Planejamento de Pesquisa Tema 3
Planejamento de Pesquisa Tema 3
Planejamento de Pesquisa Tema 3
Planejamento de pesquisa
Monise da Silva Nascimento
Descrição
Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de pesquisa, com os elementos necessários à sua elaboração. Estratégias para
revisão bibliográfica e para a construção escrita de um embasamento teórico na apresentação da pesquisa. Regras gerais para formatação de
trabalhos e normas técnicas.
Propósito
Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa científica, refletindo sobre os conceitos, elementos e as normas fundamentais para a
realização e apresentação de projetos e demais trabalhos acadêmicos de pesquisa.
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
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Módulo 3
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Introdução
Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a pesquisa. Para muitos, a produção de TCC, artigos, monografias, entre outros, é um
momento árduo e de instabilidade durante um curso de graduação. Muitas vezes, a dificuldade aparece porque não se tem familiaridade com a
prática investigativa sistemática. É preciso conceber o ato de pesquisar como um processo presente em toda a sua trajetória pessoal, profissional
e acadêmica.
Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar hipóteses. Formulamos perguntas, investigamos a partir de dúvidas, lançamos mão de
diferentes procedimentos com a finalidade de encontrar respostas, descobrir fenômenos e fatos. Porém, essas pesquisas do nosso cotidiano,
muitas vezes, nem são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma consciente. É uma prática mais genérica, um ato de pesquisar de
maneira menos organizada.
A formalização da pesquisa em um ambiente acadêmico também se alimenta de perguntas, dúvidas, hipóteses etc. Porém, precisa ter caráter
científico, com sistematização das informações e aplicação de metodologias próprias.
Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo da sua vivência cotidiana, sem contextualização, normas ou embasamento teórico.
Você acha que ela teria rigor acadêmico e poderia apresentar resultados mais sistematizados? É provável que sua resposta seja não. Por quê? O
que falta e o que diferencia a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns aspectos ao longo da exploração deste tema.
Compreender-se como um sujeito capaz de produzir pesquisa é condição que o destaca e o aproxima da prática investigativa, rompendo com a
ideia que se construiu culturalmente de que para fazer pesquisa é preciso estar em um laboratório, vestir jaleco branco e demais estilos clássicos.
O que, então, o define como um pesquisador, como um produtor de conhecimento? Além dos aspectos já citados, é preciso evidenciar a
intencionalidade, a busca de procedimentos, normas e fundamentações teóricas que possam organizar a sua pesquisa, atribuindo caráter
acadêmico e científico, validando seus dados e, possivelmente, contribuindo para pesquisas futuras.
Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o contato mais direto com o ato de pesquisar de modo planejado. Desde os primeiros
períodos, você se prepara para, ao final, lançar mão de normas, embasamentos teóricos e técnicas em favor de um objeto de pesquisa.
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Pesquisa e ciência
Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, você pode se deparar com questionamentos do tipo:
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Como iniciar?
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O que é uma pesquisa?
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Quais são os passos para se desenvolver pesquisa?
O ato de pesquisar não se limita aos cientistas. A pesquisa, a dúvida e a necessidade de se buscar respostas para questões realmente relevantes
são incorporadas ao nosso dia a dia.
A pesquisa científica é um processo racional e planejado, que se organiza por meio de metodologias próprias e se ancora
na literatura disponível sobre o fenômeno que se quer pesquisar.
A pesquisa é o centro da prática científica, visando responder a perguntas ou problemas propostos. Ela se torna uma indicação quando não se
encontra informações suficientes ou conclusivas na literatura sobre o problema proposto e observado.
Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder ao fato pesquisado e verificar uma hipótese, bem como sua articulação com outros
fatos e hipóteses. Dessa maneira, o conhecimento é produzido e compartilhado nas escolas e universidades.
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Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento produzido sempre buscando sair dos extremos:
A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na realidade, equivalendo isto a aceitar que a pesquisa é um processo interminável,
intrinsecamente processual. É: um fenômeno de aproximações sucessivas e nunca esgotado, não uma situação definitiva, diante da qual já não haveria
o que descobrir.”
Dogmatismo indiscutível
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Relativismo
É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa se articular com problemas reais que nos afetam, lançando luz sobre sua utilidade
e relação com a vida prática. A separação entre teoria e prática não é possível no contexto da pesquisa, pois uma se faz com a outra, em uma
profunda relação de complementaridade.
O profissional que não possui o hábito de pesquisar corre o risco de ir separando gradativamente a teoria da prática em sua vida, até um ponto em
que ele não observa mais sua complementaridade. A pesquisa é um elemento-chave necessário ao profissional para sua constante formação e
aperfeiçoamento.
Dica
Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão sobre o assunto e, de maneira organizada, elaborar um projeto de pesquisa.
O projeto de pesquisa
Para realizar uma investigação sistemática, são necessários elaboração, definição de objetivos, recorte e metodologias adotadas para responder às
perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são organizados em um projeto, que é um importante processo de reflexão do autor sobre o que se
pretende investigar.
Um projeto de pesquisa bem escrito pode eliminar problemas futuros de insegurança e transtornos para finalizar o trabalho e dar ao pesquisador
mais clareza e segurança sobre a realidade da qual quer buscar compreensão.
Fazemos um projeto de pesquisa para mapear um caminho a ser seguido durante a investigação. Buscamos,
assim, evitar muitos imprevistos no decorrer da pesquisa que poderiam até inviabilizar a sua realização. Outro
papel importante é esclarecer para o próprio investigador os rumos do estudo (o que pesquisar, como, por
quanto tempo etc.).
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(MINAYO, 2009, p. 35)
A elaboração do projeto é, também, uma maneira de transmitir à comunidade científica os seus propósitos e fazer com que eles sejam aceitos e
discutidos. Em outras palavras, a concretização do planejamento da pesquisa ocorre por meio da escrita do projeto.
A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos de graduação, como etapa necessária ao planejamento da pesquisa de conclusão de
curso. Para fins de acesso a cursos de pós-graduação, o projeto de pesquisa pode ser, inclusive, uma etapa de seleção, de modo que o aluno
ingresse no curso já com a pesquisa em fase de planejamento. Em outros momentos, o projeto pode ser apresentado para buscar financiamento
que viabilize a investigação.
Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho para se conseguir desenvolver bem seu trabalho. Um exemplo de roteiro seria:
Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a elaboração do projeto, alguns elementos são definidos como primordiais. A seguir,
refletiremos sobre cada item que precisa estar presente nesse roteiro da pesquisa.
Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve pesquisar naquela área, pois o tema em si mesmo é um caminho em aberto, com
uma perspectiva ampla da pesquisa, e precisa de um recorte para direcionamento. Por exemplo: se o tema da sua pesquisa for “Alfabetização e
letramento”, você já definiu a área onde se pretende atuar, mas faltam algumas respostas.
A pesquisa pode seguir muitas direções de investigação, o que precisa ser pontuado no seu projeto. Minayo (2009) sinaliza que as indagações
feitas acerca do que se quer saber sobre o tema é que acabam por definir o objeto ou problema de pesquisa, estabelecendo um recorte, em sentido
mais restrito que o tema propriamente dito. Logo, a problematização é um aprofundamento do tema.
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Alfabetização e letramento.
Como observado no esquema, o tema apresenta muitos recortes possíveis. É a definição do problema que restringe o campo de pesquisa, indicando
a direção e evitando desvios do seu foco. Muitas vezes, um pesquisador se atém ao tema, mas perde de vista o seu problema de pesquisa. Você
precisa escrever e pesquisar aquilo que, dentro do seu tema, possui relação com o problema proposto.
No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de pesquisa) possíveis dentro do tema “Alfabetização e letramento”. A partir desses três
recortes, abrem-se duas possibilidades (ou mais) de investigação em cada. É preciso ter clareza desse percurso para fazer a problematização,
direcionando o olhar para aquilo que, de fato, é pertinente para o desenvolvimento do seu trabalho.
Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema de pesquisa a partir de uma pergunta. Inclusive, a elaboração de perguntas é uma
importante estratégia interna em todas as etapas da sua pesquisa.
A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e deve, ainda, ser clara, com resposta viável e uma dimensão possível de pesquisa. Na
perspectiva do exemplo, a formulação do problema poderia ocorrer a partir da pergunta: O currículo da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro
– anos iniciais do Ensino Fundamental – favorece a prática do letramento matemático? Observe que o direcionamento foi todo encaminhado na
pergunta: a área de conhecimento, o tema, a etapa escolar que se quer pesquisar, a abrangência da pesquisa e a dúvida em si.
Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto de algumas indagações do autor:
É um problema original? É relevante? É adequado para mim? Tenho reais possibilidades para realizar este estudo?
Precisarei de recursos financeiros? O tempo que tenho disponível é suficiente para esta pesquisa?
Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar uma série de fatores que se apresentam durante a execução da pesquisa,
auxiliando no processo de delimitação do problema.
Resumindo
A definição do tema e a formulação do problema de pesquisa são profundamente articuladas e complementares. Elas comunicam diretamente o
que se quer investigar. Quando se elabora uma pergunta de pesquisa, é comum já ter hipóteses sobre ela, o que nos leva à formulação da próxima
etapa da pesquisa.
Formulação de hipótese
Você já passou por alguma situação em que tinha uma dúvida sobre como proceder em algum aspecto, mas com possibilidades de resolução já
encaminhadas? Como fez para escolher a solução? Possivelmente, você testou ou pesquisou qual seria a melhor alternativa.
Na pesquisa científica, quando se elabora um problema de pesquisa, formula-se também uma ou mais hipóteses, que são soluções possíveis e
testáveis para o seu problema. Quanto mais conhecemos o tema e o problema de pesquisa, mais possibilidades de hipóteses ele tem condições de
apresentar.
Atenção!
Foi mencionado que o problema de pesquisa precisa ser algo viável, solucionável. Nesse contexto, a hipótese seria uma possibilidade de solução,
ancorada nas reflexões já encaminhadas sobre o tema e problema.
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Observação
Resultados de outras pesquisas
Teorias
Intuição
A hipótese deve ser organizada a partir de um enunciado claro, pautada em um referencial teórico, com linguagem explicativa. Ao final da pesquisa,
sua hipótese poderá ser rejeitada ou comprovada, de maneira que o problema de pesquisa possa apresentar solução. Caso a hipótese não seja de
possível verificação, consequentemente, o problema de pesquisa não terá solução conclusiva. Nesse caso, a hipótese poderá ser reformulada ou
substituída por outra.
A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e criativo, pois visa responder algo que ainda ninguém respondeu, o que supõe o
pensamento inovador. Todo o desenho do trabalho está ancorado na confirmação ou não da hipótese inicial. Nesse cenário, a hipótese se articula
ao objetivo da pesquisa.
Definição de objetivos
Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são desenhados, você deve ter em mente a pergunta: esta pesquisa se desenvolve para
quê?
Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já definidos, o autor da pesquisa precisa se ocupar em definir objetivos claros, articulados ao
todo e que representem a finalidade do trabalho.
Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que indiquem a ação, a meta da pesquisa. Por exemplo: analisar, produzir, realizar,
comparar etc. É indispensável que os seus objetivos sejam possíveis de atingir. A organização dos objetivos no trabalho deve ser dividida em duas
dimensões:
Objetivo geral
Em sentido amplo, você deverá definir um objetivo geral, que “diz respeito ao conhecimento que o estudo proporcionará em relação ao objeto”
(MINAYO, 2009, p. 45), tornando-se um tipo de resultado intelectual articulado à hipótese inicial. O objetivo geral é de longo alcance,
correspondendo a uma ação mais ampla.
Exemplo: Analisar as práticas de alfabetização e letramento matemático nas turmas de anos iniciais da Rede Municipal de Educação.
close
Objetivo específico
Em sentido mais restrito, esses objetivos consistem no desdobramento das ações necessárias para se atingir o objetivo geral. É como se
fossem os degraus de uma escada. O pesquisador deve, considerando o objetivo geral, localizar e cumprir cada pequena ação que colabore
para o atingimento do objetivo mais amplo. São ações de curto alcance e devem estar articuladas umas com as outras.
Exemplo: Investigar os currículos de Matemática da Rede Municipal de Educação; comparar as práticas de letramento matemático, a partir do
referencial teórico, com o currículo da Rede Municipal de ensino; entre outros.
A partir dos objetivos, são definidos os métodos e instrumentos, de maneira que o caminho metodológico viabilize a execução de cada objetivo.
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Justificativa
Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou comprando a ideia, reconhecendo a relevância da investigação lida? Por que será que isso
aconteceu? Faça uma breve reflexão acerca dos itens que o autor descreveu, que o encantaram e despertaram seu interesse para a investigação do
tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos muito coerentes e que fizeram sentido na sua prática profissional, de modo que você, de fato,
conseguiu articular e incorporar à sua vivência a necessidade daquela pesquisa.
Considerando que um projeto de pesquisa apresente o planejamento e a sistematização inicial de uma investigação, é importante ter um espaço
destinado à justificativa, feita por meio de argumentos favoráveis que apontem a necessidade da sua pesquisa. É esperado que, ao final da leitura do
seu projeto, o leitor esteja convencido sobre a necessidade de pesquisar o tema ou problema proposto por você.
A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. As seguintes perguntas norteadoras podem auxiliar na construção desse item:
A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa dos pontos de vista prático e conceitual .Os argumentos empregados devem se
ancorar em relevância técnica, social e científica. Minayo (2009) esclarece que a justificativa deve possuir argumentos que:
A justificativa de ordem prática é a descrição da relevância da pesquisa para a modificação da sua prática, ancorada em demandas sociais.
A justificativa de ordem pessoal é a que ajudou a definir aquele problema e faz uma breve argumentação do impacto da pesquisa na trajetória profissional e biográfica do
pesquisador.
Metodologia
Imagine que você já definiu tema, problema, hipótese e objetivos, bem como organizou todos os argumentos que justificam a sua pesquisa. Agora
você deve se perguntar: como vou encaminhar a pesquisa? Que caminhos vou seguir?
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Metodologia é uma preocupação instrumental. Trata das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos,
das ferramentas, dos caminhos. A finalidade da ciência é tratar a realidade teórica e praticamente. Para
atingirmos tal finalidade, colocam-se vários caminhos. Disto trata a metodologia.
Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer até que sua pesquisa atinja os objetivos propostos. Para tal, o pesquisador deve
fazer uso de métodos e técnicas, bem como articular seus procedimentos com concepções teóricas, aproximando-as da prática. Não se pretende
propor uma série de técnicas desprovidas de sustentação teórica, da mesma forma que não deve ser puramente teoria, sem desenhá-la de maneira
clara e coerente a serviço dos desafios encontrados na prática.
Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar que o pensamento criativo é um pilar. Flexibilizar, observar caminhos alternativos
e reconstruir são tarefas que enriquecem a pesquisa, desde que caminhem ao encontro dos objetivos traçados.
É importante você ter em mente que o método é o conjunto de atividades racionais e sistemáticas que visam ao alcance do objetivo da pesquisa. As
técnicas são procedimentos que operacionalizam os métodos a partir de instrumentos adequados. Nesse contexto, é preciso definir métodos e
técnicas adequados para cada objetivo de pesquisa: o tipo de pesquisa que irá desenvolver, o campo de observação, os procedimentos de coleta de
dados.
Atenção!
Existem procedimentos que são recorrentes e pertinentes para determinados tipos de pesquisa, enquanto em outros tipos não se enquadrariam tão
bem.
Exemplo: É comum adotar o estudo de caso ou a pesquisa bibliográfica em estudos exploratórios, pois se busca levantar dados sobre grupos ou
sujeitos. Porém, você deve ser criativo e inovar, sempre justificando suas escolhas dos pontos de vista teórico e prático. Nessa perspectiva, desde
que de modo bem fundamentado, você pode e deve colocar os procedimentos técnicos disponíveis a serviço da sua pesquisa. Lembre-se de que
eles existem para auxiliar a realização de seu trabalho.
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Adoção da metodologia ideal
No vídeo a seguir, a professora Monise aborda os principais aspectos da metodologia de pesquisa:
Cronograma e execução
Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai adotar para fazer a sua pesquisa, é preciso pensar em um importante recurso: o
tempo. É a perspectiva do “quando”.
O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada etapa da pesquisa, inclusive, considerando que algumas ações podem ser realizadas
simultaneamente. Geralmente, a escrita desse item aparece em forma de quadro ou tabela, indicando cada tarefa a ser realizada nas linhas e o
tempo para a sua execução ao lado, na coluna correspondente.
Dica
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Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso ajuda a antecipar dificuldades e facilidades, trabalhar com prazos e ter compreensão de
todas as tarefas articuladas, em uma perspectiva geral de dependência entre elas.
Pense em questões como o orçamento da pesquisa (caso o projeto seja apresentado para pleitear um financiamento).
Inclua no projeto as referências, contendo as fontes relativas às obras citadas, e tenha uma parte do planejamento dedicada ao seu embasamento
teórico, contextualizando o tema e realizando uma revisão bibliográfica – assunto que será detalhado no próximo módulo.
Questão 1
Já sabemos da importância de um projeto de pesquisa bem elaborado, a fim de que o processo e o resultado da pesquisa sejam efetivados. Por
isso, é fundamental compreender bem seu conceito. Assinale a opção que apresenta a definição de um projeto de pesquisa:
É a etapa de planejamento não sistemática, que compreende uma reflexão particular do pesquisador para, somente depois,
A
iniciar a escrita de sua investigação.
É a materialização do planejamento da sua pesquisa, que possui a indicação de dois elementos: o tema e os autores que irão
B
compor o embasamento teórico.
C É a concretização do planejamento da pesquisa, feito para mapear o caminho a ser percorrido durante a investigação.
Também chamado de Delimitação do Tema, seu objetivo é ter clareza específica sobre o objeto da pesquisa, sem analisar outros
E
elementos do planejamento.
Questão 2
Considere a seguinte situação: um pesquisador, ao estabelecer seu tema para investigação, começou a se fazer indagações para definir um
recorte dentro do tema, pois ainda seria muito abrangente. Nessa perspectiva, o autor começou a fazer um aprofundamento do assunto até
chegar a uma questão a ser investigada, o que restringiu e direcionou melhor o campo de pesquisa. A situação vivenciada pelo pesquisador
corresponde a que elemento do projeto de pesquisa?
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A Definição de objetivos
B Delimitação do problema
C Escolha da metodologia
D Definição da justificativa
E Levantamento bibliográfico
Premissa
No módulo anterior, descrevemos alguns elementos básicos que você precisa definir ao fazer uma pesquisa. É importante que esses elementos
estejam articulados de maneira coerente com a perspectiva teórica que você vai adotar para encaminhar seu trabalho. É necessário buscar o
conhecimento já produzido sobre o seu tema e lançar luz sobre as questões que colaboram para a compreensão do seu problema.
A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, mas é preciso evidenciar a relação profunda de complementaridade entre eles. A
perspectiva teórica pode ser entendida como o fio condutor, a linha que costura todos os elementos do projeto de modo coerente. Assim, você lança
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mão de justificativas teóricas sempre que pertinentes, valoriza e demonstra conhecimento sobre o seu tema e revela quais são as lacunas na teoria
que sugere e justifica sua pesquisa.
Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para expor seu referencial teórico, as citações e ideias dos autores de referência na área
podem estar presentes em todo o seu projeto, desde a introdução até as suas considerações finais.
Comentário
Neste módulo, você irá refletir sobre como organizar o levantamento bibliográfico e o embasamento teórico no projeto de pesquisa, o que
possibilitará um diálogo lógico e bem fundamentado entre a teoria e a realidade que se busca entender.
Teoria
Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando de levantamento bibliográfico e embasamento teórico. É possível encontrar termos
como “revisão bibliográfica” (MINAYO, 2009), “revisão de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da arte” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), entre
outros.
Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica comum: buscar as bases teóricas e conceituais que sejam compatíveis com o
problema de pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida ao longo do trabalho.
Minayo (2009, p. 16) define teoria como “conhecimentos que foram construídos cientificamente sobre determinado assunto, por outros estudiosos
que o abordaram antes de nós e lançam luz sobre a nossa pesquisa”.
Para que seu projeto tenha um bom embasamento teórico, é importante fazer uma revisão bibliográfica para mapear tudo o que já foi ponderado por
outros autores e esteja diretamente relacionado ao seu problema, evitando um discurso muito floreado, que visa apenas ao volume de informações,
porém, desconectadas entre si. Nisto consiste o trabalho: conseguir evidenciar o que, de fato, é relevante para o seu problema de pesquisa, no meio
de tudo que já foi produzido.
A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho surge antes mesmo da sua escrita e se estende até a leitura dos seus dados. Ela
passa a ser o eixo em que todos os itens do projeto deverão estar organizados.
Existem as grandes teorias, desenvolvidas por autores clássicos e que compreendem um conjunto de ideias articuladas que, muitas vezes,
revolucionam o modo de pensar em determinado contexto histórico. Essas grandes teorias são chamadas de fontes primárias.
Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento inspirado nas grandes teorias, problematizando-as e colaborando com novos
olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa, tenha em mente que o conhecimento científico não é dogmático. Ao contrário, ele passa por
mudanças ao longo dos anos e, ao fazer uma pesquisa, é necessário que você esteja atento também ao que se produziu de novidade sobre o seu
tema nos últimos anos.
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deias revolucionadoras
Por exemplo, a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, revolucionou a forma como alguns conceitos eram explorados, ainda no século XIX.
Dica
Reflita sobre o seu problema de pesquisa considerando os autores clássicos e os mais contemporâneos. Esteja atento à mudança na perspectiva
teórica que diz respeito ao seu tema ao longo dos anos.
Teoria x Prática
Você já parou para pensar nas frases que ouvimos repetidamente: “teoria é diferente da prática”, “isso é só na teoria”, entre outras, que acabam por
desvalorizar o ato de produzir conhecimento acadêmico cientificamente?
Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não conseguiram ainda enxergar a complementaridade entre teoria e prática e como
uma ocorre em função da outra. Se, por um lado, devemos assumir que o conhecimento prático, cotidiano, é resultado de interrogações teóricas
anteriores; por outro, é preciso assumir, também, que não se produz pesquisa e “teoria” sem um olhar prático.
A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a realidade. Vamos entender isso:
Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse contexto quando, a partir da metáfora da casa (BACHELARD, 2003), destaca que é
preciso ir aos porões das casas em que habitamos.
Reflexão de Veiga-Neto:
“Sem o acolhimento da casa e sem as memórias de que ela é a fonte primeira, seríamos seres desenraizados; seres sem imaginação porque sem
história, e sem história porque sem memória. Mas, mesmo que acolhidos pela casa, corremos sempre o risco de viver bloqueados, viver no
alheamento, isto é, alienados no mundo e do mundo.
Isso será assim se não soubermos ocupar toda a casa, se nos mantivermos confinados apenas no espaço intermediário, nesse espaço das
experiências imediatas em que se desenrola o que chamamos de vida concreta e de realidade. Se nos deixarmos prender nos andares
intermediários, sem habitar o sótão e o porão, perderemos boa parte de nossa própria condição humana, pois, enquanto lá no sótão se dão as
experiências da imaginação e da sublimação, é lá no porão que estão as raízes e a sustentação racional da própria casa”. (VEIGA-NETO, 2012. p.
269).
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Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde acontecem as relações cotidianas (práticas).
O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que estão nossos objetivos e sonhos.
Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a história. Nessa perspectiva, aqui se entende o porão como o lugar onde se pode
compreender quem somos, por meio das memórias. Podemos, inclusive, entender essas memórias como todas as contribuições dos autores que
chegaram antes de nós e refletiram sobre o tema que estamos a buscar compreensão.
1. De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular bem a sua pesquisa?
É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade que você busca compreender e o sótão como a melhoria esperada por você,
profissional que busca formação para viabilizá-la.
Mas e os porões? Como você poderia buscar conhecer onde finca os pés?
Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da casa”, corre um grande risco de viver sujeito aos limites impostos pelos outros e pelos
seus próprios, o que, consequentemente, vai impossibilitar sua “ida ao sótão”, os seus voos mais altos.
Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se deseja e trabalha para construir, as práticas cotidianas e os aspectos teóricos, as
memórias. O profissional, para desenvolver uma postura efetivamente coerente e promissora, precisa saber habitar todos os níveis da “casa” em que
está inserido. O contrário disso indica uma postura limitada e conformada.
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A primeira perspectiva seria a do primeiro contato com o tema, para construir a revisão bibliográfica que possibilita iniciar a organização do
projeto, delimitando o problema, os objetivos e as hipóteses.
Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um levantamento bibliográfico para analisar quais foram as considerações já feitas
sobre o seu problema de pesquisa. Esse levantamento consiste em consultar, nos diferentes bancos de dados, o que já existe sobre
determinado assunto. Considere livros, artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de pesquisa.
Esteja atento ao recorte temático. Um equívoco muito comum é fazer um levantamento bibliográfico baseado somente no seu tema, em uma
perspectiva macro. Lembre-se de que, ao definir um problema de pesquisa, você estabeleceu um recorte que indica o que você quer analisar,
dentro de um tema maior. Evite informações irrelevantes para a sua pesquisa.
Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental adotar uma estratégia de pesquisa. A partir daí, você terá mais segurança
para iniciar a escrita do seu projeto, pois será capaz de elaborar, antecipar questões, criticar, formular. Seus argumentos e suas ponderações
serão pautados em autores de referência, fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um embasamento teórico coerente.
A primeira perspectiva seria a de organização desse referencial teórico e a exposição das principais ideias e citações em uma parte dedicada
a isso no seu projeto.
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem ser incorporados ao seu trabalho? É justo ressaltar que a pesquisa
bibliográfica não se resume a esse momento inicial de contato com o tema e o problema de pesquisa. Ela passa a ser uma ação recorrente e
necessária ao bom encaminhamento do seu trabalho. Ela é a base do processo investigativo. Portanto, é preciso estar atento a tudo que
está sendo publicado relacionado à sua problemática.
Depois, é necessário considerar que os autores de referência não estão limitados ao capítulo dedicado ao embasamento teórico. Ao
contrário, eles deverão ser a base que norteia o estabelecimento das hipóteses, do problema, dos objetivos e do trabalho como um todo.
Porém, em seu projeto, você terá uma parte dedicada à contextualização e à exposição teórica do problema de pesquisa. A seguir, serão
exploradas algumas formas de organizar esse capítulo no trabalho.
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Estratégias de pesquisa
No vídeo a seguir, iremos explorar as estratégias de pesquisa:
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Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o tema e o problema de pesquisa, você deve se perguntar: por onde eu começo para registrar, no
projeto, todas as informações encontradas?
É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas possibilidades de abordagem do seu tema, que você se sinta instigado a incluir tudo no seu
capítulo mais teórico. Também é possível você se perguntar o que deve ser destacado no trabalho. O que, de tudo o que descobriu com a pesquisa,
é relevante para a sua questão?
Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as informações obtidas. O filtro deverá ter critérios para cumprir sua tarefa, que é
selecionar informações. Como estabelecer esses critérios e eleger o que serve inicialmente e o que deve ser guardado para um momento posterior?
Você pode pensar nesses critérios de filtragem como o problema de pesquisa. Lembre-se de que, dentro do seu tema, você estabeleceu um recorte
para pesquisar de maneira mais focada em determinada questão.
Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que reforça e sustenta os seus argumentos. Esteja atento aos seguintes fatores ao
escrever:
Adote uma escrita com exposição linear das ideias. Você pode fazer isso partindo de um contexto mais amplo (do seu tema propriamente
dito) para o mais específico (aquilo que compete ao seu problema de pesquisa), ou pode fazer uma descrição das principais contribuições
dos autores de forma cronológica, por exemplo.
É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre como o seu tema é discutido em diversos países e, no segundo momento,
restringir para a discussão local do tema. Ou seja: situe o leitor, torne evidente a organização lógica no seu texto.
Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com seus argumentos em um parágrafo que sintetize a ideia. O texto pode parecer
confuso se você não demonstrar essa organização das ideias. Escreva, espere um ou dois dias e leia o que escreveu. Perceba se faz sentido,
se falta informação ou se uma argumentação é repetida desnecessariamente.
Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou definição do problema de pesquisa. No capítulo de embasamento teórico, você
deve viabilizar a ampliação do entendimento do leitor sobre o conceito que sustenta seu argumento introdutório.
É fundamental demonstrar que os argumentos apresentados são sustentados por outros autores. As citações valorizam o seu trabalho e
evidenciam questões relevantes.
Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada tipo, existem normas específicas para incorporar a citação ao seu texto.
Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor tal como está na obra consultada, nas mesmas palavras do autor. Elas
devem ser incorporadas ao corpo do texto, caso tenham menos de três linhas, apenas separadas por aspas. Ou seguir o
exemplo destacado nestas linhas, caso seja uma citação maior. Nesse caso, ela deverá ter uma letra menor, um espaçamento
simples e um recuo esquerdo de 4cm. Em ambos os casos, devem ser indicados o autor, o ano e a página do trecho utilizado.
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Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas próprias palavras, no corpo do texto, indicando o nome do autor e o ano de
publicação da obra em que se encontra aquele argumento.
Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é porque você baseia seus argumentos em autores de referência que seus
próprios argumentos estão inibidos. A tarefa consiste em “costurar” seus argumentos com os dos autores, que validarão o que você está
refletindo. É preciso articular suas ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor com outro autor. Tudo isso faz do seu
trabalho um conteúdo autoral, é a teia de relações entre assuntos que você estabeleceu, com o seu olhar.
Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um modo bem similar, mas cada um estabelece as relações com o tema de um
jeito particular. O embasamento teórico é organizado a partir de seu ponto de vista. É preciso respeitar e preservar as ponderações dos
autores, tal como foram feitas, evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é preciso deixar a sua marca, comentar os
posicionamentos dos autores, complementar quando necessário, sempre de forma coerente.
Durante o processo de construção do embasamento teórico, é fundamental estar atento ao plágio. Informe quem é o responsável pelas
ideias citadas por você. Respeite um limite para fazer as citações. Elas reforçam seus argumentos e dão bases teóricas ao seu trabalho, mas
o conteúdo maior deve ser seu, elaborado em suas palavras.
Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra, ocorrendo um atentado aos direitos do autor quanto à integridade e à
autoria de sua criação. Atualmente, com a facilidade de acesso à informação, o plágio passou a ser uma ação ainda mais recorrente. As
buscas na internet constituem um avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas preservando a autoria de cada trabalho
publicado.
Apresente um conteúdo original, contendo argumentos desenhados por você, mesmo que inspirados em obras anteriores, cite quais são
essas obras. Dê os créditos ao autor da ideia, ou da citação.
Após fazer todas as ponderações que julgar necessárias à contextualização e abordagem do seu assunto, apresente o estado da questão.
Como, atualmente, a questão abordada em sua pesquisa está sendo vista ou desenvolvida. Quais foram as mudanças de perspectiva ao
longo dos anos, que possibilitaram a atual abordagem do tema. Evidencie em que momento e complexidade encontra-se o seu recorte.
Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem orientar a escrita do seu trabalho, mas não pretendem se concretizar em um
passo a passo demasiadamente hermético. Muitos são os caminhos possíveis e as demandas de cada investigação. Porém, considerando as
questões anteriormente abordadas, sua pesquisa terá melhor embasamento, reflexão e organização.
Todas as orientações feitas nos módulos 1 e 2 consistem em ações necessárias ao planejamento da sua pesquisa, pontos a serem destacados.
Conceitualmente, esses elementos ajudam o pesquisador a contemplar os requisitos básicos em uma investigação científica. Entretanto, são
necessárias aplicações de normas técnicas para a apresentação do projeto.
Comentário
No próximo módulo, serão exploradas as normas que você precisa adotar como padrão de organização gráfica e de informações no seu projeto e
nos demais trabalhos acadêmicos.
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Questão 1
Um pesquisador iniciou as consultas para a construção do embasamento teórico de sua investigação. Ele foi até a biblioteca e selecionou os
principais autores clássicos que discorrem sobre o seu problema de pesquisa. Com as obras selecionadas, conseguiu montar um bom acervo.
Ao iniciar a produção correspondente à exposição de seu referencial teórico, ele escreveu os argumentos de modo contextualizado,
estabelecendo uma lógica entre as informações apresentadas, com citações indicadas de maneira pertinente, situando e envolvendo o leitor.
Com isso, ele finalizou as páginas mínimas solicitadas pelo orientador que, ao ler o texto, indicou o acréscimo de informações ao capítulo,
mesmo tendo atingido o número mínimo de páginas proposto.
De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que pode ter motivado o orientador a pedir a revisão do capítulo?
O orientador quer que ele inclua mais autores clássicos, pois é preciso mapear todos, mesmo que não possuam relação direta
A
com o problema estipulado, pois esses autores são fundamentais em qualquer pesquisa acadêmica do tema.
B O orientador não compreendeu bem seus argumentos, por esse motivo o texto precisa ser revisto.
C O número de páginas pode ser ampliado, já que o texto ficou tão bom.
O orientador pediu para revisar o capítulo porque o aluno não apresentou o estado atual da questão investigada, como ela é
D
vista pelos autores que publicaram recentemente, mesmo que inspirados nos clássicos.
O orientador esperava que o aluno tivesse mais autonomia, dedicando-se mais a sua pesquisa e assim apresentasse um
E
conteúdo com quantidade maior do que as páginas definidas como conteúdo mínimo.
Questão 2
No planejamento e na apresentação de uma pesquisa, o embasamento teórico norteia a construção do(s) item(ns):
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B Deve fortalecer os argumentos apresentados na justificativa, parte onde se destaca a relevância do trabalho. Incluir argumentos
teóricos aqui é fundamental.
Deve estar disposto como fio condutor de todo o trabalho, sendo evidenciado, sempre que pertinente, para justificar as escolhas,
C os recortes, a relevância do tema até a análise dos dados. Encontra lugar privilegiado na seção dedicada à exposição da revisão
bibliográfica e do embasamento teórico.
Tema. É por meio do embasamento teórico que se define um tema; em um segundo momento, é feito um aprofundamento do
D
tema para delimitar o problema, a questão a ser investigada.
Introdução e Considerações Finais. Pois ao longo do trabalho deve aparecer apenas as ideias do aluno, mostrando que seu
E
trabalho é original e sem influência externa.
As normas e a sociedade
A sociedade está organizada a partir de normas, que são compartilhadas entre grupos e organizações sociais. As normas influenciam a economia,
no modo como são produzidos os alimentos, a qualidade de produtos e serviços. Elas estão presentes no dia a dia mais do que imaginamos e
possuem a finalidade de organizar, garantir qualidade, facilitar o acesso à informação, dentre outros benefícios.
As normas fazem parte da organização social. Quando surge a necessidade de criação de uma norma, é porque um grupo, de algum jeito, já
percebeu que a ausência de diretrizes tende a dificultar a execução de uma tarefa ou a produção de algo.
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No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui os comitês técnicos responsáveis pela elaboração, aprovação e verificação da
relevância das diferentes normas que são utilizadas como padrão para a realização de atividades nos diversos níveis da organização social.
No contexto da produção de pesquisa e conhecimento, a ABNT apresenta as normas para produção de trabalhos
acadêmicos dos diferentes tipos.
Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos de acordo com normas técnicas? Geralmente segue a formatação recomendada pela
universidade? Se você já está familiarizado com tais práticas, certamente compreende um pouco da relevância dessas normas.
Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são consideradas algumas orientações que norteiam a formatação padronizada das
informações necessárias, seja no projeto, na monografia, artigo, entre outros.
Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas imagine se não houvesse norma e os trabalhos pudessem ser apresentados da maneira
que os pesquisadores quisessem!
Quais seriam as vantagens? Certamente, você pensa em flexibilidade, autonomia de formatação, facilidade. Agora, pense sob uma nova ótica: você
já fez busca de trabalhos acadêmicos na internet, ou em uma biblioteca? Como ocorreu essa busca? Você considerou palavras-chave?
Categorização por áreas? Resumo? O que tornou possível o acesso ao acervo desejado?
É possível que você tenha usado termos conhecidos como “palavras-chave” para buscas na internet e consultado resumos de publicações antes de
fazer a leitura completa, entre outros procedimentos que viabilizam a sua busca.
Se você consegue acessar determinado acervo bibliográfico de maneira eficaz, é porque existem procedimentos de catalogação, o que facilita as
buscas e organização das publicações. Além disso, as normas técnicas tendem a evitar o plágio e garantir a autoria das publicações ao
pesquisador. Por esses motivos, todos os trabalhos acadêmicos devem se basear, em sua organização, pelas normas disponibilizadas pela
instituição e pela ABNT.
As normas formalizam a apresentação dos elementos constituintes do seu projeto de pesquisa, monografia, artigo etc. Elas também apresentam
quais deverão ser as configurações gráficas da apresentação (tamanho de fonte, espaçamento, margens, entre outras configurações). Esse padrão
de apresentação dos trabalhos é adotado por diferentes instituições no Brasil. É importante ter familiaridade com os procedimentos de formatação,
adotando o padrão até mesmo em trabalhos menores, pois garante organização e proximidade do autor com procedimentos e normas.
Atenção!
Aqui apresentamos os procedimentos mais comuns e presentes na maioria dos formatos de trabalhos acadêmicos. Mas você deverá ficar atento
também às orientações técnicas que receberá de seu curso ou de sua instituição, que possuem liberdade de – obedecidas as normas gerais –
definir normas que marquem a especificidade da pesquisa por eles determinada.
1. Parte externa
2. Elementos pré-textuais
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3. Elementos textuais
4. Elementos pós-textuais
Parte Externa
Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do documento, contendo apenas dois elementos:
Capa expand_more
nome da instituição;
nome do autor;
título e subtítulo (se houver);
número do volume (se houver);
cidade e ano.
Consiste na apresentação inicial do trabalho. O texto deve estar em negrito, letras maiúsculas e centralizado.
Lombada expand_more
Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do alto para baixo) as informações na seguinte ordem: nome do autor, título do
trabalho e informações numéricas, como volume (se houver). As letras devem estar centralizadas e em negrito. A lombada é indicada
quando o trabalho é impresso para encadernação.
Elementos pré-textuais
A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, que devem estar posicionados anteriormente ao texto principal e oferecem
informações relevantes para a identificação e utilização do trabalho. Os elementos são:
Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte ordem: instituição, nome(s) do(s) autor(es); título e subtítulo (se houver); número
do volume (se houver); natureza da pesquisa e aprovação ou grau pretendido com ela; nome do orientador, coorientador (se houver); local
(cidade) da entidade onde a pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega.
Todas as informações devem estar centralizadas na página, exceto a natureza da pesquisa, grau e aprovação pretendidos, bem como nome
do orientador. Essas informações devem estar justificadas a partir do meio da página, ocupando o lado direito e abaixo do título, conforme
imagem abaixo. O verso da folha de rosto conterá a ficha catalográfica, elemento que deverá ser solicitado na biblioteca da instituição, após
a finalização da pesquisa.
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Errata expand_more
Elemento opcional inserido após a conclusão da escrita do trabalho, que visa citar possíveis erros que ocorreram, seguidos de suas
respectivas correções. Geralmente, indica-se número da folha, linha, local do erro e correção, por meio dos termos “onde se lê…”, “leia-se…”.
Dedicatória expand_more
Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem ou dedicar o trabalho a uma ou mais pessoas.
Agradecimentos expand_more
Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que contribuíram para a sua trajetória durante a pesquisa. É importante agradecer ao
orientador e à banca (se houver).
Epígrafe expand_more
Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao encontro de sua pesquisa, indicando o nome do autor da frase citada.
Resumo expand_more
É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho: objetivos, ideia central, perspectiva teórica, metodologia e resultados
obtidos. É orientado que o resumo seja uma construção breve, por isso, geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras. É
necessário ser direto e destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as palavras-chave (que resumem as ideias principais da
pesquisa).
Consiste na versão do seu resumo em uma língua estrangeira (geralmente em inglês). Em inglês: ABSTRACT, em espanhol: RESUMEN, em
francês: RÉSUMÉ, por exemplo. Obrigatório em dissertações e teses.
Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações contidas no trabalho de maneira sequencial e sua página correspondente.
Devem ser consideradas figuras, desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, entre outros, podendo haver recomendação
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de lista separada para cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome da ilustração seguido da página em que se encontra. O título
desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.
Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das tabelas apresentadas no texto. Deve conter cada item com seu nome específico,
seguido da indicação da página em que está inserido. O título desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e
em negrito.
Item opcional que consiste na apresentação em ordem alfabética de todas as abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das
expressões correspondentes. O título deste item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.
Sumário expand_more
Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial dos capítulos, seções e demais formas de subdividir o trabalho,
acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a numeração e subdivisão propostas no corpo do texto, iniciando pelos elementos
textuais. Deve haver uma linha pontilhada que ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a figura a seguir:
Elementos textuais
Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa em si. Sua organização é subdividida em três partes distintas: introdução,
desenvolvimento e conclusão. Esses elementos podem estar organizados em capítulos, dependendo do formato e objetivo do trabalho apresentado,
e podem ter diversos títulos. Por exemplo, a parte do desenvolvimento do trabalho pode ter um ou mais títulos criados, com nomes que
correspondam à pesquisa em sua abordagem.
Os títulos precisam ser numerados sequencialmente, com a numeração correspondente à seção alinhada à esquerda, antecedendo o nome do título,
separados por espaço. Dessa forma, a página que inicia um capítulo deve conter a numeração correspondente e o nome do título alinhados à
esquerda, em negrito. Em seguida, inicia-se a escrita do capítulo e se discorre sobre ele. Havendo necessidade de subdivisões, a numeração deverá
ser adotada também, mas seguindo a ordem de seção secundária (adotar 1.1. para a primeira subdivisão do capítulo 1; 1.2. para a segunda e assim
por diante).
Introdução expand_more
O texto introdutório deve conter alguns elementos que apresentem sua pesquisa. É importante fazer uma breve exposição sobre a escolha
do tema, delimitando o recorte, bem como a relação do tema com outros, quando pertinente. É necessário evidenciar o problema de
pesquisa, a justificativa, os objetivos e a hipótese. Você pode fazer isso por meio de subseções no texto introdutório ou de maneira corrida,
mas é importante que o leitor consiga perceber a presença desses elementos. Geralmente, também é na Introdução que a metodologia deve
ser evidenciada, com a descrição de cada técnica e procedimento de pesquisa.
Os seus argumentos expostos na Introdução também devem estar pautados em seu referencial teórico. Evidencie isso, mesmo que
rapidamente, podendo ser um assunto retomado de maneira mais ampla quando estiver escrevendo o seu embasamento teórico.
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A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode ser organizada em capítulo separado (como parte do desenvolvimento) ou
como uma subseção da introdução, dependendo do formato do trabalho acadêmico em questão.
Em projetos de pesquisa, Gil (2002) sugere que a revisão de literatura seja apresentada como parte da introdução, podendo ser um subitem.
Em trabalhos maiores, geralmente, a revisão é apresentada em capítulo próprio.
Desenvolvimento expand_more
O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa. Deve conter a articulação ordenada dos assuntos. Apresenta-se como a
parte mais extensa, em geral. Os tópicos iniciados na introdução devem ser desenvolvidos de modo mais detalhado. Nessa parte, também
são apresentados os dados observados, a análise feita e a ótica sob a qual essa análise foi proposta, destacando como os dados foram
interpretados.
A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações presentes no embasamento teórico. Se a perspectiva teórica adotada em sua
pesquisa é a inspiração para elaboração de hipóteses, é a mesma perspectiva que vai possibilitar melhor compreensão dos resultados. O
desenvolvimento deve ser organizado em seções e subseções.
Conclusão expand_more
Parte final do texto, em que são expostas as considerações finais. Muitas vezes, não se chega a uma conclusão fechada, pois o
conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas investigações. Pode-se adotar o termo “considerações finais” para articular os
resultados da sua pesquisa, tendo em vista objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto.
Elementos pós-textuais
São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem na apresentação das referências, glossário, apêndice, anexos e índice.
Referências expand_more
Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações sobre todas as fontes de consulta citadas durante o trabalho, permitindo a
identificação de cada obra. Deve conter as seguintes informações das obras citadas, organizadas por ordem alfabética: autor, título da obra,
edição, local, editora e data de publicação. Quando houver informação adicional, deve estar evidenciada (volume, total de páginas). Para
consultas via internet, deve-se indicar também o endereço e a data de acesso do documento.
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Glossário expand_more
Elemento opcional que apresenta eventuais expressões ou palavras de uso restrito a determinado grupo ou de significado não muito
conhecido e suas respectivas definições.
Apêndice expand_more
Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo autor que complementam a pesquisa, sem que represente um prejuízo à
compreensão do trabalho. Devem ser identificados por letras maiúsculas em sequência, seguidas de travessão, com o título do documento
ao lado (APÊNDICE A – Análise dos dados).
Anexos expand_more
São elementos facultativos e consistem na inclusão de documentos não elaborados pelo autor, que complementam a sua pesquisa. São
identificados por letras maiúsculas sequenciais, seguidas de travessão, com seus respectivos títulos (ANEXO A – Ficha de Anamnese).
As regras anteriormente apresentadas constituem as especificidades de cada parte que deve estar contida na maioria dos trabalhos
acadêmicos. A seguir, serão exploradas as regras gerais e recomendações para configuração gráfica do texto como um todo. Também aqui
optamos por apresentar, exatamente, regras gerais; aquelas mais específicas (ou ainda qualquer alteração nessas aqui apresentadas)
permanecem por conta do tipo de trabalho acadêmico e da orientação das instituições.
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Dica
Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e tabelas, o espaçamento entre as linhas deve ser
simples;
Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com mais de três linhas, recomenda-se uma fonte menor do que a do corpo do texto
(utilizar tamanho 11 ou 10 para as citações e 10 para nota de rodapé).
1. Indicar, no canto superior direito da folha, a numeração sequencial expressa em algarismos arábicos.
1. Elementos pré-textuais
2. Textuais
3. Pós-textuais
A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos textuais, até os pós-textuais. Os elementos pré-textuais devem ser contados (exceto
a capa), porém não numerados.
Para organização das seções, é recomendada a numeração dos títulos e subtítulos (seções primárias, secundárias etc.). Considere o exemplo a
seguir, de acordo com ABNT NBR 6024:2003.
1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, itálico sem negrito, tamanho 12)
A seguir um exemplo de aplicação de todas as orientações anteriores: texto justificado, margens configuradas conforme orientação, fonte
configurada na cor e tamanho adequados, espaçamento entre linhas, exemplo de citação recuada (com fonte menor, espaçamento simples e recuo),
nota de rodapé (com fonte menor e espaçamento simples) e paginação.
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Elementos básicos do trabalho acadêmico
No vídeo a seguir, conheceremos os elementos básicos do trabalho acadêmico:
Questão 1
“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a Avaliação Educacional, estabelecendo como recorte os anos iniciais do Ensino Fundamental
da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro. É feita uma contextualização do tema e investigação das formas como essa prática vem
sendo proposta nas rotinas escolares. As considerações de Esteban (2003), Perrenoud (1999) e Luckesi (2009) dão sustentação teórica a esta
pesquisa.
São adotados como procedimentos metodológicos a análise documental dos instrumentos de avaliação e relatórios, observação direta no
cotidiano das turmas selecionadas e entrevistas com os profissionais sobre práticas e critérios de avaliação. Os resultados parciais sugerem
uma prática tradicional que tende a limitar a avaliação da aprendizagem a momentos estanques, através de poucos e pontuais instrumentos de
avaliação, excluindo-se as observações cotidianas de desempenho dos alunos.
Este modelo apresenta-se como insuficiente e excludente, pois a avaliação da aprendizagem na perspectiva desta pesquisa é concebida como
um processo contínuo e inclusivo, que lança mão de diferentes instrumentos e critérios claros.
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E Considerações Finais, onde deve haver uma coletânea dos temas abordados.
Questão 2
Espaçamento entre linhas simples no corpo do texto, fonte tamanho 13 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com
A
margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho ofício, com
B
margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com margens
C
superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com margens
D
superior e esquerda com 2cm; direita e inferior com 3cm.
Espaçamento entre duplo no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho ofício, com margens
E
superior, esquerda, direita e inferior com 2cm.
Considerações finais
Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita do seu projeto de pesquisa, fase fundamental de reflexão e estabelecimento de
diretrizes. O módulo 2 possibilitou um contato com estratégias de leitura e construção dos argumentos teóricos, bem com a forma como esses
argumentos devem delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a análise dos dados e conclusão. Ao final deste tema, você refletiu sobre as
vantagens de se adotar normas técnicas para a apresentação das pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a diminuição do plágio e a
catalogação de pesquisas acadêmicas. A partir disso, foram apresentadas e exemplificadas as normas da ABNT que servem de padrão para a
apresentação da sua pesquisa.
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A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma de estudos, inicie as leituras, a revisão bibliográfica e escrita do seu projeto.
Realizar essas ações de maneira antecipada garante que você faça o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de forma mais tranquila, segura e
leve.
headset
Podcast
Para encerrar, ouça agora um resumo dos principais pontos abordados neste conteúdo.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um
documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 28. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo
Horizonte: UFMG, 1999.
MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a proliferação da desonestidade intelectual. In: Revista Diálogos Possíveis. Bahia, ano 3. N. 01,
p. 91-109. Jan/Jun 2004.
ROMANOWSKI, Joana Paulim, Romilda Teodora Ens. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da arte” em educação. In: Diálogo Educacional,
Curitiba, v.6, n.19, 37-50, 2006.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v.17, n.50, p.267-492, maio/ago. 2012.
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Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é uma importante via para se produzir conhecimento e buscar a compreensão da
realidade. Para ampliar seus conhecimentos sobre a complementaridade entre as práticas educativas e a pesquisa, é importante ver como Pedro
Demo articula o tema em seu livro Educar pela Pesquisa.
Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote normas técnicas para a apresentação da sua pesquisa. Para melhor apropriação dessas
normas e de como elas são propostas, explore o catálogo da ABNT. Além das normas apresentadas, confira, especialmente: NBR 6027, NBR 6028,
NBR 6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR 15287.
Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito detalhadas, você deve pesquisar uma versão digital que apresente todas as
normas de modo organizado. Uma boa opção é o Manual de Normalização do Trabalho Acadêmico do IFB (Instituto Federal de Brasília).
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