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FACULDADE ANHANGUERA

MEDICINA VETERINÁRIA

CAMILA FERREIRA BARBOSA


MARIA CLARA ALVES FERNANDES
RAIANY FERREIRA ARANTES

CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS DE GATOS E SUAS ESPECIFICIDADES

UBERLÂNDIA
2023
CAMILA FERREIRA BARBOSA
MARIA CLARA ALVES FERNANDES
RAIANY FERREIRA ARANTES

CARACTERÍSTICA NUTRICIONAIS DE GATOS E SUAS ESPECIFICIDADES

Trabalho de resumo referente ao curso de


Medicina Veterinária da Faculdade
Anhanguera de Uberlândia.

Profª. Me. Marília Parreira Fernandes

UBERLÂNDIA
2023
SUMÁRIO

Dps eu arrumo lalalalla


1. Anatomia do Trato Gastrointestinal em Gatos

1.1. A cavidade oral, faringe, esôfago e o estômago


De início é importante citar o caminho do alimento em gatos que se assemelha as demais
espécies domésticas. Em resumo, o alimento entra pela cavidade oral do animal, seguindo
pela orofaringe, laringofaringe e esôfago. Ele entra pela cárdia do estômago e prossegue até o
piloro do estômago. Logo após, segue seu caminho pelo intestino delgado (duodeno, jejuno e
ílio) e intestino grosso (ceco, colo e reto).
A cavidade oral se divide em vestíbulo labial que compreende os espaços entre os dentes e
lábios e vestíbulo bucal entre os dentes e as bochechas. O vestíbulo se comunica com a
cavidade própria da boca por meio dos diastemas (espaços interdentais). No gato, os dentes e
a língua são importantes para a apreensão do alimento, por isso, os lábios não compreende
papel fundamental, sendo bastante reduzido se comparado as demais espécies. (KÖNIG,
2011)
A língua do gato, caracterizada como áspera por muitos, se dá pela intensa queratinização
do epitélio das papilas cônicas. No dorso da língua essas papilas são orientadas caudalmente e
têm formato de gancho, isso auxilia a limpeza do gato, porém pode ajudar que se acumule
objetos e pelos pelo canal alimentar. (DYCE, 2010)
A dentição do gato compreende em 30 dentes. Os gatos não possuem dentes moedores de
coroa plana, fazendo com que sua dentição seja exclusivamente cortante. A fórmula de sua
dentição permanente, que se dá a partir dos 6 meses de idade é: 3 – 1 – 3 – 1 superiores e 3 –
1 – 2 – 1 inferiores.
A deglutição é o processo pelo qual a comida em que o animal ingere é transferida da
garganta para o esôfago. Primeiro, de forma voluntária, ele mastiga o alimento e o move para
a parte de trás da garganta. Nesse momento, a língua faz um movimento contra o céu da boca,
e alguns músculos envolvidos na mastigação, como o milo-hióideo, hioglosso e estiloglosso,
se contraem para fechar a mandíbula e a maxila. Após essa etapa, a língua é elevada contra o
palato mole para bloquear o retorno do alimento, e a respiração é temporariamente
interrompida. Em seguida, o alimento passa pela epiglote e segue em direção ao esôfago. O
esôfago é um tubo relativamente curto. (KÖNIG, 2002)

1.2. O estômago do monogástrico


O estômago dos gatos se faz possível dividir o estômago em cinco regiões distintas, que
são chamadas de cárdia, fundo, corpo, antro e piloro. Entretanto, do ponto de vista funcional,
considera-se apenas duas dessas regiões: o corpo, localizado na parte proximal, e o antro, que
se encontra na parte distal. (MASKELL; JOHNSON, 1993)
O corpo do estômago tem a capacidade de armazenar uma grande quantidade de comida
em um intervalo de tempo específico. Além disso, é responsável por produzir secreções como
muco, ácido clorídrico e enzimas digestivas por meio das glândulas gástricas. Por outro lado,
o antro está localizado mais distalmente e tem a função de produzir uma solução alcalina,
chamada de quimo, com baixa quantidade de enzimas, através das glândulas cardíacas e
pilóricas. O quimo forma então, um líquido espesso e leitoso que, através do esfíncter piloro,
irá passar posteriormente no duodeno. (DYCE, 2010)
O estômago dos gatos é mais curvado internamente e a porção pilórica não se estende
muito além da metade direita do abdome. É menos frequente que os gatos apresentem uma
grande distensão do estômago, pois eles tendem a comer com mais calma e em menor
quantidade do que os cães. (DYCE, 2010)

1.3. Intestino delgado, metabolismo e absorção


O intestino faz parte da porção caudal do sistema digestivo. O intestino delgado
desempenha um papel crucial na absorção e na digestão dos alimentos. A digestão envolve a
quebra enzimática dos alimentos ingeridos, a fim de permitir a absorção adequada dos
nutrientes.
O duodeno é a parte proximal do intestino delgado, prolongando-se desde a parte pilórica,
em sua parte cranial direita, até o jejuno. O ducto pancreático e o ducto biliar se abrem no
duodeno. Já o jejuno, as alças ocupam a parte ventral do abdômen entre o estômago e a
vesícula urinária. (KÖNIG, 2011).
No intestino delgado, ocorre a finalização do processo de digestão. Todas as proteínas,
lipídios e carboidratos que podem ser digeridos são quebrados em seus componentes menores,
como aminoácidos, dipeptídeos, glicerol, ácidos graxos e monossacarídeos. Assim que essas
substâncias são liberadas, elas são prontamente absorvidas, assim como os minerais,
vitaminas e água. Assim que a quimio chega ao duodeno são adicionadas novas enzimas da
própria mucosa ou do pâncreas. (BLAZA, 1987)
Em relação à bile, ela é adicionada ao quimo no duodeno e é armazenada na vesícula
biliar até ser necessária. A bile contém sais biliares, pigmentos e outros resíduos produzidos
pelo fígado, que não são enzimas, mas desempenham funções importantes. Um desses papéis
é emulsionar as gorduras, atuando como um detergente que quebra as gorduras em pequenos
glóbulos, aumentando assim a área de superfície de contato para a ação das lipases. A
secretina, além de aumentar a quantidade de bicarbonato, também controla o fluxo da bile.
Outro hormônio do duodeno chamado colecistocinina causa a contração da vesícula biliar, o
que resulta na liberação da bile armazenada. (BLAZA, 1987)
Os nutrientes podem ser absorvidos de maneira passiva ou ativa na camada mucosa do
intestino. Isso ocorre devido à existência de pequenas projeções chamadas vilosidades, que
proporcionam uma grande quantidade de materiais às superfícies das células epiteliais. Essas
vilosidades possuem uma rede densa de capilares, o que impede o acúmulo dos nutrientes
absorvidos. (BLAZA 1987)

1.4 Intestino grosso


O intestino grosso prolonga-se desde o final do íleo até o ânus sendo constituído por ceco,
cólon e reto. O ceco nos gatos é extremamente pequeno e possui formato vírgula.
O cólon é subdividido em três partes: cólon ascendente, cólon transverso e cólon
descendente. Sua principal função é a absorção de água e eletrólitos, além da fermentação de
substâncias orgânicas não digeridas e não absorvidas pelo intestino delgado. (LAFLAMME,
2005)
2. Alimentos que compõem a dieta dos gatos
REFERÊNCIAS

BLAZA, S. E. Nutrição do cão e do gato. 1ª ed. Cambridge, 1987.


DYCE, K. M.; WENSING, C. J. G.; SACK, W. O. Tratado de anatomia veterinária. 4 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
LAFLAMME, D. Sistemas naturais de proteção felina. Wilmington, Nestlé purina pet care,
2004. p. 18-30.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido.
4a ed, Porto Alegre: Artmed, 2011.

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