Danilo Do Rosário
Danilo Do Rosário
Danilo Do Rosário
BRASILEIRA
INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS, AMBIENTAIS E ENERGÉTICOS
SÃO PAULO
2018
2
SÃO PAULO
2018
3
Data: 19/11/2018
Nota: 10
Banca Examinadora:
____________________________________________
Prof. Cleiton da Silva Silveira (Orientador)
___________________________________________
Prof. Renan Vieira Rocha
___________________________________________
Prof. Victor Costa Porto
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Sistema de Bibliotecas da UNILAB
Catalogação de Publicação na Fonte.
S578a
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................13
2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................15
2.1 História ....................................................................................................15
2.2.1 A primeira geração ...............................................................................16
2.2.2 A segunda geração ..............................................................................16
2.2.3 A terceira geração ................................................................................17
2.2 Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ...................................................20
2.2.1 Características do PEAD .....................................................................20
2.2.2 Designação dos tubos..........................................................................23
2.2.3 Projeto estrutural dos tubos .................................................................24
2.2.3.1 Dimensionamento à pressão interna.................................................24
2.2.3.2 Relação entre diâmetro e espessura (SDR) ....................................25
2.2.3.3 Máxima pressão de Operação ..........................................................26
2.2.4 Dimensionamento Hidráulico ...............................................................28
2.2.4.1 Perdas de carga em condutos forçados (sob pressão) .....................28
2.2.4.2 Perdas de carga em conexões..........................................................29
2.2.4.3 Curvatura dos tubos ..........................................................................30
2.2.4.4 Ventosas ...........................................................................................31
2.2.4.5 Ancoragens .......................................................................................32
2.3 Conexões ................................................................................................33
2.3.1 Conexões Soldáveis ............................................................................34
2.3.1.1 Conexões Tipo Ponta por Termofusão .............................................35
2.3.1.1 Colarinho/flange ................................................................................36
2.3.1.2 Conexões Soquete............................................................................37
2.3.1.3 Conexões tipo sela por Termofusão .................................................38
2.3.2 Conexões para Eletrofusão ..................................................................39
2.3.3 Conexão Tipo Junta Mecânica .............................................................41
2.3.3.1 Conexões de Compressão ................................................................41
2.4 Juntas mecânicas para Reparo .............................................................42
2.5 Métodos e procedimentos de instalação .................................................44
10
RESUMO
1
Estudante do Curso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos, Ambientais e Energéticos
pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira e Universidade Aberta do
Brasil, polo Limoeiro do Norte.
2
Doutor em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) Universidade Federal do Ceará.
12
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1.História
A história do plástico iniciou-se por volta de 1860 com o inglês Alexandre
Pakers que realizava estudos com o nitrato de celulosa, um tipo de resina que ganhou
o nome de Parkesina. A utilização desse material era feita em estado sólido tendo
como características principais flexibilidade, cor opaca, fácil pintura e resistência a
água (INNOVA, 2018).
Dois anos depois do início dos seus estudos Pakers apresentou, na Exposição
Internacional de Londres, as primeiras amostras do que podemos considerar o
antecessor da matéria-plástica, esse foi o ponto central de uma grande família de
polímeros que nos dias de hoje contém centenas de componentes. Foi em 1870 que
o tipógrafo americano John WesleHyatt (1837-1920) obteve sucesso aperfeiçoando a
celulosa com adição de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Essa
composição deu origem à primeira matéria plástica artificial. Herman Staudinger
iniciou seus estudos teóricos de estrutura e propriedades dos polímeros naturais
(celulose e isoprene) e sintéticos em 1920. Nos anos 30 surge o poliestireno que em
sua composição possui o eteno e o benzeno (INNOVA,2018).
O Polietileno de Alta Densidade, o PEAD caracteriza-se como um plástico cuja
obtenção é através da polimeração do etileno, isto na década de 50 (COUTINHO et
al. 2003).
Com os constantes aperfeiçoamentos dos catalisadores e no seu processo
produtivo a possibilidade de um aumento em seu espaço no mercado é muito grande,
atualmente o PEAD é o quarto termoplástico mais vendido do mundo, em 1995 suas
vendas chegaram próximo ao US$ 12 bilhões, além de estar na segunda posição de
resina mais reciclada. (MONTENEGRO et al 2018).
Segundo MONTENEGRO et al (2018) levando-se em consideração os grandes
segmentos de uso final do PEAD, o setor de embalagens tem uma representação de
75% do mercado mundial enquanto que o setor da construção civil representa em
torno de 10 a 15% do mercado. Por conta desses dados pode-se afirmar que o
mercado de PEAD está suscetível às flutuações da economia. Em 1995 a demanda
em toneladas de PEAD chegou a um número de 16 milhões.
16
Nos anos 50, fabricados pela Hoechst alemã, surgiu à primeira geração do
PEAD, cuja geração se caracterizava pela sua alta densidade (>0,950 g/cm³) e alta
resistência ao creep3, ou seja, alta resistência a 20°C a 100.000 h. Porém esse
material tinha um ponto negativo que era a ruptura frágil no teste a 80°C entre 10 e
100 h, por esse motivo a partir dos 10 anos de uso os tubos começavam a apresentar
este problema, chamando a atenção da indústria ao caso (DANIELETTO,2007).
3
Creep: é a resistência ao escorregamento, a resistência mecânica.
4
Comonômeros: são os monômeros secundários, os que geralmente entram em menor quantidade na reação, os
buteno e propeno.
17
2.2.1.Características do PEAD
vazão que irá passar pela tubulação, a espessura da parede necessária para a vida
útil e temperatura de trabalho desejada (DANIELETTO,2007).
PN
PE 80 PN 4 PN 5 PN 6 PN 8 PN 10 12.5 PN 16 PN 20 PN 25
PE
100 PN 5 PN 6 PN 8 PN 10 PN 12.5 PN 16 PN 20 PN 25
Fonte: FGS, 2018
São usualmente utilizados PE 80 até o diâmetro de 90mm, sendo o SDR 11. E
PE 100 para diâmetros acima de 200mm, e detalhados com SDR 17. Tendo em média
uma variação de 20% de preço de uma SDR para outra.
De acordo com sugestão das normas finlandesas para tubos de PEAD, SFS
2336. Genericamente são adotados os seguintes fatores de resistência conforme
tabela 2:
Tabela 2 – Fatores de resistência
Anos 1 5 15 25 50
2.2.4.Dimensionamento Hidráulico
Cotovelo 90º 30 D
Cotovelo 60º 25 D
Cotovelo 45º 18 D
41 50D
33 40D
26 30D
17 30D
11 30D
D: diâmetro máximo externo da tubulação
FONTE: BRÁSTUBO, 2018
31
2.2.4.4.Ventosas
2.2.4.5.Ancoragens
tubulação se solte, as soldáveis são mais resistentes. Nos tubos de PEAD com a
maioria das uniões sendo do tipo auto-travantes (soldas, flanges, juntas mecânicas
de compressão) torna-se a ancoragem desnecessária em grande parte dos casos,
além de a flexibilidade desses tubos absorverem os esforços sofridos. Porém em
conexões feitas a partir de tubos, tês gomados, sujeitas a pressões elevadas é
aconselhável utilizar ancoragem ou reforços nas peças para que os momentos
surgidos pelos esforços não provoquem sua ruptura (DANIELETTO, 2007).
2.3.Conexões
2.3.1.Conexões Soldáveis
Figura 8 - Termofusão.
Fonte: POLYEASY, 2018
Figura 10- Conexão para solda de topo por termofusão – tipo ponta.
Fonte: DANIELETTO, 2008.
2.3.1.1.1.Colarinho/flange
2.3.3.1.Conexões de Compressão
DANIELETTO (2007) ressalta que essas luvas devem ser usadas apenas
quando não houver a disponibilidade de usar as juntas do tipo auto-travada, e lembra
ainda que esta luva deve ser usada por um curto período de tempo.
Torniquetes: estas peças seguem a mesma recomendação da Luva de
Correr, apenas devem ser utilizadas quando não houver a possibilidade de usar
as do tipo auto-travadas, e por um curto período de tempo, até que seja feito o
reparo definitivo, um modelo de torniquetes como ser observado na figura 19.
Figura 19 - Torniquete.
Fonte: DANIELETTO (2007)
2.5.1.Tubulação enterrada
2.5.1.1.A vala
2.5.1.2.Assentamento
Sendo o PEAD um plástico, fica lógico que ao assentar a tubulação, esta não
deve estar próxima de redes elétricas ou qualquer fonte de calor que excedam a 40°C.
Deve-se tomar muito cuidado com redes já existentes no local, a fim de evitar
sustentar ou apoiar nessas redes. É normatizada uma distância de 30 cm de uma rede
PEAD com qualquer outra projetada ou existente (seja água, gás, linhas telefônicas,
dentre outras). Já se a rede existente for elétrica e com tensão maior que 1KV, a
tubulação deverá dar uma distância mínima de 50 cm. (DANIELETTO, 2007).
Ainda segundo DANIELETTO (2007), no assentamento deve-se tomar cuidado
ao arrastar a tubulação dentro da vala, é necessário que o fundo esteja previamente
regularizado com os materiais especificados e que não contenha pedras, ou materiais
que venham a danificar a tubulação. É também, quando houver a necessidade de
interromper o assentamento, as extremidades devem ser tamponadas a fim de evitar
a entrada de sujeira ou animais. Outro fato importante é que toda água existente na
vala deverá ser removida antes de começar a assentar a tubulação.
É importante também salientar que para os tubos com SDR menor ou igual a
17, a importância com o solo para o assentamento e para o aterro é minimizada, uma
vez que esses tubos têm a parede mais grossa, tornando-o mais rígido. O
recobrimento da tubulação deverá ser feito em camadas compactadas a até 20 cm
acima da geratriz superior do tubo, com o material projetado, o restante do
recobrimento poderá ser feito com o próprio material da escavação de abertura da
vala (DANIELETTO, 2007).
Conforme DANIELETTO (2007) já para os tubos de SDR maior do que 17 são
de grande importância a escolha correta do material de reaterro, priorizando materiais
granulares, como areia grossa lavada por exemplo. Para esses tubos, devem-se
seguir as seguintes etapas: Berço e zona de suporte: é a criação de um berço para a
tubulação, em toda a extensão do tubo, envolvendo–o de 120° a 180° da superfície
inferior do tubo. Depois se faz um reaterro inicial, deve-se aterrar de forma
47
Outra técnica com tubos estruturais que vem ganhando cada vez mais
aplicação. É utilizada para substituição de redes. Usa-se a rede existente como
caminho e substitui por uma de mesmo diâmetro ou maior, estando ai a sua grande
vantagem em relação às outras, conforme esquema da figura 25.
“Adequa-se para substituir tubos cerâmicos, de concreto, ferro fundido e até
mesmo alguns tipos de plásticos. Há ferramentas que possibilitam cortar tubos ao
invés de rompê-los, como os de aço.” (DANIELETTO, 2007)
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
D256 IZOD Impacto com entalhe (ft-ib/in) 0,5 1,6 3,0 7,5 3
1. Serviços Técnicos R$
2 Assentamento
Assentamento de tubos e peças de PVC p/ redes de
2.1
distribuição
60
3. Fornecimento de materiais
1. Serviços Técnicos R$
2. Assentamento
3. Fornecimento de materiais
conexões devem estar em consonância com a norma NBR 15.561 (ABNT) e ISO 4427,
PE-100, as soldas foram detalhadas para eletrofusão. Fora escolhido este método de
soldagem, visto que para cada derivação do tê de eletrofusão é necessário uma luva
de eletrofusão, uma vez que a derivação é do tipo ponta, conforme visto na figura 28.
aberta enfrente seu portão de casa. Atrapalha menos o tráfego de veículos, o que
reduz o trânsito, principalmente em vias de grandes movimentações. Traz também
vantagens economicamente no transportes de materiais escavados e para reaterro.
Se o empreiteiro, mesmo com os benefícios do método não destrutivo optar pelo
destrutivo, uma vantagem muito grande do PEAD em relação ao PVC, não só
economicamente, mas também socialmente, pensando na segurança dos
trabalhadores de obra, é o fato do PEAD ser totalmente montado fora da vala, por
suas conexões serem soldadas por máquinas, isso elimina a necessidade de
escoramento, uma vez que não há necessidade do funcionário entrar na vala, o que
traz uma maior segurança a eles. Na tabela 12 podem-se observar os valores dos
serviços descritos, os quais foram tirados da SPO- SABESP (2010).
Tabela 12 – Quantidade de Serviços e Materiais - PVC
1. Escoramento R$
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
perda de água no sistema, o fato do material ser flexível e dispensar o uso de algumas
conexões, como curvaturas inferiores a 30º, e a possibilidade da execução pelo
método não destrutivo, o qual dispensa Convias e aberturas enormes de valas, são
fatos esses que mostram-se fortes apontamentos que devem ser levados mais em
conta que o preço da obra.
Em síntese, com o método de execução por MND, a população não tem
transtorno de valas abertas na sua rua e caminhões de transportes do material
escavado e de reaterro, e tem uma diminuição na geração de resíduos, dentre outros
diversos benefícios. Logo, têm-se no PEAD uma das melhores opções de material
para o sistema de abastecimento de água, se todos os fatores (econômicos, social e
ambiental) forem mesclados, o polietileno traz consigo um melhor custo-benefício para
os empreiteiros, para a população e para as concessionárias.
66
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Fernanda M. B.; MELLO, Ivana L.; MARIA, Luiz C. de Santa. Polietileno:
Principais Tipos, Propriedades e Aplicações. Instituto de Química, UERJ – 2003.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/po/v13n1/ 15064.pdf. Acesso em: 15 agosto
2018.
DANIELETTO, José Roberto B. III Congresso Brasileiro de MND: uma cidade sem
valas. Edição Latino Americana. Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e
Sistemas. São Paulo, 13 a 15 de fevereiro de 2008. Disponível em:
http://www.acquacon.com.br/nodigbrasil2008/ppt/1402/audiorio/14h00jose.pdf.
Acesso em: 10 agosto 2018.
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/
conhecimento/relato/peadx.pdf. Acesso em: 15 agosto 2018.
PALAZZO, Sérgio Augusto. Congresso Brasileiro de MND: uma cidade sem valas.
Introdução aos métodos não destrutivos. Associação brasileira de tecnologia não
destrutiva. Disponível em:
http://www.sabesp.com.br/sabesp/filesmng.nsf/1B5964DF269E4C81832574F20067
E461/$File/Palestra_total_MND.pdf. Acesso em: 15 agosto 2018.