portanto o
piloto estará controlando os movimentos dos vetores que atuam exatamente onde
estão posicionados esses thrusters, na popa. Em uma embarcação convencional
que utiliza leme, deve-se movimentar o manete para boreste para ir para boreste,
porém quando se trata de Azipull`s ocorre o contrário, ou seja, deve-se girar os
manetes para boreste para mover a proa para bombordo.
Guinada Simples: A guinada simples pode ser realizada da seguinte forma, ao se
posicionar nos controles (com maquina a vante), caso queira guinar para
bombordo, gire apenas sua mão esquerda para dentro cerca de 20 graus. Ao atingir
uma razão confortável volte a meio. Esse método de raciocínio facilita o controle
do barco nos primeiros momentos e é uma ótima dica para não se confundir no
começo. Para guinar para boreste, gire a mão direita para dentro, logo você não
precisara pensar nos movimentos invertidos do Azipull, uma vez que para ir para
esquerda você está utilizando a mão esquerda e vice-versa.

15
Quebra de guinada: Ao atingir uma razão de guinada confortável e voltar o
manete a meio, naturalmente o arrasto do barco fará com que a razão de giro
diminua, porém caso queira quebrar a guinada utilize, após posicionar os dois
manetes a meio, utilize o manete contrário a direção do giro com movimento para
dentro. Por exemplo, após realizar uma guinada para boreste (girando sua mão no
console de boreste para dentro), volte esse manete a meio e então gire sua mão
esquerda para dentro, rapidamente perceberá a frenagem do giro da embarcação.
Frenagem: No controle dos Azipulls, caso queira reduzir o seguimento do navio
não se deve dar propulsão a ré diretamente, pois em altas velocidades essa atitude
fará com que você perca seu aproamento quase totalmente. Deve-se diminuir a
velocidade colocando um propulsor contra o outro e aumentar a potência, assim
o arrasto gerado pelo fluxo dos thrusters fará com que o seguimento caia
rapidamente e de maneira segura. Após a velocidade diminuir consideravelmente
(menos de 3 nós), pode-se dar máquinas a ré para parar o barco.

Configuração de atracação: Nos momentos de atracação e desatracação é


possível controlar muito bem o aproamento com apenas um propulsor, portanto
16
utilize um propulsor no sentido longitudinal como controle de aproamento e
seguimento, e o outro na direção transversal, assim você ganhará um Stern
Thruster potente. É uma boa prática utilizar na longitudinal o thruster do bordo
que se vai atracar. Ou seja, caso vá atracar por bombordo deixe o propulsor de
bombordo na longitudinal e o de boreste na transversal.

17
SEÇÃO 4 EQUIPAMENTOS DO PASSADIÇO PROA
4.1 Foto do Console de Proa bombordo

18
4.2 Foto do Console de Proa bombordo

19
4.3 Fotos do Console de Proa boreste

4.4 Funções dos equipamentos da proa

Chart Pilot
O Normand Poseidon é dotado de um sistema integrado de navegação, esse
sistema único conecta ECDIS, RARES e a Tela de Exibição de Dados de
Manobra. Por exemplo, ao criar e selecionar uma derrota para ser navegada no
ECDIS ela automaticamente aparecerá também no RADAR.
Apresentações RADAR básicas como EBL’s, VRM’s, paralelas indexadas
e outras, após serem feitas no RADAR, automaticamente são exibidas no Carta
Eletrônica.

Radares
A embarcação é equipada com dois radares, um banda X e outro Banda S,
que durante a navegação são equipamentos primordiais. Lembre-se sempre de
desligar os radares quando for se dirigir ao Helideck, pois a radiação emitida por
eles pode ser prejudicial à saúde.
20
ECDIS (Carta Eletrônica)
O barco é dotado de duas telas que exibem as cartas náuticas de maneira
eletrônica em uso para operação. O ECDIS do Normand Poseidon possui diversas
configurações possíveis, portanto é um sistema um pouco mais complicado que
os outros utilizados nas demais embarcações de apoio Offshore.

Telas de Exibição de Dados de Manobra


Essa tela exibe diversos dados muito importantes durante as manobras:
seguimento, razão de guinada, aproamento, curso, velocidade da proa, velocidade
da popa, caimento e outros.

Autopilot
Sistema de controle da embarcação quando essa é colocada no modo
de piloto automático. Através dele se realizam as guinadas e controle de
aproamento. Nesse sistema é possível alterar a razão de giro da embarcação,
resposta dos propulsores entre outras características relativas ao governo.

VHF
Sistema de comunicação via rádio padrão de todos navios, é utilizado para
realizar contato com outras embarcações e/ou com o porto. Mantenha escuta no
canal 16.

Painel de Alarme VHF


Um dos painéis de apresentação dos sinais de socorro, é possível mutar os
alertas por esse painel.

UHF
Sistema de comunicação de curta distância, utilizado para realizar contatos
internos na embarcação, passadiço-convés, passadiço-portaló, etc.

21
Telefones de comunicação interna
O Normand Poseidon possui um sistema de comunicação interna de
telefones que conecta a maioria dos estabelecimentos do barco. Esse sistema é
muito utilizado para comunicações da máquina com passadiço, cozinha-
passadiço, caso seja necessário fazer contato com algum camarote etc.

Telefone Autoexcitável
Equipamento de comunicação que utiliza o sistema de autoexcitação para
comunicações. Selecione o local para onde deseja ligar e gire a manivela.

Gerenciador de alarme de incêndio Minerva


O sistema Minerva gerencia os alarmes e sensores de incêndio de todo
barco, qualquer foco de incêndio que seja detectado será avisado no passadiço por
meio deste. Caso um trabalho a quente vá ser realizado próximo a um de detector
de fogo e fumaça, é possível isolar esse sensor por meio do sistema Minerva. (O
quadro ao lado do equipamento é onde ficam anotados os sensores que estão
isolados). Logo abaixo do console desse sistema existem botões encarnados para
parada de emergência das bombas de combate a incêndio.

Sistema de controle Hi-Fog


Painel de controle do sistema de espuma para combate a incêndio dos
compartimentos internos da embarcação.

AIS
É um equipamento que identifica e informa dados referentes às
embarcações na proximidade: identidade do navio, tipo, posição, rumo, destino,
carga, velocidade e outras informações de segurança. No RADAR e ECDIS você
verá a identificação de triângulos, aquela é a representação eletrônica do sistema
AIS nas telas. As informações nesse equipamento são adicionadas manualmente,
portanto sempre que o status do navio mudar não se esqueça de alterar a
informação no AIS.

22
NAVTEX
O sistema NAVTEX transmite informações relevantes para todos os
tamanhos e tipos de navios dentro da região estabelecida para esse serviço. Ele
também proporciona avisos aos navegantes e boletins meteorológicos de rotina e
outras informações urgentes de segurança para os navios. Um dispositivo de
rejeição seletiva de mensagens do receptor permite ao marítimo receber apenas as
informações de segurança que lhe interessam.

Ecobatímetro
O ecobatímetro é um aparelho utilizado para sondagem que se baseia na
medição do tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro, de frequência
sônica ou ultrassônica, e a recepção do mesmo sinal após ser refletido pelo fundo
do mar, lagoa, ou leito de rio.

DGPS de navegação
O sistema de posicionamento global, mais conhecido pela sigla GPS, é um
sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua
posição e velocidade.

Anemômetro
O anemômetro do Normand Poseidon indica o vento relativo, pelo
equipamento é possível ter a identificação da velocidade do vento, direção relativa
e rajada.

Mini-Wheel
É possível utilizar o comando de navegação do Normand Poseidon
simulando o uso de lemes. Para isso deve-se ativar o controle através do Mini-
Wheel e então controlar o aproamento do navio pelo timão quase como em uma
embarcação convencional.

Emergency Stop Thrusters


Sistema de parada de emergência dos propulsores. Ao acionar determinado
botão o respectivo propulsor será imediatamente parado.

Painel de alarmes gerais


Painel que centraliza os alarmes da embarcação.

Luz de Busca (Search Light)


Painel de controle da direção e intensidades das luzes utilizadas para buscas
no mar.

23
Painel de Luzes de Navegação
Painel de controle das luzes de navegação, caso uma luz deixe de funcionar
o equipamento soará um alarme.

Sistema de controle das portas estanque (Watertight Doors)


Sistema que controla a abertura e fechamento das portas estanque de toda
embarcação.

Monitores da agulha giroscópica


Painéis para leitura de informações provenientes das giros presentes no
barco, é possível alterar a giro principal através do “Changeover Unit”.

Painel de luzes adicionais da embarcação


Centro de controle das luzes do convés, guindaste, espalha cabos e outros
locais de trabalho.

Sistema de comunicação sonora


De acordo com a regras do RIPEAM o barco deve possuir capacidade de se
comunicar via sinais sonoros. Para essa função o Normand Poseidon possui o
sistema Typhoon.

Sistema de Alarme do hospital


O Normand Poseidon é equipado com uma enfermaria com diversos
materiais de primeiros-socorros, medicamentos, maca, entre outros. Esse alarme
sinaliza no passadiço que alguém na enfermaria precisa de auxílio.

Engineer E0 Pannel
Alarmes da máquina com apresentações no passadiço, também é possível
utilizar esse painel para fazer contato com o maquinista.

Clinômetro
Equipamento mecânico para medição da banda da embarcação. É
independente de outros sistemas eletrônicos, portanto é confiável. Muito
utilizável para comparações com outros meios de medição do balanço.

24
INMARSAT

O INMARSAT é um equipamento que faz parte do GMDSS, possui


diversas funções de comunicação para com outros navios e/ou para com terra.
Possui várias funções desde recebimento de avisos meteorológicos, até
transmissão de mensagens de radiotelefonia por frequência MF/HF, porém seu
objetivo principal é o de fornecer possibilidade de comunicação em situações de
socorro e salvamento.

O INMARSAT é um componente essencial do conjunto do GMDSS de


grande parte dos navios que navegam pelo mundo. Possui um diário próprio onde
devem ser introduzidas as mensagens importantes. Ele é capaz de enviar e receber
mensagens em área (chamadas EGC’s). As mensagens de Urgência e Segurança
apenas aparecerão no arquivo para serem lidas, porém as de SOCORRO soarão
um alarme capaz de ser ouvido em toda extensão do passadiço.

25
Iridium

Provedor de satélite capaz de oferecer serviços de voz e dados em qualquer


lugar da Terra, a Iridium é confiável por inúmeras frotas para garantir
conectividade e eficiência. Ao contrário de outros provedores, o Iridium elimina
o congestionamento de comunicações e fornece cobertura completa. Quando
outras embarcações “apagam”, as frotas equipadas com dispositivos Iridium
permanecem on-line e conectadas. Usado como a principal solução de
conectividade ou como um companheiro do INMARSAT. Não faz parte do
GMDSS.

26
SEÇÃO 5 EQUIPAMENTOS DO PASSADIÇO POPA E ASAS

5.1 Foto dos equipamentos de popa

27
5.2 Foto dos equipamentos de popa boreste

5.3 Funções dos equipamentos da popa

Anti Heeling
Sistema de controle de banda da embarcação através da movimentação de
água de um bordo para outro. Pode ser utilizado no modo automático ou manual
para transferência de peso de um bordo para outro. Atenção, esse aparelho é muito
utilizado durante as movimentações do guindaste e é considerada uma boa prática
avisar a máquinas quando for utilizado.

28
Controle Bombas de Incêndio
Local de acionamento das bombas que alimentam a rede de combate a
incêndio do barco.

CCTV
Equipamento que controla a visão das câmeras que serão apresentadas no
monitor a ré.

K-Chief
Sistema extremamente complexo que realiza o gerenciamento de diversos
sistemas da embarcação, lastro, energia, bombas de água potável e outros.

Microfone de Comunicação Equipe ROV


Microfone pelo qual são feitas as comunicações com a equipe realizando
o controle do ROV. Através desse equipamento são solicitadas as movimentações
do barco para que esse acompanhe o robô.

DP
O sistema de Posicionamento Dinâmico consegue realizar o controle dos
movimentos das embarcações sob condições ambientais variáveis, para isso se
utiliza de diversos sensores, computadores e equipagens. O DP possui um
capítulo próprio nesse documento, lá serão descritos o funcionamento,
capacidades e equipamentos que o constituem.

Cjoy
Equipamento que faz parte do conjunto do DP e possui um computador
individual, é utilizado em situações de emergência para manter a embarcação na
posição caso o Sistema de Posicionamento Dinâmico tenha alguma falha critíca.

29
Boca de ferro interno
Megafone utilizado para fazer contato e avisos do passadiço para com
todos os compartimentos da superestrutura. É muito utilizado para dar avisos de
treinamento e evacuação.

Boca de ferro externo


Megafone utilizado com o mesmo propósito do Boca de ferro interno,
porém este é destinado às comunicações para com o convés.

Limpador das vigias


Painel de controle dos limpadores das vigias do passadiço, muito útil em
dias chuvosos ou em situações em que o vidro fica embaçado devido a diferença
de temperatura.

DP Selector Switch
Selecionador que passa o comando dos propulsores para o sistema de
posicionamento dinâmico. Atente-se, antes de passar para o modo DP o modo
“Manouvre” deve ser selecionado no Helicon X3.

Alerta ASOG de status da operação


Painel por onde é comunicado o status de segurança da operação DP.

Sistemas de referência
Os sistemas de referência do sistema de posicionamento dinâmico
(FANBEAM, HIPAP, DGPS`S) são explicados com detalhes no capítulo 6 deste
documento.

Parada de emergência das bombas


Sistema de parada emergência das bombas da embarcação, é possível
pausar as bombas de lastro, água potável, entre outras através dos botões
encarnados. Atente-se, pois os botões encarnados da proa impedem apenas as
bombas de incêndio.

30
Celulares
Esses pequenos celulares são destinados principalmente para comunicação
interna no Normand Poseidon.

Alguns equipamentos que estão presentes no console de popa não


foram descritos na Seção 5, pois são idênticos a outros já descritos na Seção
4. Por exemplo telefone autoexcitável, UHF e outros.

Impressoras do DP
Impressoras do sistema DP, emitem cópias da tela, alarmes e status dos
equipamentos.

31
5.4 Apresentações Radares das Asas
Nas duas asas do passadiço do Normand Poseidon podem ser encontrados
consoles Radar, essas telas são repetidoras da tela de apresentação principal.
Cwing
Sistema de emergência do DP que possui um computador próprio e
consegue manter o aproamento da embarcação e controle dos thrusters em caso
de emergência. O Cwing pode ser instalado em ambos os consoles das asas com
as telas de apresentação radar.

32
8.4 Agulhas Giroscópicas das ASAS
Em ambas as asas do passadiço estão presentes agulhas giroscópicas nas
quais é possível instalar uma alidade. São utilizadas geralmente para calcular o
erro da agulha e fazer marcações visuais.

33
SEÇÃO 6 SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINÂMICO
6.1 Sistema de Posicionamento Dinâmico
O Normand Poseidon é equipado com um DP do tipo Konsberg K-Pos, um
sistema computadorizado de controle dinâmico e automático da posição e
aproamento da embarcação. O sistema faz a leitura das diversas forças sentidas
pelas embarcações através de sensores e então fornece uma resposta de força
através do uso dos propulsores para que esse vetor externo seja anulado e a
posição da embarcação seja mantida.
O operador do DP consegue selecionar aproamentos, velocidades,
movimentos e posições para o barco, esses serão processados pelo sistema para
prover ordens aos propulsores, o computador é programado para encontrar sempre
uma configuração otimizada dos thrusters.
O DP Konsberg K-pos também possui um joystick manual para controle
dos movimentos da embarcação.

É muito importante que todos operadores e futuros operadores do sistema


de DP do Normand Poseidon façam a leitura do Manual do Operador DP da
embarcação e do FMEA Report, dessa forma estarão conscientes das capacidades
e limitações do sistema.
Qualquer operação de Posicionamento Dinâmico deve sempre ter por perto
pessoal devidamente treinado e capacitado no passadiço, além disso os
procedimentos da empresa, ordens do comandante e procedimentos de segurança
DP globais devem sempre ser seguidos.
O Normand Poseidon é equipado por um DP Classe II, isso significa que
ele possui redundância de equipamentos e conexões, portanto em casos de falha
em que o sistema seja degradado, ainda assim ele conseguirá funcionar e manter
posição.

34
6.2 Sistemas de referência
Um navio operando em mar aberto está sujeito as forças da natureza, vento,
ondas, correntes oceânicas e outras. Todos esses vetores tem influência direta no
posicionamento da embarcação, e, como foi explicado no tópico anterior, o
sistema utiliza os sensores para medir tais forças e os propulsores para as cancelar.
Porém como será que o barco sabe onde deve ficar em relação ao globo? Para isso
o sistema é equipado também com Sistema de Referência de Posição, são eles:
2x DGPS Veripos: O sistema de DGPS oferece um sinal de localização
muito mais preciso do que o do GPS, pois oferece um sinal diferencial baseado
tanto nas posições de satélite quanto nas de antenas posicionadas em terra,
portanto são ideais para o sistema DP. Dois sistemas diferencias de
posicionamento global estão instalados no barco, eles recebem o sinal de correção
via MF (IALA) e L-Band (INMARSAT). Para mais informações leia o manual
do Veripos.

35
HiPAP (Hi Precicion Acoustic Positioning): O HiPAP se utiliza de um
transmissor e um receptor de sinais hidro acústicos para determinar a posição da
embarcação em relação à uma estrutura fixa ou algum objeto submerso (ROV). O
console de controle do Hipap funciona de maneira simples, apesar de ser um
equipamento complexo, um botão arria o HiPaP e outro o faz subir, além disso o
painel avisa se o HiPAP está no casco ou na água. Atenção, o equipamento é muito
sensível e de maneira alguma deve-se navegar com ele arriado, sempre suba o
HiPAP antes de iniciar viagem.

Radius: Sistema de referência que utiliza um interrogador (posicionado no


navio) que transmite sinal para um transponder (posicionado no alvo, geralmente
na plataforma), e assim determina a posição. O Radius consegue operar em
diversas condições adversas. O transponder fica guardado na embarcação e deve
ser passado por guindaste para a unidade Offshore quando for ser utilizado.

36
FanBeam: O MDL FanBeam é um sistema de referência baseado em
reflexão a laser de alta precisão. Um refletor laser deve ser posicionado na unidade
que servirá como referência fixa. O Fanbeam envia um raio laser que é refletido
na unidade, a captação dessa reflexão é recebida e o sistema computadorizado
calcula a distância, marcação e envia esses dados para o DP.

Light Taut Wire: Sistema de referência que utiliza um longo fio de aço
preso a um peso que fica no leito marinho, o equipamento é capaz de detectar
movimento do barco através da leitura das diferentes tensões que o cabo sofre. O
Normad Poseidon possui estrutura para utilizar esse sistema de referência DP,
porém como o Taut Wire é feito para águas rasas e no Brasil a maioria das
explorações ocorre em águas profundas, esse equipamento não se encontra em
uso no momento em que esse manual é escrito. Para mais informações sobre ele
veja o Manual do Operador DP.

37
6.3 ASOG
O ASOG é um documento que descreve diretrizes de operações DP seguras,
cada cor indicando um status da operação, de acordo com o atendimento dessas
diretrizes a operação estará dentro de alguma coloração. Por exemplo, a cor verde
significa operação muito segura, ou seja, o funcionamento dos equipamentos
encontra-se dentro dos padrões de segurança. Caso algum propulsor venha a
falhar, ou as condições ambientais se tornem perigosas, a operação mudará de cor,
para vermelho, por exemplo. Além disso cada coloração também está atrelada à
uma atitude que deverá ser tomada.

Em uma situação de operação DP segura o Status do ASOG estará verde,


caso o operador observe uma ocorrência de degradação ele tem a responsabilidade
de alterar o status da operação para amarelo ou vermelho, por exemplo, indicando
assim a parada da operação. O ASOG é muito importante, pois não abre espaço
para subjetivismo ou interesses em relação ao quesito segurança, pois até mesmo
se um operador Junior mudar o status da operação, toda equipe saberá que devem
proceder para parada em segurança do trabalho, ou até uma finalização
emergencial.

38
SEÇÃO 7 SISTEMA DE GOVERNO DE EMERGÊNCIA E ESTAÇÕES DE
MANOBRA

7.1 Goveno de Emergência


Para ativar o sistema de governo de emergência dos propulsores principais
você deve colocar o convertedor de frequência em “Local” e depois o “Steering
Control Panel” para “Local” também. Nessas locações existem detalhes de como
operar o sistema. Uma repetidora da Agulha Giroscópica encontra-se posicionada
para referência de aproamento. Existe um conjunto de comunicação instalado por
telefone interno e por telefone Autoexcitável para comunicação com passadiço
durante essa manobra.

Para reverter o procedimento acima explicado passe o “Switch” de local para


remoto.

39
7.2 Governo por AutoPilot
As pernadas grandes geralmente são feitas utilizando o sistema de Autopilot
da embarcação. Para selecionar uma navegação em piloto automático é preciso:
 Pegar o comando em no Helicon X3 de vante.
 Aproar a embarcação com seguimento.
 Verificar se o painel do Autopilot está ligado e configurado.
 Girar a chave (Switch) para o modo Autopilot.
 Selecionar o AutoPilot na tela do Helicon X3.

A partir desse momento as guinadas e mudanças de rumo do barco deverão ser


feitas no console do Autopilot, nesse também é possível selecionar razões de
guinada, velocidade de giro dos propulsores, entre outros.

7.3 AutoPilot para controle manual


Antes de iniciar os testes DP ou em aproximações de regiões portuárias, o
navio deverá ser conduzido no modo manual. É possível selecionar esse modo
apenas deselecionando o modo “Autopilot” pelo Helicon X3 ou passando o
controle para o MiniWheel, porém caso você apenas gire um manete do propulsor
mais de 30 graus o Autopilot será desabilitado automaticamente.

40
MiniWheel: Ao clicar uma vez em “Rudder Lever On” você passará a
governar a embarcação para o pequeno timão do console de vante, utilizando
apenas um dos propulsores principais. Ao dar o segundo clique em “Rudder Lever
On” você estará agora manobrando com ambos propulsores utilizando o timão.
Atenção, pois mesmo nesse modo você ainda estará controlando efetivamente
os vetores força dos propulsores, ou seja, deverá guinar para bombordo para
ir para boreste e vice-versa.

Manetes Manuais: O funcionamento das manetes já fora explicado nesse


documento em capítulos anteriores, mas devido a sua importância é válido citar
algumas outras funções.

O botão de Back-up dos manetes deve ser acionado, caso esteja sendo
percebido um comportamento anormal no controle ou então não estejam
respondendo. Esse botão está presente em todos manetes do passadiço e possui
uma transmissão de sinal particular em relação à conexão utilizada em operações
normais. Além disso, caso algum thruter esteja com problema uma luz encarnada
ficará acesa no manete, nessa situação é importantíssimo resolver o problema
antes de prosseguir em viagens ou operações DP.
41
7.4 Passagem de governo da estão de vante para ré, e vice versa.
Quando for trocar entre as estações de manobra de vante/ré, primeiro troque
a chave da estação de comando de proa para a posição onde você pretende fazer
a manobra, após isso vá até a estação e selecione “In Command” no Helicon X3,
depois “Accept”, você ouvirá um apito alto e, então, terá o comando. O mesmo
processo para as duas estações.
Na seção de controle de ré existe também uma chave, essa serve para jogar
o comando para o DP, Manual ou Cjoy (JS). Após pegar o comando na estação
de ré basta girar o chaveamento para DP ou Cjoy e nos respectivos equipamentos
utilizar a opção “Take” (caso não vá utilizar o modo manual). Lembre-se de passar
para DP o chaveamento antes de tentar habilitar o Sistema de Posicionamento
Dinâmico.

42
SEÇÃO 8 DOCUMENTOS E OUTROS EQUIPAMENTOS
8.1 Biblioteca e papelaria
O passadiço da maioria dos navios além de ser uma torre de comando
também é uma biblioteca náutica completa, vários documentos importantíssimos
estão à disposição de todos tripulantes para consulta. Diversos livros de referência
da IMO, Nautical Institute, Marinha do Brasil encontram-se em suas versões
originais no Normand Poseidon. É encorajado que o pessoal de Náutica tenha
conhecimento, não das entrelinhas de cada documento, mas sim de onde buscar
determinada informação.
Existe também uma verdadeira papelaria no passadiço do Normand
Poseidon, impressoras, plastificadoras, diversos tipos de papel, tintas e muitos
outros. Esses materiais são muito importantes, pois além de dar capacidade ao
barco de produzir documentos de qualidade ainda servem de grande ajuda para
improvisos, uma vez que no mar a habilidade de “se virar com o que tem” é
indispensável.
Os manuais específicos de cada aparelho também ficam alojados no
passadiço, qualquer informação específica deve ser pesquisada nestes.

43
8.2 Painéis das anteparas
Nas anteparas do passadiço você encontrará diversos painéis informativos,
desde a rotinas da embarcação até tipificação de nuvens. Todos esses estão assim
dispostos, pois possuem informações importantes de uso diário. É recomendado
que os Oficiais de Náutica saibam sobre a disposição destes.

8.3 Pastas
O passadiço do Normand Poseidon, assim como de vários outros barcos,
possui diversas pastas, nessas são arquivados documentos de grande importância
para o legal funcionamento da embarcação. As pastas contém permissões de
trabalho, certificados do barco, familiarizações de tripulantes e etc.

44
8.4 Equipamentos de Salvatagem do Passadiço
O passadiço do Normand Poseidon possui diversos equipamentos de
segurança e salvatagem, todos dispostos para fácil acesso e utilização. É essencial
que todos os Oficiais de Náutica saibam como utilizá-los, bem como o
posicionamento destes.

SART E EPIRB
O SART é um equipamento de
localização RADAR dentro do cenário
onde ocorreu o sinistro.
O EBIRB é um equipamento para
chamada de socorro por meio de sinal via
satélite.
São posicionados em locais de fácil
acesso, pois devem ser levados para as
balsas salva-vidas em caso de um sinistro.

ROUPAS DE BOMBEIRO
Roupas de bombeiro e
extintores de incêndio
estão alocados no
passadiço para situações
de combate ao fogo.
Para mais
informações referentes à
utilização dos
equipamentos de combate
à incêndio leia o manual
sobre o respectivo
assunto.
45
SINALIZADORES, RÁDIOS E LANTERNAS

O passadiço também
possui rádios UHF’s e VHF’s,
lanternas e sinalizadores para
serem utilizados em casos de
um acidente.
Esses equipamentos
também devem ser levados para
as balsas salva-vidas, pois
fazem parte das exigências
SOLAS.

46
8.5 Agradecimentos
Esse manual foi elaborado com a ajuda dos excelentes Oficiais de Náutica que
tripulam o Normand Poseidon, esperamos que ele possa servir como uma boa
fonte de informação para familiarização.
A embarcação é muito grande e possui milhares de características, portanto é de
extrema importância que o leitor continue buscando informações através de outros
documentos dispostos no barco.
Alguns conhecimentos só virão com o tempo e prática, estes infelizmente nenhum
manual é capaz de ensinar. Isso é uma das coisas que tornam a vida no mar tão
interessante.
Algumas sugestões para leitura após o término deste são: Manual de Salvatagem
do Normand Poseidon, Manual do Operador DP, FMEA REPORT, Manual de
treinamento SOLAS LSA e Manual de treinamento SOLAS FSS.
Obrigado por ter completado a leitura, desejamos bons ventos a todos!

47
48

Você também pode gostar