Seitas Do Periodo Intertestamentário
Seitas Do Periodo Intertestamentário
Seitas Do Periodo Intertestamentário
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO:
Um breve panorama sobre as Seitas, a Sinagoga e o Templo.
Feira de Santana
2023
1 OS FARISEUS
O termo fariseus, que significa “separados”, foi usado por um grupo que conservava
dentre outras coisas, a tradição oral (interpretativa) para auxiliar no cumprimento da Lei e
também acreditavam na provisão divina nos assuntos inerentes ao cotidiano do homem,
tiveram sua origem através dos Hasidim, que eram contrários à helenização da cultura judaica.
A origem desse grupo com suas doutrinas peculiares ainda permanecem na incerteza,
porém estima-se que esses começaram a fazer parte das páginas da história acerca do século
VI a.C, período em que viveram Esdras e Neemias (BRITO, 2001). Com isso, observa-se que
os fariseus foi um grupo originado desde os tempos do cativeiro Persa e não durante o período
intertestamentário.
Os fariseus eram em sua maioria, pessoas de classe média leiga e dentre as seitas,
possuíam maior número de adeptos. De acordo com Gungdry (1998), os fariseus e essênios
tiveram sua origem durante a dinastia hasmoneana (142 – 37 a.C). As lutas internas motivadas
pelo poder, sobre tudo político, impôs forte alienação aos Hasidim de inclinações religiosas
(GRUNDRY, 1998).
A narrativa exposta nas Escrituras Sagradas, sobre o comportamento dos fariseus,
demonstra notável radicalismo no que diz respeito á lei. Sua base ética era formada pela lei
mosaica e pelas interpretações rabínicas. Entretanto Jesus Cristo denunciava a demagogia de
suas interpretações em detrimento aos seus próprios comportamentos. Sobre isso, Grundry
apresenta alguns exemplos de suas doutrinas:
Nesse sentido, entende-se que apesar de os fariseus terem o ímpeto para conservar a
tradição e o cumprimento da lei, seus exageros levavam um entendimento puramente objetivo
no que diz respeito á adoração a Deus. Além disso, os mesmos defensores dessa doutrina
impunham ao povo o “fardo” de seus ensinamentos, condenando a não observância daquilo
que eles mesmos não praticavam.
2 OS SADUCEUS
Para este grupo, duas explicações se contrapõem sobre a origem do nome. A primeira
se refere aos “membros do concílio supremo” ou “justo” conforme suas próprias apreensões, a
segunda é colocada por outros teólogos como originada do nome Zadoque (Sadoc), que foi
um sacerdote do templo no tempo de Davi e de Salomão. Entretanto, pode-se entender que, os
Saduceus além de ser um grupo religioso ligado ao sacerdócio hasmoneano, era também um
partido político composto por aristocratas leigos. Eles eram abastados e considerados a elite
entre os israelitas, e apesar de ser um grupo pequeno, possuía grande influencia
principalmente na política em Jerusalém (SCHUACH, 2007; GRUNDRY, 1998; BRITO,
2001).
Quanto à origem dos Saduceus, assim como a dos fariseus, o mesmo problema se faz
presente, entretanto supõe-se que sua origem se deu na época pré-helenística, no tempo em
que se configurou as conquistas de Alexandre o Grande por volta do século IV a.C.
Diferente da doutrina professada pelos fariseus, os saduceus não criam na
interferência de Deus nos assuntos humanos, além disso, tinha somente a Tora como fonte de
revelação divina ao homem. Entre essas coisas, Grundry acrescenta que,
3 OS ESCRIBAS
5 AS SINAGOGAS
BRITO, Jacil Rodrigues de. Midraxe e história. Estudos Bíblicos, v. 19, n. 71, p. 53-61, 2001.
GUNDRY, Robert Horton. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Sociedade Religiosa
Edições Vida Nova, 1998.
TOGNINI, Enéias. O período Interbíblico. 6 ed. São Paulo: Louvores de Coração, 1987.
TOORN, K. V. Scribal Culture and the Making of the Hebrew Bible. Massachusetts: Harvard
University Press. 2009
WIDOGER, Geoffrey. The Story of the Synagogue. Tel Aviv: Harper&Row, 1992