2021 - Isotopos Instaveis & Radioactividade
2021 - Isotopos Instaveis & Radioactividade
2021 - Isotopos Instaveis & Radioactividade
Radioatividade
Definição de radioatividade
A Radioatividade é a emissão espontânea de partículas
e/ou ondas eletromagnéticas de núcleos instáveis de
átomos, dando origem a outros núcleos, que podem
ser estáveis ou ainda instáveis.
As partículas α positivas:
atraídas pela placa
negativamente carregada e
por possuírem > massa,
sofreram desvio menor em
sua trajetória.
As partículas β negativas:
atraídas pela placa
carregada positivamente e,
por possuírem < massa,
tiveram maior desvio.
Rutherford propôs um modelo no qual toda a carga positiva dos átomos, que
comportaria praticamente toda a sua massa, estaria concentrada numa pequena
região do seu centro, chamada de núcleo.
1910- Rutherford descobriu os núcleos atômicos
próton
Rutherford percebeu que a carga
positiva de um átomo está
concentrada no centro, num minúsculo
e denso núcleo, introduzindo o
conceito de núcleo atômico.
Desenvolve, então, a moderna
concepção do átomo como um núcleo
em torno do qual elétrons giram em
órbitas circulares
elétron nêutron
23
Estabilidade nuclear
A estabilidade do núcleo depende da combinação entre:
forças de repulsão coulombianas (FC) e as forças fortes (FF).
Se no núcleo:
FF > FC núcleo é estável
isótopos
26
Carta de nuclídeos Átomos dos isótopos do mesmo elemento
núcleos estáveis e radioativos apresentam as mesmas propriedades
químicas, porém propriedades nucleares
bastante diferentes. Assim, é conveniente
definirmos os nuclídeos.
nuclídeos estáveis
núcleos estáveis
com mais de 20 prótons (Z>20)
necessidade de nêutrons adicionais para
compensar a repulsão entre as cargas
positivas
Estabilidade Nuclear 27
Energia de ligação dos núcleos
• A massa M de um núcleo é menor que a soma das massas
isoladas, mi, das partículas que o compõem.
∆Eel = ∑ (mi c ) − Mc 2 2
i
Quantidade de energia que deve ser fornecida ao sistema (núcleo) para
separá-lo em todas a suas partículas constituintes, que apresentem
massas de repouso isoladas de valor mi.
28
Energia nuclear ∆Eel é a energia média necessária para
∆Ee ln = arrancar um núcleon do núcleo.
A
pai
Pai e filho
Z, N
NÃO SÃO ISÓBAROS
p.e.:
238 > 23490Th + 42He + energia filho
92U Z-2
Z N-2
147 > 14360Nd + 42He + energia
62Sm
N
1a Lei da Radioatividade: Lei de Soddy
92
238U →24α + 90
234Th
2. Decaimento beta (β):
O decaimento beta ocorre em núcleos que têm excesso,
ou falta, de nêutrons para adquirir estabilidade.
n → p + e +ν −
A XZ → A YZ +1 + β-
Decaimento beta (β−):
1. Decaimento β- : nêutron >>> próton + elétron
prótons nêutrons massa
isótopo pai Z N Z+N=A
isótopo filho Z+1 N–1 Z+1+N–1=A
p → n + e +ν +
Nucleus with one less
proton and one
more neutron
filho
p.e.: 18 18 β+
9F > 8O + + energia Z instável
Z-1
N+1
filho
estável
Z-2
N N+2
Decaimento beta (β):
► As partículas Beta são capazes de penetrar cerca de um
centímetro nos tecidos, ocasionando danos à pele, mas não aos
órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas. Têm
alta velocidade, aproximadamente 270.000km/s.
2a Lei da Radioatividade:
Lei de Soddy, Fajans e Russel
“Quando um átomo radioativo emite uma partícula (β), seu
número atômico, Z, aumenta de uma unidade e seu número de
massa permanece inalterado”
55
137Cs →-10β + 56
137Ba
3. Decaimento Gama (γ)
liberação de energia em excesso pelo núcleo de um
átomo sob a forma de radiação electromagnética
Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa (α) ou beta (β), o núcleo
resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se,
emitindo esse excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma natureza da
luz, denominada radiação gama.
Decaimento Gama (γ)
► Formada por ondas eletromagnéticas que são emitidas por
núcleos instáveis após à emissão de uma partícula alfa ou beta.
Exemplo: isótopo 60Co sofre um decaimento β-:
γ
4. Captura de elétron
Neste processo um próton captura um elétron, normalmente da
camada K, e se transforma em nêutron e um neutrino, diminuindo
seu número atômico em 1 sem afetar o número de massa.
AXZ + e → A YZ −1
-
125 125
53I > 52Te + energia
5. Fissão espontânea
Fissão nuclear espontânea é uma forma mais rara de desintegração radioativa,
característica de isótopos muito pesados, sendo teoricamente possível para
qualquer núcleo atómico cuja massa é maior ou igual a 100 u.m.a.
(elementos perto do rutênio).
Na prática, no entanto, fissão espontânea é apenas possível para massas atômicas
superiores a 230 u.m.a. (elementos perto do tório).
A fissão 238U danifica o retículo cristalino de certos minerais. As emissões dos núcleos
radioativos são registradas como “traços”.
235 1 140 93 1
U+ n→ Ba + Kr + 3 n + Q
92 0 56 36 0
Lei do Decaimento
Decaimento radioativo
(RADIOATIVO) (RADIOGÊNICO)
Meia-vida
Meia-vida
Ex: uma amostra radioativa de 200 g de um certo isótopo radioativo com uma 1/2 vida = 10
dias, depois de 30 dias terá 25 g do isótopo original.
A atividade A de uma amostra radioativa num dado instante pode ser expressa pela
razão do número de desintegrações nucleares dN num intervalo de tempo dt.
Substituindo a expressão para N(t) e fazendo a
A(t) = dN(t)/d(t) derivada obtém-se:
A = A0e -λt
N = N0 e -λt
λ
Onde A0 = N0 é a atividade inicial λ
A = N0 e -λt = A0e -λt
O círculo vermelho da
animação simboliza 1000
núcleos atômicos de uma
substância radioativa que
tem um período meia
vida (T) que chega a 20
segundos.
Bertram Boltwood
(1870-1927)
Arthur Holmes
(1922–1995)
77
Gnaisse Acasta, rocha mais antiga do mundo ( 3,96 Ga), Canadá
78
Devido à dificuldade de achar na Terra um material original,
Patterson (1950) analisou rochas extraterrestres, como os
meteritos condríticos, já que representam fragmentos de
planetesimais não diferenciados e, portanto, correspondem
aos materiais mais primitivos do Sistema Solar.
Aplicando o método de datação U/Pb em condritos, obteve-
se a idade de 4,55 Ba para a formação da Terra.
Meteoritos condríticos
79
Complexo Gnáissico Narryer de 3730 Ma. W. Australia
Jack Hills: zircões detríticos em sedimentos
U-Pb: 4,404 ± 8 Ma
Evidence of an even older crust is provided by detrital zircons
in metamorphosed sediments (conglomerate) at Mt Narryer
and Jack Hills in the Narryer Gneiss Terrane, Yilgarn Craton,
Western Australia, Wilde et al 2001.
81
0
562,5Ma
1.125Ma
2.250Ma
82
4.500Ma
Idéia Geral de Datação
A determinação do tempo decorrido desde um evento é feita
em geral pela contagem de fenômenos repetitivos regulares.
Na impossibilidade do testemunho histórico busca-se um
fenômeno de variação contínua com taxa conhecida.
Exemplo: Queima de uma vela
Tamanho da vela
20
16
Altura
12
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo
84
Métodos de datação: 4 categorias
1 - métodos radio-isotópicos – taxa de desintegração atômica de uma
amostra
RADIOISÓTOPOS
Medição do decaimento
radioativo ou dos
produtos de decaimento
(K/Ar, Rb/Sr, U/Pb,...)
Efeitos integrados
(termo-luminescência
e traços de fissão)
Método de datação por dano de radiação
Traços de Fissão
O método de datação por TF é fundamentado na análise quantitativa de
perturbações no retículo cristalino do mineral provocadas pela fissão
espontânea do 238U. Possuem uma susceptibilidade térmica: apagam a
temperaturas acima de 120oC.
► Requisitos estritos:
► Traços estáveis e reveláveis por desgaste químico;
►U deve ser distribuído uniformemente no mineral;
►U deve ser suficientemente concentrado para dar no mínimo 10
traços por cm;
►o cristal deve ser livre de defeitos de rede e outros tipos de defeitos;
►o aquecimento pode eliminar aos traços - este efeito pode ser
estimado pela comparação de minerais diferentes.
86
Método de datação por dano de radiação
Traços de Fissão
► Usado para vidro vulcânico fresco, zircão, esfeno,
apatita, muscovita, biotita e tektitos.
50 µm
50 µm
87
Traços de Fissão
Uma pequena fração do U238 ao invés de Estas marcas, ou traços de
desintegrar-se, sofre fissão espontânea. fissão, fornecem a base da
Cada evento → ruptura na substância técnica de datação radiométrica
cristalina hospedeira → comparação da denominada método de traços
de fissão.
densidade dessas marcas com a de marcas
artificialmente produzidas.
100u
Zircão: ZrSiO4
HfO2 (até 4%); Y e TR;
Pb (ppm): 30-200
150u U (ppm): 100-1000
Decaimento radioativo e a
datação absoluta
92
Requisitos para datação radiométrica
Há num material um nuclídeo radioativo A que se desintegra
formando B com uma taxa conhecida
A quantidade inicial de A e B são conhecidas
O sistema permaneceu fechado para A e/ou B durante todo
tempo
A quantidade atual de A e/ou B pode ser medida
Quantidade de um nuclídeo A que se desintegra
Então:
formando B
18
16 filho
14
12
10 A
N
8 B
6
N = N0 * e -λ t
4
2
0
pai
0 2 4 6 8 10 12
93
Tempo (meia-vida = 2)
Com o auxílio de um gráfico como esse, e sabendo a meia-vida do isótopo pai, você
saberá a idade de sua amostra. Por exemplo, se a rocha tem 75% de 238U (pai) e 25%
de 206Pb (filho), o gráfico diz que o tempo, desde que a rocha foi formada, foi de
0,415 t, isto é, 0,415 x 4,5 Ga (1/2 vida) = 1,87 Ga
Espectrômetro de massa
A DEFORMAÇÃO ATINGE AS
BACIAS NAMA E ITAJAÍ
ca. 535 Ma
Configuração Atual
2
Relações
estruturais
fornecem
idades
1
relativas e
não 4 5
absolutas 3
Como o argônio é um gás nobre, não forma ligações com outros átomos da rede
cristalina podendo assim, escapar do mineral. Em geral a perda pode ser atribuída
incremento na temperatura devido a soterramento profundo ou metamorfismo,
causando perda de Ar em muitos minerais, sem produzir qualquer outra mudança
física ou química na rocha.
107
U-Th-Pb
♦U-Th-Pb – Estabelecimento com precisão das épocas de cristalização dos zircões das
rochas analisadas e, por conseguinte, a idade de formação das rochas estudadas.
108
Ocorre contudo, que as idades calculadas desta maneira são geralmente, muito
diferentes, conforme se utilize o método U238-Pb206 ou U235-Pb207. Esta discordância é
devida a uma abertura do sistema U-Pb. Entretanto, os resultados podem ser
reinterpretados usando-se um diagrama com a razão Pb207/U235 como abcissa e
Pb206/U238 como ordenada. Este diagrama é chamado de diagrama concórdia.
Sobre este diagrama é colocada uma linha curva, calibrada em intervalos de
500Ma, chamada de linha concórdia, sendo definida como o local onde
plotam todos os pontos cujas idades U238-Pb206 e U235-Pb207são iguais.
Pb/ U
chamada discórdia, a qual
238
3.0 Ga
intercepta a concórdia em dois 2.0 Ga
formação do mineral, e o
intercepto inferior corresponde 0.5 Ga
109
Rb-Sr
♦Rb-Sr (RT)– Determinação da relação inicial (87Sr/86Sr)i, utilizada como traçador
petrogenético, caracterizando as fontes como crustais ou mantélicas.
Este método está baseado no decaimento radioativo do Rb87para Sr87 que apresenta
uma meia-vida de 4.88 x 1010anos, o que corresponde a uma constante de
desintegração (l) para o Rb87 de 1.42 x 10-11 ano-1.
Crosta Superior 0,25
87 > 8738Sr + β- + energia
37Rb
Rb/Sr
Manto 0,025
85Rb 86Sr
Rochas com alta Rb/Sr Ricas em 87Sr
Rochas com baixa Rb/Sr Pobres em 87Sr
87Sr
87Sr/86Sr
Amostras formadas ao mesmo tempo e a partir do mesmo magma - amostras
cogenéticas
87Sr/86Sr
Diorito Granito
Magma
Ri α
87Sr/86Sr Homogênea
87Rb/86Sr
Ao contrário do que se dá com o método K-Ar, o teor inicial do isótopo radiogênico Sr87 é
significativo. Neste caso, para se detectar a idade real de um evento gerador de rochas
utiliza-se diversas amostras cogenéticas, interpretadas com o recurso do diagrama
isocrônico. As ordenadas (y) do diagrama correspondem às razões isotópicas Sr87/Sr86 e
as abcissas (x) às razões Rb87/Sr86. Os valores analíticos obtidos para cada amostra são
plotados no diagrama e depois ligados por uma reta chamada de isócrona.
A idade do conjunto de amostras é obtida t = tg α/λ onde, a = ângulo que a isócrona
forma com a horizontal.
A isócrona permite ainda, determinar a Ri Sr87/Sr86 do conjunto de amostras. 111
Sm-Nd
Método de datação geocronológica absoluta baseado na desintegração
radioativa do isótopo 147Sm, originando 143Nd, com a meia vida de
aproximadamente 106 Ga. Usado normalmente para rochas antigas (pré-
cambrianas) em função da elevada meia vida do sistema.
Utiliza-se do método da isócrona e é particularmente útil para a datação de
rochas máficas e ultramáficas. Também permite a datação de eventos
metamórficos, através de isócronas com granada (mineral metamórfico).
Médias:
0,115 crosta continental
0,200 manto
A razão Sm/Nd
decresce, já que o Nd
vai sendo mais
concentrado no líquido
em relação ao Sm
durante o processo da
cristalização fracionada.
145Sm 142Nd
146Sm 143Nd
147Sm 144Nd
151Sm 148Nd
152Sm 149Nd
153Sm 150Nd
154Sm
147Sm 143Nd
144Nd 144Nd
114
RESERVATÓRIOS ISOTÓPICOS
Geothermometers:
Embu D. (S)
Embu D. (N)
Registro D.
Curitiba D.
Mongaguá D.
Iguape D.
Costeiro D. (PR)
CSZ
ISZ
SSZ
Central Rib.B.
Costeiro C.(SP, RJ)
U-Pb (Zr)
U-Pb (Mo)
U-Pb (All) K-Ar (Mus)
U-Pb (sev.) K-Ar (Bio)
K-Ar (Fine fr.)
Rb-Sr (wr)
Siga Jr. et al 1993; Machado et al, 1996; Schmitt 2000; Janasi et al., 2001; Vlach, 2001; Passarelli, 2001; Cordani et al., 2002; Leite,
2003; Heilbron & Machado, 2003; Silva et al, 2003; Hackspacher et al, 2004; Tassinari et al. 2006; Passarelli et al. 2008.
20,0 REGISTRO D. U-Pb (zircon) Rb-Sr (WR, min.)
12,0 EMBU D. U-Pb (monazite) Sm-Nd (garnet)
2,0 MONGAGUÁ D.
IGUAPE D. U-Pb (allanite) K-Ar (KF)
0,8
0,25 ISZ K-Ar/Ar-Ar (muscovite)
cooling rate o C/Ma
CSZ K-Ar/Ar-Ar (biotite)
SSZ
K-Ar (WR-fine fraction < 2um)
(Hackspacher & Tello 2006)
(Dias Neto, 2001) main phase of deformation
of the transpressive shear zones
Surface
Ma
0 100 200 300 400 500 600 700 800
o
C
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1)Seq. process (S-F cool. rates); 2)Domains ~SZ (E,R); 3)600-500 (fast. c.r-↑ vert. disloc.); 4) 500-490 Ma ↑↑c.r;
5) s.cool. rates(~490 C/O- ~350 Ma C); flat line 450-350 Ma (FT zr/K-Ar f.f.: tect. blocks exum. assoc. evol.
Paraná Basin – Hacks & Tello).
Equação do decaimento Radioativo :
Para Isotópos Radioativos (Pai) : N = N0 e -λt
D* = N eλt - N D* = N (eλt - 1)
D = D0 + D* D = D0 + N (eλt - 1)
D = D0 + D* D* = N eλt - N
N
N0 N = N0 e - λt
D = D0 +N (eλt – 1)
F F P λt
= + ⋅ e − 1
Fsd Fsd 0 Fsd
( )
Sr Sr Rb λt Os Os 187 Re λt
( )
187
( )
87 87 87 187
= 86 + 86 ⋅ e −1 = 188 + ⋅ e −1
86
Sr Sr 0 Sr
188
Os Os 0 188Os
Nd Nd 147 Sm λt
( )
143 143
Pb Pb 232Th λt
( )
208 208
= + ⋅ e −1 = 144 + ⋅ e −1
204
Pb 204
Pb 0 204 Pb 144
Nd Nd 0 144 Nd