Manual OGE Partes 1 e 2. Inglês Básico e Verbos
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INSPECÇÃO/SUPERVISÃO ESCOLAR
1
INTRODUÇÃO
A IE é uma cadeira curricular do 4.º Ano do ISCED, cuja principal missão é contribuir
para a formação de docentes, objectivo aliás patente no perfil de formação deste tipo de
instituição.
A IE, é também denominação de uma área departamental do Ministério da Educação a
quem incumbe avaliar e fiscalizar a realização da educação escolar, e o controlo do
funcionamento do sistema educativo. Inspeccionar é verificar se está conforme, é
detectar anomalias e apresentar sugestões. Existem alguns conceitos similares mas que
apresentam devido a sua peculiaridade algumas diferenças, tendo em conta a percepção
de cada autor. Ao longo do nosso estudo, debruçar-nos-emos sobre os mesmos para
fincar os significados.
Segundo a recomendação n.º 10 da conferência internacional sobre a educação, a IE é
um factor de ajuste e regulação do sistema educativo, daí o seu papel de destaque. A
actividade inspectiva pode ser desenvolvida quer na área administrativa, financeira,
pedagógica e também financeira.
Falar de inspecção das escolas é falar de avaliação de escolas desde que se enquadre
na perspectiva conceptual correspondente. Neste caso, Inspecção escolar é a
valorização do trabalho do colectivo pedagógico e a eficiência das actividades
pedagógicas que se desenvolvem na escola, bem como a elaboração de
recomendações com vista a melhoria do sistema educativo; é o processo de
investigação do estado de trabalho nos organismos docente-educativos públicos,
privados e oficiosos. È comum nos dias de hoje falar-se de avaliação escolar em
detrimento do conceito Inspecção escolar, que de alguma forma carrega um certo ar
autoritário.
No nosso país, a prática da inspecção remonta já há algumas décadas, mas a
experiência pouco mostra o aspecto formativo dos professores, como resultado dessa
acção. È preciso reflectir constantemente no facto de que as escolas uma vez criadas o
fizeram para determinado fim, que os programas de ensino estão estruturados para
determinado objectivo, que as estruturas escolares foram concebidas para funcionarem
de determinada forma, então é lógico que esses mesmos elementos necessitem de ser
avaliados, inspeccionados ou conforme convier o termo.
Embrenhados na experiência de alguns países a cadeira vai procurar reflectir sobre este
aspecto, apresentando uma abordagem conceptual do ponto de vista científico. Uma vez
que a tónica científica actual assenta na finalidade da educação, a formação reflexiva de
professores é essencial para o processo contínuo de desenvolvimento e aprendizagem,
2
de construção do ser, do saber fazer e saber1. Daí o incremento neste programa de
elementos científicos que não podem estar aparte da formação docente. O inspector
escolar é antes de tudo um questionador, informador, confere sugestões, encoraja e
avalia os actores do processo educativo. È óbvio que por trás dessa pessoa tão
importante esteja um leque de conhecimentos que se manifestem no seu saber, saber
fazer e saber ser.
Estão inclusos no programa da IE, 9 unidades, algumas acrescidas se comparadas com
o programa inicial que é já bastante antigo. O conteúdo será transmitido utilizando
métodos participativos dos quais trabalhos em grupo activo, seminários e enriquecidos
com algumas exposições do orientador da cadeira. Assim, o resumo do programa se
estrutura da seguinte forma:
I. Introdução
II. Paradigma histórico da inspecção escolar
III. O sistema politico e o sistema educativo
IV. Componentes da inspecção escolar
V. O perfil do inspector escolar
VI. A supervisão
1
VIEIRA, Flávia – SUPERVISÃO…PP12-14
3
1.1. Objectivos da Cadeira de Inspecção Escolar no ISCED
A nossa análise sobre este assunto, baseia-se nos pressupostos sustentados por Soler
Fierrez (1992) e sublinhado por Valdês Veloz2. A Supervisão ocupa-se do sistema escolar,
com o qual estabelece relações formalizadas para seu controlo, orientação, guia e avaliação.
A Supervisão não só se empenha em conhecer o sistema escolar, como também em
programar, transformá-lo e aperfeiçoa-lo. A Supervisão se preocupa em como conseguir o
bom funcionamento do sistema escolar e nisso baseia o seu empenho. Desde as suas
origens a Supervisão escolar desenvolveu seus esforços buscando a coesão do sistema
escolar. A Supervisão é o garante do funcionamento do sistema escolar e se encarrega de
sua vigilância, orientação e avaliação e em última instância de informar se as necessidades
foram atendidas, se as normas se ajustaram às necessidades e se foram conseguidos os
resultados esperados que justificam os recursos e os meios postos ao seu serviço.
2
VALDEZ VELOZ, Hector; La evaluacion del Desempeno Profesional del Docente, 2001
4
com conhecimento de causa os seus diferentes projectos, acções, processos, membros, o
estabelecimento torna-se assim sujeito da sua própria avaliação.
Conceito de Supervisão
Este conceito se confunde muito com o de inspecção escolar, sendo muitas vezes tomado
como outra coisa. As estruturas da educação em cada Estado possuem um órgão cuja
responsabilidade é inspeccionar escolas, que não é outra coisa, senão, supervisão escolar.
AVALIAÇÃO ESCOLAR
Conceito
Os conceitos apresentados por Egg e Aguillar (1994) como medição, estimação,
seguimento, controle, são tidos muitas vezes como avaliação embora eles próprios
apresentem mais tarde algumas diferenças. O termo avaliação é bastante elástico, pois tem
usos diferentes e pode ser aplicado a uma gama variada de actividades humanas. Estes
autores apresentam uma grande acepção de conceitos de diferentes autores sobre a
avaliação, ora vejamos:
Avaliar é “assinalar o valor de alguma coisa”; é um processo pelo qual estimamos o mérito
ou o valor de algo3. Destes dois conceitos pode-se depreender que no sentido amplo avaliar
incorpora o termo valor e supõe um juízo sobre algo, creio que até aqui é perceptível, pois a
avaliação é uma actividade que realizamos com bastante frequência.
Nota-se porém que muitas vezes se utiliza o termo controle operacional como equivalente à
avaliação contínua. Numa análise muito profunda não se trata da mesma coisa embora os
propósitos sejam semelhantes – ajudar a eficácia de um processo, mediante procedimentos
que permitem tomar medidas atempadas para reorientar o curso do programa, actividades,
resultados, (…). A diferença nos dizeres de Aguillar e Egg (1994) está no facto de que o
3
Scriven in Aguillar – Ander Egg; Avaliação de Programas e Serviços Sociais, 1994.
5
controle seja a verificação de algo e a avaliação o juízo acerca desse algo. Não obstante, a
avaliação, é tida como o processo que pretende determinar até que ponto os objectivos
propostos foram ou não alcançados. Não é por acaso que no campo educativo (em relação
aos resultados dos alunos), a avaliação seja considerada como a forma de comprovar os
objectivos propostos, “a avaliação refere-se à apreciação qualitativa dos dados recolhidos,
pode ser vista como processo e produto”(Nerici, 1991).
Torna-se necessária então uma incursão sobre a discussão dos autores no campo
pedagógico que apresentam alguns conceitos de avaliação:
A avaliação pedagógica é o processo sistemático que visa determinar em que
medida certos objectivos educacionais são alcançados pelos alunos.
A UNESCO (1979) apresenta um glossário de termos de tecnologia de educação onde
oferece três conceitos diferentes de avaliação:
Termo genérico para designar o conjunto de operações de apreciação, de controlo e
de medição de um resultado, de uma estratégia, de um sistema, de uma pessoa …;
Processo tendente a delimitar, obter e reunir a informação útil para julgar alternativas
de decisão, controlar a eficácia da execução de uma actividade e julgar seu
interesse;
Processo de quantificação ou de qualificação do rendimento de um indivíduo, grupo,
dispositivo ou material.
6
No entanto, em etapas e sociedades anteriores, já a Educação se considerava um bem
social e em maior ou menor medida se institucionalizou a mesma, buscando a forma para
que suas actividades fossem congruentes com os fins sociais pretendidos pela comunidade.
Em consequência disso, a aparição de determinados membros dessa comunidade que se
encarregaram de velar pelo desenvolvimento educativo dos cidadãos se converteu numa
necessidade, (vejamos o caso da china, Esparta na Grécia).
Para Ballesteros (1957), as origens da Supervisão aparecem nos primeiros modelos das
organizações educativas da antiguidade. Assim ele nos diz que as escolas chinesas
nomeavam funcionários estatais com o encargo de controlar o rendimento dos professores.
O mesmo sucedia na Índia, Egipto e Grécia. Mais próximo no tempo, assinala-nos os
censores romanos, encarregados de velar pela boa marcha das escolas.
7
A Supervisão nos sistemas escolares constituíram uma preocupação constante no campo da
política e administração educativa, no entanto, se encontra monograficamente pouco
estudada, exemplo disso podemos apresentar as dificuldades que se tem vivido no ensino
desta cadeira no ISCED Benguela. Pela importância que a supervisão educativa se reveste,
resulta urgente actualizar sua historia, consultando sobre a origem e perspectiva da teoria e
prática da Supervisão, dos seus avanços e conquistas, de como se desenvolve nos
diferentes sistemas educativos.
3.1. – Periodização
Houve outro período denominado de ATÉCNICO, onde já se fazia presente a IE, mas
sua realização era sem técnicas. Este período tinha duas etapas:
1. Controlo governativo – que vai dos meados do século XIV até meados do século
XVII;
2. Controlo gremial - dos meados do século XVII à finais do século XVIII.
O período de TRANSIÇÃO operou-se a partir do século XVIII até meados do século XIX.
8
Mais tarde, foram aparecendo inspectores de controlo governativo, estes,
preocupados com os normais do tipo administrativo; inspectores técnicos, com a
função específica de orientar os professores do ponto de vista pedagógico – didáctico, e
supervisores voltados mais para a análise, avaliação, assessoria e valorização do
rendimento escolar.
O ensino particular exercido por entidades privadas era também chamado”oficializado”, pois
parte da sua gestão e controlo dependia do Estado. Beneficiavam dele os filhos da classe
média, burgueses e pequeno-burgueses das cidades e vilas de maior interesse comercial.
Em 1949, foi criada a inspecção do ensino particular, oportunamente integrada na
inspecção-geral do ensino e constituído por 1 inspector superior e por 6 inspectores.
9
serviços de inspecção. Assim, através do decreto-lei n.º46.447 de 20 de Julho de 1965, é
reorganizado o serviço de Inspecção, constituído em Inspecção Provincial de Educação.
Esta, dirigida por um inspector provincial de educação e coadjuvado por 3 inspectores-
adjuntos divididos do seguinte modo:
(1) Um para o ensino secundário e liceal;
(2) Um para o ensino técnico
(3) Um para o ensino primário, coadjuvado por 6 inspectores e
(4) 20 Sub-inspectores escolares.
Dentro da Inspecção Provincial de Educação, havia um conselho de inspectores escolares,
constituído pelo inspector provincial de educação seu adjunto para o ensino primário e pelos
inspectores escolares.
Fruto de todo o processo a educação perdeu muitos dos seus quadros docentes e a
inspecção escolar deixou de existir, não como estrutura mas sim o seu funcionamento
efectivo. Porém ela ressurge posteriormente como parte estrutural do centro de investigação
pedagógica e inspecção escolar (CIPIE), criado em 1977. Convém ressaltar que foi no 1.º
congresso do MPLA, onde se formularam distintas políticas do Estado, das quais a política
do sistema educativo de Angola.
10
Com o decorrer do tempo, tendo em conta a responsabilidade no cumprimento das tarefas
do sector, as delegações provinciais da educação reconheceram como necessidade vital a
criação de uma estrutura autónoma especificamente votada para o controlo do processo
docente educativo, que garantisse a aplicação correcta das orientações dimanadas pelo
governo. Essa estrutura estava-lhe reservada as seguintes
Competências:
1º Capacitar os quadros sobre os documentos da educação e outros de natureza
semelhante que sejam submetidos pelo Ministério da educação; Garantir aos órgãos
competentes do Ministério informação actualizada sobre a situação do sistema educativo;
2º Informar os órgãos competentes de execução e acompanhamento sobre as
deficiências encontradas, propondo as medidas que se considerem adequadas à sua rápida
recuperação;
3º Exercer a acção disciplinar que se mostrar indispensável, Supervisionar a
realização de provas de exame;
4º Recolher informações e dados sistemáticos sobre a actuação em coordenação
com os órgãos vocacionados do Ministério.
Por decreto, (n.º 9/87) a inspecção estrutura-se do seguinte modo: 1. Gabinete de inspecção
escolar nacional (GIEN), com competências e composição previstas nesse decreto; 2.
Gabinete de inspecção provincial (GIEP), subordinada às competências e composição
prevista no decreto n.º 20/90, DR n.º36; 3. Gabinete da inspecção municipal (GIEM), criado
com o lançamento da experiência piloto da província de Luanda em Outubro de 1990, com
competências e composição análogas às da DPE’s. Como órgão de apoio e assessoria do
director nacional institucionalizou-se o encontro nacional que apoia o director em matéria de
gestão, organização e orientação das áreas integrantes do GIEN, bem como das dos
gabinetes provinciais e municipais de inspecção escolar. Para melhor compreensão do
trabalho desenvolvido nessa época e situa-lo no mosaico das mudanças e transformações
em curso (eleições no país), convém considera o trabalho realizado em três etapas
evolutivas:
1. Criação e implementação da comissão instaladora da inspecção escolar cujo
objectivo fundamental era a criação de condições para o funcionamento da estrutura,
2. Instituído o GIEN, dedicou-se à inspecção regular de todos os estabelecimentos do
ensino geral e técnico profissional, os estabelecimentos dependentes de outros
organismos e à dinamização do processo educativo em todo o país,
3. A terceira etapa iniciou com o advento da 2.ª República cuja caracterização precede
a actual.
11
Nessa altura, foram localizados e identificados os focos de estrangulamento do processo
docente e educativo – depois de 1993, já a comissão instaladora e o gabinete de inspecção
escolar nacional, concluiu que estes cumpriram o seu papel, mas em determinada altura
começou-se a viver certas dificuldades em função da própria dinâmica do processo docente
educativo e da situação política militar vivida no país. A desmobilização de alguns docentes
de inspecção escolar motivada pela falta de meios que permitam um trabalho digno e eficaz
e o desinteresse de outros professores com desempenho em ingressar para os quadros da
inspecção escolar, deixa esta tarefa ao Ministério precária, pondo em risco o controlo da
qualidade da educação e ensino no país, ou mais pormenorizadamente:
1. A fraca qualificação dos agentes de inspecção escolar mobilizados foi actuando de uma
forma débil com maior frequência nas escolas do 1.º à 3.º níveis, pouco ou não
controlados as escolas do ensino secundário geral e técnico,
2. O n.º de inspectores é reduzido e incompatível com a dispersão, a extensão territorial e a
distorção da rede escolar,
3. A metodologia, a normalização de procedimentos técnicos, os instrumentos de gestão
dos processos de inspecção e orientação metodológica são insuficientes e ou
inadequados, requerendo: A adequação aos objectivos e conteúdo de ensino
preconizados pela reforma em curso; A definição do perfil e a criação de metodologias
de ensino directamente nas escolas em complementaridade e coordenação com o corpo
de inspectores; A instalação de uma base de dados dinâmicos e uma rede de
comunicação de integração dos diferentes níveis para a gestão mais eficaz na
informação do sistema, monitorização e avaliação e controlo da qualidade do processo
docente educativo à extensão nacional; A reorganização do gabinete de inspecção
escolar nacional em conformidade com os objectivos de ensino; A descentralização da
gestão do sistema, reforço da coordenação das acções em todos os níveis e
sustentabilidade no domínio da formação e superação dos quadros.
O quadro apresentado acima implicou por parte do ministério de tutela uma intervenção
urgente em Junho de 1996, aquando do empossamento e apresentação da nova direcção
desse ministério, especificamente com o seguinte mandato: “Reactivação das tarefas do
Gabinete de inspecção escolar nacional”. Fruto de discussões e auscultações
estabeleceram-se algumas linhas de actuação para o cumprimento do mandato:
Reactivação e enquadramento institucional de inspecção, Meios necessários, Níveis
territoriais de intervenção da inspecção escolar (nacional, provincial, inter provincial e
zonal), Competências e responsabilidades respectivas, Quantidade de inspectores a
engajar, Critérios para essa quantificação, Requisitos necessários para ser inspector,
Formas de vinculação; Incentivos a oferecer, Actividades concretas a desenvolverem
12
em missão (tradicionais ou pedagógicas administrativo-financeiras e jurídico-
institucionais.
Para se por em marcha esta estratégia considerando a fraca situação financeira do país o
GIEN, procurou captar apoios extra OGE e conseguiu alguns voltados para a formação de
quadros no sentido da formação de formadores. Assim em Maio de 97 o director nacional
de formação de quadros para o ensino geral e o inspector-geral da educação beneficiaram
de uma acção de formação em Portugal, considerando ao mesmo tempo sobre a superação
dos inspectores no activo e a formação de metodólogos da educação a partir de 1998. Foi
também formado um corpo de inspectores – formadores encarregue de organizar os cursos
de reciclagem e aperfeiçoamento dos inspectores em exercício e de candidatos a inspecção
escolar com nova filosofia e novos conteúdos e os cursos de metodólogos dos subsistemas
de ensino não superior, com início em 1998 e 99 respectivamente.
4
VALIENTE SANDO (1998), citado por FIGUERAS in Supervision Educativa., Nuevos Enfoques Y Tendencias,
Ministerio de educacion, Cuba, 1992.
13
Para qualquer que seja o modelo estabelecido os novos tempos conduzem
fundamentalmente, como una necessidade para:
14
Paralelamente a esta, evoluem das funções básicas da Supervisão, se formulam também a
aparição de novas funções, entre as quais tem grande importância a de mediação.
Por sua vez, a Supervisão construtiva, cujo auge acontece entre 1920 e 1960, ainda
presente no mundo, pretende de forma positiva indicar e orientar, mas sempre duvidando da
possibilidade e capacidade do docente para auto-determinar-se. É claro, na percepção da
autora, estes tipos de Supervisão carecem de adequação metodológica tendo em conta o
desenvolvimento dos sistemas educativos nos nossos dias. “Impõe-se por tanto, uma
mudança radical do estilo de Supervisão” (Figueiras, 1992) e nós subscrevemos esta
posição. O estilo contemporâneo da Supervisão corresponde com a última fase da evolução
histórica desta função inerente à educação e a sua prática: a Supervisão criativa.
Actualmente, a Supervisão é muito mais alargada que antes, graças ao desenvolvimento do
próprio conceito e da natureza da educação, a sua relação com o indivíduo e a sociedade e
ao movimento científico que se gera à respeito.
15
A nova linguagem supervisora introduziu uma nova função produto das influências negativas
que acarretavam as funções tradicionalistas e o novo contexto educativo característico nos
dias de hoje: a função supervisora criativa. Sustentamos a nossa posição naquilo que um
clássico do estudo da Supervisão afirmou: “talvez a regra mais importante para julgar a
qualidade da Supervisão é se promove ou obstaculiza a actividade criadora” (Kimball Willes,
1965). Para tal, a Supervisão não tem que abandonar as suas funções, deve converte-se
num factor de qualidade, basear-se nas funções tradicionalistas incluindo a construtivista e
alcançar a fase da Supervisão criadora. Para instaurar a fase criadora da Supervisão tem de
se considerar o desejo de mudança e introduzir melhorias no desempenho de suas funções,
sempre e quando Sejas necessárias e lhes seja possível participar. Quanto mais participe
um indivíduo em qualquer actividade, tanto mais se interessará pelo destino do mesmo.
Assim, promover a participação dos envolvidos na análise crítica de sua própria tarefa, e
elevar a sua capacidade de auto-analise, de auto-observação e de auto-avaliação ajuda a
exercer a Supervisão criativa do sistema escolar, que se sustenta na teoria de direcção.
Os trabalhos sobre avaliação de instituições escolares, são muito raros, isto se tivermos em
conta a definição que muitos autores sugerem: escolher, tratar e interpretar informações
relativas ao desenrolar de um processo (ou de um dispositivo de formação). Os trabalhos
citados pouco ou nada dizem sobre o modo de avaliar escolas, não estudam a escola sujeito
de avaliações, mas existem numerosos trabalhos sobre os desempenhos, a eficácia e até
mesmo sobre o seu funcionamento.
Com relação a este tipo de trabalhos investigativos, existem muitos pontos de vista Fígari
(1996), apresenta uma perspectiva de trabalhos realizados:
Na América
1. O relatório de Coleman (1966, citado por Fígari, 1996), que destaca a importância
dos factores socio-económicos nos resultados obtidos pelo estabelecimento escolar;
2. Os trabalhos sobre a eficácia da escola que permitiram colocar um certo número de
questões como o peso e o papel do contexto (Fiedkin e Necocha, 1988, citado por
Fígari, 1996); o peso e o papel das variáveis constituintes do que se costuma chamar
o input e o output (Glasman e Biniaminov (1991, citado por Fígari, 1996); a relação
entre condições de organização do estabelecimento escolar (mesoestrutura) e dos
processos internos à turma (microestrutura) (Rutter,1983, citado por Fígari, 1996).
16
3. No último decénio os sistemas educativos latino-americano privilegiaram esforços
encaminhados ao melhoramento da qualidade da educação e este empenho
identificou a variável “desempenho profissional do professor” como muito influente,
determinante para o alcance do salto qualitativo da gestão escolar; hoje, se aprecia
um consenso na ideia de que o êxito ou o fracasso de todo o sistema educativo
depende da qualidade do desempenho de seus docentes (Veloz, 2001).
Na Europa:
1. Existem trabalhos que põem em evidência os desempenhos dos estabelecimentos
classificando-os em estabelecimentos eficazes e estabelecimentos pouco eficazes
(A. Grisay, 1990); outros relacionados com o contexto e se interessam pelo papel da
orientação, custo-eficácia, sobre o efeito do estabelecimento (M. Duru-Bellat e A.
Mingat, 1983);
2. Existem trabalhos na abordagem antropológica do estabelecimento escolar definida
por Ballion (1989), com o objectivo de descrever o processo de organização social. È
nesta categoria de trabalho que se inscrevem as etnometodologias (Conlon, 1988),
que privilegiam as micro-observações praticadas no interior do estabelecimento
(Ballion, Bayart e Mayer, 1989);
3. Encontram-se nas actas do colóquio da AECSE (1990) pistas das preocupações e
debates que se referem ao papel do estabelecimento no sistema educativo, que
apresentam entre outros numerosos temas, trabalhos sobre os procedimentos de
avaliação aplicados ao estabelecimento escolar:
4. Avaliar que referencial? Um trabalho que se preocupa em objectivar um quadro de
referencias da avaliação (Fígari, 1996). Segundo este autor, o estabelecimento
escolar, tem um interesse particular e chega mesmo a apaixonar, interpela os
analistas e os investigadores, é objecto de numerosas operações de avaliações
(pelos serviços de inspecção, pelas instancias de avaliação ministeriais, pelos
organismos locais e por vezes pelos auditores e consultores profissionais). E cada
caso, o referente varia: - Sociológico, para numerosos investigadores; - Gestionário
para os observadores regionais ou nacionais; - Político, no sentido de definição de
uma política de Educação, pelos serviços de inspecção; - Disciplinar, para as
instâncias que medem o nível de conhecimentos, o desempenho numa determinada
instituição educativa.
17
instrumento de direcção e controlo e como ferramenta para aumentar o profissionalismo 5 e o
desenvolvimento escolar”.
Entende-se que, se por um lado a avaliação formativa é uma modalidade muito dependente
da prática pedagógica e da relação professor-aluno tem alguma congruência com a
autonomia profissional dos professores e dos estabelecimentos de ensino, por outro lado, as
modalidades de avaliação externas ou mais administrativas tem a tendência de transformar
em factores que condicionam as opções pedagógicas e profissionais. A introdução de
modalidades de avaliação nos efeitos da prática pedagógica de professores americanos,
mostrou, segundo M. Apple e S. Jungck, citado por Janela Afonso (1995), que muito embora
elas visassem explicitamente algum tipo de controlo de qualidade, um dos principais efeitos
da intervenção do Estado foi uma pressão sobre os professores no sentido de ensinar
fundamentalmente para testes. No entanto Rosales (1992), também citado por Janela
Afonso (1995), considera por isso que o “processo de avaliação externa dá lugar a uma
notável dês - profissionalização da função docente. De algum modo o professor deixa de ser
dono dos seus próprios actos, perde autonomia profissional e converte-se num instrumento
de objectivos e normas impostas de fora para dentro”. O mais grave, afirma o relatório
mundial da educação em 1991 da UNESCO, que o inconveniente da avaliação externa é
levar os professores e os alunos a concentrarem-se apenas nas competências e
conhecimentos que serão necessários para ter sucesso nesta modalidade de avaliação.
Segundo Veloz (2001), a avaliação professoral não deve ser vista como uma estratégia de
vigilância hierárquica que controla as actividades dos professores, senão como uma forma
de valorizar e aperfeiçoar os procedimentos dos professores, como um modo de identificar
as qualidades que fazem parte de um bom professor e a partir adi, gerar politicas que
conduzam a uma generalização. Este autor continua em suas reflexos dizendo: “avaliar um
professor não é projectar nele as deficiências ou as limitações razoáveis do sistema
educativo, mas assumir um novo estilo, clima e horizonte de reflexão para optimizar e
possibilitar espaços reais de desenvolvimento profissional...”
Mas é importante assinalar que tem crescido o interesse dos governos em implementar
mecanismos explícitos de avaliação dos professores “que se tornou também uma questão
particularmente incisiva nos actuais movimentos de reforma educativa”. Existe porém para
alguns governos o entendimento de que a avaliação dos professores é também corolário da
5
Libâneo (2000), refere-se ao desempenho competente e compromissado dos deveres e
responsabilidades que constituem a especificidade de ser professor e ao comportamento ético e
político expresso nas atitudes relacionadas à prática profissional.
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pressão para a eficácia e a eficiência das escolas e na medida em que a eficiência dos
professores puderem melhorar, a avaliação poderá também elevar de forma potencial a
produtividade instrutiva em termos de aprendizagem por parte dos estudantes.
Nos países onde se assiste uma democracia, “há uma tendência geral para o maior controlo
e especificação do trabalho escolar como meio de melhorar a eficiência e a eficácia do
ensino” (Wise&Gendler, 1990, citados por Janela Afonso), daí que seria um retrocesso que
os professores pensassem que a avaliação do seu trabalho seja um factor de depreciação
pessoal e de declínio do profissionalismo. Na América latina por exemplo muitos agentes
educativos consideram que para que se giram necessidades de auto- aperfeiçoamento
contínuo de sua gestão no pessoal docente, resulta imprescindível que estes se submetam
periodicamente a um processo de avaliação de desempenho. Outros actores no entanto,
negam e obstaculizam todo o esforço para que se instaurem politicas desse tipo, nos seus
sistemas educativos, a partir de posições basicamente gremiais que tratando “ de proteger
ao docente” esquecem o direito que os alunos têm de receber uma educação
qualitativamente superior (Veloz, 2001). È também posta a possibilidade do rendimento dos
alunos estar ligado ao incremento de incentivos financeiros aos professores e que em alguns
sectores há a tendência de aumentar a autonomia das escolas em troca da avaliação dos
seus trabalhos.
19
Há todavia, uma relação entre avaliação e responsabilização que faz com que a primeira se
desenvolva e adquira maior visibilidade em épocas em que os movimentos de reforma
exigem uma maior participação e controlo sobre a implementação das políticas para a
educação. É claro que têm de ser postas as diferentes concepções sobre prestação de
contas. Segundo Déborah Willis (1992) existem três modelos de responsabilização:
20
primeiro não reconhece a complexidade do processo de ensino e aprendizagem,
contribuindo para uma visão simplista e exclusivamente preocupada com resultados
observáveis. No modelo de mercado a condição sine qua non é a divulgação dos
resultados.
O ESTADO AVALIADOR
A partir da década de oitenta, o interesse demonstrado pela avaliação, sobretudo por parte
de governos neoconservadores e neoliberais, começou a ser traduzido pela expressão
“Estado Avaliador”. Esta expressão quer significar, em sentido amplo, que o Estado vem
adoptando um estilo competitivo, passando a adquirir a lógica do mercado, através da
importação para o domínio público do modelo de gestão privada, com ênfase nos resultados
ou produtos dos sistemas educativos. Como assinala G. Walford (1990, citado por Janela
Afonso, 1991), esta ideologia da privatização, ao enaltecer o capitalismo de livre-mercado,
conduziu a alterações e mudanças fundamentais no papel do Estado, tanto ao nível local,
como ao nível nacional. Neste sentido, por exemplo, diminuir as despesas públicas exigiu
21
não só a adopção de uma cultura gestionária (ou gerencialista) no sector público, como
induziu a criação de mecanismo de controlo e responsabilização mais sofisticados. A
avaliação aparece assim como um pré-requisito para que seja possível a implementação
desses mecanismos. Alias, sem objectivos claros e previamente definidos não é possível
criar indicadores e medir as performances dos sistemas numa época que se caracteriza pela
exigência de acompanhamento dos níveis de educação nacional e pela necessidade de
manter e criar altos padrões de inovação científica e tecnológica para enfrentar a
competitividade internacional.
A política surge sempre que determinado grupo de indivíduos procura alcançar uma decisão
que obrigue a todos. Isto não constitui constrangimento de nenhuma sorte, que nos possa
impedir de realizar acções que queremos, pelo contrário, é uma libertação que nos impede e
permite realizar acções que isoladamente ou em pequenos grupos jamais alcançaríamos.
O significado do termo politica é muito diverso. Pode significar:
Actos de representação e soberania
Actividade de governar e legislar procurando consentimento para a lei.
A política engloba princípios que orientam a legislação, administração e actos de governação
de um país, apoiado num programa do governo – daí a definição de políticas que
obviamente passam pela definição de um poder superior capaz de impor uma conciliação e
que se designa por soberania (dictionary of political thought, Roger Sowton, London, 1982).
A organização do Estado reflecte a necessidade da existência de um poder político que
subordine os poderes de menor alcance, garantindo a segurança e oferecendo bens
públicos através dos órgãos de soberania – supremacia do poder estatal na ordem interna e
a sua igualdade com outros Estados na ordem externa –. Constituem órgão de soberania o
Chefe de Estado, o governo, o parlamento e os tribunais.
22
A política educacional constitui um pacote onde estão representadas todas as leis,
princípios, regularidades do sistema educativo do país que é exactamente estabelecido pelo
Estado desse país.
Durante o período colonial o Estado português implementou uma política educacional
discriminatória que criou disparidades regionais que constituíram para o governo angolano
um grande constrangimento.
O governo angolano adoptou uma nova política educacional em 1977, baseada nos
princípios do direito das crianças à educação, e oportunidades iguais para todos. Na altura
foram abolidas as propinas escolares e o primeiro nível de ensino tornado obrigatório e
aperfeiçoamento contínuo do corpo docente.
Daniel Bell apresenta uma fórmula que diz o seguinte: O Estado é pequeno demais para as
grandes coisas e grande demais para as pequenas coisas. Essa fórmula elucida o seguinte:
O estado é grande demais para exercer directamente tarefas que envolvem a proximidade
com o cidadão: ensino, investigação e cultura podem ser subsidiadas pelo Estado mas
exercidos por cidadãos, pessoas com alguma autonomia; os serviços e cuidados de saúde e
assistência social devem ser garantidos pelo Estado mas podem ser exercidos pelo poder
local, instituições e sociedade civil ou iniciativa privada; a produção de bens e equipamentos
é melhor resolvida por iniciativa privada desde que esteja assegurada a coesão económico-
social. O que se passa em Angola em relacao ao que sustenta Bell?
23
O sistema educativo angolano responde as necessidades resultantes da realidade social,
contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmoniosa da personalidade dos indivíduos,
incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis e autónomos. O sistema trata de
valorizar a dimensão humana. Como qualquer Estado, o sistema educativo angolano está
formado por fins, conteúdos que reflectem os interesses da maioria da população, nos quais
se destacam os seguintes elementos:
a) A ideologia que o orienta
Analisar qual a ideologia que sustenta o nosso sistema educativo. Qual e a linha politica que
nos guia? Como era antes das eleições?
b) Os fins pedagógicos a que se propõe
O sistema educativo angolano propõe-se à finalidades:
1. Instrutivas, através das actividades instrutivas os educandos adquirem
conhecimentos teóricos e práticos, tomam contacto com a cultura das gerações
passadas e preparam-se para contribuir para a produção de novos conhecimentos e
técnicas,
2. Socializadoras, que inclui actividades destinadas a transmitir normas de
comportamento social, valores, tradições, convicções religiosas, politicas e cívicas que o
educando deve assimilar para viver em sociedade,
3. Estimuladoras, que inclui actividades que visam o desenvolvimento pessoal do
educando, procurando assegurar o crescimento harmonioso da sua personalidade nos
domínios corporal, estético e psicológico, criando oportunidades para poder dar
expressão adequada às suas potencialidades individuais.
Os fins apresentados, foram divididos em três apenas por questões didácticas para
facilitar a sua análise, na prática, é difícil separa-las, qualquer acção educativa envolve
de forma mais ou menos intensa os três elementos.
24
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
ENSINO PRIMÁRIO
ENSINO SECUNDÁRIO
ENSINO ESPECIAL
ENSINO SUPERIOR
ENSINO DE ADULTOS
25
beneficiários directos como da sociedade em geral. A IE como serviço central do Ministério
da Educação, compreende e faz compreender os professores e a população:
A política educativa
As concepções
Os métodos educativos
e informa às autoridades competentes:
Os problemas
As experiências
As necessidades
Dos professores e alunos, suas famílias e sociedade em geral.
Para a realização e concretização da actividade inspectiva, é necessário que os agentes
responsáveis por ela estejam munidos de instrumentos de base. Existem documentos
normativos que guiam a acção do inspector.
A IE, tem o papel de controlo da eficiência e eficácia do sistema educativo.
26
A força do controlo está na acumulação de experiências e descobertas de métodos e vias
mais eficazes para o melhoramento do desempenho do colectivo pedagógico.
6
Aguilar – Ander-Egg.
27
B. Determinar as razões do fracasso/êxitos
C. Facilitar o processo de tomada de decisões
D. Estabelecer as consequências ou efeitos imprevistos
Segundo DROUET, Pierre (in Aguillar – Ander Egg), a opinião frequentemente expressa
de que a avaliação se reduz a julgar se os objectivos de um programa foram alcançados
ou não, é restritiva demais. A avaliação deve ser algo mais que uma simples autópsia.
Deve ser um meio efectivo de melhorar os actuais programas ou o planeamento de
futuras actividades.
Como primeira aproximação dos objectivos da avaliação podemos dizer que ela tem
como objectivo conhecer como vai o andamento do que se está fazendo, trata-se de
saber até que ponto estão sendo alcançados os objectivos e metas propostos dentro de
um programa, processo e como se está prestando um serviço ou como se está
modificando uma situação-problema.
28
planeamento e organização escolar, gestão curricular e resultados da aprendizagem e
clima da escola, tendo em conta a especificidade de cada contexto,
29
5.2.1. Princípios que resultam das exigências do método:
5.2.1.1. Objectividade
Este princípio exige do inspector imparcialidade, auto-determinação e de acordo aos critérios
da avaliação em relação aos juízos que produz acerca dela. A apresentação dos juízos deve
ser real e concreta. Na análise dos aspectos que constituem a actividade educativa, o
trabalho do inspector deve ser exacto e verdadeiro, cada critério deve ser suficientemente
fundamentado para se compreender as causas da situação educacional que se estuda. Para
tal a avaliação deve ser justa.
5.2.1.2. Sistematização
Neste princípio deve haver uma ordem lógica na estruturação do trabalho, para se atingir o
máximo de objectivos ou seja a análise e avaliação constante de cada aspecto de forma
integrada e global. Para aplicar este princípio é preciso uma planificação rigorosa dos
controlos e realização de constantes visitas de trabalho com objectivos definidos em cada
etapa do ano escolar.
5.2.1.3. Validade
A avaliação cumpre com este requisito quando é capaz de revelar, de uma forma
demonstrável e controlável, que as valorações e juízos feitos são válidos. O princípio de
validade comporta a responsabilidade de intimar com rigor o que se quer comprovar,
excluindo todo tipo de distorção sistemática, e que os dados colectados possam ser
utilizados para avaliação.
5.2.1.4. Confiabilidade
Podemos dizer que a avaliação é confiável ou segura quando, aplica repetidamente e em
situação igual a um mesmo indivíduo ou grupo, ou ao mesmo tempo por pesquisadores
diferentes, oferece resultados semelhantes.
Do ponto de vista técnico, o problema da confiabilidade de uma avaliação se apresenta
relativamente a uma série de factores: Os instrumentos que se realizam, os sujeitos que
fazem a avaliação e a metodologia utilizada.
O uso de um outro tipo de instrumentos faz com a avaliação seja mais ou menos confiável.
Para a determinação da confiabilidade dos instrumentos, costumam ser utilizados dois
outros meios principais:
A analise de estabilidade dos resultados mediante a aplicação de medidas
repetidas, e
30
O estudo da equivalência dos resultados, quando os instrumentos são
administrados por diferentes pessoas.
Mas não basta a confiabilidade dos instrumentos: estes estão condicionados pela
confiabilidade do sujeito (ou sujeitos) que a avaliação e pelos factores Pessoais que influem
na literatura e interpretação das observações.
Também temos que crer na confiabilidade do próprio processo de avaliação, do modo de
faze-la, da metodologia utilizada e do modelo plano de avaliação empregue. Nem todo tem a
mesma confiabilidade, e em cada um desses modelos ela costuma variar segundo o que se
avalia.
Digamos, por último, em relação a este ponto, que não pode haver validade sem
confiabilidade, mas poderá haver confiabilidade sem validade.
31
Acentuamos a utilidade, porque a avaliação deve servir para melhorar o programa ou
projecto, actividades ou serviços que estão sendo avaliados. Em outras palavras, os
resultados da avaliação devem ser aplicáveis e utilizáveis por parte dos responsáveis pela
administração ou gestão.
5.2.4.2. Oportunidade
É necessário não perder nunca de duas questões que fazem a oportunidade da avaliação.
Que seja feita num momento em que é possível introduzir correcções ou modificações do
processo de gestão e/ou realização de um programa ou projecto, ou de introduzi-los com
a devida rapidez quando se trata de processos muito dinâmicos.
Que se faça com plena aceitação dos responsáveis políticos, técnicos e administrativos
que têm faculdades para tomar as decisões e introduzir correcções.
Para que uma avaliação seja efectiva, é necessário que exista vontade política de torná-la
efectiva. Como acontece com a programação, em ultima instância tudo depende muito mais
da decisão político-administrativa do que da qualidade técnica do trabalho.
O controlo é uma função básica e imprescindível da Supervisão, sem ele não se pode
passar para as outras funções. Geralmente não se recebe com agrado, mas apesar do seu
carácter impopular torna-se inevitável como exercício profissional. Um Estado moderno,
muito menos o sector educacional não pode renunciar a função de controlo. Pois, seu
objectivo é que as actividades da organização se traduzam nos resultados previstos e ao
mesmo tempo para que assim aconteça tem que se conceber um controlo não só como uma
constatação dos factos ou um juízo sobre o que sucede, senão a forma de influir na conduta
dos membros da organização porque de outro modo a simples constatação não faria que os
membros se comportassem em função dos objectivos para o alcance dos resultados.
32
O sistema de controlo poderia ser equipado com um conjunto de regras e a Supervisão de
seu cumprimento. Naturalmente, as regras se identificam com aceitáveis dentro da
organização, em nosso caso os professores, os directores, os alunos, enfim, todo o sistema
deve comportar-se de determinada maneira, especificadas nas regras. De qualquer modo,
deve dizer-se que o controlo realmente trata de constatar se a quantidade e a qualidade dos
resultados e processos operacionais e a correcta. A função de controlo será a comprovação
do rendimento do sistema e de sua adequação aos objectivos, por conseguinte estaríamos
controlando fundamentalmente a sua eficiência eficácia e efectividade.
A avaliação é uma função que concorre para o serviço de inspecção pois está presente em
todas as actividades de facto, em cada visita se produz uma apreciação sobre o
funcionamento do centro, dos professores em particular embora o objectivo que a motivou
muitas vezes não seja avaliador.
33
O âmbito fundamental da avaliação, próprio da Supervisão é o subsistema operativo do
sistema escolar, quer dizer os centros docentes. O principio sobre o qual se baseia esta
condição e que a escola aparece, cada vez mais como a célula base do sistema escolar; o
lugar no qual se concentram as condições do êxito do acto educativo, dai que seja
indispensável dispor de meios adequados que permitam avaliar o seu funcionamento e
resultados, para conhecer a qualidade de ensino, os resultados académicos, o ambiente e a
vida escolar, a direcção e gestão...
6.1.1 As Visitas, Tipos De Visitas (quanto aos motivos, finalidade, carácter promotor de
actividades)
As visitas de inspecção dividem-se em dois grupos:
1. Quanto aos motivos
Podem ser:
Habituais:
- Iniciais que incidem geralmente sobre os horários, regulamento interno,
matrículas, edifícios, mobiliário, material didáctico e programação.
34
- De seguimento que visam a melhoria da actuação docente.
35
A avaliação obedece a critérios científicos por isso podem ser:
2. Quanto as finalidades
Podem ser de carácter:
Fiscal – para corrigir possíveis desvios a legalidade. Incidem sobre os aspectos
administrativos. Fiscalização é também controlo, averiguação, mas há que
considerar nesta visita as funções de vigilância e controlo, a de diagnóstico(
detecta dificuldades, obstáculos, erros e possíveis acções negativas que causam
anomalias e desajustes no rendimento do sistema); prognostico (que prediz a
eficácia do trabalho que está a ser executado e é capaz de propor medidas
necessárias para elevar o nível de educação) e de carácter disciplinar (que actua
sobre as pessoas, sectores que contribuem negativamente nos resultados,
salvaguardando o cumprimento dos normativos, em face dos desajustes,
investiga as causas e acompanha as situações.
Segundo Andra Zarelli (1989), o controlo é um processo de carácter permanente que
não pode ser exercido com uma visita isolada. É um recurso dinâmico que não pode
ser utilizado a posterior. O controlo é dirigido à mediação e a valoração de qualquer
actividade ou prestação. O controlo aparece unido à avaliação, examina o
comportamento das variáveis para intervir se necessário. Não se pode fazer controlo
sem avaliar no final. As visitas de controlo têm de ser oportunas e imediatas e
dependem do auto-controlo do inspector.
Promotor de actividades – com o fim de elevar o nível educativo e este pode ter
duas facetas:
A. Pessoal, voltada para aspectos específicos como a investigação operativa ou
algum estudo localizado
36
B. Profissional, com intenções de averiguação da utilização dos tempos livres, do
pulsar da escola e analisar os sistemas de trabalho.
37
avaliam todos os aspectos, a avaliação é global; porém, quando se trata de alguns aspectos
ou perguntas, a avaliação é sectorial. Na prática, quase sempre se realizam avaliações
sectoriais, mas isto não impede que em primeiro lugar se deva determinar se a avaliação
deverá ser global ou sectorial. Não obstante os de tipos de avaliação estão em função do
tipo de perguntas, assim apresentam-se a seguir alguns exemplos:
a) Avaliação do estudo-pesquisa
Este tipo de avaliação costuma ser feito com muito pouca frequência, e quando é feita, é
geralmente para encontrar possíveis causas de fracasso do processo escolar que não
tenham sido detectadas através de outros tipos de avaliação. Outras vezes é feito com o
propósito de estabelecer a confiabilidade e a validade do estudo, antes de fazer um
diagnóstico da situação. Outras vezes ainda, é aplicado a diferentes estudos realizados
sobre uma mesma situação/problema, para seleccionar ou abandonar dados e informações
que podem ser confusos ou contraditórios, empregando como critério de selecção os
resultados que surgem da avaliação realizada sobre cada estudo. Realiza-se também para
examinar se partiu-se de suposições falsas.
b) Avaliação do diagnóstico
Este tipo de avaliação pode ser realizada antes de elaborar o programa ou projecto, a fim de
determinar a factibilidade da formulação com base num bom diagnóstico. Quer dizer, aplica-
se naqueles casos em que se suspeita da existência de um diagnóstico que pode ser
inadequado e, por isso, resultar num mau plano ou formulação do programa. Outras vezes é
aplicada quando tendo realizado uma avaliação de resultados, seguimento e
desenvolvimento do programa, e uma avaliação do seu plano não se encontram dados
suficientes que justifiquem o fracasso de um projecto.
38
Avaliação da estrutura e ambiente organizacional
39
Formas e mecanismos para a tomada de decisões: Participação aberta ou
participação fechada, consultas democráticas ou imposição, etc. Trata-se de
estudar os estilos de direcção.
Natureza e conteúdo da comunicação (canais de comunicação, receptividade do
conteúdo das comunicações, distorções de conteúdos, retro alimentação do
programa, etc.).
Nível de satisfação e clima existente na organização.
Sistemas de controlo sobre o andamento do programa escolar. Custos de
funcionamento.
Muito ligado ao anterior, este aspecto consiste em medir a habilidade de cada pessoa para
efectuar uma determinada tarefa da qual está encarregada. Considera-se o comportamento
total, com inclusão de seu modo de organização, retenção e emprego de conhecimentos
especializados, como também suas aptidões e suas interacções com outras pessoas.
"Refere-se a toda a gama de conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos por meio da
formação, bem como sua organização e interacção na prática. Segundo Katz e Snow (1981),
a avaliação do rendimento facilita os meios mais directos para medir a qualidade da
atenção".
40
responder a isso costuma-se utilizar a observação na prática dessa tarefa, realizar
entrevistas com os trabalhadores, revisar diários de trabalho, registros de medidas
adoptadas, pesquisas ou simulações. È cada vez mais frequente na pesquisa pedagógica a
insistência na avaliação dos professores, isto por ser o factor de produtividade de uma
escola, porém é preciso enfrentar essa avaliação de forma muito cautelosa e só é possível
enfrentando o desafio da avaliação qualitativa através da observação sistemática das aulas
e do diálogo e da reflexão conjunta com os professores. Isto não tem nada a ver com
controlo mas sim com crescimento profissional e a reflexão na e sobre a prática (Libâneo,
2000).
De forma sintética, podemos resumir o processo de avaliação do rendimento dos
professores:
Segundo Aguillar e Egg (1994), todos os outros tipos de avaliação constituem uma certa
revisão interna do programa ou processo, sem considerar de maneira significativa o
contexto. Neste porém, já não se trata de avaliar o programa em si, mas avaliar as
mudanças que ocorrem na realidade; ou, dito melhor, em relação à situação-problema que
se procura superar. E eles se explicam: um programa pode estar alcançando seus
objectivos, pode fazer uma boa utilização de seus recursos, ter uma base administrativa
adequada, etc., e, no entanto, poderia não responder às necessidades e aos problemas
reais existentes ou não incidir no contexto que pretende modificar. Com a avaliação da
eficácia se pretende avaliar o efeito ou resultado do programa, e com a avaliação da
eficiência se procura estabelecer o grau de rentabilidade económica da intervenção.
41
a) Avaliação da eficácia dos resultados e efeitos
Mas isso não basta, também é preciso medir e avaliar os efeitos indirectos, imprevistos ou
secundários que o programa ou processo tem, bem como efeitos em outras áreas não
vinculadas a ele.
Do ponto de vista de nossa perspectiva metodológica da acção pedagógica, a participação
dos beneficiários na avaliação da eficácia de uma determinada instituição educativa seria
fundamental.
Segundo Aguillar (1994), não se trata de olhá-los como um meio para avaliar melhor, pelo
contrário, sua participação é um fim do próprio processo metodológico. Daí a necessidade
de incluir na avaliação pelo menos a opinião dos beneficiários.
b) Avaliação da eficiência
42
3.1. Avaliação da implementação e seguimento do Processo Docente – Educativo
Implementação
Recursos humanos:
Estes dois últimos aspectos também podem ser incluídos como parte da avaliação da
estrutura e ambiente organizacional a partir do qual se desenvolve o programa.
O que deve ser avaliado?
O pessoal técnico dedicado ao programa, a qualidade do programa, a capacidade de
motivação e coordenação do pessoal auxiliar.
Recursos materiais:
Locais Inventário e grau de utilização do mobiliário, etc.
Recursos técnicos:
43
inoportunos do ponto de vista político, económico, social ou institucional, em razão das
situações conjunturais em que se desenvolve a execução de um programa. É de grande
importância, pelo papel que desempenha nos programas de acção educativa, o sentido de
oportunidade dos procedimentos.
- Seguimento
Com respeito ao seguimento, um dos aspectos-chave a avaliar é o que se refere aos
procedimentos utilizados. Apenas com a análise dos objectivos propostos e resultados
obtidos ou objectivos alcançados não surge claramente a validade dos procedimentos
utilizados. É preciso estudar de maneira expressa os modos operacionais que foram
empregues. Nos últimos anos fizeram-se frequentes estudos sobre o seguimento curricular,
não só porque podem servir de base a planificação educativa, senão também porque
proporcionam informação sobre a marcha do processo, quer dizer, servem de retro-
alimentação para os professores e directores e permitem portanto melhorar o ensino.
O seguimento é uma aproximação para a análise dos fenómenos que ocorrem através dos
tempos, dai que constituam uma estratégia valida para a valorização de programas
44
educativos e para a introdução das modificações necessárias no curso do próprio processo,
quando se trabalha com um enfoque de investigação – acção.
Com relação ao seguimento das actividades lectivas, deve-se aplicar métodos e
procedimentos para acompanhar e analisar os resultados escolares e nas várias turmas. A
análise dos resultados dentro da escola, pode ajudar os professores e outros funcionários a
modificarem as suas formas de trabalho. O mais acertado é investir nos métodos mais
eficazes de diagnóstico das dificuldades dos alunos, por outro lado um guia de observação
de aulas7 deve servir de base ao estudo, para a avaliação do desempenho do docente,
sugerimos a grelha de indicadores8.
Segundo Egg (1994), dois elementos são importantíssimos devido as consequências do tipo
metodológico que podem acarretar e ele refere-se exactamente: Aos actores sociais
envolvidos no trabalho avaliativo e às perguntas as quais a avaliação de processos docente-
educativos deve responder. Do ponto de vista da autora, este enquadramento é
perfeitamente legítimo para a avaliação educativa.
A primeira questão condiciona o processo metodológico desde seu início, já que implica
tomar decisões sobre os que participam da avaliação ou quem determinará os aspectos do
processo que serão objecto de avaliação.
7
Veja anexo n. 3.
8
veja anexo n. 4.
45
Em certos casos poderia ser uma pessoa9, mas o normal (e mais recomendável) é tratar-se
de uma equipe de pesquisa na qual são distribuídas as diferentes tarefas:
Director da pesquisa, responsável pelas tarefas de coordenação da equipe e da gestão
administrativa; pesquisadores cujo número pode variar de acordo com a amplitude da
pesquisa. É conveniente e recomendável que algum deles seja especialista no plano
avaliativo; Auxiliares de pesquisa, isto é, os responsáveis pela colecta de informação,
organização da documentação, fazer entrevistas; Especialistas: em alguns casos
segundo a índole do aspecto do programa em avaliação, será necessário recorrer a
especialistas num determinado campo, e que poderiam não ser pesquisadores
educacionais.
São dois os motivos ou razões que indicam a conveniência e necessidade de envolver quer
os mandantes como os destinatários do processo dentro do processo de avaliação. Em
primeiro lugar, uma escola poderia alcançar seus objectivos, utilizar procedimentos
adequados e ter conseguido uma boa implementação, mas seus resultados efectivos
poderiam não ter sido alcançados. Estes actores são tanto mais importantes quanto maior
for a importância que se outorga à participação das pessoas. Uma instituição que utiliza
metodologias participativas quer de ensino, como administrativa não pode deixar de incluir
os usuários e dar-lhes primazia na tarefa de avaliar. Em segundo lugar, é conveniente
envolver aos usuários (ou representantes dos usuários – no caso das escolas de Benguela,
os representantes das comissões de pais e encarregados de educação) no trabalho
avaliativo, porque suas perspectivas e concepção da avaliação enriquecerão as dimensões
da mesma, trazendo novos aspectos ou novas utilidades. Não obstante, devemos assinalar
que, enquanto actores sociais que respondem a interesses diversos e às vezes opostos, a
participação dos usuários no processo avaliativo costuma apresentar muitas resistências,
mas a partir da perspectiva metodológica em que nos situamos, a participação efectiva dos
usuários e cidadãos tem importância fundamental.
Os avaliadores devem estar mais capacitados para desempenhar a função, daí que a sua
conduta e formação devam ser adequadas à situação. De certeza que seria razoável que o
avaliador ensinasse as mesmas matérias que o avaliado, por isso é importante incluir na
equipa profissionais com grande experiência na docência e sem cargos directivos. No caso
da experiência ser diferente a do professor objecto de avaliação, o mais provável é que se
disponha de uma lista de comportamento estruturada, mas não abdicamos na nossa opinião
que o avaliador tenha pelo menos um antecedente no campo do ensino, na utilização do
método de observação aberto e fechado. Provavelmente, o avaliador formado tenha mais
9
Em inspecção escolar as visitas podem ser efectuadas por uma pessoa, ou equipa, podendo esta
última ser interdisciplinar, inter nivelar.
46
capacidade em conciliar os resultados com a formulação de recomendações para melhorar o
ensino.
3.2.2. Perguntas que devem ser respondidas pela avaliação de processos escolares
Tal como dissemos na introdução deste capítulo, a nossa análise se circunscreve em grande
medida sobre a avaliação do seguimento e instrumentação do programa e actividades
docente educativas, e leva consigo subjacente o desempenho profissional do docente. Na
prática, uma das principais tarefas do avaliador é seleccionar as perguntas às quais se quer
responder. Nunca, por ampla que seja a pesquisa avaliativa, se pode responder a tudo. Isto
suporia um custo e um esforço dificilmente justificáveis e úteis.
Existe participação do pessoal que compõe a escola? Que tipo de participação? De que
forma se manifesta a participação dos alunos durante as actividades de ensino-
47
aprendizagem? (apenas respondem as perguntas dos professores ou nasce delas a
espontaneidade)?
O programa tem uma coordenação adequada dentro e fora da escola que o promove?
Dada a importância da avaliação escolar, “o controlo do rendimento escolar precisa ter maior
rigor metodológico e científico. A avaliação não pode ser reduzida a testes, mas é importante
a verificação deste tipo” (Libâneo, 2000). Embora os testes não ofereçam uma inf ormação
fiel, dão pelo menos uma pista das possíveis falhas na aquisição dos conhecimentos, daí
que se possa pensar numa capacitação metodológica dos professores. Seja como for, é
preciso considerar todos os factores que influenciam nos resultados dos alunos10.
10
Não basta pensar que a produtividade do aluno depende apenas do desempenho do professor, em 1.º lugar é preciso
verificar o próprio comportamento profissional dos professores e especialistas, em 2.º lugar a correlação entre a produtividade
da escola e os resultados dos alunos e em 3.º lugar considerar o conjunto de factores que levaram a esses resultados.
48
3.3. As fases do processo avaliativo
Sendo a avaliação uma forma de investigação, é óbvio que seu procedimento geral deverá
se ater aos requisitos do método científico, quer dizer, a uma série de passos que devem ser
dados de forma sistemática e organizada, com o fim de obter um resultado.
Como ponto de partida, todo processo de avaliação, realizado com rigor metodológico,
segue os lineamentos gerais da investigação educacional. Dito em outros termos: as fases
gerais do processo de pesquisa se aplicam à avaliação que, em última instância, não é outra
coisa que uma forma de pesquisa aplicada. Assim, este processo comporta quatro grandes
fases:
- As tarefas preliminares,
- O plano da pesquisa,
- O trabalho de campo,
Realizar uma pesquisa avaliativa escolar não é uma questão puramente técnica ou
metodológica que um grupo de especialistas possa decidir por si mesmo. Praticamente
todas as pesquisas avaliativas são encomendadas por "alguém" para "algo". Isto supõe
negociações entre os que contratam a pesquisa (futuros usuários de seus resultados) e a
equipe que realizará a pesquisa. Como adverte Elvira (1979), esta "fase é essencialmente
delicada, porquanto os interesses podem ser contraditórios e, além disso, podem não
aparecer nunca na superfície os diferentes interesses e verdadeiros objectivos. Por isso é
normal que se procure fixar bem a atenção do estudo na "superfície" do programa para que:
Pareça bom; se procure tapar as falhas do processo durante a pesquisa; não se faça
caso do estudo, seja feito como um rito; se use o estudo para adiar mudanças ou acções
dentro do programa" (Elvira, 1991).
No entanto, segundo a autora deste trabalho, negociações com a instituição visitada resulta
fundamental, uma vez que se for encomendada uma inspecção pelo órgão de direcção da
49
Educação na Província, os objectivos devem estar sincronizados, porque pode suceder que
o que quer que se resolva na instituição, não constitua prioridade para dita direcção.
Há duas questões básicas que devem ser elucidadas nesta fase do trabalho:
1) Delimitação conceptual dos aspectos a avaliar.
A segunda grande questão, objecto de negociação prévia, é a relativa aos meios existentes
para poder levar a cabo a pesquisa. Trata-se de saber que recursos existem, disponíveis ou
atribuídos, para serem aplicados à pesquisa avaliativa. As disponibilidades financeiras
condicionam muito os aspectos da avaliação, como ocorre, por outro lado, com qualquer
outro tipo de pesquisa.
Convém recordar que, quando se alude a "recursos", estes podem ser humanos, técnicos,
financeiros e materiais.
E, por último, advertir que, se não se dispõe de recursos destinados a realizar a pesquisa
avaliativa, de forma alguma sua execução será factível. A boa vontade e desejos de avaliar
não são suficientes para se realizar um estudo sério.
Com base nos acordos da negociação, a equipa técnica deve operacionalizar esse acordo
num plano de pesquisa. Neste ponto, o que interessa são os problemas que se referem ao
planeamento técnico. As principais perguntas a serem respondidas, são as seguintes:
50
a) Quais são as necessidades de inovação e as possibilidades de obtê-la?
b) Em que medida pode ser assegurada a qualidade e exactidão dos dados?
Como estabelecer a validade e confiabilidade dos dados?
d) Que grau de colaboração se espera por parte das pessoas que, directa ou
indirectamente, estão envolvidas nos resultados da avaliação?
Toda pesquisa supõe a possibilidade de contar com dados válidos, pertinentes e sensíveis.
Isto comporta uma série de questões práticas: a resolver; mencionamos as principais: Que
tipo de dados e de informação se necessita para fazer esta avaliação? Que tipo de
informação é preciso obter:
c) Em que medida pode ser assegurada a qualidade e exactidão dos dados? Como
estabelecer a validade e confiabilidade dos dados?
Esta questão está estreitamente ligada com a selecção dos métodos e técnicas de pesquisa
que podem ser utilizados, como também com os instrumentos de medida que forem
construídos ou com o tipo de amostragem. Trata-se de estabelecer a forma em que pode ser
assegurado um nível aceitável de exactidão e validade dos dados que forem obtidos,
analisando como é óbvio as fontes de possível procedência dos mesmos. Além disso, será
preciso estabelecer o modo de comprovação da validade e confiabilidade dos dados, uma
vez colectados.
51
d) Que método ou métodos utilizar na pesquisa? Que procedimentos técnicos se
consideram mais adequados?
Sempre existem várias alternativas metodológicas para realizar uma mesma pesquisa
avaliativa e existem diferentes técnicas e procedimentos para a colecta de informação. A
escolha de umas ou outras depende tanto das preferências da equipe avaliadora como de
suas possibilidades de aplicação, dos recursos disponíveis e dos imperativos lógicos que
resultam do tipo de avaliação. Daí a importância e necessidade de responder bem de forma
preliminar a estas questões que evidenciam o enfoque metodológico a utilizar.
e) Que grau de colaboração se espera por parte das pessoas que, directa ou
indirectamente, estão envolvidas nos resultados da avaliação?
Tratando-se de uma pesquisa avaliativa, o plano comporta entre outras as seguintes tarefas
fundamentais:
52
3.4.1. Formulação do marco referencial ou enquadramento
Depois das negociações preliminares que conduzem à delimitação conceptual dos aspectos
a estudar e depois de analisar as questões e lhes dar respostas às questões técnicas
concernentes ao projecto de pesquisa, resta a tarefa de operacionalizar tudo isto para tomar
possível a colecta, elaboração, análise e interpretações dos dados e informações implicados
na realização da pesquisa avaliativa. Para isso, a primeira tarefa a realizar é a formulação do
marco ou quadro de referência. Isto inclui dois aspectos:
53
Estudo de casos,
Workgroups,
Por sua vez, os métodos quantitativos utilizam procedimentos que permitem medidas
estandardizadas, com categorias predeterminadas, que facilitam a comparação e a análise
estatística, permitindo fazer apresentações sumárias e generalizadas mais ou menos
precisas dos fenómenos que se estudam. Vale-se de procedimentos tais como:
Entrevistas estruturadas,
Análise estatística,
Testes
Depois da explicação precedente, devemos dizer que nesta fase do processo de avaliação é
fundamental explicar o método (ou combinação de métodos) que se utilizará na pesquisa. O
substancial a ter em conta na selecção de procedimentos não são os procedimentos em si,
mas a utilização daqueles que permitem obter um nível, volume e qualidade de informação
que é suficientemente relevante e significativo para compreender e avaliar o aspecto,
fenómeno ou problema que se estuda11.
É importante para este trabalho destacar o método de observação 12 como o mais utilizado e
o mais fiel na avaliação de actividades docentes, uma vez que através dele se pode estudar
quer a actividade do docente como a do aluno, claro em interacção com todas as
componentes do processo de ensino-aprendizagem. A observação como método de
avaliação da actividade docente pode tomar formas diversas, em alguns países o avaliador
baseia-se em uma ou mais observações curtas das aulas do professor. Os procedimentos
que utilizavam eram informais, não se requeria um formato especial, sua avaliação baseava-
se apenas no que via, a partir daí emitia um juízo de valor ou sugeria possíveis melhorias
pedagógicas. Recentemente, instituíram-se procedimentos que implicam a observação
sistemática mediante a utilização de instrumentos específicos. Hoje, se utiliza um leque de
instrumentos que vão desde as listas de comportamentos, sistemas de categorias, informes
escritos, resumos e sistemas de qualificação.
Existe diferença entre o sistema de observação aberto e fechado (Wright, 1969, citado por
Veloz). Na primeira se incluem notas, narrações, informes, filmes ou cassetes de vídeo. No
último, se incluem escalas de qualificação, listas de categorias e de comportamentos. Esta
11
Consultar métodos de pesquisa avaliativa, no anexo 5.
12
Idem.
54
modalidade de colecta de dados sobre a actuação do professor tem segundo Veloz (2001),
por base três enfoques diferentes:
1. Processo – produto: que se define como a relação entre o que os docentes fazem na
aula (processo de ensino) e o que ocorre com os alunos (produto da aprendizagem
2. Mediador: este centra-se mais no ensino do que na aprendizagem e considera o
ensino como um processo tecnológico de resolução de problemas, assim se vincula a
eficácia do trabalho docente a sua capacidade para diagnosticar os problemas de
aprendizagem dos alunos e na elaboração de estratégias para solucionar.
3. Ecológico: desenvolvido a partir dos anos 70, caracteriza a vida na sala de aulas em
termos de intercâmbios socioculturais e utiliza portanto uma metodologia qualitativa
na medição da efectividade do desempenho do professor.
Na prática actual, dois ou três observações de uma hora de duração representa o máximo
de tempo de se dedica a observar um docente (Kowakski, 1978; Wise, 1984; Pfeifer, 1988,
citados por Veloz). Sob perspectiva tradicional é suposto que aumentar o número de
observações aumenta a constância, e a fiabilidade da observação. Rowley (1978, também
citado por Veloz), por sua vez assinala que um número maior de observações de menor
duração pode produzir uma maior fiabilidade do que observações mais longas. No nosso
ponto de vista é melhor observar aulas íntegras do que partes da mesma o importante e é
observar diferentes tipos de aula do mesmo docente.
Quando as observações se utilizam para melhorar a instrução, um pequeno número de
observações pode proporcionar sugestões de grande utilidade sempre que se tenha claro
que não se obteve uma visão completa das capacidades e habilidades pedagógicas do
professor.
Alguns problemas de tipo prático apresentam-se ao executar um sistema de observações.
Deve-se avisar com antecedência ao professor que será observado? As vezes é uma
obrigação contratual notificar previamente estas visitas e em geral parece desejável esta
situação.
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la revisión de los planes y programas de estudio, las indicaciones metodológicas, los
planteamientos elaborados por los maestros, los calendarios y horarios escolares, las
resoluciones y circulares relacionadas con el objeto que se investiga, el registro de
asistencia y evaluación de los alumnos, el expediente acumulativo del escolar, y otros.
Las composiciones redactadas por los alumnos, los dibujos confeccionados y otros trabajos
que pueden ser libres o responder a una temática determinada, brindan información acerca
de los intereses, las opiniones, la constancia en el esfuerzo que revelan en su ejecución,
etcétera.
Los tests, elaborados con una concepción y rigor metodológico adecuados, e interpretados y
valorados con la justeza debida, pueden ofrecer información acerca del desarrollo de la
memoria, la percepción, el pensamiento u otro procesos psíquico, el sistema de valores
morales, los motivos, intereses, y muchos otros aspectos de los escolares.
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Además de los tests psicológicos, también se utilizan las pruebas de aprovechamiento, que
pueden convertirse en un valioso auxiliar en las investigaciones pedagógicas, ya que se
proponen evaluar el nivel de conocimientos y habilidades alcanzados en los alumnos, en
determinado momento de su vida escolar.
La Autoevaluación.
¿Qué es la autoevaluación?
“La autoevaluación es “el método por medio del cual, el propio empleado es solicitado para
hacer un sincero análisis de sus propias características de desempeño” (Chiavenato
Idalberto. Administración de recursos humanos, Brasil, 1998, pág. 328).
Entre los objetivos de este método de evaluación del desempeño del docente se pueden
citar:
Bolam (1988), Escudero (1992) y De Vicente (1993), han evidenciado que la autoevaluación
es una propuesta esencial para facilitar la teoría del cambio y promover una cultura
innovadora en los centros y aulas.
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La autoevaluación sitúa al propio docente en el principal protagonismo de la tarea
evaluadora, mientras que la heteroevaluación se lleva a cabo por los directivos o por una
comisión evaluadora que ellos presiden y que integran además a colegas, padres, etc.
Según el énfasis que se de a una o a otra, se estimulará el protagonismo del profesorado o
se ponderará el control externo de la acción docente.
A continuación examinamos brevemente las técnicas que con mayor frecuencia se utilizan al
aplicar este método:
La técnica con frecuencia implica el uso de algún instrumento de observación dirigida que
aclare qué es lo que se desea observar.
Hojas de autoclasificación
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Informes elaborados por el propio profesor
Esta clase de informes son similares a las hojas de autoclasificación, en que son un
instrumento escrito preparado por el profesor, pero difieren de estas últimas en el hecho de
que estos informes normalmente utilizan un formato abierto que consiste en respuestas a
preguntas relacionadas con la instrucción y educación que brinda a sus alumnos.
Los informes preparados por el propio profesor generalmente proporcionan información más
extensiva que una escala de clasificación.
Materiales de autoestudio
Los materiales de autoestudio son algunos programas diseñados de tal manera que el
propio profesor pueda valorar y analizar su estilo de enseñanza, así como investigar técnicas
y materiales alternativos. Frecuentemente, estos materiales adoptan la forma de un texto de
enseñanza programada.
Modelaje
Sus observaciones pueden ser libres y poco estructuradas o pueden estar específicamente
dirigidas hacia determinados aspectos del profesor modelo. La observación puede tomar la
forma de varias clases reales del colega recomendado grabadas en vídeos u observadas
directamente. También pueden realizarse observaciones de otras formas de organización
del proceso docente educativo.
En este caso el profesor sólo o asistido por un experto construye cuestionarios destinados a
alumnos y a padres de familia, donde de forma anónima, ellos evalúan la actuación
educativa y didáctica del profesor. La tabulación e interpretación de los resultados por el
propio docente, sin lugar s dudas le puede proporcionar una valiosa información a los
efectos de repensar y remodelar su práctica educativa, en aras de alcanzar mejores
resultados formativos e instructivos en sus alumnos.
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En la práctica pocas veces se encuentran ejemplos de una técnica de autoevaluación que se
utilice por sí sola. Lo más frecuente es encontrar combinaciones de técnicas de
autoevaluación, así los puntos débiles de determinadas técnicas pueden equilibrarse con las
fortalezas de otras.
El Portafolio.
Lo más frecuente es encontrar en los portafolios documentos de tres tipos: los elaborados
por el profesor, realizados por el profesor y otros colegas y elaborados por los directivos.
Ahora bien, sin una tradición que les ayude a documentar su trabajo, se podría esperar que
los profesores elaborasen unos portafolios como un ejercicio de acumulación de papeles y
una pérdida de tiempo tanto para ellos como para las personas encargadas de revisarlos.
Por esa razón, nosotros concebimos el portafolio como un simple “file”, que documentan y
controlan fundamentalmente los directivos (jefes de ciclos o departamentos, director, etc.), y
que se construye a partir de una estructura preconcebida que encaje en la naturaleza
específica del trabajo del profesor y de las actividades de este que se quieran documentar.
A partir del modelo de evaluación del desempeño del docente que estamos proponiendo,
nos parece conveniente sugerir los siguientes componentes estructurales para un
portafolio:
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D. Interacción con los padres de sus alumnos y con miembros de la comunidad en
general.
Ejercicios de rendimiento.
Los ejercicios de rendimiento del profesor han sido creados para medir cuerpos de
conocimientos y capacidades que parecen de vital importancia para que tenga lugar una
buena enseñanza, pero que puede resultar muy difícil o imposible medir mediante la
utilización de exámenes convencionales u otros métodos para evaluar el desempeño
profesional del docente.
Entre los ejercicios de rendimiento que se han desarrollado con éxito en diferentes países
podemos citar:
3. Dar respuestas a preguntas formuladas por alumnos por escrito, sobre la materia que
él imparte, ante sus colegas.
Está claro que los ejercicios de rendimiento que requieren que se dé o se realice una crítica
de una clase, están diseñados para someter a examen la habilidad global del profesor para
preparar y dictar una clase, y requieren mucho más que la mera aplicación de capacidades
concretas.
Ahora bien, resulta necesario tener presente que los ejercicios de rendimiento pueden
mostrar lo que un profesor es capaz de hacer, pero no pueden revelar lo que normalmente
hace. Para comprobar esto último hemos estado explicando, anteriormente, otros métodos
para evaluar el desempeño profesional del docente.
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Los ejercicios de rendimiento ponderan el “saber cómo” sobre el “saber qué”. Por eso su
inclusión en un sistema de evaluación del desempeño docente es muy importante.
Uma vez feito o trabalho de campo e obtidos os dados e informação necessários, é preciso
elaborar e analisar esses resultados por parte da equipe de avaliação, e apresentá-los junto
com as recomendações pertinentes. Tudo isso implica três tarefas básicas:
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de pouca utilidade se não se proceder a uma elaboração dos mesmos de acordo com os
objectivos da avaliação. Trata-se de processar e sistematizar os dados para poder obter
conclusões válidas.
A análise exploratória tem por finalidade "conhecer os dados" para "compreender o que se
pode fazer com eles antes de utilizar técnicas de análise confirmatória, quer dizer, de
contrastação de hipótese" (Alvitra, em Garcia Ferrando et al., 1989), e é necessário fazer
isso quando se persegue uma análise explicativa. A análise descritiva, por sua vez, se
resume numa matriz de dados e na utilização de medidas que sintetizam a informação de tal
matriz, sejam estas de tendência central, dispersão ou de distribuição de frequências.
Como fazer: O relatório deve ter uma linguagem precisa e compreensível. Deve centrar-se
nos resultados e recomendações fundamentais. Um relatório avaliativo que diga apenas que
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"o programa não produziu os efeitos esperados" não é de grande serventia. É preciso fazer
observações concretas e recomendações úteis para ajudar a tomada de decisões.
I. Sumário.
Uma pesquisa avaliativa deve ser feita para que seus resultados, conclusões e
recomendações sejam aplicados. Dizíamos no começo deste trabalho que não se avalia por
interesse académico apenas ou por curiosidade, mas com um claro sentido utilitário e
prático: levar a cabo acções correctivas, adoptando as medidas necessárias dentro do
processo de realização de um programa, processo ou projecto, visando a consecução dos
objectivos propostos. Este facto de "introduzir medidas de ajuste" dentro de um programa,
como produto da análise avaliativa de seu comportamento, denomina-se retro- alimentação
(feedback).
Ora, a retro-alimentação faz parte de uma das funções do processo administrativo e de
gestão, através do controle operacional. Este consiste em dispor de um conjunto de
mecanismos que servem para medir e examinar os resultados obtidos em relação aos
resultados previstos, e para estabelecer acções corretoras, quando assim for necessário.
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