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INDICE
AGRADECIMENTO
CAPÍTULO I – OS SISTEMAS DO PARTIDO POLÍTICO
1.1 Origem dos Partidos Políticos.........................................................................................
1.2 Conceito do Partido Político............................................................................................
1.3 Objectivo da Criação do Partido Político.......................................................................
1.4 Função do Partido Político no regime democrático......................................................
1
CAPÍTULO IV – FORMAS DA DEMOCRÁCIA
AGRADECIMENTO
2
Agradeço principalmente a Deus, pelo suporte fundamental e psíquico constante
na minha vida. Tenho a certeza de que a presença dele é um dos aspectos que muito
tranquilizam a minha alma.
Aos meus país, José António Freitas e Terezinha de Carvalho Gomes, pelo amor,
incentivo e apoio incondicional que me deram.
Obrigado meus irmãos, primos, subrinhos e tias, que nos momentos de minha
ausência dedicados ao estudo superior, sempre fizerem entender que o futuro é feito a
partir da constante dedicação no presente.
Moto;
Lutar sempre, vencer talvez, mais desistir nunca.
CAPÍTULO I
3
OS SISTEMAS DE PARTIDO POLÍTICO
O Partido High (Reino unido), é partido político britânico entre os séculos XVII a
XVIII, modernamente os liberais, isto é, significa a sua filosofia política e moral baseada
na liberdade, consentimento dos governados e igualidade diante da lei. Os liberais
defendem ampla gama de ponto de vista, dependendo da sua compreensão desses
princípios, mas em geral, apoiam ideias como um governo limitado, direito individuais
(incluindo direitos civis e direitos humanos), livre mercado, democracia, igualidade de
gênero, igualidade racial, liberdade expressão, liberdade de imprensa e liberdade
religiosa, e também nos Estados Unidos entre 1834 – 1856. Enquanto, o partido Tory é o
nome do antigo partido de tendência conservadora do Reino Unido, que reunia
aristocracia britânico. A palavra aristocracia tem origem grega e significa “aristos”
melhor e “cracia”, poder. Desta maneira, aristocracia significa, literalmente, o
“governo dos melhores”. Portanto, no princípio, tinha conotações depreciativas, já que
procede da palavra Irlandesa Thairide ou Tóraighe, que significava bandoleiro, homem
armado que se dedicava ao roubo e a pilhagem, mas que pode ser traduzido apenas por
“que pertence a um bando”.
4
De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, no
mundo todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da
revolução Francesa e da Independência dos Estados Unidos. Até porque, a partir daí, a
própria percepção da natureza da comunidade política se transforma
democraticamente.1
1
VIANA 2003
2. “Partido nell Enciclopedia Treccani”
www.treccani.it (em italiano).
Consultado em 22 de agusto de 2017
3. MICHELS 198
5
1.2 Conceito dos Partidos Políticos
6
qualquer tipo de organização como empresas públicos, privadas e sociais. Porque, a
burocracia como a organização, poder e controle das actividades públicas e privadas
através da competência e eficiência no serviço ou seja divisão da responsabilidade e
especialização do trabalho em sua função. A lei sobre os Partidos políticos, n o 3/2004,
regula o funcionamento interno dos partidos, exigindo o respeito de regras
democráticas básicas, como a enunciação transparente dos seus fins e programa, a
eleição dos órgãos de dirreção por voto direto e secreto e o funcionamento e
apresentação de contas por parte dos partidos. No n o 3 do artigo 46o CRDTL refere-se
especificamente da constituição e a organização dos partidos políticos reguladas por
lei. O partido político adquire personalidade jurídica no momento de registo em livro
próprio existente no Tribunal competente. A inscrição de um partido tem de ser
requerida por, pelo menos mil e quinhentos cidadãos (1.500) maiores de 17 anos, no
pleno gozo dos seus direitos civis e políticos e distribuído proporcionamente pelo país,
nos termos do artigo 11o no 2 e o artigo 13o no 1 da lei dos partidos políticos. Os Partidos
políticos devem ter a sede nacional que se situa na capital do país. A denominação,
siglas, bandeira, emblema e o hino de um partido não podem ser idênticos ou
semelhantes a de quaisquer outros partidos anteriormente existentes, segundo o artigo
11o no 3 e o artigo 12o no 1 da lei dos partido políticos. Os partidos políticos têm os seus
direitos e deveres. Os direitos dos partidos políticos, nos termos da lei dos partidos
políticos são os seguintes: Prosseguir livre e publicamente os objectivos para que foram
constituídos; Divulgar livre e publicamente a sua linha política e ideológica através dos
meios de comunicação social e quaisquer outros permitidos por lei; Concorre a eleição
dentro das condições fixadas na lei eleitoral e difinir e divulgar os seus projectos e
programas de governação; Apreciar criticamente os actos do governo e da
administração pública e quaisquer outros consagrados na lei. Aos deveres específicos
dos partidos políticos, promover o diálogo e a colaboração entre sí, com vista a defesa
dos interesses nacionais e o respeito a constituição e as leis vigentes.2
2
NILDO, 2005
MICHELS, 1998
Teoria e Filosofia Política, Partido Político, Rio de Janeiro, Vicente de Paulo
7
1.3 Objectivos dos Partidos Políticos
8
A participação dos cidadãos na vida política tem expressão particular no
exercício do direito de voto. No texto da Constituição, a única condição explícita, que
tem de ser cumprida para se poder exercer o direito é ser maior de 17 anos, mediante o
artigo 47o no 1 da CRDTL. Porque, o direito de sufrágio pressupõe o prévio
recenseamento dos cidadãos com capacidade eleitoral, bem como a inscrição destes nós
cadernos eleitorais que deverão manter-se atualizados. O direito de sufrágio tem de ser
pesoalmente exercido sem que exista a possibilidade do seu exercício através de
representante, por procuração ou qualquer outra forma de mediação.
3
Cfr. livro como título : INTRODUÇÃO À CIÊNCIA POLÍTICA e Lei dos partidos políticos, 3/2004
Teorias, Métodos e Temáticas
Autor : António José Fernandes
Capa : Pedro Monteiro
Editor : Porto Editora.
Pag. 192-194
9
1.4 Função do Partido Político no Regime Democrático
10
gerência dos interesses estatais e pelo exercício do poder político. Enquanto, Partido
político é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias
de participação numa associação orientada para ocupar o poder político. Sendo assim,
o partido politico exerceu o papel fundamental do processo da constituição do govermo
através da democracia política que os povos depositam as confianças no sufrágio. Sem o
partido politico não podemos constituir o governo
4
AIETA, Vania Siciliana. Partido Político. Rio de Janeiro ; LumenJuris, 2006. Barreto, Vicente de Paulo.
11
CAPÍTULO II
12
trabalho nas indústrias eram totalmente rurais, com novos equipamentos, criados pelas
pessoas da época. É possível notar também a comunicação na época do feudo era
escassa, enquanto que no Estado Moderno tudo ficou mais comunicativo, até chegar aos
dias de hoje.
13
2.2 Estado de Direito e Estado Democrático de Direito
Estado de Direito é aquele que tem como actuação, regras de Direito, criação e
prescrição de formas e de procedimentos de Direito. O Estado está subordinado ao
Direito e o Poder Político está vinculado ao Direito. No Estado de direito
obrigatoriamente todos os direitos fundamentais do homem devem ser protegidos pelo
Estado: tanto os direitos políticos, como os sociais e os econômicos. O Direito, atraves
da legislação, vai difinir o que pode ou não pode ser feito, tanto em relação aos
governantes como em relação aos cidadãos. No Estado de direito uma decisão não pode
ser contrária à legislação, ou seja, a lei não pode ser violada. O conceito de Estado de
direito se refere ao poder de decisão dos governantes, ou seja, no Estado de direito
nenhuma ação ou decisão deve ir contra as leis que existe é um território. Da mesma
14
forma os cidadãos devem se submeter às leis como forma de viver em uma sociedade
organizada, o poder do Estado também é submetido ao direito.
No Estado de direito o poder tem a sua limitação. O limite de poder existe para garantir
que o mais importante em um Estado seja a vontade e a garantia dos direitos dos
cidadãos. É por esse motivo a lei não permite que os governantes tenham liberdade
absoluta em suas decisões. O conceito de Estado de direito é normalmente relacionado a
um dos princípios básicos do direito: o princípio da legalidade. De acordo com esse
princípio ninguém pode ser obrigado a fazer algo ou a deixar de fazer algo, a menos
que exista uma previsão da lei sobre o assunto.
Por outro lado, Estado Democrático de Direito é um Estado em que existe o respeito
pelos Direitos Humanos e pelas garantias fundamentais. Num Estado, deve existir as
garantias dos Direitos individuais e colectivos, dos Direitos Sociais e Direitos politicos.
Isto quer dizer que, para que o Estado atinja o objectivo de ser considerado um Estado
Democrático de Direito, todos os Direitos dos cidadãos devem ter protecção jurídica e
serem garantidos pelo Estado, através das suas instituições. Assim, no Estado
Democrático de Direito, todos, tanto os cidadaõs civís, os governantes, as organizações
sociais e instituições democráticos devem respeito ao que está previsto nas leis, ou seja,
deve ser respeitados e cumprido o que é definido pela lei. Isto significa que as decisões
não podem ser contrárias ao que diz a lei e, dessa maneira, os Direitos fundamentais
dos cidadão em relação aos Direitos Sociais e Políticos são protegidos perante a lei.
Depois de uma jornada pela história do Estado, chegamos finalmente ao termo
que representa a forma como o Estado Democrático de Direito é diferente do
Estado de Direito pela soberania do que chamamos de “vontade geral” , conceito
que é trabalhado pelo teórico Rousseau em seu livro “O contrato social”. Sendo
assim, a vontade geral é o atendimento do interesse comum da sociedade, obtido
por meio do consenso das partes. Portanto, a diferença entre o Estado de direito e o
Estado democrático de direito é ligada à proteção dos valores e princípios que são
garantidos aos cidadãos pela constituição e as leis. No Estado democrático de direito,
assim como acontece no Estado de direito, as decisões dos governantes devem ser
tomadas com base na lei e dentro dos limites que são estabelicidos pela legislação do
país. Entertanto, a difernça entre eles é que no Estado democrático de direito os direitos
fundamentais protegidos pela constituição devem ser levados em consideração nas
decisões com o objetivo de proteger os direitos dos cidadãos.
15
5
5
BIGOTTE CHORÃO, Mário
Introdução ao Direito. O Conceito de Direito, Coimbra, 2000, vol.I
BATISTA MACHADO, João
Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, 6a Reimpressão, Coimbra, Almedina, 1993
Estado de Direito, https://www.significados.com.br
16
Timor – Leste existe um Presidente República e um Parlamento Nacional eleito pelo
povo através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periodica, das demais
formas prevista na constituição nos termos do artigo 7 0 no 1 CRDTL, enquanto, a
democracia pluralista, em política, é o reconhecimento de que vários partidos possuem
igual direito ao exercício do poder político segundo procedimento eleitorais claramente
definidos. Separação dos poderes é um dos princípio do Esatdo de direito democrátivo
de Timor – Leste, que define os órgãos de soberania, nas suas relações recíprocas e no
exercício das suas funções, interdependência dos poderes estabelecidos na constituição,
mediante o artigo 69o CRDTL. E os órgãos da soberania são o Presidente da República,
o Parlamento Nacional, o Governo e os Tribunais, conforme o artigo 67o CRDTL
17
Mas a caracterização geral do Estado Timor – Leste também passa pelos respectivos
símbolos, os quais recebem uma direta proteção constitucional; que os símbolos
nacionais da República Democrática de Timor – Leste são a Bandeira, o Emblema e o
Hino Nacional, mediante o artigo 14o no 1 CRDTL.
18
6
6
Para uma caracterização geral do estado de Timor – Leste,
v. JORGE BARCELAR GOUVEIA,
A primeira constituição no livro direito constitucional de Timor-Leste..., pp. 306 e ss., Manual...,I, pp. 366 e ss
e a Constituição da República Democrática de Timor Leste.
Legislação da UNTAET: Regulamento UNTAET no 2001/01, de 19 de Setembro
Doutrina: Jorge MIRANDA 132o (2000), III-IV
Direito Internacional: Magna Carta (1215); constituição de Estados Unidos da América (1787); Constituição
Revolução Frances e Cabo Verde
19
de um Estado de Direito onde o respeito pela constituição, pelas leis e pelas instituições
democraticamente eleitas sejam a sua base inquestionável.”; Reafirmam solenemente a
sua determinação em combater todas as formas de tirania, opressão, dominação e
segregação social, cultural ou religiosa, defender a independencia nacional, respeitar e
grantir os Direitos Humanos e os Direitos fundamentais do cidadão, assegura o
princípio da separação dos poderes na organização do Estado e estabelecer as regras
essenciais da democracia pluralista, temdo em vista a construção de um país justo e
próspero e o desenvolvimento de uma sociedade solidária e fraternal”.
20
segundo o qual o povo, enquanto conjunto ou coletividade de todos os cidadãos, é o
titular da soberania. A soberania é exercida em comformidade com os valores e
interesses constitucionalmente estabelecidos e nos termos da Constituição, ou seja, de
acordo com as modalidades e os procedimentos constitucionalmente previstos para a
manifestação da vontade política do povo, como são as eleições (art. 65. 0) e o referendo
(art. 66.0), e segundo as regras fixadas pela própria Constituição – por exemplo, as
regras do sufrágio (art. 7.0), da representação proporcional (art. 65.0, n.o 4) e do
procedimento eleitoral justo (art. 65.0, n.o 2).
21
que pudemos salientar, que se encontram todas presentes, sendo elas gradações da
intervenção popular no sistema político: A dimensão representativa, a dimensão
referendária (ou semidirecta) e a dimensão participativa. Vejamos separadamente a
importância que cada uma dessas modalidades de democracia que o Direito
Constitucional Timorense defende.
CAPÍTULO III
PRINCÍPIO DO ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO DE TIMOR – LESTE
22
praticamente total a sua positivação. A ideia básica da subordinação do Estado ao
Direito, com exclusão do arbítrio, encontra-se expressa no preâmbulo e num dos
preceitos constitucionais iniciais. No preâmbulo, ao dizer-se que “Pleneamente
conscientes da necessidades de se erigir uma cultura democrática e institucional
própria de um Estado de Direito onde o respeito pela constutuição, pelas leis e pelas
instituisões democraticamente eleitas sejam a sua base inquistionável”; Num dos
preceitos iniciais, com a epígrafe “A República”, ao estipular-se que “A República
Democrática de Timor-Leste é um Estado de Direito Democrático”.
23
transporta. A dignidade humana como critério de fundamentação do Direito em Geral,
e dos direitos fundamentais em particular, parte das características da (i) liberdade e
da (ii) racionalidade da pessoa, antropologicamente sustentada numa (iii) inserção
social, garantido o seu (iv) desenvolvimento pessoal.
Essa é uma resposta que pode ser melhor conferida no seio de uma mais vasta
conceção jusnaturalista do Direito, a qual se assume como decorrendo da objetividade
da natureza humana não voluntariamente criada e, por isso, imutável em face de
circunstancialismos de tempo e de lugar. O ideal de justiça que o Direito Positivo deve
alcançar acarreta que o desrespeito daquele determine a desobrigação perante tal lei,
assim considerada injusta.
24
uma íntima integração e adequação sistemática ocorra no relacionamento entre os
diversos componentes da Ordem Jurídica, sem nunca excluir o Ordenamento
Constitucional como sua parcela cimeira.
Esse percurso não se fez, contudo, sem que assinaláveis mudanças se dessem na
transição do Estado Liberal para o Estado Social, fundamentalmente cimetadas pela
progressão verificada na proteção dos direitos fundamentais, bem como no
alargamento das tarefas materiais do Estado e do poder púlbico em geral.
25
Para JOHN LOCKE, o poder legislativo do Estado, o poder supremo, deveria,
por seu lado, submeter-se a quatro limites: A igualidade de aplicação sem variação de
casos particulares, como o rico ou o pobre, o cortesão ou o campesino; A vinculação das
leis ao bem do povo; A necessidade do consentimento do Povo no aumento dos
impostos; e a impossiblidade da atribuição de poderes legislativos a órgão diverso do
Parlamento.
26
alteração em comformidade com as expectativas que sejam constitucionalmente
tuteladas.
Nem sequer deixa de ser curioso veerificar que a temática da publicitação dos atos
de poder público marcou bem a História das Fontes do Direito em dois momentos
decisivos. Primeiro, na estruturação do Estado Romano, no qual e elaboração da Lei
das XII Tábuas representou a passagem de um Ordenamento Jurídico de tipo civil,
social e conhecido. Depois, na construção do Estado Contemporâneo, no qual a
publicitação dos atos de poder público desempenhou um papel determinante na ereção
do Estado de Direito contra o arbítrio, permitindo a inteira previsibilidade nos
comportamentos juridicamente relevantes.
27
fundamentais, acaba por lhe dar essa mesma genérica relêvancia, ao referir-se a
quaisquer situasões jurídicas, mesmo que não jurídico-constitucionais.
28
Só recentemente, porém, é que o princípio da proporcionalidade veria a luz do dia
na Teoria do Direito Constitucional, aí contudo desempenhado um papel decisivo,
sobretudo na temática dos limites aos direitos fundamentais. O estádio atual do
desenvolvimento do princípio da proporcionalidade como elemento decisivo do
princípio do Estado de Direito, insuflando, no fim de contas, todo o Direito Público,
aceita-se segundo um conjunto de progressivas generalizaões que é mister mencionar.
8
11.0 do preâmbulo da CTL
Art. 1. 0 , n. 0 1, parte inicial , da CTL.
NUNO PIÇARRA, A separação dos poderes na Constituição., p. 163, e separação dos poderes, p. 706
Cfr. as críticas de OTTO BACHOF, Jueces., pp. 57 e ss.
29
CAPÍTULO IV
FORMAS DE DEMOCRÁCIA
Neste sistema político, o poder exerce pelo povo através do sufrágio universal. É
um regime do governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo,
que elegem seus representantes por meio de voto.
30
oportunidades da participação na vida política, econômica e cultural da sociedade. Os
cidadãos tem os direitos expressos, e os deveres de participar do sistema político que vai
proteger seus direitos e sua liberdade. Portanto, a democácia é a única forma do
governo que respeita plenamente a dignidade humana que o próprio constituição de
Timor – Leste garante, nos termos do artigo 1o número 1 na última parte e permite aos
seus cidadãos desenvolver ao máximo as suas potencialidades. É o respeito pela
dignidade humana, resultado de um desenvolvimento de séculos, e a raiz da democrácia
por isso, os valores da democrácia exigem reconhecer a importância de que o cidadão
reforce o seu poder pela participação nas instituicões democráticas, reconhecer os
direitos e deveres fundamentais da cidadania e paticipação na vida democrática, tem
capacidade de envolvimento em mecanismo de deliberação, discução e discurso político
e desenvolver o sentido da responsabilidade pela construção do bem comum em cede
das instituições políticas e democráticas. Também, os valores da democrácia exigem
entender o pluralismo e a toleráncia como desafios cruciais a uma inserção comunitaria
saudavel e desenvolver o pensamento crítico sobre a situações da vida social, numa
perspectiva de impulso à participação na procura de soluções para as comunidades,
comforme o artigo 6o alinha B e C da Constituição República Democrática de Timor –
Leste.
9 1
Estudo publicado no Boletim da Faculdade de Direito, Coimbra, em 1930 (vol.xii), como conclusão de
uma série de reflexões sobre o mesmo tema, ocorridas numa troca de impressões, no ano de 1929, com o
ilustre escritor António Sérgio.
Hoje, como então, este estudo outra coisa não pretende ser senão um ponto de partida provisório,
sem carácter dogmático, para o ataque a uma temática e uma problemática filosóficas que continuam em
aberto.
2
Nação Portuguesa, série v, fascs. 9-11 e 1 da série vi, e supra, pp. 31-136 do presente volume.
3
Cf. Hermann Heller, Die politischen ideenkreise der Gegenwart, pp. 9 e 12. “Toda a discussão das
diferentes ideologias deve ser precedida da fixação daquilo que mais ou menos lhes pode ser comum no seu
subsolo histórico-filosófico”.
31
4.2 A Democrácia Representativa e a Eleição
32
CRDTL , Os orgãos eleitos de soberania e do poder local são escolhidos através de
eleições, mediante sufrágio universal, livre, direito, secreto, pessoal e periódico.
33
várias vezes repetida no seu articulado, o sufrágio é definido como sendo” universal,
livre, igual, direto, secreto e periódico ”, num conjunto de sete características, a saber:
Sufágio livre: o voto, sendo sagrado em Democracia, deve ser exercido sem
qualquer coação na escolha, ao mesmo não podendo aplicar – se qualquer
sanção em relação à opção escolha do votante;
Sufrágio igual: o voto, sendo de todos, deve valer exatamente o mesmo entre si,
proibindo – se a ponderação dos votos no sentido de alguns poderem valer mais
do que o de outros, numa outra garantia paralela da plenitude do sufrágio
(ainda que em associações de Direito Privado essa seja uma prática possível);
34
de expressão e assim se evitando constrangimentos sobre certos eleitores por
parte dos candidatos;
35
voto parlamentar – de maneira diversa dos interesses particulares da sua circunscrição
ou do grupo de eleitores que os elegeu, conservando-se o seu mandato mesmo na
situação de perda daquela confiança política.
36
O desenvolvimento do ato eleitoral, valendo bem pelo ato final que desemboca
na eleição produzida (o rezultado eleitoral) está longe de poder ser explicado na
produção de um ato instantâneo, traduzindo-se num procedimento, em que se sucedem
vários atos parcelares ordenados à emisssão do ato final: a eleição propriamente dita ou
stricto sensu. É assim possível descotinar as diversas fases de progressão do
procedimento eleitoral, a culminar com a decisão eleitoral : a) O registo do colégio
eleitoral através do recenseamento; b) A marcação das eleições, seja por fim do
mandato, seja por dissolução,com eleições antecipadas; c) A apresentação das
candidaturas levadas a escrutínio; d) O exercício da campanha eleitoral de
esclarecimento; e) A votação eleitoral; f) O apuramento dos resultados; g) O
contencioso eleitoral e; h) A publicitação dos resultados eleitorais.
37
10
10
Cfr. REINHOLD ZIPPELIUS, Teoria., pp. 230 e ss.; JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, pp. 876 e 877.
Cfr. REINHOLD ZIPPELIUS, Teoria., pp. 265 e ss.
Cfr. REINHOLD ZIPPELIUS, Teoria., pp. 234 e ss.
Art. 7.0 , n.o 1, primeira parte, da CTL.
Sobre a eleiçãopolítica em geral, v. MARCELO REBELO DE SOUSA, Direito Constitucional., pp. 286 e ss.;
JORGE MIRANDA, Ciência política, Lisboa, 1992, pp. 201 e ss., Direito Constitucional III, Lisboa, 2003, pp. 5 e
ss., e manual de direito Constitucional, VII, Coimbra, 2007, pp. 11 e ss.; ANTÓNIO NADAIS, Eleição, in DJAP, IV,
Lisboa, 1991, pp. 205 e ss.; REINHOLD ZIPPELIUS, Teoria., pp. 253 e ss.; DIETER NOHLEN, Sistemas electorales y
partidos políticos, 2a ed., cidade do México, 1998, pp. 11 e ss.; JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, pp. 876
Cfr. JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, p. 878.
Cfr. JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, p. 878.
Cfr. JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, p. 879 e 880.
Quanto a estas diversas opções, v. DIETER NOHLEN, Sistemas electorales., pp. 91 e ss.
38
querer dizer que as minorias – ou seja, aqueles que têm opinião contrária ou mesmo
nenhuma opinião – se consideram excluídas do sistema político ou, numa visão menos
drástica, apenas se limitem a esperar a oportunidade de passarem a maioria política.
39
Assegura uma maior margem de liberdade pessoal; d) Auxilia os cidadãos na proteção
dos seus intereses fundamentais; e) Proporciona o exercício do autogoverno, permitindo
a escolha democráticas das leis; f) Favorece a oportunidade do exercício de uma
responsabilidade moral; g) Encoraja o desenvolvimento humano na coletividade; h)
Ajuda o clima de paz em relação a outras democracias e; i) Auxilia o aumento da
riqueza nacional.
11
Democracia participativa, por sua vez, é quando cada cidadão tem a sua
participação direta nas escolhas e decisões de seu interesse, ou seja, é um modelo de
exercício de poder, onde a população participa ativamente na tomada das principais
decisões políticas. A democracia participativa se desenvolve a partir da democracia
representativa nós últimos anos do século XX, sendo um modelo que faz com os
cidadãos possam interferir em alguns questões políticas de modo mais ativo, através de
referendos ou audiências públicas. O objectivo principal da democracia particiaptiva é
fazer com que todas as variedades de grupos sociais que convivem dentro de uma
mesma comunidade possam ser ouvidos e, consequentemente, que se desenvolvam ações
para atender as necessidades de todos.
11
HANS KELSEN, Teoria Geral do Direito e do Estado, p. 432, Cfr. JORGE BACELAR GOUVEIA, Manual., II, p.872
Quanto ao sentido etimológico da democrácia, v. JORGE BACELAR GOUVEIA, O princípio democrático
no novo Direito Constitucional Moçambicano, in RFDUL, vol. XXXVI, n. 0 2 de 1995, pp. 465 e ss., e manual., II, p.
869; ROBERT A. DAHL, Democracia, Lisboa, 2000, p. 19;; DALMO DE ABREU DALLARI, O aparato jurídico da
democracia , in DeC, ano VI, n.0 19, Janeiro a Abril de 2004, pp. 133 e ss.
Numa perspetiva histórica quanto à evolução da ideia de democracia, v., por todos, LUCIANO
CANFORA, A Democracia – História de uma ideologia, Lisboa, 2007, pp. 11 e ss.
40
A dimensão participativa da democracia, menos orgȃnica e mais informal, é a
que se liga ao exercício dos direitos de natureza política que permitem a expressão da
opinião pública, que indiretamente influencia as decisões políticas tomadas pelos
governantes, opinião pública que se constrói com base nas opiniões individuais
livremente produzidas no espaço público.
Isto quer dizer que a vontade popular que qualquer sistema político deve
apreciar não se vai confirmar àquilo que é transmitido no momento da eleição ou do
referendo – é do mesmo modod relevante o sentido dos cidadãos que se possa
manifestar entre aqueles momentos formais – decisórios, dando assim substȃncia a uma
cultura democrática e a uma intensa intervenção da sociedade nos assuntos do política.
41
pública. São vários os direitos fundamentais que podem exemplificar essa ideia, assim
substanciando uma opinião pública, que, sendo sofre, fortalece a democracia
participativa, que é componente essencial de um Estado Democrático avançado e
amadurecido :
42
De todos os direitos fundamentais de intervenção política, um peculiar realce
deve ser conferido à liberdade de associação partidária, o mesmo é dizer, ao fenómeno,
nas suas diversas implicações, dos partidos políticos, ainda que a liberdade de
comunicação social, na sociedade de informação de hoje, igualmente não possa ser
menosprezada. A difinição de partidos políticos tem sido tentada pelos mais diversos
autores, a partir de diferentes critérios, mas a opção da LPP afigura-se satisfatória :
“Os Partidos Políticos são Organizações de cidadãos de caráter permanante, com o
objetivo de participar democraticamente na vida do país e de concorrer para a
formação e expressão da vontade política do povo”.
43
materia dos Partidos Políticos, nos termos do artigo 70 o 1 e 2 CRDTL. No Direito
Timorense vigente, este acolhimento constitucional dos Partidos Polítiicos foi seguido
pela elaboração da Lei dos Partidos Políticos, que nos seus 32 artigos estabelece a
disciplina legal da matéria, em cinco capítulo como disposições gerais, Direitos e
Deveres dos Partidos, Funcionamento interno financiamento do Partido Político e
apresentação das contas. A leitura do preceito transcrito e de outros preceitos da
Constituição de Timor Leste permite concluir que este texto constitucional teve a
precupação fundamental de constitucionalizar o estatuto dos Partidos Políticos,
aceitando o seu papel no sistema político. Em diversos perceitos constitucionais, nas
principais partes regulativas da constituição de Timor-Leste nos principio
constitucionais, nos direitos fundamentais e na organização do poder político. A título
ilustrativo, podemos ainda mencionar outros preceitos que genericamente enquadram a
função dos partidos políticos no sistema constitucional timorense :
44
a. Por um lado, apenas se admite uma fiscalização externa da actividade dos
partidos e não um qualquer controlo do seu programa ou estatutos, sendo
aquela fiscalização atribuída aos tribunais.
b. Por outro lado, como se pode verificar das disposições citadas anteriormente,
a CTL reconhece os fins e funções partidárias no ȃmbito do sistema político
estatuído, designadamente e função representativa e de titularidade do poder
político, bem como a importante função de contibuir para a formação da
“vontade popular”.
Não obstante, são formuladas algumas exigêencias formais para que o partido
político se constitua, sob pena de tal vicissitude não poder sequer operacionalizar-se: a
45
apresentaçãode um requerimento, subscrito por um mínimode 1500 cidadãos,
acompanhado pelo projeto de estatutos, da declaração de princípios ou programa
político, bem como da denominação e símbolos partidários.
A relevȃncia dos filiados partidários é enorme porque são eles que integram o
substrato do partido, tanto no momento inicial em que se agrupam e organizam de
modo a formar um novo partido como quando, após a constituição, são estes filiados
que, pela ação política desenvolvida e pela determinação da doutrina e programa
adotados, vivificam o partido e asseguram a sua continuidade no quadro do sistema
político instituído.
46
No que se refere à estrutura interna, vigora a liberdade geral da organização, o
que integra, no plano institucional, o princípio da liberdade de associação partidária.
Contudo, a LPP estabelece algumas regras importantes, nalguns casos aplicando-lhes
regras gerais dos órgãos públicos.
No plano dos órgãos internos, ali importa dissociar entre o órgão representativo,
o órgão de direção política e o órgão de jurisdição. No plano das eleições internas,
vogora a regra do sufrágio pessoal e secreto.
CAPÍTULO V
FASE FINAIS
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5.1 Cosiderações Finais
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que configuram o Estado de Timor Leste na sua Carácterização Jurídica
Constitucional, os quais cumpre elencar; como Estado Republicano, Estado de Direito,
Esatdo Democrático, Estado Soberano, Estado Independente e Estado Unitário. O
preceito em questão ainda acresenta mais duas referências ao facto de o Estado de
Timorense se fundar na vontade popular e na dignidade da pessoa humana.
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Portanto, a natureza Democrático do Estado de Timor Leste, não sucitando
qualquer espécie de dúvida, não deixa de ser solenemente proclamada nos preceitos
iniciais do respectivo articulado constitucional.
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universal e direto. E número 2. É reconhecido aos Partidos Políticos o Direito a Oposição
democratica, assim como o Direito a serem imformados, regular e diretamente, sobre o
andamento dos principais assuntos de interesse nacional. No Direito Timorense vigente,
este acolhimento constitucional dos Partidos Políticos foi seguido pela elaboração da Lei
dos Partidos Políticos – L n. o 3/2004, de 14 de Abril, que nos seus 32 artigos estabelece
a disciplina legal da material, em cinco capítulo. Capítulo I- Disposições Gerais,
Capítulo II- Direitos e Deveres dos Partidos, Capítulo III- Funcionamento Interno,
Capítulo IV- Financiamento de Partido Políticos e apresentação de contas e Capítulo V-
Disposições finais.
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