Roteiro de HA
Roteiro de HA
Roteiro de HA
(slide 2)
- O primeiro, é o César Fraga, ele é fotógrafo, pesquisador, se formou em Design pela
UERJ, já contribuiu com grandes veículos de comunicação como National
Geographic, História Viva, entre outros. Se dedica mesmo em difundir a cultura
através da fotografia, e quando se vai para um local tão culturalmente rico, como é o
caso do Continente Africano, a presença de um fotógrafo é fundamental
(slide 3)
- O segundo protagonista do projeto é o Professor Maurício Barros, ele é doutor em
História pela universidade de São Paulo, mas trabalhada no Inst. de Artes da UERJ,
então assim, a contribuição histórica e cultural dele é fundamental, para além do
âmbito docente, ele dedica-se à pesquisas relacionadas à Diáspora Africana e as
relações etnico-culturais ,
-
- Então acredito que para a proposta do projeto não poderia ter sido conduzido
por duas pessoas melhores
- Ainda acho importante salientar a contribuição de outros nomes como a
Professora Mônica Lima (UFRJ), Paulo de Jesus (UFRB), Muniz Sodré (que
é um jornalista, professor e sociólogo brasileiro)
(slide 4 - mapa)
- Aqui vemos um mapa dos países que vão ser visitados pelo César e pelo Maurício
Cabo verde, Guiné-Bissau, Senegal, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Angola,
Moçambique [apontar no mapa]
(Guiné Bissau)
- O foco da viagem à Guiné-Bissau, era conhecer essencialmente o forte do Cacheu
que era um dos portos de embarque e desembarque de pessoas escravizadas, essa
região era rodeada por vários rios, e quando a demanda por pessoas escravizadas
começou a aumentar, esses rios facilitam a entrada dos Europeus no interior do
continente para a captura de mais pessoas, nesse contexto, visitando uma dessas
aldeias mais interioranas, eles encontram correntes no topo das árvores, e um dos
moradores disse essa frase que nós achamos muito significativa pra esse
movimento de tomada de narrativa [ler slide]
(slide 20 - Gana)
- De mais relevante para a temática de subjetividade afro-brasileira, em Gana
podemos destacar o Bairro Tambon, muitos dos que conseguiram retornar ao
Continente Africano, foram para a Nigéria, mas ouviram falar de melhores condições
de trabalho em Gana. Mas chegando lá, eles não conseguiam se comunicar pela
divergência linguística, então acabavam por responder “Tá bom” pra tudo, acabaram
ficando conhecidos como povos Tambon e formaram um bairro de “retornados do
Brasil”. Nesse episódio também é realçado as principais commodities que eram
produzidas no Brasil através do comércio de escravos [ler slide]
- Como nós somos futuros internacionalistas, nós achamos que seria relevante
destacar o fato de que eles passaram pela cidade de Kofi Annan,
- [slide 23] Essa é a fortaleza do Forte da Mina, que recebia escravos Ãcas (principal
grupo étnico de Gana)
- No Brasil, há o destaque para o Jongo, conhecido como o pai do samba por assim
dizer, é baseado no movimento da Umbigada, mas sem que haja contacto físico,
assim como em outros pilares da cultura africana, há a forte importância ritualística
do tambor, que é quase um convite, uma conexão com o divino.
(slide 25 - Togo)
- Parte da relação com o continente Africano vem sobretudo do que a conexão
religiosa foi capaz de manter como tradição, o que mostra que a importância da
cosmogonia, da religião por assim dizer como fator de coesão num cenário em que
nada era coeso. No Togo, eles viram mercados de fetiches, palavra que recebeu um
cunho muito pejorativo pelo ocidente europeu, já que tudo que era ligado ao Voodoo
e a Magia Negra recebeu esse caráter negativo, sendo que essencialmente o
Voodoo é uma prática que serve para pregar amor,
- No nordeste Brasileiro, a religião do Candomblé, acabou por se dividir em
duas vertentes
● Candomblé Etu, ligado diretamente dos pertencentes do grupo Nagô, onde
encontravam-se os Iorubás
● Candomblé Jejé está mais ligado à mitologia Fom, onde há mais
predominância de elementos ligados ao Voodoo
- Tal mostra a pluralidade da religiosidade africana, que para além da expressões
espirituais já mencionadas, como a cosmogonia iorubá, a translability cristã ou até
mesmo muçulmana, dentro da veia das cosmogonias, uma série de expressões são
criadas e difundidas.
- Nesse sentido, perante a colonização como projeto de “reeducação” a manutenção
dos terreiros vem como um profundo símbolo de resistência
(conclusão)
- Quando é referido o Horizonte Simbólico tudo que era importante e sagrado caiu por
terra e perdeu totalmente o seu valor perante o tanto o projeto de colonização,
quanto perante ao movimento de escravidão. Essa quebra, esse desenraizamento
afetou imensamente a construção do “ser descendentes de escravos” no Brasil,
você vinha de alguém que não tinha valor em si próprio e de alguém cujo a
humanidade foi por muito tempo negada, e é possível ver na desigualdade social, na
marginalização de pessoas negras, na violência policial tão parcial o quanto a
herança dessa negação de humanidade perdura. A sankofa, como recuperação
histórica mas com um forte pilar cultural é a forma de recuperar esse horizonte
simbólico e criar uma nova subjetividade afro-brasileira, uma forma de se enxergar
perante ser social com maior propriedade, agencialidade, e capacidade de exigir
uma postura externa que por tanto tempo foi negado.