Lei 11.892-2008 - Alfacon

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LEI 11.

892/2008
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LEI 11.892/2008
INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO
Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS INSTITUTOS FEDERAIS - ART. 9º


Art. 9o Cada Instituto Federal é organizado em estrutura multicampi, com proposta orça-
mentária anual identificada para cada campus e a reitoria, EXCETO no que diz respeito a
pessoal, encargos sociais e benefícios aos servidores.
Art. 10. A administração dos Institutos Federais terá como órgãos superiores o Colégio de
Dirigentes e o Conselho Superior. § 1o As presidências do Colégio de Dirigentes e do Conselho
Superior serão exercidas pelo Reitor do Instituto Federal.
Art. 10. [...][ § 2o O Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo, será composto pelo Reitor,
pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto
Federal. § 3o O Conselho Superior, de caráter consultivo e deliberativo, será composto por
representantes dos docentes, dos estudantes, dos servidores técnico-administrativos, dos
egressos da instituição, da sociedade civil, do Ministério da Educação e do Colégio de Diri-
gentes do Instituto Federal, assegurando-se a representação paritária dos segmentos que
compõem a comunidade acadêmica. § 4o O estatuto do Instituto Federal disporá sobre a
estruturação, as competências e as normas de funcionamento do Colégio de Dirigentes e
do Conselho Superior.
Art. 11. [...] § 2o A reitoria, como ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO CENTRAL, poderá ser instalada
em espaço físico distinto de qualquer dos campi que integram o Instituto Federal, desde que
previsto em seu estatuto e aprovado pelo Ministério da Educação.

REITOR
Art. 12. Os Reitores serão nomeados pelo Presidente da República, para mandato de 4 (qua-
tro) anos, permitida uma recondução, após processo de consulta à comunidade escolar do
respectivo Instituto Federal, atribuindo-se o peso de 1/3 (um terço) para a manifestação do
corpo docente, de 1/3 (um terço) para a manifestação dos servidores técnico-administrati-
vos e de 1/3 (um terço) para a manifestação do corpo discente. § 1o Poderão candidatar-se
ao cargo de Reitor os docentes pertencentes ao Quadro de Pessoal Ativo Permanente de
qualquer dos campi que integram o Instituto Federal, desde que possuam o mínimo de 5
(cinco) anos de efetivo exercício em instituição federal de educação profissional e tecnológica
e que atendam a, pelo menos, um dos seguintes requisitos: I - possuir o título de doutor; ou II
- estar posicionado nas Classes DIV ou DV da Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico
e Tecnológico, ou na Classe de Professor Associado da Carreira do Magistério Superior. § 2o
O mandato de Reitor extingue-se pelo decurso do prazo ou, antes desse prazo, pela aposen-
tadoria, voluntária ou compulsória, pela renúncia e pela destituição ou vacância do cargo.

PRÓ-REITORES
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Art. 11. [...] § 1o Poderão ser nomeados Pró-Reitores os servidores ocupantes de cargo efetivo
da Carreira docente ou de cargo efetivo com nível superior da Carreira dos técnico-adminis-
trativos do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, desde que
possuam o mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício em instituição federal de educação
profissional e tecnológica. (Redação dada pela Lei nº 12.772, de 2012)
Art. 12. [...] § 3o Os Pró-Reitores são nomeados pelo Reitor do Instituto Federal, nos termos
da legislação aplicável à nomeação de cargos de direção.

DIRETOR-GERAL
Art. 13. Os campi serão DIRIGIDOS POR DIRETORES-GERAIS, nomeados pelo Reitor para
mandato de 4 (quatro) anos, permitida uma recondução, após processo de consulta à comu-
nidade do respectivo campus, atribuindo-se o peso de 1/3 (um terço) para a manifestação do
corpo docente, de 1/3 (um terço) para a manifestação dos servidores técnico-administrati-
vos e de 1/3 (um terço) para a manifestação do corpo discente. § 1o Poderão candidatar-se
ao cargo de Diretor-Geral do campus os servidores ocupantes de cargo efetivo da carreira
docente ou de cargo efetivo de nível superior da carreira dos técnico-administrativos do
Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, desde que possuam o
mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício em instituição federal de educação profissional
e tecnológica e que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes situações: I - preencher
os requisitos exigidos para a candidatura ao cargo de Reitor do Instituto Federal; II - possuir
o mínimo de 2 (dois) anos de exercício em cargo ou função de gestão na instituição; ou III -
ter concluído, com aproveitamento, curso de formação para o exercício de cargo ou função
de gestão em instituições da administração pública. § 2o O Ministério da Educação expedirá
normas complementares dispondo sobre o reconhecimento, a validação e a oferta regular
dos cursos de que trata o inciso III do § 1o deste artigo.

FINALIDADES E CARACTERÍSTICAS DO INSTITUTOS FEDERAIS - ART. 6º


Art. 6o Os Institutos Federais têm por finalidades e características: I - ofertar educação pro-
fissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando
cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase
no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; II - desenvolver a educação
profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adapta-
ção de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais; III
- promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e
educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de
gestão; IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento
dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento
das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação
do Instituto Federal; V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciên-
cias, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de
espírito crítico, voltado à investigação empírica; VI - qualificar-se como centro de referência
no apoio à oferta do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecendo
capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino;
VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; VIII
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- realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o


cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico; IX - promover a produção,
o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à
preservação do meio ambiente.

OBJETIVOS DOS INSTITUTOS FEDERAIS - ART. 7º


Art. 7o Observadas as finalidades e características definidas no art. 6o desta Lei, são objetivos
dos Institutos Federais: I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritaria-
mente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o
público da educação de jovens e adultos (mínimo 50% das vagas, em cada exercício – Art.
8º); II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a
capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos
os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica; III - realizar
pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas,
estendendo seus benefícios à comunidade; IV - desenvolver atividades de extensão de acordo
com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com
o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e
difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos; V - estimular e apoiar processos educa-
tivos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva
do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e
VI - ministrar em nível de educação superior: cursos superiores de tecnologia visando à
formação de profissionais para os diferentes setores da economia; b) cursos de licencia-
tura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação
de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e
para a educação profissional (o mínimo de 20% das vagas, em cada exercício – Art. 8º); c)
cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes
setores da economia e áreas do conhecimento; d) cursos de pós-graduação lato sensu de
aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas
do conhecimento; e
e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para
promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas
no processo de geração e inovação tecnológica. Art. 8o No desenvolvimento da sua ação aca-
dêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinquenta
por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7o
desta Lei, e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na
alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7o. § 1o O cumprimento dos percentuais referidos
no caput deverá observar o conceito de aluno-equivalente, conforme regulamentação a ser
expedida pelo Ministério da Educação. § 2o Nas regiões em que as demandas sociais pela
formação em nível superior justificarem, o Conselho Superior do Instituto Federal poderá,
com anuência do Ministério da Educação, autorizar o ajuste da oferta desse nível de ensino,
sem prejuízo do índice definido no caput deste artigo, para atender aos objetivos definidos
no inciso I do caput do art. 7o desta Lei.

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