RDC 26 - 2014

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 26, DE 13 DE MAIO DE 2014

(Publicada em DOU nº 90, de 14 de maio de 2014)

Dispõe sobre o registro de medicamentos


fitoterápicos e o registro e a notificação de
produtos tradicionais fitoterápicos.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso
das atribuições que lhe conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de
janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos
termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o
disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o
Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, instituído por meio
da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 8 de maio de 2014,
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino
a sua publicação:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução define as categorias de medicamento fitoterápico e produto
tradicional fitoterápico e estabelece os requisitos mínimos para o registro e renovação
de registro de medicamento fitoterápico, e para o registro, renovação de registro e
notificação de produto tradicional fitoterápico.
Seção II
Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica a produtos industrializados que se enquadram nas
categorias de medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos.
§ 1º São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com emprego
exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas
em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade.
§ 2º São considerados produtos tradicionais fitoterápicos os obtidos com emprego
exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam
baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica e
que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de
diagnóstico, de prescrição ou de monitorização.

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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§ 3º Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem se referir a doenças,


distúrbios, condições ou ações consideradas graves, não podem conter matérias-primas
em concentração de risco tóxico conhecido e não devem ser administrados pelas vias
injetável e oftálmica.
§ 4º Não se considera medicamento fitoterápico ou produto tradicional
fitoterápico aquele que inclua na sua composição substâncias ativas isoladas ou
altamente purificadas, sejam elas sintéticas, semissintéticas ou naturais e nem as
associações dessas com outros extratos, sejam eles vegetais ou de outras fontes, como a
animal.
§ 5º Os medicamentos fitoterápicos são passíveis de registro e os produtos
tradicionais fitoterápicos são passíveis de registro ou notificação.
§ 6º Os medicamentos e produtos obtidos de fungos multicelulares e algas
deverão ser avaliados conforme esta Resolução até que tenham regulamentação
específica.
§ 7º Conforme previsto no Art. 22 do Decreto n o 8.077, de 14 de agosto de 2013,
as plantas medicinais sob a forma de droga vegetal, doravante denominadas chás
medicinais, serão dispensadas de registro, devendo ser notificadas de acordo com o
descrito nesta Resolução na categoria de produto tradicional fitoterápico.
§ 8º Os chás medicinais notificados não podem conter excipientes em suas
formulações, sendo constituídos apenas de drogas vegetais.
§ 9º Não são objeto de registro ou notificação as preparações elaboradas pelos
povos e comunidades tradicionais do país sem fins lucrativos e não industrializadas.
Seção III
Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:
I - algas: seres vivos eucarióticos autotróficos que sintetizam clorofila;
II - chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a ser preparada por meio de
infusão, decocção ou maceração em água pelo consumidor;
III - controle biológico: método alternativo à análise quantitativa dos marcadores
da matéria-prima vegetal e do produto acabado, baseado na avaliação da atividade
biológica proposta para o fitocomplexo;
IV - decocção: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor, que consiste na
ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado
para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes,
rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas ou que contenham substâncias de interesse
com baixa solubilidade em água;

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V - derivado vegetal: produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga


vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo
ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros;
VI - documentação técnico-científica: documentação baseada em referências
bibliográficas, publicação científica indexada, brasileira ou internacional, e publicação
técnica, como as expedidas pelas autoridades sanitárias e governamentais, a exemplo
das farmacopeias reconhecidas pela Anvisa;
VII - doença de baixa gravidade: doença auto-limitante, de evolução benigna, que
pode ser tratada sem acompanhamento médico;
VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as
substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta/colheita,
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada,
triturada ou pulverizada;
IX - efetividade: capacidade de promover resultado biológico observado durante
utilização no ser humano;
X - fitocomplexo: conjunto de todas as substâncias, originadas do metabolismo
primário ou secundário, responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de uma
planta medicinal ou de seus derivados;
XI - fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto
substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo
medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples,
quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto,
quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal;
XII - folheto informativo: folheto que acompanha os produtos tradicionais
fitoterápicos contendo informações de composição e uso do produto para instruir o
consumidor;
XIII - fungos multicelulares: seres vivos eucarióticos multinucleados que não
sintetizam clorofila, não armazenam amido como substância de reserva e, em sua
maioria, não possuem celulose na parede celular;
XIV - infusão: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor, que consiste em
verter água potável fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o
recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de
drogas vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, flores, inflorescências e
frutos, ou com substâncias ativas voláteis ou ainda com boa solubilidade em água;
XV - insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV): matéria-prima ativa vegetal, ou
seja, droga ou derivado vegetal, utilizada no processo de fabricação de um fitoterápico;
XVI - maceração com água: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor,
que consiste no contato da droga vegetal com água potável, a temperatura ambiente, por

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tempo determinado, específico para cada droga vegetal. Método indicado para drogas
vegetais que possuam substâncias que se degradem com o aquecimento;
XVII - marcador: substância ou classe de substâncias (ex.: alcaloides, flavonoides,
ácidos graxos, etc.) utilizada como referência no controle da qualidade da matéria-prima
vegetal e do fitoterápico, preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico.
O marcador pode ser do tipo ativo, quando relacionado com a atividade terapêutica do
fitocomplexo, ou analítico, quando não demonstrada, até o momento, sua relação com a
atividade terapêutica do fitocomplexo;
XVIII - matéria-prima vegetal: compreende a planta medicinal, a droga vegetal ou
o derivado vegetal;
XIX - nomenclatura botânica: espécie (gênero + epíteto específico);
XX - nomenclatura botânica completa: espécie, autor do binômio, variedade,
quando aplicável, e família;
XXI - notificação: prévia comunicação à Anvisa informando que se pretende
fabricar, importar e/ou comercializar produtos tradicionais fitoterápicos;
XXII - perfil cromatográfico: padrão cromatográfico de constituintes
característicos, obtido em condições definidas, que possibilite a identificação da espécie
vegetal em estudo e a diferenciação de outras espécies;
XXIII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com
propósitos terapêuticos;
XXIV - planta medicinal fresca: a planta medicinal usada logo após a
colheita/coleta sem passar por qualquer processo de secagem;
XXV - registro: instrumento por meio do qual o Ministério da Saúde, no uso de
sua atribuição específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na entidade
competente, pela avaliação do cumprimento de caráter jurídico-administrativo e técnico-
científico relacionada com a eficácia, segurança e qualidade destes produtos, para sua
introdução no mercado e sua comercialização ou consumo;
XXVI - relação "droga vegetal : derivado vegetal": expressão que define a relação
entre uma quantidade de droga vegetal e a respectiva quantidade de derivado vegetal
obtida. O valor é dado como um primeiro número, fixo ou na forma de um intervalo,
correspondente à quantidade de droga utilizada, seguido de dois pontos (:) e, depois
desses, o número correspondente à quantidade obtida de derivado vegetal;
XXVII - relatório de estudo de estabilidade: documento por meio do qual se
apresentam os resultados do plano de estudo de estabilidade, incluindo as provas e
critérios de aceitação, características do lote que foi submetido ao estudo, quantidade
das amostras, condições do estudo, métodos analíticos e material de acondicionamento;

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XXVIII - relatório técnico: documento apresentado pela empresa, descrevendo os


elementos que compõem e caracterizam o produto, e que esclareça as suas
peculiaridades, finalidades, modo de usar, as indicações e contraindicações e outras
informações que possibilitem à autoridade sanitária proferir decisão sobre o pedido de
registro; e
XXIX - uso tradicional: aquele alicerçado no longo histórico de utilização no ser
humano demonstrado em documentação técnico-científica, sem evidências conhecidas
ou informadas de risco à saúde do usuário.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E PRODUTOS
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS NACIONAIS
Seção I
Das medidas antecedentes ao registro
Art. 4º O solicitante do registro deverá requerer à Farmacopeia Brasileira a
inclusão dos constituintes do fitoterápico na lista da Denominação Comum Brasileira
(DCB) caso esses ainda não estejam presentes nessa lista.
Seção II
Documentação
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados em via impressa
numerada, com assinatura do responsável técnico nos Formulários de Petição (FP),
laudos, relatórios, declarações e na folha final do processo.
§ 1º O solicitante do registro deverá adicionar à documentação impressa CD-
ROM ou DVD contendo arquivo eletrônico em formato pdf.
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de submissão dos
documentos em meio eletrônico.
Art. 6º Toda documentação expedida por autoridades sanitárias ou
governamentais em idioma estrangeiro usada para fins de registro deverá ser
acompanhada de tradução juramentada.
Art. 7º A empresa deverá protocolar um processo para cada medicamento
fitoterápico ou produto tradicional fitoterápico, apresentando os seguintes documentos:
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente preenchidos, carimbados e
assinados;
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária -
TFVS e respectiva Guia de Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o
caso;

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III - cópia da autorização de funcionamento, emitida pela Anvisa para a empresa


solicitante do registro do medicamento;
IV - cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle (CBPFC),
válido, emitido pela Anvisa, para a linha de produção na qual o fitoterápico será
fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de solicitação de inspeção para fins de emissão
do certificado de BPFC;
V - relatório técnico separado para cada forma farmacêutica; e
VI - cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica (CRT), atualizado, emitido
pelo Conselho Regional de Farmácia.
§ 1º As empresas fabricantes de medicamentos fitoterápicos devem possuir CBPF
para medicamentos, conforme RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as
boas práticas de fabricação de medicamentos, ou suas atualizações; enquanto as
empresas fabricantes de produtos tradicionais fitoterápicos devem possuir CBPF para
medicamentos ou CBPF para produtos tradicionais fitoterápicos, conforme RDC nº 13,
de 14 de março de 2013, que dispõe sobre as boas práticas de fabricação de produtos
tradicionais fitoterápicos, ou suas atualizações.
§ 2º Logo após a folha de rosto do peticionamento, deve ser inserido um índice
dos documentos a serem apresentados, os quais devem ser juntados à petição na ordem
disposta nesta Resolução.
§ 3º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão do pedido de registro, mas
impedirá sua aprovação.
Seção III
Relatório técnico
Art. 8º O relatório técnico deve conter as seguintes informações:
I - dados das matérias-primas vegetais, incluindo:
a) nomenclatura botânica completa; e
b) parte da planta utilizada;
II - layout dos rótulos das embalagens primária e secundária;
III - layout de bula para medicamento fitoterápico ou folheto informativo para
produto tradicional fitoterápico;
IV - documentação referente a cada local de fabricação, caso a empresa solicite o
registro em mais de um local de fabricação;
V - relatório do estudo de estabilidade;
VI - relatório de produção;

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VII - relatório de controle da qualidade;


VIII - relatório de segurança e eficácia/efetividade, quando aplicável;
IX - descrição de sistema de farmacovigilância, conforme RDC nº 4, de 10 de
fevereiro de 2009, que dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores
de registro de medicamentos de uso humano, ou suas atualizações; e
X - laudo de controle da qualidade de um lote do fitoterápico para cada um dos
fornecedores qualificados, sendo aceitos, no máximo, três fornecedores de IFAV por
forma farmacêutica a ser registrada.
§ 1º No caso de existência de mais de um fornecedor, deverá ser apresentado
laudo de controle da qualidade de três lotes para o primeiro fornecedor e de um lote para
cada um dos fornecedores adicionais.
§ 2º Para cada forma farmacêutica, os fornecedores devem apresentar
especificações semelhantes quanto ao marcador, teor, tipo de solvente, extrato utilizado
e relação droga : derivado vegetal a fim de garantir a manutenção das especificações do
produto acabado.
Seção IV
Relatório do estudo de estabilidade
Art. 9º A empresa solicitante do registro ou notificação deverá apresentar relatório
do estudo de estabilidade acelerado concluído acompanhado do estudo de estabilidade
de longa duração em andamento de três lotes-piloto, ou estudos de estabilidade de longa
duração já concluídos, todos de acordo com a Resolução - RE nº 1, de 29 de julho de
2005, que publicou o Guia para a realização de estudos de estabilidade, ou suas
atualizações.
Parágrafo único. Decorrido o prazo de validade declarado para o medicamento ou
para o produto tradicional fitoterápico, a empresa deverá protocolar, na forma de
complementação de informações ao processo, relatório do estudo de estabilidade de
longa duração dos três lotes de um fornecedor e um lote para cada fornecedor adicional,
apresentados no pedido de registro, de acordo com o cronograma previamente
apresentado, assim como a declaração do prazo de validade e dos cuidados de
conservação definitivos.
Seção V
Relatório de produção e controle da qualidade
Art. 10. O relatório de produção deve conter as seguintes informações:
I - forma farmacêutica;
II - descrição detalhada da fórmula conforme a Denominação Comum Brasileira
(DCB) ou, em sua ausência, a Denominação Comum Internacional (DCI) ou a

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denominação utilizada no Chemical Abstracts Service (CAS), nessa ordem de


prioridade;
III - descrição da quantidade de cada componente expressa no Sistema
Internacional de unidades (SI) por unidade farmacotécnica, indicando sua função na
fórmula;
IV - definição dos tamanhos mínimo e máximo dos lotes industriais a serem
produzidos;
V - descrição de todas as etapas do processo de produção, por meio de
fluxograma, contemplando os equipamentos utilizados e o detalhamento da capacidade
máxima individual;
VI - metodologia do controle em processo; e
VII - descrição dos critérios de identificação do lote industrial.
Art. 11. O relatório de controle da qualidade deve apresentar as seguintes
informações:
I - dados sobre o controle da Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET),
conforme RDC nº 305, de 14 de novembro de 2002, que proibiu, em todo o território
nacional, enquanto persistirem as condições que configurem risco à saúde, o ingresso e
a comercialização de matéria-prima e produtos acabados, semielaborados ou a granel
para uso em seres humanos, cujo material de partida seja obtido a partir de
tecidos/fluidos de animais ruminantes, relacionados às classes de medicamentos,
cosméticos e produtos para a saúde, conforme discriminado, e RDC nº 68, de 28 de
março de 2003, que estabelece as condições para importação, comercialização,
exposição ao consumo dos produtos incluídos na RDC nº 305, de 14 de novembro de
2002, ou suas atualizações, quando cabível;
II - laudo de análise de todas as matérias-primas utilizadas e do produto acabado,
contendo o método utilizado, especificação e resultados obtidos;
III - referências farmacopeicas consultadas e reconhecidas pela Anvisa para o
controle dos IFAV e produto acabado, conforme RDC nº 37, de 6 de julho de 2009, que
trata da admissibilidade das farmacopeias estrangeiras, ou suas atualizações;
IV - especificações do material de embalagem primária; e
V - controle dos excipientes utilizados na produção do medicamento fitoterápico
ou do produto tradicional fitoterápico por método estabelecido em farmacopeia
reconhecida. Na hipótese de o método não ser estabelecido em farmacopeia reconhecida
pela Anvisa, deve-se descrever detalhadamente todas as metodologias utilizadas no
controle da qualidade.
Parágrafo único. Quando não forem utilizadas referências farmacopeicas
reconhecidas pela Anvisa, deve ser apresentada descrição detalhada de todas as

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metodologias utilizadas no controle da qualidade e ser enviada cópia de toda a


documentação técnico-científica utilizada para embasar o método analítico aplicado, os
métodos analíticos devem ser validados de acordo com o Guia de validação de métodos
analíticos e bioanalíticos, publicado pela Anvisa na RE nº 899, de 29 de maio de 2003,
ou suas atualizações.
Art. 12. Quando terceirizados, os testes referentes ao controle da qualidade do
fitoterápico deverão ser executados em laboratórios habilitados na Rede Brasileira de
Laboratórios Analíticos em Saúde (REBLAS) ou por empresas fabricantes que tenham
CBPFC para fabricar medicamentos. (Revogado pela Resolução – RDC nº 235, de 20
de junho de 2018)
Parágrafo único. A terceirização do controle da qualidade de produtos tradicionais
fitoterápicos poderá ser feita ainda com empresas que possuam CBPFC para fabricar
produtos tradicionais fitoterápicos. (Revogado pela Resolução – RDC nº 235, de 20 de
junho de 2018)
Subseção I
Da droga vegetal
Art. 13. Deve ser apresentado laudo de análise da droga vegetal, indicando o
método utilizado, especificação e resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo
descritos:
I - caracterização (cor);
II - identificação macroscópica e microscópica;
III - descrição da droga vegetal em farmacopeias reconhecidas pela Anvisa, ou,
em sua ausência, em outra documentação técnico-científica, ou laudo de identificação
emitido por profissional habilitado;
IV - grau de cominuição, quando se tratar de chás medicinais ou drogas vegetais
utilizadas como produto final ao consumidor;
V - testes de pureza e integridade, incluindo:
a) determinação de matérias estranhas;
b) determinação de água;
c) determinação de cinzas totais;
d) determinação de cinzas insolúveis em ácido clorídrico, a ser realizada quando
citada, em documentação técnico-científica, a necessidade dessa avaliação;
e) determinação de metais pesados;
f) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;

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g) determinação de radioatividade, quando aplicável;


h) determinação de contaminantes microbiológicos;
i) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando citados, em documentação
técnico-científica, a necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação da espécie
por micotoxinas;
VI - detalhes da coleta/colheita e das condições de cultivo, quando cultivada;
VII - métodos de estabilização, quando empregado, secagem e conservação
utilizados, com seus devidos controles, quando aplicável;
VIII - método para eliminação de contaminantes, quando empregado, e a pesquisa
de eventuais alterações;
IX - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva imagem em arquivo
eletrônico reconhecido pela Anvisa, com comparação que possa garantir a identidade da
droga vegetal; e
X - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico.
§ 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve ser tecnicamente
justificada.
§ 2º Os chás medicinais notificados estão isentos da exigência descrita no inciso
X deste artigo.
§ 3º Quando o fitoterápico acabado tiver como IFAV um derivado vegetal, o
laudo de análise da droga vegetal que originou o derivado fica isento das exigências
descritas no inciso V, alíneas “e”, “f”, “g” e “i”.
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da publicação desta Resolução
para que as empresas apresentem as avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins e para
as análises de ocratoxinas, fumonisinas e tricotecenos. (Prazo suspenso por 60
(sessenta) dias, a contar de 13 de maio de 2016, pela Resolução – RDC n° 77, de 13
de maio de 2016)
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da publicação desta Resolução
para que as empresas apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e tricotecenos.
Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de janeiro de 2018, para apresentação de
avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins. (Redação dada pela Resolução – RDC
nº 93, de 12 de julho de 2016) (Prazo suspenso pela Resolução – RDC nº 196, de 22
de dezembro de 2017, para que as empresas apresentem as análises de ocratoxinas,
fumonisinas, tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos)
Observação: As empresas devem apresentar as análises de ocratoxinas, fumonisinas,
tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação da Resolução – RDC nº 235,
de 20 de junho de 2018.

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§ 5º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada, por meio de


petição específica, para os fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais oriundas da agricultura orgânica.
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de resíduos de agrotóxicos deve
ser apresentada em todas as petições de registro e pós-registro em que seja solicitado
laudo de controle de qualidade, à exceção da isenção prevista no parágrafo anterior.
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016) (Prazo suspenso
pela Resolução – RDC nº 196, de 22 de dezembro de 2017, para que as empresas
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e resíduos de
agrotóxicos em fitoterápicos)
Observação: As empresas devem apresentar as análises de ocratoxinas, fumonisinas,
tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação da Resolução – RDC nº 235,
de 20 de junho de 2018.
§ 7º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no Brasil que não
comprovarem o sistema orgânico de obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme previsto em Farmacopeia oficial, além
dos constantes da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. (Incluído pela
Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)
§ 8º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá apresentar, adicionalmente, a
análise de outros resíduos de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região de
cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante ou fornecedor, nas mesmas
situações previstas nos parágrafos 5o e 6o. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de
31 de agosto de 2016)
§ 9º Para os casos em que for detectada a presença de resíduos de agrotóxicos,
deverá ser demonstrada sua inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de
31 de agosto de 2016)
Art. 14. Quando a droga vegetal for adquirida de fornecedores, o fabricante do
fitoterápico deverá enviar laudo do fornecedor, contendo obrigatoriamente as
informações constantes no art. 8º, inciso I, e art. 13, incisos IV, VI, VII e VIII, e laudo
de análise da droga vegetal realizado pelo fabricante do fitoterápico, contendo os
demais requisitos do art. 13.
§ 1º Quando a droga vegetal for utilizada para obtenção do derivado pelo
fabricante do fitoterápico, e se o laudo do fornecedor da droga vegetal informar o
método utilizado, especificação e resultados referentes aos testes de pureza e integridade
descritos no art. 13, inciso V desta Resolução, os mesmos testes não precisam ser
realizados pelo fabricante do fitoterápico, bastando apresentar os constantes no laudo do
fornecedor.

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§ 2º Quando a droga vegetal for utilizada diretamente como o produto acabado,


mesmo que o laudo do fornecedor da droga vegetal informe o método utilizado,
especificação e resultados referentes a algum dos testes de pureza e integridade
descritos no art. 13, inciso V desta Resolução, os mesmos testes precisam ser realizados
pelo fabricante do fitoterápico, devendo ser apresentados no laudo da droga vegetal.
Subseção II
Do derivado vegetal
Art. 15. Quando a empresa fabricante do fitoterápico utilizar derivados vegetais
no seu processo de fabricação, deve ser apresentado laudo de análise do derivado
vegetal, indicando o método utilizado, especificação e resultados obtidos para um lote
dos ensaios abaixo descritos:
I - solventes e excipientes utilizados na extração do derivado;
II - relação aproximada droga vegetal : derivado vegetal;
III - testes de pureza e integridade, incluindo:
a) determinação de metais pesados;
b) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
c) determinação de resíduos de solventes (para extratos que não sejam obtidos
com etanol e/ou água);
d) determinação de contaminantes microbiológicos;
e) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando citados, em documentação
técnico-científica, a necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação da espécie
por micotoxinas;
IV - método para eliminação de contaminantes, quando empregado, e a pesquisa
de eventuais alterações;
V - caracterização físico-química do derivado vegetal, incluindo:
a) para extratos fluidos: caracterização, resíduo seco, pH, teor alcoólico e
densidade relativa;
b) para extratos secos: determinação de água, solubilidade e densidade aparente;
c) para óleos essenciais: determinação da densidade, índice de refração e rotação
óptica;
d) para óleos fixos: determinação do índice de acidez, de ésteres e de iodo;

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VI - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva imagem em arquivo


eletrônico reconhecido pela Anvisa, com comparação que possa garantir a identidade do
derivado vegetal; e
VII - análise quantitativa dos marcadores ou controle biológico.
§ 1º Outros testes podem ser adicionados ou substituir os descritos no inciso V de
acordo com monografia farmacopeica reconhecida.
§ 2º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve ser tecnicamente
justificada.
§ 3º Quando a empresa não for a produtora do derivado vegetal, não é necessário
constar em seu laudo os ensaios descritos nos incisos I, II e IV do art. 15, sendo
necessário enviar laudo de fornecedor, contendo as informações constantes do art. 8º,
inciso I, e art. 15, incisos I, II e IV.
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos após a publicação desta Resolução para
que as empresas apresentem as avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins e para as
análises de ocratoxinas, fumonisinas e tricotecenos. (Prazo suspenso por 60 (sessenta)
dias, a contar de 13 de maio de 2016, pela Resolução – RDC n° 77, de 13 de maio
de 2016)
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da publicação desta Resolução
para que as empresas apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e tricotecenos.
Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de janeiro de 2018, para apresentação de
avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins. (Redação dada pela Resolução – RDC
nº 93, de 12 de julho de 2016) (Prazo suspenso pela Resolução – RDC nº 196, de 22
de dezembro de 2017, para que as empresas apresentem as análises de ocratoxinas,
fumonisinas, tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos)
Observação: As empresas devem apresentar as análises de ocratoxinas, fumonisinas,
tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação da Resolução – RDC nº 235,
de 20 de junho de 2018.
§ 5º A empresa fabricante do fitoterápico deve apresentar laudo da droga vegetal,
emitido pelo fornecedor do derivado vegetal, com as informações descritas no art. 14
desta Resolução. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)
§ 6º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada, por meio de
petição específica, para os fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais oriundas da agricultura orgânica.
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)
§ 7º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de resíduos de agrotóxicos deve
ser apresentada em todas as petições de registro e pós-registro em que seja solicitado
laudo de controle de qualidade, à exceção da isenção prevista no parágrafo anterior.
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016) (Prazo suspenso

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pela Resolução – RDC nº 196, de 22 de dezembro de 2017, para que as empresas


apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e resíduos de
agrotóxicos em fitoterápicos)
Observação: As empresas devem apresentar as análises de ocratoxinas, fumonisinas,
tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação da Resolução – RDC nº 235,
de 20 de junho de 2018.
§ 8º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no Brasil que não
comprovarem o sistema orgânico de obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme previsto em Farmacopeia oficial além
dos constantes da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. (Incluído pela
Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)
§ 9º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá apresentar, adicionalmente, a
análise de outros resíduos de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região de
cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante ou fornecedor, nas mesmas
situações previstas nos parágrafos 6o e 7o. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de
31 de agosto de 2016)
§ 10 Para os casos em que for detectada a presença de resíduos de agrotóxicos,
deverá ser demonstrada sua inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de
31 de agosto de 2016)
Subseção III
Do produto acabado
Art. 16. Deve ser apresentado laudo de análise do produto acabado, indicando o
método utilizado, especificação e resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo
descritos:
I - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva imagem em arquivo
eletrônico reconhecido pela Anvisa, com comparação que possa garantir a identidade
das matériasprimas vegetais;
II - análise quantitativa dos marcadores específicos de cada espécie ou controle
biológico; e
III - resultados de todos os testes realizados no controle da qualidade para um lote
do fitoterápico, de acordo com a forma farmacêutica solicitada.
§ 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve ser tecnicamente
justificada.
§ 2º Para associações de espécies vegetais em que a determinação quantitativa de
um marcador por espécie não é possível, poderão ser apresentados os perfis
cromatográficos que contemplem a presença de ao menos um marcador específico para

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cada espécie na associação, complementado pela determinação quantitativa do maior


número possível de marcadores específicos para cada espécie.
§ 3º Para associações de espécies vegetais em que a identificação de marcadores
não seja possível para alguma espécie no produto acabado, devem ser apresentados:
a - a justificativa da impossibilidade técnica de identificação na associação de um
marcador específico de determinada espécie;
b - a documentação comprobatória de que os métodos analíticos normalmente
aplicados em diferentes comprimentos de onda para a identificação na associação foram
investigados;
c - a identificação dos marcadores nas espécies vegetais, durante o controle em
processo, quando a identificação ainda for possível;
d - a identificação realizada imediatamente antes da introdução do IFAV no
produto acabado;
e - os estudos de desenvolvimento do produto e dos lotes piloto, incluindo os
perfis analíticos durante a adição gradual dos IFAV; e
f - o controle do registro dos lotes (histórico dos lotes).
Seção VI
Relatório de segurança e eficácia/efetividade
Subseção I
Dos medicamentos fitoterápicos
Art. 17. A segurança e a eficácia dos medicamentos fitoterápicos devem ser
comprovadas por uma das opções seguintes:
I - ensaios não clínicos e clínicos de segurança e eficácia; ou
II - registro simplificado, que deverá ser comprovado por:
a) presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado,
conforme Instrução Normativa-IN n° 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou
b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso bem estabelecido da
Comunidade Europeia (Community herbal monographs with well-established use)
elaboradas pelo Comitê de Produtos Medicinais Fitoterápicos (Committe on Herbal
Medicinal Products - HMPC) da European Medicines Agency (EMA).
§ 1º Os medicamentos fitoterápicos que forem originados de matéria-prima
vegetal listada no Anexo II desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as
especificações ali dispostas.

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§ 2º Quando a droga vegetal ou o derivado que se pretende registrar constar tanto


da Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado brasileira, quanto de
monografias de fitoterápicos de uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, devem
ser seguidas as especificações da Lista de medicamentos fitoterápicos de registro
simplificado brasileira.
Art. 18. Os ensaios não clínicos e clínicos de segurança e eficácia deverão seguir
os parâmetros:
I - quando não existirem ensaios não clínicos que comprovem a segurança, esses
deverão ser realizados seguindo, como parâmetro mínimo, a última versão publicada
pela Anvisa do Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança
farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamentos, no que for aplicável a
medicamentos fitoterápicos; e
II - quando não existirem ensaios clínicos que comprovem a segurança e eficácia,
esses deverão ser realizados seguindo as Boas Práticas Clínicas (BPC), a norma vigente
para realização de pesquisa clínica, a RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, que aprova o
regulamento para a realização de pesquisa clínica, o guia de “Instruções operacionais:
Informações necessárias para a condução de ensaios clínicos com fitoterápicos”,
publicado pela OMS/MS, em 2008, e as determinações do Conselho Nacional de Saúde
(CNS), estabelecidas por meio da Resolução nº 446, de 11 de agosto de 2011, e da
Resolução nº 251, de 7 de agosto de 1997, ou suas atualizações.
§ 1º Quando existirem em documentação técnico-científica ensaios não clínicos e
clínicos publicados, esses devem ser apresentados à Anvisa para avaliação individual
quanto à qualidade e à representatividade do estudo. Sendo válidos, não precisam ser
realizados novos estudos pelo solicitante do registro, devendo ser apresentada à Anvisa
a cópia de toda a documentação técnico-científica a eles correspondente.
§ 2º Os ensaios apresentados devem ter sido realizados com a mesma droga
vegetal (quando essa for o produto acabado) ou derivado vegetal, indicação terapêutica
e posologia que se pretende registrar.
§ 3º Todos os estudos clínicos conduzidos em território nacional devem ser
submetidos à anuência prévia da Anvisa, segundo a RDC nº 39, de 5 de junho de 2008,
ou suas atualizações.
§ 4º A aprovação prévia dos estudos conduzidos em território nacional é
obrigatória para a utilização dos resultados desses estudos para fins de registro.
§ 5º Os ensaios clínicos previamente publicados em documentação
técnicocientífica devem apresentar resultados positivos estatisticamente significativos
para a indicação terapêutica proposta.
Art. 19. Quando a comprovação da segurança e eficácia for efetuada por meio da
Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado, conforme IN n° 2, de 13

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de maio de 2014, ou suas atualizações, o solicitante deve seguir integralmente as


especificações ali definidas.
Art. 20. Quando a comprovação da segurança e eficácia for efetuada por meio das
monografias de fitoterápicos de uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, o
solicitante deve seguir integralmente todas as informações constantes nessas
monografias.
Art. 21. Para o registro de associações, todos os dados de segurança e eficácia
deverão ser apresentados para a associação que se pretende registrar.
Parágrafo único. As documentações técnico-científicas podem ser apresentadas
para as espécies vegetais em separado de forma complementar aos dados de segurança e
eficácia.
Subseção II
Dos produtos tradicionais fitoterápicos
Art. 22. A segurança e a efetividade dos produtos tradicionais fitoterápicos devem
ser comprovadas por uma das opções seguintes:
I - comprovação de uso seguro e efetivo para um período mínimo de 30 anos; ou
II - registro simplificado, que deverá ser comprovado por:
a) presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro
simplificado, conforme IN n° 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou
b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso tradicional da Comunidade
Europeia (Community herbal monographs with traditional use) elaboradas pelo HMPC
do EMA.
§ 1º Não podem constar na composição dos produtos tradicionais fitoterápicos as
espécies descritas no Anexo I desta Resolução.
§ 2º Os produtos tradicionais fitoterápicos que forem originados de matéria-prima
vegetal listada no Anexo II desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as
especificações ali dispostas.
§ 3º Quando a droga vegetal ou o derivado que se pretende registrar constar tanto
da Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado brasileira, quanto
de monografias de fitoterápicos de uso tradicional da Comunidade Europeia, devem ser
seguidas as especificações da Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro
simplificado brasileira.
§ 4º O tempo de uso tradicional deverá ser comprovado para o IFAV na
formulação, podendo haver alterações de excipientes, desde que se comprove que essas
alterações não promoveram mudanças significativas no perfil cromatográfico do
produto.

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Art. 23. O uso tradicional deverá ser comprovado por meio de documentações
técnico-científicas, que serão avaliadas conforme os seguintes critérios:
I - o produto seja concebido para ser utilizado sem a vigilância de um médico para
fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização;
II - alegação que não envolva via de administração injetável e oftálmica;
III - alegação que não se refira a parâmetros clínicos e ações amplas;
IV - coerência das informações de uso propostas com as relatadas nas
documentações técnico-científicas;
V - ausência de IFAV de risco tóxico conhecido ou grupos ou substâncias
químicas tóxicas em concentração superior aos limites comprovadamente seguros; e
VI - comprovação de continuidade de uso seguro por período igual ou superior a
30 (trinta) anos para as alegações de uso propostas.
Art. 24. A alegação de uso do produto tradicional fitoterápico deverá ser
comprovada por meio das documentações técnico-científicas listadas no Anexo III desta
Resolução, ou suas atualizações, e em pelo menos três delas deverão constar as
seguintes informações:
I - nomenclatura botânica e parte da planta utilizada;
II - droga ou derivado vegetal utilizado; e
III - alegações de uso e via de administração.
Parágrafo único. A referência não pode citar outra referência utilizada na
comprovação como fonte primária.
Art. 25. As seguintes informações devem ser apresentadas para a droga ou
derivado vegetal que se pretende registrar:
I - modo de preparo; e
II - concentração da droga vegetal ou relação droga:derivado, quando se tratar de
derivado.
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo devem ser referenciadas
em pelo menos uma documentação técnico-científica listada no Anexo III, ou suas
atualizações, desta Resolução.
Art. 26. A posologia a ser pleiteada para o produto tradicional fitoterápico deve
ser baseada em extensa revisão nas documentações técnico-científicas dispostas no
Anexo III desta Resolução, ou suas atualizações, devendo ser selecionada a informação
mais frequente dentre as referências encontradas.

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Parágrafo único. As documentações técnico-científicas utilizadas devem


obrigatoriamente relatar a nomenclatura botânica e não apenas o nome popular da
espécie vegetal.
Art. 27. Quando a comprovação da segurança e efetividade for efetuada por
registro simplificado pela presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de
registro simplificado, conforme IN 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações, o
solicitante deve seguir integralmente as especificações ali definidas.
Art. 28. Quando a comprovação da segurança e efetividade for efetuada por meio
do registro simplificado, utilizando-se as monografias de uso tradicional do EMA,
deverão ser seguidas todas as informações constantes nessas monografias.
Art. 29. Não existindo documentação técnico-científica para um produto
tradicional fitoterápico em associação, devem ser apresentados dados das espécies em
separado e a justificativa da racionalidade da associação.
CAPÍTULO III
DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E PRODUTOS
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS IMPORTADOS
Art. 30. Os fabricantes ou seus representantes que pretenderem comercializar
fitoterápicos produzidos em território estrangeiro, além de cumprir os requisitos desta
Resolução referentes à fabricação nacional, terão que apresentar:
I - autorização da empresa fabricante para o registro, representação comercial e
uso da marca no Brasil, quando aplicável;
II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a empresa fabricante, atualizado,
por linha de produção;
III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do protocolo do pedido de inspeção
para esse fim, para a linha de produção da empresa requerente do registro, quando se
tratar de importação de produto a granel ou em sua embalagem primária;
IV - laudo de análise com metodologia, especificação e resultados de controle da
qualidade que o importador realizará, de acordo com a forma farmacêutica e
apresentação, com o produto acabado, a granel ou na embalagem primária; e
V - comprovação do registro do produto, emitida pelo órgão responsável pela
vigilância sanitária do país de origem.
§ 1º Na impossibilidade de apresentação do documento solicitado no inciso V,
deverá ser apresentada comprovação de registro em vigor, emitida pela autoridade
sanitária do país em que seja comercializado ou autoridade sanitária internacional e
aprovado em ato próprio da Anvisa.
§ 2º No caso de a Anvisa ainda não ter realizado inspeção na empresa fabricante,
será aceito comprovante do pedido de inspeção sanitária à Anvisa, acompanhado de

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cópia do CBPFC, por linha de produção, emitido pelo órgão responsável pela vigilância
sanitária do país fabricante.
§ 3º A Anvisa poderá efetuar a inspeção da empresa fabricante no país ou bloco
de origem.
Art. 31. Deve ser enviada à Anvisa cópia dos resultados e da avaliação do teste de
estabilidade na embalagem primária de comercialização seguindo o "Guia para a
realização de estudos de estabilidade” publicado pela Anvisa na RE nº 1, de 29 de julho
de 2005, ou suas atualizações.
Art. 32. O prazo de validade do produto importado a granel deve ser contado a
partir da data de fabricação do produto no exterior e não da data de embalagem no
Brasil, respeitando o prazo de validade registrado na Anvisa.
Art. 33. Todo o material relativo ao produto, tais como os relatórios de produção e
controle da qualidade e as informações contidas em rótulos, bulas, folhetos e
embalagens devem estar em idioma português.
Art. 34. Havendo necessidade de importar amostras, deve-se solicitar à Anvisa a
devida autorização prévia para a importação.
CAPÍTULO IV
DA RENOVAÇÃO DO REGISTRO
Art. 35. Todas as empresas, com antecedência máxima de doze meses e mínima
de seis meses da data de vencimento do registro já concedido, deverão apresentar à
Anvisa os seguintes documentos para efeito de renovação: (Revogado pela Resolução
– RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
I - FP devidamente preenchido; (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22
de outubro de 2019)
II - via original do comprovante de recolhimento da taxa de fiscalização de
vigilância sanitária ou de isenção, quando for o caso; (Revogado pela Resolução –
RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
III - cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle (CBPFC)
válido, emitido pela Anvisa para a linha de produção na qual o fitoterápico será
fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de solicitação de inspeção para fins de emissão
do certificado de BPFC; (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro
de 2019)
IV - Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) para o medicamento ou
produto tradicional fitoterápico com fichas de notificação de eventos adversos
preenchidas, caso esses tenham sido relatados, conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro
de 2009, que Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de

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registro de medicamentos de uso humano, ou suas atualizações; (Revogado pela


Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
V - resultados dos estudos de estabilidade de acompanhamento; (Revogado pela
Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
VI - listagem que contemple todas as alterações e inclusões pós-registro ocorridas
durante o último período de validade do registro do medicamento ou produto,
acompanhada de cópia do Diário Oficial da União (DOU) ou, na ausência, cópia do(s)
protocolo(s) da(s) petição(ões) correspondente(s); e (Revogado pela Resolução –
RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
VII - cópia das notas fiscais comprovando a comercialização do fitoterápico e a
relação de estabelecimentos compradores, em um máximo de três notas fiscais emitidas
no País, por forma farmacêutica e concentração. (Revogado pela Resolução – RDC nº
317, de 22 de outubro de 2019)
§ 1º Poderá ser apresentada uma declaração referente às apresentações comerciais
não comercializadas para as quais a empresa tenha interesse em manter o registro, desde
que pelo menos uma apresentação daquela forma farmacêutica tenha sido
comercializada. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
§ 2º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão do pedido de renovação de
registro, mas impedirá sua aprovação. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22
de outubro de 2019)
§ 3º Nos casos dispostos nesta Resolução em que for solicitada a apresentação de
Relatório de Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco, a documentação
deverá ser protocolada por meio de expediente direcionado à área da Anvisa
responsável pela farmacovigilância de medicamentos. (Revogado pela Resolução –
RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
Art. 36. As alterações na bula, no folheto informativo e nas rotulagens devem ser
solicitadas por notificação específica, não podendo ser inseridas em bula, folheto
informativo e rotulagens informações não aprovadas pela Anvisa no momento do
registro ou em petições de alterações pós-registro, sujeitando-se os infratores às medidas
sanitárias cabíveis.
Art. 37. Para a renovação do registro de produtos importados deverão ser
apresentados, além do disposto no art. 35, laudos analíticos do controle da qualidade de
três lotes importados nos últimos três anos, de acordo com a forma farmacêutica,
realizados pelo importador no Brasil. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22
de outubro de 2019)
CAPÍTULO V
DA NOTIFICAÇÃO DE PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS

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Art. 38. Somente será permitida a notificação como produto tradicional


fitoterápico daqueles IFAV que se encontram listados na última edição do Formulário
de Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (FFFB) e que possuam monografia específica
de controle da qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela Anvisa, de acordo
com os seguintes critérios:
I - deve ser realizada uma notificação individual por produto, conforme esta
Resolução, por meio do sítio eletrônico da Anvisa;
II - a notificação deve ser atualizada sempre que houver modificação em
quaisquer informações prestadas por meio da notificação eletrônica; e
II - A empresa deverá proceder com nova notificação sempre que houver
inclusões ou alterações em quaisquer informações prestadas por meio da notificação
eletrônica. (Redação dada pela Resolução –RDC nº 106, de 1º de setembro de 2016)
III - para a notificação será considerada a concentração, a droga ou o derivado
vegetal e a alegação de uso específica descrita no FFFB, podendo haver alterações nos
excipientes desde que justificadas.
§ 1º Quando o produto tradicional fitoterápico a ser notificado for um chá
medicinal, fica esse produto isento da apresentação de testes de estabilidade, desde que
o prazo de validade estabelecido para o produto seja de até 1 (um) ano.
§ 2º Pode ser aceito um prazo de validade maior para um chá medicinal, desde
que o fabricante apresente estudos de estabilidade, conforme definido no art. 9º desta
Resolução, que garantam a manutenção das características do produto no período
proposto, conforme o Guia para realização de estudos de estabilidade, publicado pela
Anvisa na RE nº 1, de 29 de julho de 2005, ou suas atualizações.
§ 3º No momento da notificação, o solicitante deve apresentar o método utilizado,
especificação e resultados obtidos dos testes dispostos nos artigos 13, 14, 15 e 16 dessa
Resolução, devendo esses dados estar disponíveis para fins de inspeção ou de auditoria.
§ 4º No momento da notificação, o solicitante deve apresentar os estudos de
estabilidade dispostos no art. 9º desta Resolução.
§ 5º A relação de produtos tradicionais fitoterápicos notificados e de fabricantes
cadastrados será disponibilizada para consulta no sítio eletrônico da Anvisa
imediatamente após a realização da notificação.
Art. 38-A. Os produtos tradicionais fitoterápicos isentos de registros e
regularizados mediante notificação ficam sujeitos ao pagamento da Taxa de
Fiscalização de Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de
1999. (Incluído pela Resolução –RDC nº 106, de 1º de setembro de 2016)
Art. 39. Quando se tratar de um chá medicinal, deixa de ser obrigatória a
exigência constante no inciso II do art. 16, exceto nos casos em que for solicitado um
prazo de validade superior a 1 (um) ano.

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Art. 40. O fabricante deve adotar, integral e exclusivamente, os modelos de


embalagem e folheto informativo dispostos no Capítulo VIII e Anexo IV desta
Resolução.
Art. 41. O fabricante deve adotar, integral e exclusivamente, as informações
padronizadas na última edição do FFFB.
Art. 42. As informações apresentadas na notificação são de responsabilidade do
fabricante e objeto de controle sanitário pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Art. 43. O fabricante deve realizar todos os testes descritos na monografia
farmacopeica específica reconhecida.
Art. 44. Apenas as empresas fabricantes que possuam Certificado de Boas
Práticas de Fabricação e Controle (CBPFC) para medicamentos ou produtos tradicionais
fitoterápicos podem notificar e fabricar os produtos abrangidos por esta Resolução.
CAPÍTULO VI
DA RENOVAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO
(Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
Art. 45. A renovação da notificação será feita no sítio eletrônico da Anvisa com
antecedência máxima de doze meses e mínima de seis meses da data de vencimento da
notificação já concedida. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro
de 2019)
Parágrafo único. No momento da renovação de que trata o caput, deverão ser
apresentados: (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
I - os testes de controle da qualidade exigidos nos artigos 13, 15 e 16 desta norma
realizados com o último lote fabricado; e (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de
22 de outubro de 2019)
II - o último estudo de estabilidade de acompanhamento concluído, o qual não
precisará ser apresentado apenas quando se tratar do estabelecido no § 1º do art. 38.
(Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de 22 de outubro de 2019)
CAPÍTULO VII
DAS EMBALAGENS, BULA E DO FOLHETO INFORMATIVO
Art. 46. Os medicamentos fitoterápicos devem obrigatoriamente ser
acompanhados de bula, conforme RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009, que
“Estabelece regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e
disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e profissionais de saúde”, ou
suas atualizações; e os produtos tradicionais fitoterápicos devem ser acompanhados de
folheto informativo, conforme o Capítulo VIII e Anexo IV desta Resolução.

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Art. 47. Os layouts dos rótulos das embalagens primária e secundária de


medicamentos fitoterápicos devem seguir a RDC nº 71, de 22 de dezembro de 2009, que
Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos, ou suas atualizações; e os dos
produtos tradicionais fitoterápicos devem seguir o disposto no Capítulo VIII desta
Resolução.
CAPÍTULO VIII
DA EMBALAGEM E DO FOLHETO INFORMATIVO DE PRODUTOS
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
Art. 48. Deve ser utilizada fonte Times New Roman, com tamanho mínimo de 10
pt (dez pontos) e espaçamento simples entre as letras no folheto informativo.
Art. 49. As letras utilizadas nas embalagens dos produtos tradicionais
fitoterápicos devem ser de fácil leitura.
Art. 50. Não poderão constar nas embalagens e folheto informativo de produtos
tradicionais fitoterápicos, designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos
ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro e confusão quanto à
origem, procedência, natureza, forma de uso, finalidade de uso, composição ou
qualidade, que atribuam ao produto finalidades diferentes daquelas propostas no registro
ou notificação.
§ 1° É proibido:
I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do produto tradicional fitoterápico;
II - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas de instituições
governamentais, entidades filantrópicas, fundações, associações e sociedades médicas,
organizações não governamentais, associações que representem os interesses dos
consumidores ou dos profissionais de saúde e selos de certificação de qualidade, exceto
se exigidos em normas específicas;
III - incluir imagens ou figuras que remetam à indicação do sabor do produto
tradicional fitoterápico;
IV - usar expressões ou imagens que possam sugerir que a saúde de uma pessoa
poderá ser afetada por não usar o produto tradicional fitoterápico;
V - usar expressões ou imagens que possam sugerir que o produto possua um
efeito potencialmente mais intenso que a de um outro medicamento fitoterápico ou de
um produto tradicional fitoterápico registrado ou notificado;
VI - utilizar rótulos com layout semelhante ao de um medicamento fitoterápico ou
de um produto tradicional fitoterápico registrado ou notificado anteriormente por outra
empresa;
VII - utilizar rótulos com layout semelhante para medicamento fitoterápico e
produto tradicional fitoterápico registrado ou notificado pela mesma empresa;

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VIII - utilizar rótulos com o termo medicamento ou algum outro que tenha
sinonímia com esse; e
IX - utilizar o termo produto natural ou congêneres que transmitam a ideia de que
o produto é inócuo.
§ 2° É permitido:
I - utilizar figuras anatômicas a fim de orientar o consumidor sobre a correta
utilização do produto; e
II - informar o sabor do produto tradicional fitoterápico.
Art. 51. No caso de serem incluídas na embalagem do produto tradicional
fitoterápico as logomarcas das empresas titulares do registro ou notificação, fabricantes
e responsáveis pela embalagem, elas devem ter dimensão máxima de 50% (cinquenta
por cento) do tamanho do nome comercial e não prejudicar a presença das informações
obrigatórias.
Seção I
Da embalagem
Art. 52. As embalagens devem garantir a proteção do produto contra
contaminações e efeitos da luz e umidade e apresentar lacre ou selo de segurança que
garanta a inviolabilidade do produto.
Art. 53. Os produtos tradicionais fitoterápicos deverão possuir embalagens
primária e secundária.
Parágrafo único. Na hipótese de a empresa fazer constar em uma embalagem
única todas as informações previstas nas Subseções I e II desta Seção, de forma legível,
o produto tradicional fitoterápico poderá ter apenas a embalagem primária.
Art. 54. Nos chás medicinais, recomenda-se que a embalagem contenha doses
individualizadas ou um medidor apropriado à dose a ser utilizada.
Art. 55. As embalagens devem conter mecanismos de identificação e segurança
que possibilitem o rastreamento do produto desde a fabricação até o momento da
dispensação.
Art. 56. É facultativo incluir nas embalagens secundárias ou, na sua ausência, nas
embalagens primárias, a tinta reativa e sob a mesma a palavra "Qualidade" e a
logomarca da empresa titular do registro, caso elas contenham mecanismos de
identificação e segurança que possibilitem o rastreamento do produto desde a fabricação
até o momento da dispensação.
§ 1° Os medicamentos fitoterápicos sem exigência de prescrição médica e os
produtos tradicionais fitoterápicos devem colocar a tinta reativa na altura do local que
corresponde à faixa de restrição de uso.

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§ 2° Qualquer outro local da face externa da embalagem pode ser utilizado, desde
que seja justificado tecnicamente, não afete as demais exigências legais e seja colocada
uma indicação ao consumidor do local onde se deve raspar.
Subseção I
Das informações para embalagem secundária
Art. 57. Nos rótulos das embalagens secundárias dos produtos tradicionais
fitoterápicos, devem ser inseridas exclusivamente as seguintes informações:
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico;
II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura botânica;
III - concentração do IFAV, conforme o caso:
a) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como IFAV um derivado
vegetal, a concentração de cada princípio ativo deve ser expressa pela quantidade de
cada derivado vegetal, em peso ou volume, a correspondência em marcadores e a
descrição do derivado;
b) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como IFAV uma droga vegetal
que será utilizada em forma farmacêutica, a concentração de cada princípio ativo deve
ser expressa pela quantidade de cada droga vegetal, em peso, da droga utilizada e a
correspondência em marcadores; ou
c) quando o produto tradicional fitoterápico for constituído de droga vegetal que
será utilizada como chá medicinal, a concentração de cada droga vegetal será dada pela
quantidade expressa como dose individual da droga vegetal;
IV - a via de administração;
V - a quantidade total de peso líquido, volume e unidades farmacotécnicas,
conforme o caso;
VI - a quantidade total de acessórios dosadores que acompanham as
apresentações, quando aplicável;
VII - a forma farmacêutica;
VIII - a restrição de uso por faixa etária, na face principal, incluindo a frase, em
caixa alta, "USO ADULTO", "USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE___",
"USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, em meses ou anos,
para qual foi aprovada no registro ou notificação o uso do produto tradicional
fitoterápico, ou "USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto tradicional
fitoterápico sem restrição de uso por idade, conforme aprovado no registro ou
notificação;

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IX - a frase: “Produto registrado com base no uso tradicional, não sendo


recomendado seu uso por período prolongado.”;
X - a frase: "Utilizado como", complementado pela respectiva alegação de uso,
conforme aprovado no registro ou notificação;
XI - a frase: "Se os sintomas persistirem, procure orientação de um profissional de
saúde.";
XII - as contraindicações do produto;
XIII - os cuidados de conservação, indicando a faixa de temperatura e condições
de armazenamento, conforme estudo de estabilidade do produto tradicional fitoterápico;
XIV - nome e endereço completo da empresa titular do registro ou da notificação
no Brasil;
XV - o nome e endereço da empresa fabricante, quando ela diferir da empresa
titular do registro ou da notificação, citando a cidade e o estado, precedidos pela frase
“Fabricado por:” e inserindo a frase ”Registrado por:” antes dos dados da empresa
titular do registro ou “Notificado por:” antes dos dados da empresa titular da
notificação;
XVI - o nome e endereço da empresa fabricante, quando o produto tradicional
fitoterápico for importado, citando a cidade e o país precedidos pela frase “Fabricado
por:” e inserindo a frase “Importado por:” antes dos dados da empresa titular do registro
ou da notificação;
XVII - o nome e endereço da empresa responsável pela embalagem do produto
tradicional fitoterápico, quando ela diferir da empresa titular do registro ou da
notificação ou fabricante, citando a cidade e o estado ou, se estrangeira, a cidade e o
país, precedidos pela frase “Embalado por:” e inserindo a frase “Registrado por:” ou
“Notificado por:”, conforme o caso, ou “Importado por:”, conforme o caso, antes dos
dados da empresa titular do registro ou da notificação;
XVIII - número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa
titular do registro ou da notificação;
XIX - a expressão "Indústria Brasileira", quando aplicável;
XX - nome do responsável técnico e respectivo número de Conselho Regional de
Farmácia (CRF);
XXI - o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa
titular do registro ou da notificação;
XXII - número do lote;
XXIII - data de fabricação;

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XXIV - prazo de validade;


XXV - código de barras;
XXVI - o nome comercial do medicamento ou, na sua falta, a denominação
genérica de cada princípio ativo pela Denominação Comum Brasileira (DCB) em
sistema Braille; e
XXVII - a frase em caixa alta e negrito: PRODUTO TRADICIONAL
FITOTERÁPICO.
§ 1º Poderá ser adicionada uma imagem da parte das espécies vegetais utilizadas
no produto tradicional fitoterápico.
§ 2º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico registrado, deve ser
inserida a sigla "MS" adicionada ao número de registro no Ministério da Saúde,
conforme publicado em Diário Oficial da União (DOU), sendo necessários os treze
dígitos.
§ 3º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico notificado, deve ser
inserida a frase: "PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC nº
XX/XXXX", completando com o número desta Resolução, sucedido pelo ano de sua
publicação.
§ 4º Para os chás medicinais para os quais não seja necessária a realização dos
estudos de estabilidade, os cuidados de conservação a serem informados devem ser:
conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) e proteger da luz e umidade.
Art. 58. Nos rótulos das embalagens secundárias dos produtos tradicionais
fitoterápicos devem ser inseridas as seguintes frases de advertência:
I - "MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS", em caixa alta; e
II - "Informações ao paciente, posologia, modo de usar e efeitos indesejáveis: vide
folheto informativo".
Parágrafo único. No caso de contraindicação, precaução ou advertência para o uso
de princípios ativos, classe terapêutica e excipientes, deve-se incluir, em negrito, as
frases de advertências previstas na RDC no 137, de 20 de maio de 2003, ou suas
atualizações.
Subseção II
Das informações para embalagem primária
Art. 59. Os rótulos das embalagens primárias de produto tradicional fitoterápico
devem conter as seguintes informações:
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico;

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II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura botânica;


III - concentração do IFAV, conforme o inciso III do art. 57;
IV - a via de administração;
V - o nome do titular do registro ou sua logomarca, desde que essa contenha o
nome da empresa;
VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa
titular do registro ou da notificação;
VII – número do lote; e
VIII – prazo de validade.
§ 1º É permitido incluir o nome ou as logomarcas das empresas responsáveis pela
fabricação e embalagem dos medicamentos, desde que essa contenha o nome da
empresa e seja informada a etapa da cadeia de sua responsabilidade, incluindo as frases:
"Fabricado por:", "Embalado por:", e que não se prejudique a legibilidade das
informações exigidas para a embalagem primária.
§ 2º É permitido incluir as demais informações previstas para a embalagem
secundária na embalagem primária, desde que sejam inseridas integralmente e não
prejudiquem a legibilidade das informações obrigatórias.
§ 3º É facultativo incluir a data de fabricação do produto tradicional fitoterápico.
Seção II
Do folheto informativo
Art. 60. Quanto à forma, o folheto informativo do produto tradicional fitoterápico
deve, além do disposto no art. 48:
I - apresentar colunas de texto com, no mínimo, 50 mm (cinquenta milímetros) de
largura e ter o texto alinhado à esquerda ou justificado, hifenizado ou não;
II - quando houver necessidade, o limite de redução do espaçamento entre letras
será de -10% (menos dez por cento);
III - utilizar caixa alta e negrito para destacar os itens padrões do folheto
informativo, descritos nos incisos I, II e III, bem como para as perguntas padrão
dispostas no Anexo IV;
IV - possuir texto itálico apenas para nomes científicos; e
V - ser impresso na cor preta em papel branco de forma que, quando o folheto
informativo estiver sobre uma superfície, a visualização da impressão na outra face não
interfira na leitura.

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§ 1° Para a impressão de folheto informativo em formato especial, com fonte


ampliada, deve ser utilizada a fonte Verdana com tamanho mínimo de 24 pt (vinte e
quatro pontos), com o texto corrido, não devendo apresentar colunas.
§ 2° Para a impressão de folheto informativo em formato especial, em Braille, o
arranjo dos pontos e o espaçamento entre as celas Braille devem atender às diretrizes da
Comissão Brasileira de Braille (CBB) e das Normas Brasileiras de Acessibilidade
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Art. 61. Quanto ao conteúdo, o folheto informativo deve conter integral e
exclusivamente as informações padronizadas no Anexo IV, seguindo a ordem
estabelecida no Anexo.
Art. 62. Nenhuma informação além das dispostas nesta Resolução pode estar
presente no folheto informativo.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 63. Os produtos que, até a vigência da presente norma, eram classificados
como medicamentos fitoterápicos, que não possuam comprovação de segurança e
eficácia por meio de estudos não clínicos e clínicos, e que passarem a se enquadrar na
categoria de produtos tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º desta Resolução,
deverão ser reclassificados como produtos tradicionais fitoterápicos no momento da
primeira renovação após a publicação desta Resolução.
Parágrafo único. A adequação prevista no caput deste artigo será obrigatória,
devendo a empresa, para tanto, adequar a embalagem e o folheto informativo conforme
disposto nesta Resolução, e disponibilizá-los no período máximo de seis meses após a
aprovação da adequação, não sendo exigidas informações adicionais de segurança e
eficácia/efetividade.
Art. 64. Os medicamentos fitoterápicos registrados que não possuam
comprovação de segurança e eficácia por meio de estudos não clínicos e clínicos e que
não passarem a se enquadrar na categoria de produtos tradicionais fitoterápicos, nos
termos do art. 2º desta Resolução, deverão apresentar os estudos não clínicos e clínicos
até o momento da segunda renovação a partir da data de publicação desta Resolução
para que possam permanecer na categoria de medicamentos fitoterápicos, sob pena de
terem seus registros cancelados.
Art. 65. Em relação aos produtos que até a vigência da presente norma eram
enquadrados como medicamentos fitoterápicos e que a partir da publicação desta
Resolução se enquadrem na categoria de produtos tradicionais fitoterápicos e forem
passíveis de notificação, nos termos do art. 38º, deve-se solicitar o cancelamento do
registro do medicamento no prazo legal estabelecido, com antecedência mínima de 180
dias, e posteriormente proceder à notificação do produto até o momento da primeira
renovação de registro após a publicação desta Resolução.

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Parágrafo único. Caso todas as informações apresentadas na notificação estejam


corretas, a Anvisa procederá ao cancelamento do registro concomitantemente à
liberação da notificação do produto.
Art. 66. Os produtos que se encontrarem regularmente notificados no momento da
publicação desta Resolução deverão se ajustar ao estabelecido nesta Resolução até o
momento da sua primeira renovação.
Art. 67. Para as petições que já estejam protocoladas na Anvisa, será concedido o
prazo de 6 (seis) meses para protocolo das adequações necessárias, contados a partir da
data de publicação desta Resolução.
Art. 68. A Anvisa poderá realizar auditorias e solicitar análise fiscal para
monitoramento da qualidade e da conformidade do medicamento fitoterápico e do
produto tradicional fitoterápico com as informações apresentadas no
registro/renovação/notificação.
Art. 69. O disposto na presente Resolução não prejudica a aplicação de
disposições mais estritas a que estejam sujeitas as substâncias entorpecentes,
psicotrópicas e precursores ou qualquer outro produto submetido a controle especial,
conforme o disposto na RDC nº 39, de 9 de julho de 2012, que “Dispõe sobre a
atualização do Anexo I, Listas de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras
e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 e dá
outras providências”, ou suas atualizações.
Art. 70. No momento da primeira renovação após a publicação desta Resolução,
será aceita a adequação de formulações com supressão de espécies vegetais ativas,
desde que comprovadas a segurança, eficácia/efetividade e qualidade para a nova
formulação, nos termos desta Resolução.
Art. 71. Se um produto for registrado por registro simplificado com base na Lista
de registro simplificado brasileira ou nas monografias de uso bem estabelecido ou de
uso tradicional do EMA e a espécie vegetal tida como ativo deixar de constar na lista de
registro simplificado brasileira ou a monografia do EMA vier a ser revogada, o detentor
do registro terá três meses, a partir da revogação, para apresentar dados adicionais de
segurança e eficácia/efetividade, conforme determina esta Resolução, e manter o
registro.
Parágrafo único. As modificações implementadas conforme adequação prevista
no caput devem estar disponíveis ao consumidor no período máximo de seis meses após
a sua aprovação pela Anvisa.
Art. 72. Quando da atualização das listas de registro simplificado de
medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos, empresas que possuam
fitoterápicos registrados contendo espécies que sofreram modificações que impliquem
necessidade de novo desenvolvimento de produto e/ou nova metodologia analítica e/ou
nova validação e/ou novo estudo de estabilidade terão um prazo de até três anos para

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adequação, prazo esse contado a partir da data de publicação da alteração dessas listas,
nas seguintes condições:
I – para as petições já protocoladas na Anvisa ou que venham a ser protocoladas
em até um ano da publicação das listas de registro simplificado;
II – para produtos já registrados que venham a ter renovações a ser peticionadas
em até três anos de publicação das listas de registro simplificado, nos termos do
Parágrafo 2º do art. 8º do Decreto nº 8.077/2013;
§ 1º - As demais petições não citadas nos Incisos I e II devem ser protocoladas
adequadas ao disposto nas listas de registro simplificado de medicamentos fitoterápicos
e produtos tradicionais fitoterápicos atualizadas.
§ 2º Ao fim do período descrito nos Incisos I e II, caso a alteração não tenha sido
implementada, será publicado o indeferimento do registro do produto.
§ 3º A adequação prevista nos Incisos I e II pode ocorrer antes desse prazo a
critério da empresa.
§ 4º Nos casos particulares em que for detectado risco sanitário os prazos poderão
ser alterados por decisão da Anvisa.
Art. 73. Ficam revogadas as Resoluções de Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC
nº 14, de 31 de março de 2010, e RDC nº 10, de 9 de março de 2010, a Resolução - RE
nº 90, de 16 de março de 2004, e a Instrução Normativa - IN nº 5, de 31 de março de
2010.
Art. 74. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

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ANEXO I

LISTA DE ESPÉCIES QUE NÃO PODEM SER UTILIZADAS NA


COMPOSIÇÃO DE PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS

Abrus precatorius (sementes e raízes) Heliotropium spp.

Acorus calamus Ipomoea carnea subsp. Fistulosa (folhas)

Ageratum conyzoides Ipomoea burmanni (Rivea corymbosa)

Aleurites fordii (folhas, frutos e sementes) Ipomoea hederacea

Aleurites moluccanus (sementes e frutos) Ipomoea violacea (Ipomoea tricolor)

Allamanda cathartica Jatropha curcas

Amanita spp. Lantana camara (frutos e folhas)

Anadenanthera peregrina Lithraea brasiliensis

Anadenanthera macrocarpa (sementes e Lithraea molleoides


folhas)

Argemone mexicana (folhas, flores e Lobelia inflata


sementes)

Argyreia nervosa Lophophora spp.

Aristolochia spp. Manihot esculenta

Asarum spp. Melia azedarach (parte aérea e frutos)

Asclepias curassavica Microsporum audouinni

Aspergillus fumigates Microsporum canis

Aspergillus nidulans Nerium oleander

Aspergillus niger Nicotiana glauca

Aspergillus sydowi Nicotiana tabacum

Aspergillus terréus Opuntia cylindrica

Baccharis coridifolia Palicourea marcgravii

Banisteriopsis caapi Papaver bracteatum

Brugmansia arbórea Pedilanthus tithymaloides

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Brugmansia suaveolens Peganum harmala

Brunfelsia uniflora Petasites spp.

Calotropis procera Petiveria alliacea

Cannabis spp. Piptadenia macrocarpa

Catha edulis Piptadenia peregrina

Claviceps paspal Plumbago scandens (folhas e raízes)

Combretum glaucocarpum (folhas) Prestonia amazonica

Conocybe spp. Psylocybe spp.

Consolida ajacis Pteridium aquilinum

Cnidoscolus phyllacanthus (folhas e Rhizopus oligosporus


espinhos)

Crotalaria spp. Salvia divinorum

Cryptostegia grandiflora Senecio spp.

Cynoglossum officinale Sida acuta

Datura spp. (folhas, frutos e sementes) Sophora secundiflora

Dieffenbachia seguine Spartium junceum

Epidermophyton floccosum Spigelia anthelmia

Erythroxylum coca Stropharia cubensis

Euphorbia tirucalli (látex) Strychnos gaulthieriana

Ficus pumila (folhas e látex) Strychnos ignatii (Ignatia amara)

Geotrichum candidum Thevetia peruviana

Gloriosa superba Trichophyton spp.

Gymnopilus spp. Tussilago farfara

Haemadictyon spp. Virola sebifera

spp. - todas ou quaisquer espécies do gênero.


Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies citadas as quais também estão
proibidas.

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ANEXO II
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS COM RESTRIÇÕES PARA O
REGISTRO/NOTIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E
PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS

Arnica spp. O IFAV só pode ser utilizado para uso externo

Espécies com alcaloides A exposição diária de alcaloides pirrolizidínicos não


pirrolizidínicos pode ser superior a 1 ppm, ou seja 1 g/g

Mentha pulegium Só pode ser utilizado se a posologia proposta para o


produto não exceder uma dosagem diária de tujona de 3
a 6 mg

Ricinus communis Só pode ser utilizado o IFAV óleo fixo obtido


exclusivamente das sementes

Solanum (quaisquer Se o IFAV é para qualquer uso que não o externo, não
espécies) pode conter mais que 10 mg (dez miligramas) de
alcaloides esteroidais

Symphytum officinale O IFAV só pode ser utilizado para uso externo

Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies citadas as quais também terão
restrições.
ANEXO III
LISTA DE REFERÊNCIAS PARA A COMPROVAÇÃO DA
TRADICIONALIDADE DE USO
1 - AMARAL, A.C.F.; SIMÕES, E.V.; FERREIRA, J.L.P. Coletânea científica de
plantas de uso medicinal. FIOCRUZ. Rio de Janeiro, Brasil: Abifito, 2005.
2 - AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEA. American herbal pharmacopoea
and therapeutic compendium – Monografias.
3 - ANFARMAG. Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. Fitoterapia
magistral. Um guia prático para a manipulação de fitoterápicos. Publicações Anfarmag.
2005.
4 - ARGENTINA. Listado de drogas vegetales que se incluyen en el registro de
medicamentos fitoterapicos de larga tradición. ANMAT, 2009.
5 - BARBOSA, WLR et al. Etnofarmácia. Fitoterapia popular e ciência
farmacêutica. Belém: Editora CRV. 2011.
6 - BARRET, M. The handbook of clinically tested herbal Medicines. Vol. 1 e 2,
2004.

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7 - BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN, J. Herbal medicine


- Expanded commission E monographs. 1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical
Council. 2000.
8 - BLUMENTHAL, M. The ABC clinical guide to herbs. Austin, USA: The
American Botanical Council, 2003.
9 - BIESKI, IGC, MARI GEMMA, C. Quintais medicinais. Mais saúde, menos
hospitais - Governo do Estado de Mato Grosso. Cuiabá. 2005.
10 - BORRÁS, M.R.L. Plantas da Amazônia: medicinais ou mágicas. Plantas
comercializadas no Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Valer Editora. 2003.
11 - BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook of scientific
information on widely used plant drugs. Bournemouth, UK: British Herbal Medicine
Association, 1992. v.1.
12 - BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook of scientific
information on widely used plant drugs. Bournemouth, UK: British Herbal Medicine
Association, 2006. v.2.
13 - BRANDÃO, M.G.L.; ZANETI, N.N.S. Plantas Medicinais da Estrada Real.
Belo Horizonte: Editora O Lutador, 2008.
14 - Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o
Programa de pesquisa de plantas medicinais da Central de Medicamentos. Brasília,
2006.
15 - CÁCERES, A. Vademécum nacional de plantas medicinales. Guatemala:
Editorial Universitaria USAC, MSPAS, 2009.
16 - CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade de matérias - primas
vegetais para farmácia magistral. Pharmabooks. 2009.
17 - CARVALHO, J.C.T. Fitoterápicos anti-inflamatórios: aspectos químicos,
farmacológicos e aplicações terapêuticas. Ribeirão Preto, Brasil: Tecmedd Editora,
2004.
18 - CARVALHO, J.C.T. Formulário Médico- Farmacêutico de Fitoterapia. 2º
Edição, Pharmabooks, 2005.
19 - COLETTO, L. M. M. et al. Plantas medicinais: nativas dos remanescentes
florestais do oeste do Paraná. Coordenação: Assessoria de Comunicação Social. Foz de
Iguaçu: Itaipu Binacional, 2009.
20 - DERMARDEROSIAN, A. (coed.) et al. The Review of Natural Products -
The most complete source of natural product information. St. Louis, USA: Wolters
Kluwer Health, 2008.

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21 - DUKE, JAMES, A. Duke´s Handbook of Medicinal Plants of Latin America.


CRC Press, Taylor and Francis Group, LLC, 2009.
22 - EBADI, M.S. Pharmacodynamic Basis of Herbal Medicine. CRC Press LLC,
2002.
23 - EUROPEAN SCIENTIFIC COOPERATIVE ON PHYTOTHERAPY
(ESCOP). Monographs: The Scientific Foundation for Herbal Medicinal Products. 2 ed.
Exeter, UK: European Scientific Cooperative on Phytotherapy and Thieme, 2003.
24 - FETROW, C.W.; AVILA, J.R. Manual de medicina alternativa para o
profissional. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan, 2000.
25 - GARCIA, A.A. Fitoterapia: vademecum de prescripción. Plantas
medicinales. 3ª edición. Barcelona, España: Masson, 1998.
26 - GILBERT, B.; FERREIRA, J.L.P.; ALVES, L.F. Monografias de plantas
medicinais brasileiras e aclimatadas. FIOCRUZ. Curitiba, Brasil: Abifito, 2005.
27 - GRUENWALD, J et al. PDR for herbal medicines. 2000.
28 - GUPTA, M.P. Plantas medicinales iberoamericanas. Bogotá: Programa
Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello. 2008.
29 - GUTIÉRREZ. I.E.M. et al. Plantas medicinais do semiárido conhecimentos
populares e acadêmicos. EDUFBA. 2010.
30 - HIRT, H.M.; M’PIA, B. Medicina natural nos trópicos. 2004.
31 - IEPA. Farmácia da terra - Plantas medicinais e alimentícias. 2ª ed. Macapá.
2005.
32 - ÍNDICE TERAPÊUTICO FITOTERÁPICO. EPUB. 2008.
33 - LAINETTI, R.; BRITO, N.R.S. A cura pelas ervas e plantas medicinais
brasileiras. Rio de Janeiro: Grupo Ediouro Editora Tecnoprint. 1979.
34 - LIMA, J.L.S. et al. Plantas medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil.
Campina Grande, 2006.
35 - Listas oficiais de Programas de Fitoterapia em Municípios e Estados do país.
36 - LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e
exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda,
2008.
37 - MASSON, S.A. Fitoterapia – Vademecum de Prescripcion, 4ª ed. Elsevier,
2003.
38 - MATOS, F.J.A. As plantas das Farmácias Vivas. Fortaleza. 1997a.

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

39 - MATOS, F.J.A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha. 2 ed.


UFC Edições. 1997b.
40 - MATOS, F.J.A. Farmácias vivas. UFC Edições. 4ª ed. Fortaleza. 2002.
41 - MATOS, F.J.A. Plantas medicinais. Guia de seleção e emprego de plantas
usadas em fitoterapia no Nordeste Brasileiro. 3ª ed. Editora UFC. Fortaleza, 2007.
42 - MATOS, F.J.A.; VIANA, G.S.B.; BANDEIRA, M.A.M. Guia fitoterápico.
Fortaleza. 2001.
43 - MCKENNA, D. J. et al. Botanical medicines - The desk reference for major
herbal supplements. New York, USA: Haworth Herbal Press, 2002
44 - MELO-DINIZ et al. Memento de plantas medicinais. As plantas como
alternativa terapêutica. Aspectos populares e científicos. Ed. UFPB. 2006.
45 - Monografias, dissertações ou teses aprovadas em instituições de ensino
superior nacionais ou internacionais.
46 - NEWALL, C.A.; ANDERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D. Herbal medicines-
a guide for health-care professionals. London, Reino Unido: The Pharmaceutical Press.
1996.
47 - Monografias do Natural Health Products Directorate’s (NHPD), disponíveis
em: http://www.hc-sc.gc.ca/dhp-mps/prodnatur/applications/licen-
prod/monograph/indexeng.php
48 - MILLS, S.; BONE, K. The essential guide to herbal safety. St. Louis, USA:
Elsevier Churchill Livingstone, 2005.
49 - MILLS, S.; BONE, K. Principles and practice of phytotherapy - Modern
herbal medicine. St. Louis, USA: Elsevier Churchill Livingstone, 1999.
50 - OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected
medicinal plants. Vol. 1. 1999.
51 - OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected
medicinal plants. Vol. 2. 2004.
52 - OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected
medicinal plants. Vol. 3. 2007.
53 - OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected
medicinal plants. Vol. 4. 2009.
54 – OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on medicinal
plants commonly used in the Newly Independent States (NIS). 2010.

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

55 - PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S. & ALMEIDA, M.C. Uso tradicional de


plantas medicinais e fitoterápicos. São Luís: CONBRAFITO, 2012.
56 - PEREIRA, M.A.S., et al. Implantação da fitoterapia no município de
Jardinópolis – SP. Ribeirão Preto: Legis Summa, 2008.
57 - PHYSICIANS DESK REFERENCE. PDR for herbal medicines. 4 ed.
Montvale, USA: Thomson Healthcare, 2007.
58 - PROPLAM - Guia de Orientações para implantação do Serviço de
Fitoterapia. Rio de Janeiro. 2004.
59 - Publicações científicas indexadas em revistas nacionais ou internacionais.
60 - RODRIGUES, A.G. et al. A fitoterapia no SUS e o programa de plantas
medicinais da Central de medicamentos. Brasília. 2006.
61 - SÁNCHEZ, O; ÁNGEL, R. Manual de agrotecnología de plantas medicinales
nativas. San José, Costa Rica: Ediciones Sanabria. 2007.
62 - SILVA JÚNIOR, A.A. Essentia herba: plantas bioativas. Florianópolis:
Epagri, 2006. v.2.
63 - SIMÕES, C.M.O. et. al. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul.
5ª ed. Editora da Universidade UFRGS. 1998.
64 - SOUSA, M.P. et al. Constituintes químicos ativos e propriedades biológicas
de plantas medicinais brasileiras. 2 ed. Fortaleza, Brasil: Editora UFC, 2004.
65 - TRAMIL. Hacia una farmacopea caribeña (TRAMIL 7). Santo Domingo:
Editora Lionel Germonsén Robineau, 1995.
66 - VIANA, G.; LEAL, L. K.; VASCONCELOS, S. Plantas medicinais da
Caatinga: atividades biológicas e potencial terapêutico. Fortaleza: Expressão Gráfica e
Editora, 2013.
67 - WITCHL, M et al. Herbal drugs and phytopharmaceuticals. A handbook for
practice on a scientific basis. 3 ed. Medpharm. CRC Press. Washington. 2004.
ANEXO IV
INFORMAÇÕES A SEREM DISPONIBILIZADAS NO FOLHETO
INFORMATIVO DO PRODUTO TRADICIONAL FITOTERÁPICO
I - identificação do produto tradicional fitoterápico:
a) nome comercial;
b) nomenclatura popular, seguida da nomenclatura botânica completa;
c) parte da planta utilizada; e

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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d) a frase em negrito: Produto registrado com base no uso tradicional, não sendo
recomendado seu uso por período prolongado.
II - informações quanto às apresentações e composição:
a) a forma farmacêutica;
b) a composição qualitativa e quantitativa, por unidade de medida ou unidade
farmacotécnica, sendo que a concentração deve seguir o disposto no inciso III do art.
57;
c) para os excipientes, descrever a composição qualitativa, conforme DCB;
d) a quantidade total de peso, volume líquido e unidades farmacotécnicas,
conforme o caso;
e) a quantidade total de acessórios dosadores que acompanham as apresentações,
quando aplicável;
f) a via de administração, em caixa alta e negrito;
g) a frase, em caixa alta e negrito, "USO ADULTO" ou "USO ADULTO E
PEDIÁTRICO ACIMA DE___" ou "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____", indicando
a idade mínima, em meses ou anos, para qual foi aprovada no registro ou na notificação
o uso do produto tradicional fitoterápico, ou "USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no
caso de produto tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade, conforme
aprovado no registro ou notificação;
h) para a forma farmacêutica líquida, quando o solvente for alcoólico, mencionar
a graduação alcoólica do produto final; e
i) para produtos com forma farmacêutica líquida e em gotas, informar a
equivalência de gotas para cada mililitro (gotas/mL) e massa por gota (mg/gota);
III - informações ao paciente:
1. PARA QUÊ ESTE PRODUTO É INDICADO?
Descrever as alegações de uso devidamente registradas na Anvisa.
2. COMO ESTE PRODUTO FUNCIONA?
Descrever, sumarizadamente, as ações do produto em linguagem acessível à
população.
Informar o tempo médio estimado para início da ação farmacológica do produto,
quando aplicável.
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
Incluir as contraindicações relatadas na documentação técnico-científica.

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Incluir as seguintes frases em negrito:


"Este produto é contraindicado para uso por (informando a população especial
conforme aprovado no registro ou notificação).
"Este produto é contraindicado para menores de _____" (citando a idade em
meses ou anos)._______",
"Mulheres grávidas ou amamentando não devem utilizar este produto, já que não
há estudos que possam garantir a segurança nessas situações".
No caso de contraindicação para o uso de princípios ativos, classe terapêutica e
excipientes, incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC n o 137, de 20 de
maio de 2003, ou suas atualizações.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE PRODUTO?
Descrever as advertências e precauções para o uso adequado do produto,
conforme aprovado no registro ou notificação.
Incluir alterações de condições fisiológicas, informando aquelas que possam
afetar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Mesmo quando não há
relatos, é necessário incluir a frase em negrito: "Não há casos relatados que o uso deste
produto interfira na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas".
No caso de advertências e precauções para o uso de princípios ativos, classe
terapêutica e excipientes, incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC 137
de 20 de maio de 2003, ou suas atualizações.
Incluir interações relatadas na literatura científica com outros produtos, como
plantas, medicamentos e alimentos. Mesmo quando não há relatos, é necessário incluir a
frase em negrito: "Não há casos relatados que o uso deste produto interaja com outros
produtos, como plantas, medicamentos e alimentos".
Incluir as frases:
"Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam reações indesejadas não
descritas na embalagem ou no folheto informativo, interrompa seu uso e procure
orientação do profissional de saúde";
"Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque orientação de profissional
de saúde antes de utilizar este produto"; e
"Este produto não deve ser utilizado por período superior ao indicado, ou
continuamente, a não ser por orientação de profissionais de saúde".
“Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas medicinais e fitoterápicos
que estiver tomando. Interações podem ocorrer entre produtos e plantas medicinais e
mesmo entre duas plantas medicinais quando administradas ao mesmo tempo.

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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"Este produto contém álcool no teor de _____." (informando o teor alcoólico).


5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE
PRODUTO?
Descrever os cuidados específicos de conservação, indicando a faixa de
temperatura e condições de armazenamento do produto, conforme estudo de
estabilidade. Informar o prazo de validade do produto a partir da data de fabricação,
aprovada no registro ou notificação, citando o número de meses.
Incluir as seguintes frases em negrito:
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”;
“Não use produto com prazo de validade vencido.”
“ Para sua segurança, guarde o produto na embalagem original.”;
Incluir os cuidados específicos de conservação do produto tradicional fitoterápico
uma vez abertos ou preparados para uso, quando sofram redução do prazo de validade
original ou alteração do cuidado de conservação original.
Para os chás medicinais para os quais não seja necessária a realização dos estudos
de estabilidade, os cuidados de conservação a serem informados devem ser: conservar
em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) e proteger da luz e umidade.
Incluir a frase em negrito:
“Após aberto, válido por _____” (indicando o tempo de validade após aberto,
conforme estudo de estabilidade do produto tradicional fitoterápico).
Descrever as características físicas e organolépticas do produto e outras
características do produto, conforme aprovado no registro ou notificação.
Incluir as frases em negrito:
"Antes de usar, observe o aspecto do produto. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo”; e
"Este produto deve ser mantido fora do alcance das crianças."
6. COMO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
Descrever as principais orientações sobre o modo correto de preparo, manuseio e
aplicação do produto.
Inserir a frase: Os produtos tradicionais fitoterápicos não devem ser administrados
pelas vias injetável e oftálmica.
Descrever a posologia, incluindo as seguintes informações;

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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- dose para forma farmacêutica e concentração, expressas, quando aplicável, em


unidades de medida ou unidade farmacotécnica correspondente em função ao tempo;
- a dose inicial e de manutenção, quando aplicável;
- intervalos de administração (em minutos ou horas);
- vias de administração;
- orientações para cada alegação de uso nos casos de posologias distintas;
- orientações para uso adulto e/ou uso pediátrico, de acordo com o aprovado no
registro ou notificação; e
- orientações sobre o monitoramento e ajuste de dose para populações especiais.
Incluir o risco de uso por via de administração não recomendada, quando aplicável.
Conforme a característica da forma farmacêutica, incluir as frases em negrito:
"Este produto não deve ser partido, aberto ou mastigado.", no caso de
comprimidos revestidos, cápsulas e compridos de liberação modificada e outras formas
farmacêuticas que couber, ou "Este produto não deve ser cortado.", no caso de adesivos
e outras que couber.
Quando se tratar de chá medicinal, incluir as frases, conforme o caso:
1. se utilizada por infusão, deverá constar a seguinte frase: "colocar (o número de)
mL ou (o número de) medida de água fervente sobre (o número de) g ou (o número de)
medida do produto em um recipiente apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar,
se necessário, e utilizar";
2. se utilizada por decocção, deverá constar a seguinte frase: "colocar (o número
de) g ou (o número de) medida do produto em (o número de) quantidade de água fria e
ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em contato por aproximadamente 15 minutos,
coar, se necessário, e utilizar"; ou
3. se utilizada por maceração com água, deverá constar a seguinte frase: "cobrir (o
número de) g ou (o número de) medida do produto com (o número de) mL ou (o
número de) medida de água e deixar em temperatura ambiente por (o número de) horas;
agitar ocasionalmente, coar, se necessário, e utilizar";
4. incluir a frase: "Preparar imediatamente antes do uso". Essa frase é dispensada
para algumas espécies vegetais em que há a orientação de preparo para mais de uma
dose a ser utilizada no mesmo dia.
5. incluir a frase: "Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre
este produto, procure orientação com seu farmacêutico ou profissional de saúde. Não
desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu profissional de saúde.".

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Para soluções para diluição ou pós ou granulados para solução, suspensão ou


emulsão de uso oral, incluir:
- o procedimento detalhado para reconstituição e/ou diluição antes da
administração;
- o(s) diluente(s) a ser(em) utilizado(s);
- o volume final do produto preparado; e
- concentração do produto preparado.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE
PRODUTO?
Descrever a conduta necessária, caso haja esquecimento de administração (dose
omitida), quando for o caso.
Incluir a seguinte frase, em negrito: "Em caso de dúvidas, procure orientação de
profissional de saúde."
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE PRODUTO PODE ME CAUSAR?
Informar as reações adversas, explicitando os sinais e sintomas relacionados a
cada uma. Quando não se conhece a frequência delas, deve-se incluir a frase em negrito:
“A frequência de ocorrência dos efeitos indesejáveis não é conhecida.”; e
Incluir as frases:
“Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do produto. Informe também à empresa através do seu Serviço de Atendimento
ao Consumidor (SAC).”
"Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.____________, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal." (incluindo no espaço o endereço eletrônico
atualizado do NOTIVISA).
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO
QUE A INDICADA DESTE PRODUTO?
Descrever os sintomas que caracterizam a superdose e orientar quanto às medidas
preventivas que amenizam o dano até a obtenção de socorro, quando aplicável.
Inserir as frases em negrito: "Em caso de uso de grande quantidade deste produto,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou folheto informativo, se
possível."
"Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações sobre como proceder."

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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Quando não se têm relatos de casos de superdose, deve-se incluir a frase em


negrito: “Não há casos de superdose relatados”.
ANEXO IV
INFORMAÇÕES A SEREM DISPONIBILIZADAS NO FOLHETO
INFORMATIVO DO PRODUTO TRADICIONAL FITOTERÁPICO
(Redação dada pela Resolução – RDC nº 66, de 26 de novembro de 2014)
I - identificação do produto tradicional fitoterápico:
a) nome comercial;
b) nomenclatura popular, seguida da nomenclatura botânica completa;
c) parte da planta utilizada; e
d) a frase em negrito: Produto registrado com base no uso tradicional, não sendo
recomendado seu uso por período prolongado.
II - informações quanto às apresentações e composição:
a) a forma farmacêutica;
b) a composição qualitativa e quantitativa, por unidade de medida ou unidade
farmacotécnica, sendo que a concentração deve seguir o disposto no inciso III do art.
57;
c) para os excipientes, descrever a composição qualitativa, conforme DCB;
d) a quantidade total de peso, volume líquido e unidades farmacotécnicas,
conforme o caso;
e) a quantidade total de acessórios dosadores que acompanham as apresentações,
quando aplicável;
f) a via de administração, em caixa alta e negrito;
g) a frase, em caixa alta e negrito, "USO ADULTO" ou "USO ADULTO E
PEDIÁTRICO ACIMA DE___" ou "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____", indicando
a idade mínima, em meses ou anos, para qual foi aprovada no registro ou na notificação
o uso do produto tradicional fitoterápico, ou "USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no
caso de produto tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade, conforme
aprovado no registro ou notificação;
h) para a forma farmacêutica líquida, quando o solvente for alcoólico, mencionar
a graduação alcoólica do produto final; e
i) para produtos com forma farmacêutica líquida e em gotas, informar a
equivalência de gotas para cada mililitro (gotas/mL) e massa por gota (mg/gota);

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

III - informações ao paciente:


1.PARA QUÊ ESTE PRODUTO É INDICADO?
Descrever as alegações de uso devidamente registradas na Anvisa.
2.COMO ESTE PRODUTO FUNCIONA?
Descrever, sumarizadamente, as ações do produto em linguagem acessível à
população.
Informar o tempo médio estimado para início da ação farmacológica do produto,
quando aplicável.
3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
Incluir as contraindicações relatadas na documentação técnico-científica.
Incluir as seguintes frases em negrito:
"Este produto é contraindicado para uso por (informando a população especial
conforme aprovado no registro ou notificação).
"Este produto é contraindicado para menores de _____" (citando a idade em
meses ou anos)._______",
"Mulheres grávidas ou amamentando não devem utilizar este produto, já que não
há estudos que possam garantir a segurança nessas situações".
No caso de contraindicação para o uso de princípios ativos, classe terapêutica e
excipientes, incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC no 137, de 20 de
maio de 2003, ou suas atualizações.
4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE PRODUTO?
Descrever as advertências e precauções para o uso adequado do produto,
conforme aprovado no registro ou notificação.
Incluir alterações de condições fisiológicas, informando aquelas que possam
afetar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Mesmo quando não há
relatos, é necessário incluir a frase em negrito: "Não há casos relatados que o uso deste
produto interfira na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas".
No caso de advertências e precauções para o uso de princípios ativos, classe
terapêutica e excipientes, incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC 137
de 20 de maio de 2003, ou suas atualizações.
Incluir interações relatadas na literatura científica com outros produtos, como
plantas, medicamentos e alimentos. Mesmo quando não há relatos, é necessário incluir a
frase em negrito: "Não há casos relatados que o uso deste produto interaja com outros
produtos, como plantas, medicamentos e alimentos".

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Incluir as frases:
"Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam reações indesejadas não
descritas na embalagem ou no folheto informativo, interrompa seu uso e procure
orientação do profissional de saúde";
"Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque orientação de profissional
de saúde antes de utilizar este produto"; e
"Este produto não deve ser utilizado por período superior ao indicado, ou
continuamente, a não ser por orientação de profissionais de saúde".
"Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas medicinais e fitoterápicos
que estiver tomando. Interações podem ocorrer entre produtos e plantas medicinais e
mesmo entre duas plantas medicinais quando administradas ao mesmo tempo.
"Este produto contém álcool no teor de _____." (informando o teor alcoólico).
5.ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE
PRODUTO?
Descrever os cuidados específicos de conservação, indicando a faixa de
temperatura e condições de armazenamento do produto, conforme estudo de
estabilidade. Informar o prazo de validade do produto a partir da data de fabricação,
aprovada no registro ou notificação, citando o número de meses.
Incluir as seguintes frases em negrito:
"Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.";
"Não use produto com prazo de validade vencido."
" Para sua segurança, guarde o produto na embalagem original.";
Incluir os cuidados específicos de conservação do produto tradicional fitoterápico
uma vez abertos ou preparados para uso, quando sofram redução do prazo de validade
original ou alteração do cuidado de conservação original.
Para os chás medicinais para os quais não seja necessária a realização dos estudos
de estabilidade, os cuidados de conservação a serem informados devem ser: conservar
em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) e proteger da luz e umidade.
Incluir a frase em negrito:
"Após aberto, válido por _____" (indicando o tempo de validade após aberto,
conforme estudo de estabilidade do produto tradicional fitoterápico).
Descrever as características físicas e organolépticas do produto e outras
características do produto, conforme aprovado no registro ou notificação.
Incluir as frases em negrito:

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

"Antes de usar, observe o aspecto do produto. Caso ele esteja no prazo de


validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo"; e "Este produto deve ser mantido fora do alcance das
crianças."
6.COMO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
Descrever as principais orientações sobre o modo correto de preparo, manuseio e
aplicação do produto.
Inserir a frase: Os produtos tradicionais fitoterápicos não devem ser administrados
pelas vias injetável e oftálmica.
Descrever a posologia, incluindo as seguintes informações;
- dose para forma farmacêutica e concentração, expressas, quando aplicável, em
unidades de medida ou unidade farmacotécnica correspondente em função ao tempo;
- a dose inicial e de manutenção, quando aplicável;
- intervalos de administração (em minutos ou horas);
- vias de administração;
- orientações para cada alegação de uso nos casos de posologias distintas;
- orientações para uso adulto e/ou uso pediátrico, de acordo com o aprovado no
registro ou notificação; e
- orientações sobre o monitoramento e ajuste de dose para populações especiais.
Incluir o risco de uso por via de administração não recomendada, quando aplicável.
Conforme a característica da forma farmacêutica, incluir as frases em negrito:
"Este produto não deve ser partido, aberto ou mastigado.", no caso de
comprimidos revestidos, cápsulas e compridos de liberação modificada e outras formas
farmacêuticas que couber, ou "Este produto não deve ser cortado.", no caso de adesivos
e outras que couber.
Quando se tratar de chá medicinal, incluir as frases, conforme o caso:
1. se utilizada por infusão, deverá constar a seguinte frase: "colocar (o número de)
mL ou (o número de) medida de água fervente sobre (o número de) g ou (o número de)
medida do produto em um recipiente apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar,
se necessário, e utilizar";
2. se utilizada por decocção, deverá constar a seguinte frase: "colocar (o número
de) g ou (o número de) medida do produto em (o número de) quantidade de água fria e
ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em contato por aproximadamente 15 minutos,
coar, se necessário, e utilizar"; ou

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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3. se utilizada por maceração com água, deverá constar a seguinte frase: "cobrir (o
número de) g ou (o número de) medida do produto com (o número de) mL ou (o
número de) medida de água e deixar em temperatura ambiente por (o número de) horas;
agitar ocasionalmente, coar, se necessário, e utilizar";
4. incluir a frase: "Preparar imediatamente antes do uso". Essa frase é dispensada
para algumas espécies vegetais em que há a orientação de preparo para mais de uma
dose a ser utilizada no mesmo dia.
5. incluir a frase: "Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre
este produto, procure orientação com seu farmacêutico ou profissional de saúde. Não
desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu profissional de saúde.".
Para soluções para diluição ou pós ou granulados para solução, suspensão ou
emulsão de uso oral, incluir:
- o procedimento detalhado para reconstituição e/ou diluição antes da
administração;
- o(s) diluente(s) a ser(em) utilizado(s);
- o volume final do produto preparado; e
- concentração do produto preparado.
7.O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE
PRODUTO?
Descrever a conduta necessária, caso haja esquecimento de administração (dose
omitida), quando for o caso.
Incluir a seguinte frase, em negrito: "Em caso de dúvidas, procure orientação de
profissional de saúde."
8.QUAIS OS MALES QUE ESTE PRODUTO PODE ME CAUSAR?
Informar as reações adversas, explicitando os sinais e sintomas relacionados a
cada uma. Quando não se conhece a frequência delas, deve-se incluir a frase em negrito:
"A frequência de ocorrência dos efeitos indesejáveis não é conhecida."; e
Incluir as frases:
"Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do produto. Informe também à empresa através do seu Serviço de Atendimento ao
Consumidor (SAC)."
"Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.____________, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal." (incluindo no espaço o endereço eletrônico
atualizado do NOTIVISA).

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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9.O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO


QUE A INDICADA DESTE PRODUTO?
Descrever os sintomas que caracterizam a superdose e orientar quanto às medidas
preventivas que amenizam o dano até a obtenção de socorro, quando aplicável.
Inserir as frases em negrito: "Em caso de uso de grande quantidade deste produto,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou folheto informativo, se
possível."
"Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações sobre como proceder."
Quando não se têm relatos de casos de superdose, deve-se incluir a frase em
negrito: "Não há casos de superdose relatados".
IV - dizeres legais:
Informar a sigla "MS" mais o número de registro no Ministério da Saúde, quando
se tratar de produto tradicional fitoterápico registrado, conforme publicado em Diário
Oficial da União (DOU), sendo necessários os 9 (nove) dígitos iniciais.
Inserir, quando se tratar de produto tradicional fitoterápico notificado, a seguinte
frase: "PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC nº XX/XXXX",
completando com o nú- mero da Resolução vigente, sucedido pelo ano de sua
publicação.
Informar o nome, número de inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia
do responsável técnico da empresa titular do registro ou notificação.
Informar o nome e endereço da empresa titular do registro ou notificação no
Brasil.
Informar o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do titular do
registro ou notificação.
Inserir a expressão "Indústria Brasileira", quando aplicável.
Informar o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), de
responsabilidade da empresa titular do registro ou notificação.
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, quando ela diferir da empresa
titular do registro ou notificação, citando a cidade e o estado precedidos pela frase
"Fabricado por:" e inserindo a frase "Registrado por: ou Notificado por:" antes dos
dados da detentora do registro.
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, quando o produto for
importado, citando a cidade e o país precedidos pela frase "Fabricado por" e inserindo a
frase "Importado por:" antes dos dados da empresa titular do registro ou notificação.

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Informar o nome e endereço da empresa responsável pela embalagem do produto,


quando ela diferir da empresa titular do registro ou notificação, ou fabricante, citando a
cidade e o estado ou, se estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela frase "Embalado
por:" e inserindo a frase "Registrado por: ou Notificado por:" ou "Importado por:",
conforme o caso, antes dos dados da empresa titular do registro ou notificação;
Informar, se descrito na embalagem do produto, o nome e endereço da empresa
responsável pela comercialização do produto, citando a cidade e o estado precedidos
pela frase "Comercializado por" e incluindo a frase "Registrado por: ou Notificado por:"
antes dos dados da detentora do registro ou notificação.
É facultativo incluir a logomarca da empresa farmacêutica titular do registro ou
notificação, bem como das empresas fabricantes e responsáveis pela embalagem e
comercialização do produto, desde que não prejudiquem a presença das informações
obrigatórias e estas empresas estejam devidamente identificadas nos dizeres legais.
Incluir as seguinte frases, quando for o caso:
"Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure
orientação médica."
"Venda proibida ao comércio. (para os produtos com destinação institucional)."
Incluir, exceto nos textos de bula a serem submetidos eletronicamente à Anvisa,
uma das seguintes frases, conforme o caso, em negrito:
"Este folheto informativo foi aprovado pela Anvisa em (dia/mês/ano)"
(informando a data de publicação do folheto no Bulário Eletrônico).
"Este folheto informativo foi atualizado conforme Folheto Informativo Padrão
aprovado pela Anvisa em (dia/mês/ano)" (informando a data de publicação do
respectivo Folheto Informativo na área de bulas do sítio eletrônico da Anvisa com o
qual o folheto foi harmonizado e/ou atualizado).
Incluir símbolo da reciclagem de papel.
ANEXO V
LISTA DE AGROTÓXICOS SELECIONADOS PARA ANÁLISE

(Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016)

1 2,4-D

2 Abamectina

3 Acefato

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

4 Acetamiprido

5 Acrinatrina

6 Alacloro

7 Aldicarbe

8 Aldrin

9 Aletrina

10 Ametrina

11 Atrazina

12 Azaconazole

13 Azinfós-Etílico

14 Azinfós-metílico

15 Azoxistrobina

16 Benalaxil

17 Benfuracarbe

18 Bentazona

19 Bifentrina

20 Bitertanol

21 Boscalida

22 Bromacila

23 Bromopropilato

24 Bromuconazol

25 Bupirimate

26 Buprofenzina

27 Cadusafós

28 Captana

29 Carbaril

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

30 Carbendazim

31 Carbofenotiona

32 Carbofurano

33 Carbosulfano

34 Carboxina

35 Cianazina

36 Ciazofamida

37 Ciflutrina

38 Cimoxanil

39 Cipermetrina

40 Ciproconazol

41 Ciprodinil

42 Ciromazina

43 Cletodim

44 Clofentezina

45 Clomazona

46 Clorantraniliprole

47 Clordano

48 Clorfenapir

49 Clorfenvinfós

50 Clorfluazurom

51 Clorimurom-etílico

52 Clormequate

53 Clorotalonil

54 Clorpirifós

55 Clorpirifós-metílico

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

56 Clorprofan

57 Clortal-dimetílico

58 Clortiofós

59 Clotianidina

60 Cresoxim-metílico

61 DDT

62 Deltametrina

63 Diafentiurom

64 Dialate

65 Diazinona

66 Diclofluanide

67 Diclofope

68 Diclorana

69 Diclorvós

70 Dicofol

71 Dicrotofos

72 Dieldrin

73 Difenoconazol

74 Diflubenzurom

75 Dimetoato

76 Dimetomorfe

77 Dinocape

78 Dinoseb

79 Dissulfotom

80 Ditianona

81 Ditiocarbamatos (CS2)

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

82 Diurom

83 Dodemorfe

84 Dodina

85 Endossulfam

86 Endrin

87 Epoxiconazol

88 Esfenvalerato

89 Espinosade

90 Espirodiclofeno

91 Espiromesifeno

92 Etefom

93 Etiofencarb

94 Etiona

95 Etofenproxi

96 Etoprofós

97 Etoxissulfurom

98 Etrinfos

99 Famoxadona

100 Fembuconazol

101 Fenamidona

102 Fenamifós

103 Fenarimol

104 Fenazaquina

105 Fenhexamide

106 Fenitrotiona

107 Fenotrina

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

108 Fenpiroximato

109 Fenpropatrina

110 Fenpropimorfe

111 Fentiona

112 Fentoato

113 Fenvalerato

114 Fipronil

115 Flonicamida

116 Fluasifope-p

117 Fludioxonil

118 Flufenoxurom

119 Flumetralina

120 Fluquinconazol

121 Fluroxipir-meptílico

122 Flusilazol

123 Flutriafol

124 Folpete

125 Fomesafem

126 Foransulfurom

127 Forato

128 Formetanato

129 Fosalona

130 Fosfamidona

131 Fosmete

132 Fostiazato

133 Furatiocarbe

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

134 Glifosato

135 Halossulfurom-metílico

136 Haloxifope-metílico

137 Haloxifope-p-metílico

138 HCH (alfa+beta+delta)

139 Heptacloro

140 Heptenofós

141 Hexaclorobenzeno

142 Hexaconazol

143 Hexazinona

144 Hexitiazoxi

145 Imazalil

146 Imazetapir

147 Imibenconazol

148 Imidacloprido

149 Indoxacarbe

150 Iprodiona

151 Iprovalicarbe

152 Isoxaflutol

153 Lactofem

154 Lambda-cialotrina

155 Lindano

156 Linurom

157 Lufenurom

158 Malationa

159 Mandipropamida

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

160 Mepiquate

161 Metalaxil-m

162 Metamidofós

163 Metamitrona

164 Metconazol

165 Metidationa

166 Metiocarbe

167 Metolacloro

168 Metomil

169 Metoxicloro

170 Metoxifenozida

171 Metribuzim

172 Metsulfurom

173 Mevinfós

174 Miclobutanil

175 Mirex

176 Monocrotofós

177 Neburon

178 Nuarimol

179 Oxadixil

180 Oxamil

181 Oxassulfurom

182 Óxido de fembutatina

183 Oxifluorfem

184 Paclobutrazol

185 Paration

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

186 Parationa-metílica

187 Pencicurom

188 Penconazol

189 Pendimetalina

190 Permetrina

191 Picoxistrobina

192 Piraclostrobina

193 Pirazofós

194 Piridabem

195 Piridafentiona

196 Piridato

197 Pirifenoxi

198 Pirimetanil

199 Pirimicarbe

200 Pirimifós-etílico

201 Pirimifós-metílico

202 Piriproxifem

203 Procimidona

204 Procloraz

205 Profenofós

206 Profoxidim

207 Prometrina

208 Propamocarbe

209 Propanil

210 Propargito

211 Propiconazol

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

212 Propoxur

213 Protioconazol

214 Protiofós

215 Quinalfos

216 Quintozeno

217 Quizalofope-p-etílico

218 Quizalofope-p-tefurílico

219 Simazina

220 Sulfentrazona

221 Sulfluramida

222 Sulfometurom-metílico

223 Tebuconazol

224 Tebufempirada

225 Tebufenozida

226 Tebutiurom

227 Teflubenzurom

228 Terbufós

229 Tetraconazol

230 Tetradifona

231 Tiabendazol

232 Tiacloprido

233 Tiametoxam

234 Tiobencarbe

235 Tiodicarbe

236 Tiofanato-metílico

237 Tolifluanida

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.


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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

238 Triadimefom

239 Triadimenol

240 Triazofós

241 Triciclazol

242 Triclorfom

243 Tridemorfe

244 Trifloxistrobina

245 Triflumizol

246 Trifluralina

247 Triforina

248 Vamidotiona

249 Vinclozolina

250 Zoxamida

Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.

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