Cap V - Orificios - Bocais - Vertedores1
Cap V - Orificios - Bocais - Vertedores1
Cap V - Orificios - Bocais - Vertedores1
Introdução:
• Fundamento teórico simples acompanhado de resultados experimentais
I. - Orifícios:
São aberturas de forma geométrica definida,
executadas nas paredes de um reservatório, canal ou
tanque.
Quando a abertura chega até à superfície livre do Orifício Vertedor
líquido, que escoa em um canal, tem-se um vertedor.
TIPO Cc Cv Cd
Cilíndrico interno:
0,5.d < L < d 0,51 a 0,52 0,98 0,5 a 0,51
2,0.d < L < 3,0.d 1,0 0,75 0,75
Cilíndrico externo:
2,0.d < L < 3,0.d 1,0 0,82 0,82
Cônico convergente:
L = 2,5.d - - 0,947
θ ótm.= 130 30’
Cônico divergente:
L = 9,0.d 1,0 - 1,40
θ ótm.= 50 5’
COMPORTA DE FUNDO PLANA
COMPORTA DE FUNDO PLANA
Descarga livre:
Descarga afogada:
2,0 m
0,0 m
x=?
II. - Vertedores:
Os vertedores são aberturas executadas na borda superior de paredes transversais de
canais e têm, portanto, o mesmo fundamento teórico dos orifícios de grandes dimensões.
L
V0 soleira ou
P crista
B
P’
II.2 - Vertedor retangular, descarga livre, sem contrações laterais e parede delgada:
Da equação dos orifícios de grandes dimensões, tem-se para a vazão no vertedor
retangular de parede delgada sem contrações laterais:
Du Buat Francis
2 3 3
Q = . Cd .L. 2g . H 2 ≅ 1,838.L.H 2
3
2 § 2 ·
H .L. H 3/2
2 ¸
Q = . C d . 2g . ¨ 1 + C1 .
3 (H + P)
© ¹
II.2.2 - Coeficiente de descarga:
Da Análise Dimensional, demonstra-se que o coeficiente de descarga Cd é função
do Número de Weber (influência da tensão superficial - lâminas pequenas), do
Número de Reynolds (influência da viscosidade do fluido) e, principalmente, da
relação H/P Î Para: H/P = 2,0 => Cd = 0,75; H/P = 0,10 => Cd = 0,62
II.2.3 - Vertedor retangular de descarga livre, com contração lateral e parede delgada:
Francis propôs a seguinte correção levando em consideração a largura efetiva do
vertedor:
Q = 1,838. (L - 0,1.n.H). H3/2 => n = 1 ou 2 contrações laterais
B
II.4 - Vertedor triangular:
Admitindo-se uma faixa elementar como um orifício pequeno de altura dh, obtém-
se para toda a área triangular a expressão da vazão para o vertedor triangular com
ângulo θ no vértice (figura):
H θ
8 ș 5 s >=3H
Q = . C d . 2g .tg . H 2
15 2 P>=3H
Para θ = 900:
B
- Thompson => Q = 1,4.H5/2
- USBR (1967) - Vertedor padronizado: Q = 1,3424. H2,48
Q = 1,8589. L.H3/2
B
II.6 - Vertedor Retangular de Parede Espessa:
V02/2g
Ec=3yc/2
V0
P
Perfil Creager:
Tabela das coordenadas (x,y) do perfil (soleira normal) relativas a Hd = 1,0m. Para
Hd 1,0m, as coordenadas do correspondente perfil são multiplicadas pelo valor de Hd.
Q = 2,2.L.Hd3/2
ESTUDO DOS ORIFÍCIOS, BOCAIS E VERTEDORES
Aplicações:
Na parede de um reservatório, mostrado esquematicamente na figura, há um orifício
de parede fina e pequenas dimensões, quadrado de 10 cm de lado, coeficiente de
descarga Cd = 0,61 e um vertedor triangular com ângulo de abertura de 90o. Com os
dados da figura, determine a máxima vazão descarregada, quando o vertedor estiver na
iminência de entrar em operação, e a cota do nível d’água no reservatório, quando a
vazão total vertida for igual a 47,0 L/s.
1$
P P
P
ESTUDO DOS ORIFÍCIOS, BOCAIS E VERTEDORES
Aplicações:
Na instalação mostrada na figura, os níveis d’água encontram-se em equilíbrio, o vertedor é
retangular, de soleira fina, com duas contrações laterais, largura da soleira L = 0,80 m, altura da
soleira P = 1,0 m e carga h = 0,15 m, e a comporta, plana e vertical, tem largura Lc = 0,30 m e
abertura b = 0,10 m, descarregando livremente. Considerando-se a comporta como um orifício
pequeno, de parede delgada, instalado junto ao fundo do reservatório, que tem seção horizontal
quadrada com 2,0 m de lado, pede-se determinar:
a) a altura y a montante da comporta, desprezando-se o efeito de contração incompleta da veia
líquida (Cd = 0,61); b) a altura y a montante da comporta, considerando-se o efeito de contração
incompleta da veia líquida (Cd’); c) o tempo de esvaziamento do reservatório, em caso de
interrupção instantânea da alimentação do sistema, desde o nível de equilíbrio até a passagem do
nível d’água pela altura correspondente a y/3, considerando-se a condição do item a.
ESTUDO DOS ORIFÍCIOS, BOCAIS E VERTEDORES
Formulário:
§ 1 · V2 '
Q = Cd A o V t ; h p = ¨¨ 2 − 1¸¸ ; Cd = Cd (1 + 0,15K);
© Cv ¹ 2g
parte do perímetro em que há supressão 2 AR
K= ; Q.dt = − A r .dh; t= ( )
h1 − h 2 ;
perímetro total do orifício Cd A 0 2g
3
ª 3 2 2º
2 2 V
2 3 « V § · »; Q = 1,838(L - 0,1nH ) 3 2 ; Q = 1,4 5 2 ;
Q = Cd 2g L H 2 ; Q = 1,838L « H +
( ) −¨ ¸ » H H
3 2g 2g
«
¬ © ¹ »¼
3 3
Cd = 0,605 + 11000H + 0,08 H P ; Q = 1,3424 H 2,48 ; Qt = 1,7049L H 2 ; Q = 1,5503L H 2