A Casa Do Oleiro
A Casa Do Oleiro
A Casa Do Oleiro
ISBN 978-85-7304'202-3
Proibida a reprodução total ou parcial deste livro sem autorização escrita dos editores.
Impresso no Brasil
Sumário
PREFÁCIO
Capítulo Um
O OLEIRO
Capítulo Dois
LIDAR COM OS PECADOS
Capítulo Três
LIDAR COM O MUNDO
Capítulo Quatro
SEGUIR A UNÇÃO DO ESPÍRITO
Capítulo Cinco
O MELHOR INVESTIMENTO
PREFÁCIO
O OLEIRO
A casa do oleiro
Se Deus é o Oleiro, a casa do Oleiro é a casa de Deus. O apóstolo Paulo
nos diz claramente em 1 Timóteo 3:15, que a casa do Deus vivo é a igreja!
Deus não é uma estátua imóvel enfeitando uma prateleira. Ele é vivo, e tem
uma casa igualmente viva! O livro de Efésios revela-nos que a igreja é a
família de Deus, e a habitação de Deus no Espírito (2:19, 22). No livro de
Hebreus lemos que a igreja é a casa de Deus (3:5-6). Portanto, não resta
dúvida nenhuma de que a igreja é a casa de Deus, o oleiro.
Romanos 9:21-23 afirma que, do mesmo barro, o Oleiro pode fazer um
vaso para honra e outro para desonra, conforme a sua vontade. Deus é
soberano, e como o divino oleiro, tem direito sobre a massa, para do mesmo
barro fazer vasos para honra destinados à glória e vasos para desonra
destinados à perdição. Quanto à escolha de Deus, tudo depende da Sua
misericórdia. É unicamente pela Sua misericórdia que hoje somos vasos na
Sua casa, a igreja. Precisamos ficar impressionados com a questão dos
vasos. Quando numa reunião da igreja paramos para observar os irmãos,
qual a característica principal que nos chama a atenção? Será o modo de
vestir dos irmãos? ou o penteado das irmãs? ou será a maneira como cada
um fala? Que vemos numa reunião da igreja? Que esperamos ver na casa do
Oleiro? Na casa de Deus há muitos vasos de misericórdia! Cada irmão é um
vaso, cada irmã é um vaso, e nosso Deus, como um oleiro, está trabalhando
cuidadosamente para moldar os Seus vasos. Aleluia! na igreja, na casa do
Oleiro, os vasos estão sendo preparados para a glória!
A igreja não é apenas um lugar agradável, onde há pessoas sorridentes e
hinos bonitos. Isso é apenas a parte visível; em outras palavras, a igreja, na
realidade, é a casa do Oleiro, onde vasos de misericórdia estão sendo
preparados nas mãos do oleiro divino. Deus está fazendo uma grande obra
nesta terra: Ele nos está conformando à imagem de Seu Filho. Por isso Ele
está trabalhando na igreja, em cada um de Seus filhos. Estamos sobre as
“rodas”, e Deus nos está moldando com Suas mãos, por meio de Sua
Palavra.
“Dispõe-te e desce”
Podemos até pensar que essas palavras não foram dirigidas a nós, mas a
Jeremias, lá no Antigo Testamento; e que nós estamos no Novo Testamento
e não somos servos tão especiais como ele foi. Não nos esqueçamos jamais
que a palavra de Deus é viva, eterna e eficaz, e que foi o próprio Deus quem
nos escolheu (Jo 15:16). Somos filhos de Deus e Seus servos nesta era,
portanto, toda a Palavra de Deus é dirigida a nós. Sim, em Jeremias 18:1
lemos: “Palavra do SENHOR, que veio a Jeremias”, porém, sempre que
tivermos um coração correto, voltado ao Senhor, com intenção e motivação
puras, a palavra do Senhor também virá a cada um de nós; e com intrepidez
poderemos até dizer: Palavra do Senhor, que veio a Jeremias, a José, a
Gustavo, a Marina, a Luzia etc. Para sermos servos úteis e fiéis nas mãos do
nosso Possuidor, precisamos desejar que a palavra do Senhor venha a cada
um de nós.
Que o Senhor falou a Jeremias? “Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá
ouvirás as minhas palavras” (v. 2). Isso é o mesmo que dizer “levanta,
desperta!” indicando que, de nossa parte, deve haver uma disposição ativa
para seguir o Senhor. Precisamos sair de toda e qualquer passividade,
inércia e indiferença. Ser passivo é fácil e cômodo: basta cruzar os braços e
esperar eternamente as coisas acontecerem ou não. Porém, dispor-se é mais
difícil, pois exige ação. E que pode ativar, motivar a nossa disposição? Um
alvo. Quanto mais precioso for o nosso alvo maior deve ser a nossa
disposição para alcançá-lo. Por exemplo, se o seu alvo é um dia ter um
excelente emprego na melhor empresa, você precisa dispor-se para isso.
Você vai querer ser o melhor profissional, e para tanto precisará estudar na
melhor escola, e isso requer esforço.
Na vida espiritual a nossa disposição é especialmente importante. O
nosso alvo é ganhar o próprio Cristo com todas as Suas riquezas
insondáveis. Para alcançar o mais elevado alvo do universo, será que não
vale a pena pagar o preço que for necessário? Que o Senhor tenha
misericórdia de nós e abra mais os nossos olhos espirituais para
enxergarmos mais a Sua amável Pessoa. E quanto mais contemplarmos o
Senhor mais atraídos por Ele seremos, e mais de perto vamos querer segui-
Lo! Há um hino que descreve o desejo que um jovem tem de consagrar-se:
Os pecados
Os pecados são apenas o primeiro passo de uma caminhada que leva o
homem para longe de Deus. Os pecados são concebidos na mente (Tg 1:13-
15) e depois de gerados produzem morte. No entanto, o mundo é ainda mais
sutil e prejudicial que os pecados. O mundo não somente contamina e
corrompe o homem, mas principalmente o usurpa e afasta de Deus. O
mundo, não é meramente contra a lei de Deus, como o pecado, mas, pior
ainda, é contra a pessoa de Deus, é contra o próprio Deus.
Quando Adão pecou, ele foi corrompido e contaminado pelo pecado.
Essa contaminação tornou-se como uma doença genética, que se estendeu
por toda a humanidade. Embora Adão tenha cometido tamanho delito, ele
ainda estava sob o alcance de Deus, ainda estava no jardim do Éden, na
esfera do cuidado de Deus. Por isso é que Deus pôde dizer a ele: “Adão,
onde estás?”. Adão estava tentando esconder-se de Deus, mas como ele
ainda estava dentro da esfera do cuidado de Deus, isso não era possível. E
por Adão ainda estar ali, Deus pôde providenciar um meio de restauração,
de redenção para Ele. Deus fez uma vestimenta de peles para Adão e Eva
(Gn 3:21), indicando que houve derramamento de sangue, simbolizando a
redenção.
Mas quando Caim pecou, o resultado foi trágico. Gênesis 4:16 diz:
“Retirou-se Caim da presença do SENHOR”. Aqui vemos uma diferença
crucial. Adão, após pecar, continuou na presença de Deus e pôde, assim, ser
restaurado por Ele. Caim não; ele e seus descendentes saíram da presença
de Deus e estabeleceram uma civilização sem Deus, uma civilização
independente de Deus. É isso que acontece com quem se deixa dominar
pelo mundo. Após sair da presença de Deus, Caim coabitou com sua
mulher, gerou um filho e, por fim, edificou uma cidade... tudo isso sem
Deus!
É por isso que a Bíblia é tão séria ao falar sobre o mundo. Precisamos
perceber a seriedade disso! O mundo não apenas quer estragar, contaminar
e danificar você: o mundo quer tirar você da presença de Deus, quer que
você perca Deus, que se torne inútil para Ele! O mundo se opõe a Deus,
colocando-se no lugar Dele. Não esqueça: enquanto o pecado é contra a lei
de Deus, o mundo é contra o próprio Deus.
Se o mundo é assim, como não o percebemos claramente? É que a sua
ação sobre nós é bastante sutil e imperceptível. Por isso, muitos jovens
cristãos não percebem quando estão sendo atraídos por ele. Exatamente por
não perceberem, a ação do mundo na vida deles é muito mais perigosa que
a do pecado.
Algo que aconteceu em minha casa pode ilustrar bem isso. Costumo
dormir tarde. Então, já era quase uma hora da manhã, e eu estava lendo,
quando comecei a ficar tonto, com dor de cabeça. “Que está acontecendo?”,
perguntei para mim mesmo. Senti que era o gás! Então fui à cozinha
verificar o fogão, e tudo estava fechado, mas o gás continuava saindo. Fui
ao botijão, fechei o registro, mas o gás continuava a sair. Então, descobri
que o botijão estava rachado. Telefonei para a portaria, tiramos o botijão e o
colocamos num terreno baldio próximo ao prédio. Então fui ver minha
esposa e meus filhos. Estavam todos sob o efeito do gás, entorpecidos e
com dor de cabeça. Graças ao Senhor, eu estava acordado, mas e se todos
estivessem dormindo? Assim é o mundo. Ele entra em nosso lar, em nossa
mente, em nossa vida de maneira muito sutil, entorpecendo-nos, matando-
nos aos poucos. Ele vai entrando, entrando, e não percebemos; quando
acordarmos, já será tarde demais: fomos ocupados, usurpados, possuídos
pelo mundo, sem nenhuma oportunidade para Deus agir. Embora atuando
de forma imperceptível, os danos causados pelo mundo podem ser
irreversíveis.
O início do mundo
Antes da queda do homem, todas as suas necessidades básicas eram
atendidas por Deus. Suas necessidades vitais, quer fossem elas biológicas,
psicológicas ou espirituais, tinham em Deus a provisão necessária.
Alimentação, proteção, habitação e prazer eram supridos por Deus para que
o homem vivesse bem na terra. Muitos pensam que Deus criou o homem
para viver como um objeto inanimado, sem sentimento, sem alegria, sem
prazer, sem vida. Mas a Bíblia não revela isso; pelo contrário, após criar o
homem, Deus colocou-o no jardim do Éden, que significa “prazer”. Deus se
preocupava com a satisfação do homem. Naquele lugar aprazível, ele era
atendido por Deus em tudo.
Mas quando o homem se apartou de Deus, a partir de Caim e sua
descendência, que aconteceu? Eles saíram da presença de Deus e,
automaticamente, perderam toda a provisão que vinha da parte de Deus.
Então, houve necessidade de desenvolverem uma civilização sem Deus.
Após sair da presença de Deus, certamente Caim teve medo: “Que será da
minha vida?”, e preocupou-se, pois teria de buscar, por conta própria,
atender suas necessidades básicas. Ele precisava proteger-se, precisava de
alegria e de sustento — tudo o que ele teria se permanecesse na presença de
Deus.
Seus descendentes continuaram essa busca e criaram gado, habitaram
em tendas, tocavam flauta para se alegrar e fizeram para si instrumentos de
ferro e de bronze para defesa (Gn 4:17-22). Vemos que todas essas coisas
foram inventadas para substituir aquilo que poderiam ter sob o cuidado de
Deus; e os homens foram substituindo Deus a ponto de tornarem-se
absolutamente independentes Dele. Isso foi o embrião do que a Bíblia
chama de mundo.
Que é o mundo?
Para manter o homem longe de Deus, Satanás sistematizou, organizou e
planificou todas as atividades humanas e formou o mundo (mundo, em
grego, é kosmos, e significa um sistema ou organização). Essa
sistematização visa ocupar o homem com suas próprias necessidades de tal
modo, que ele venha a não ter tempo nem preocupação com as coisas de
Deus. Isso é muito sutil, pois, por um lado, o homem precisa se preocupar
com alimentação, moradia, prazer, proteção etc., mas, por outro, de tanto
preocupar-se com elas, acaba se tornando um escravo delas. Por fim, ele
consome sua vida com coisas que vão além das suas necessidades. Quando
isso acontece, qualquer coisa é tão importante ou mais importante do que o
próprio Deus. Por isso, Jesus disse àqueles que queriam segui-Lo que se
alguém amasse sua esposa, filhos, casa, mãe, pai etc., mais do que a Ele,
não era digno de ser chamado Seu discípulo. Se alguém quer ser um
discípulo de Cristo, então deve colocá-Lo em primeiro lugar. Portanto,
quando qualquer coisa, atividade ou pessoa toma o lugar de Deus em nós,
isso se torna o mundo para nós.
Essa questão é bastante séria. Quando Satanás consegue afastar alguém
de Deus, ocupando-o com outras coisas, fazendo dessas coisas o seu
mundo, Deus fica como que impossibilitado de agir diretamente naquela
pessoa. Ocorreu algo assim com um conhecido meu. Ele era um rapaz
pobre, mas nós, seus amigos, nos espantávamos pelo fato de ele estar com
as melhores roupas e melhores sapatos. A nossa indagação era: “Como é
que ele consegue tudo isso?”. Não muito tempo depois descobrimos que ele
estava se envolvendo com pessoas imorais que o compravam com
presentes. Infelizmente seu caminho não teve volta, e a última notícia que
tivemos dele é que havia contraído uma doença grave (que talvez fosse aids,
pois essa doença ainda não havia sido identificada naquela época).
Essa história mostra exatamente a ação do mundo numa pessoa. Ele
começou a receber roupas novas, sapatos novos, carros novos e até um
apartamento. Certamente essas coisas foram dadas a ele, pouco a pouco,
com um objetivo bem definido: atraí-lo para “um mundo melhor”, longe de
sua pobreza. Assim é o mundo: ele começa entrando sorrateiramente em
nossa vida, envolvendo-nos sutil e gradualmente, a tal ponto que somos
levados para bem longe de Deus.
B. Música
Por não se ocupar com as coisas de Deus, muitos jovens têm sido
usurpados pela música mundana a ponto de não conseguir dormir sem ouvi-
las. Eles andam, almoçam, estudam e dormem com fone nos ouvidos,
conhecem todas as letras, todas as bandas e todos os cantores. No entanto,
nas reuniões da igreja, quando cantam parecem múmias: indiferentes, sem
sentimento ou reação à letra dos hinos. São capazes de ficar horas e horas
ouvindo e cantando músicas das quais não sabem o significado, mas são
incapazes de apreciar uma música que fala do amor de Deus. Isso acontece
porque seus lábios e seu coração estão cheios das músicas do mundo. Se
não nos ocuparmos com as coisas de Deus, certamente as coisas do mundo
virão e ocuparão nossa mente.
É verdade que quase todos os jovens gostam de músicas, e também é
verdade que Deus pode usar a música para falar conosco. Assim, por que os
jovens não dedicam o potencial musical que têm para fazer músicas e hinos
para Deus? Ou por que não dedicam seu tempo para apreciar e desfrutar
músicas que possam ajudá-los em sua experiência espiritual?
C. Moda
Outra coisa que tem usurpado os jovens da presença de Deus é a moda.
Li uma reportagem sobre empresas que estão conseguindo lucrar em meio à
presente crise econômica. Entre as empresas mencionadas, as que produzem
moda jovem se destacam. Por quê? Alguns jovens que foram entrevistados
disseram que gastam o salário do mês em roupas. Outros gastam o salário
para comprar um par de tênis. Isso acontece por causa da vida sem sentido
que os jovens vivem, totalmente alienados do propósito de Deus. Eles
gastam todo o salário para não ser diferentes dos outros jovens que, como
eles, vivem uma vida fútil, materialista e consumista. Não há nada de mal
em comprar roupas ou tênis, mas aquilo que excede suas necessidades
diárias torna-se seu mundo, e dar tudo o que tem para adquirir essas coisas
mostra quão vazio você está.
O exemplo da laranja
Assim como uma laranja, você pode estar sendo sugado pelo mundo. O
mundo extrai o seu “suco” tudo o que é precioso em você, que é sua
juventude, sua vitalidade, sua inteligência. Por fim, quando você não tiver
mais vitalidade, ele o joga fora, como um bagaço de laranja, e diz: “Agora
você pode servir a Deus”. Por causa de uma vida estressada, por gastar
dinheiro naquilo que não é essencial, alimentando-se mal, você pode tornar-
se uma pessoa doente, dependente de remédios, de tranquilizantes. Como
servir a Deus assim? É claro que mesmo nessas condições poderemos
receber a salvação de Deus, mas Satanás conseguiu seu objetivo: inutilizar
você quanto ao serviço a Deus.
Se você percebe que sua vida está assim, ou dirigindo-se para isso, não
espere tornar-se um “bagaço” para, então, decidir servir ao Senhor. O Oleiro
quer você agora, no vigor da sua vida. Isso não significa que você não deva
estudar ou trabalhar; você deve fazer isso para ser um vaso útil na mão do
seu Possuidor. Estude e dê o melhor de si, não para ser alguém importante
no mundo, mas para ser útil para Deus. Deus precisa de jovens que sejam
Seus utensílios de honra, jovens que façam diferença onde quer que
estejam, quer nas universidades, quer nas empresas; jovens que tenham
clareza que Deus os colocou ali para ser os vasos escolhidos para levar o
nome do Senhor às pessoas.
O exemplo de Paulo
Paulo estudou aos pés de Gamaliel. Isso seria o mesmo que estudar em
Oxford hoje. Portanto, a formação de Paulo foi a melhor que alguém
poderia receber, só possível às famílias mais nobres e ricas da época. O
próprio apóstolo Pedro reconheceu a sabedoria de Paulo, dizendo: “O nosso
amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada (...)
coisas difíceis de entender” (2 Pe 3:15-16). Além disso, Paulo falava várias
línguas. Em uma ocasião ele falou em aramaico, um dialeto hebraico usado
na Palestina (At 21:40; 22:2 - BJ), logo depois de ter falado em grego
(21:37). Provavelmente falava o latim, pois possuía a cidadania romana
(22:27-28). Mostrou que conhecia a literatura grega ao mencionar frases
dos poetas gregos Arato e Cleanto em seu discurso no Areópago, onde
costumavam reunir-se as pessoas mais cultas de Atenas (17:28, 22). Isso
tudo foi possível, porque Paulo foi preparado pelo Senhor para ser um vaso
útil em Suas mãos (9:15).
O processo do Espírito
Essa composição toda do óleo sagrado da unção representa o processo
pelo qual o Espírito de Deus passou até se tomar disponível a todos nós. Em
Gênesis 1:2 havia o Espírito de Deus; depois, ainda no Antigo Testamento,
encontramos várias vezes o título Espírito do Senhor. Quando chegamos ao
Novo Testamento vemos o Espírito Santo. Em Atos e nas epístolas
encontramos outros títulos tais como o Espírito de Jesus (At 16:7), o
Espírito de Cristo (Rm 8:9); o Espírito de Jesus Cristo (Fp 1:19) e o Espírito
(Ap 22:17). Será que há vários Espíritos? Certamente, não! Como, então,
podemos explicar os diversos títulos dados ao Espírito?
Pelo óleo sagrado da unção podemos entender essa questão. No
princípio vemos apenas o Espírito de Deus, representado pelo him de azeite.
Ao Espírito de Deus foram adicionados outros elementos tais como a
encarnação de Cristo, Seu viver humano, Sua morte e Sua ressurreição. Não
encontramos esses elementos no Espírito de Deus em Gênesis. Por isso em
João 7:39 lemos: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao Espírito que
haviam de receber os que Nele cressem; pois ainda não havia o Espírito ,
porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. Por meio da Sua morte e
ressurreição, Jesus foi glorificado (Lc 24:26). Na Sua ressurreição Ele se
tornou o Espírito que dá vida (1 Co 15:45). Por isso 2 Coríntios 3:17 diz:
“Ora, o Senhor é o Espírito”.
Você já havia percebido que no Espírito há tudo o que necessitamos para
uma vida cristã normal? Porém, muito mais do que conhecer os
significados, Deus deseja que você saiba aplicar o Espírito em sua vida. Por
exemplo, você sabe que não deveria amar as coisas do mundo, mas ama.
Porém, em vez de usar o Espírito que habita em você, o qual possui a cruz
de Cristo, por meio da qual você já foi crucificado para o mundo e o mundo
para você (G1 6:14), que você faz? Muitos ficam em seus pensamentos:
“Eu não quero amar o mundo, não quero...”, e, assim, fazem um esforço
terrível para não amar o mundo, todavia são derrotados e se frustram. Qual
é a saída?
Em Zacarias 4:6 o Senhor disse: “Não por força nem por poder, mas
pelo meu Espírito”. Hoje, na nova aliança, pelo Espírito que nos foi dado,
podemos agradar a Deus. Se o Espírito já passou por todo um processo e é
composto do próprio Deus que se tornou carne, teve um viver humano, e
nele passou por vários sofrimentos, foi crucificado, morreu, foi sepultado,
ressuscitou, ascendeu e foi glorificado, então, por que ainda vivemos às
vezes tão “secos”? A resposta é simples: É porque não aplicamos tal
Espírito todo-inclusivo. Suponha que você esteja com a pele muito seca,
rachando. O que você precisa fazer é passar um creme, não é mesmo?
Assim deveria ser com respeito ao Espírito — tudo o que precisamos fazer
é aplicá-Lo. Aleluia! o Espírito é o melhor unguento que existe!
A aplicação do Espírito
Embora tenha tal “unguento”, o Espírito, a pergunta é: Você sabe aplicá-
lo? Você tem aplicado o Espírito? Quando vemos alguns jovens cristãos
parados, inertes, sem reação à palavra de Deus, aos testemunhos, aos hinos,
perguntamos: Se esse jovem tem o Espírito de Deus, por que não O usa?
Por isso, quando falamos sobre a aplicação do Espírito percebemos que
há uma batalha espiritual acontecendo. Você pode ir à reunião da igreja,
ouvir as palavras que são compartilhadas, porém não toca no Espírito que
há na Palavra de Deus. Por que isso acontece? É porque você não usou ou
não sabe usar o seu espírito. Portanto, primeiramente você precisa perceber
que o Espírito de Deus está em você, no seu espírito (Rm 8:9, 16). Tudo o
que Deus é, tem, fez e pode fazer está dentro de você. Mas você precisa
exercitar o seu espírito para tocar no Espírito que há na Palavra.
O que acontece em geral é que você chega na reunião, senta no lugar de
costume e começa a usar seus pensamentos: “Este hino não é legal... não
quero orar... este irmão não sabe falar... esta mensagem eu já sei...”. Assim,
não é de admirar que você saia exatamente como entrou: seco
espiritualmente e sem vida.
Se não usamos o nosso espírito quando buscamos a Deus, parecerá que
Deus está muito distante de nós. Se não aplicamos o Espírito que Ele já nos
deu, seremos Seus devedores. Não foi fácil para Deus entrar na
humanidade. Não foi fácil para Ele viver trinta e três anos de sofrimentos e
restrições, sendo Ele o ilimitado e infinito Deus. Não foi fácil morrer numa
cruz. Ele, porém, passou por tudo isso, ressuscitou, ascendeu ao céu e foi
glorificado para poder vir morar em nós. Agora, Ele, como o Espírito da
realidade de tudo isso, está em nosso espírito. Se não O usamos nem O
aplicamos, seremos como um filho cujo pai viajou deixando-lhe dinheiro
suficiente para comprar tudo o que necessitasse, mas ele não usou o que lhe
foi dado. Quando o pai voltou, encontrou-o esquelético, sujo e maltrapilho.
Quão triste e preocupado esse pai não ficou! Igualmente entristecemos o
Senhor todas as vezes que não usamos o Espírito, a herança inesgotável que
Ele nos deixou.
O Espírito deve ser aplicado também na questão de amar o mundo, que
é um problema para a maioria dos jovens cristãos. Na verdade o maior
problema que um jovem cristão possui é não usar o Espírito. Em seu
espírito há o Espírito de Deus, e no Espírito de Deus há o poder para vencer
o mundo. Se você é alguém que em vez de deixar de amar o mundo procura
encher-se do Espírito, espontaneamente o mundo perderá sua atração. No
Espírito há a realidade da cruz, que faz morrer o amor pelas coisas do
mundo. Para experimentar a cruz de Cristo, você não precisa voltar dois mil
anos, nem precisa ir para a Palestina; você só precisa voltar ao seu espírito e
dizer ao Senhor: “Senhor Jesus! Senhor, o mundo tem sido tão atraente para
mim, mas eu me volto a Ti. Senhor Jesus, o meu desejo é ser enchido com
Teu Espírito. Senhor, satura-me de Ti”.
Outra coisa comum entre os jovens é a falta de motivação.
Principalmente na segunda-feira, muitos jovens estão “pra baixo”. Quando
você conversa com eles, eles dizem: “Ah! Estou mal, estou desanimado”.
Você já esteve nessa situação? Como sair dela? Você não quer estar assim,
mas não tem forças para sair desse estado de desânimo. Nessa situação é
hora de exercitar seu espírito, pois nele há o Espírito que dá vida, que
ressuscitou a Jesus dentre os mortos. Quando você volta ao seu espírito e
diz: “Senhor Jesus! Aleluia pela Tua ressurreição. Senhor, por meio dela Tu
venceste a morte. Por meio do Teu Espírito que em mim habita, também
posso sair dessa esfera de morte. No Teu Espírito há poder suficiente para
me libertar de todo o desânimo. Senhor Jesus, vem encher-me agora com o
Teu Espírito!”.
Quantas vezes você já se sentiu acusado por Satanás? Quantas vezes
você não sabia o que fazer? Lembre-se: um dos componentes do óleo
sagrado da unção era a cássia, uma especiaria que era utilizada como
repelente de serpente. Isso também está no Espírito que habita em você.
Como a luz repele as trevas, o Espírito repele as acusações de Satanás. Você
pode dizer a Satanás: “Satanás, vá embora. Em mim não há lugar para você
e para suas acusações. Não preciso de você, tampouco preciso das suas
acusações. Tudo o que eu preciso é voltar ao meu espírito e tocar no
Espírito de Deus. Em meu espírito há o Espírito da verdade. Por isso,
Satanás, vá embora, e leve junto todas as suas acusações”.
Pode ser também que você se encontre numa situação sem saída. Você
olha para todos os lados, para todas as pessoas, e não vê como sair de certa
dificuldade. Aparentemente essa dificuldade ou problema que você está
enfrentando é intransponível aos seus olhos. Nessa hora você precisa
exercitar o seu espírito para tocar no elemento da ascensão que está em
você. Ore ao Senhor: “Senhor Jesus, quantas coisas nesta terra não tentaram
prender-Te? Porém Tu superaste todas elas. Senhor, na situação que estou
passando não vejo saída, mas quero experimentar a Tua ascensão agora.
Não me importo que os problemas continuem, tão-somente quero
transcendê-los. Senhor Jesus, mais uma vez enche-me com o Teu Espírito.
Quero estar no lugar em que Tu me puseste, quero estar Contigo nos lugares
celestiais”.
Exercitar o espírito
Tudo o que precisamos é exercitar o nosso espírito. Como todo
exercício, no início pode parecer estranho: talvez você sinta certo
desconforto, mas não deve parar. Em 1 Timóteo 4:7-8 é dito que se deve
exercitar a piedade. Piedade refere-se às coisas relacionadas com Deus.
Para exercitar-se nas coisas relacionadas com Deus, você precisa usar o
“órgão” certo. Se você quer ser um corredor, você precisa exercitar os
músculos da perna e do abdômen. Se você quer ser alguém que se exercita
nas coisas relacionadas com Deus, então precisa usar seu espírito.
Hoje, no mundo, há uma geração que verdadeiramente cultua o corpo,
fazendo ginástica rítmica, aeróbica, musculação etc. Como é dito em 1
Timóteo 4, o exercício físico tem pouco proveito, por isso não precisamos
dar muita atenção a isso. Mas o que queremos enfatizar é: quem hoje está
exercitando o espírito? Muito poucos têm se preocupado com isso, mas o
exercício da piedade é que tem a promessa da vida que agora é, e da que há
de ser.
Portanto esperamos que vocês, jovens, exercitem o espírito. Pelo fato de
não termos usado o espírito durante muito tempo, este órgão em nós está
atrofiado. O espírito está lá, porém não conseguimos levá-lo a funcionar
normalmente. Quando um braço ou uma perna é engessado por muito
tempo, ao se tirar o gesso não se consegue, imediatamente, usá-lo como
antes. Há necessidade de se fazer fisioterapia. A fisioterapia consiste em
fazer exercícios específicos, frequentes e progressivos até que o membro
outrora engessado possa voltar às suas funções normais. Da mesma
maneira, nosso espírito precisa de uma “espiritoterapia” ou
“pneumoterapia”. Nosso espírito tem ficado “atrofiado” pelo fato de só
usarmos nosso corpo e nossa psique, nossa alma. Pouca atenção temos dado
ao espírito. Agora é hora de começarmos a exercitá-lo de maneira frequente
e progressiva.
Meios de exercitar o espírito
Quando oramos, estamos exercitando a comunhão com Deus e isso é
exercitar o espírito. Quando sua consciência é tocada, e você imediatamente
trata com o que nela foi apontado como contrário a Deus, isso também é
exercitar o espírito. Por exemplo, quando você está entre amigos falando
palavras fúteis, interiormente você começa a sentir algo: há um “alarme”
interior indicando que você deve parar. Se ouve o “alarme” e não obedece,
você está deixando de exercitar seu espírito. Na próxima vez será mais
difícil ainda. Mas, se ao ouvir o “alarme” da sua consciência você obedece,
então estará exercitando seu espírito. Na próxima vez, você será mais
sensível quando estiver falando o que não deve, e será mais rápido em
parar. Por quê? Porque seu espírito estará mais forte.
Outro meio para exercitar continuamente nosso espírito é invocar o
nome de Jesus. É claro que invocar o Senhor não deve ser feito usando
apenas a boca. Romanos 10:9 mostra que confessamos com a boca e cremos
com o coração. Portanto, quando invocamos o nome do Senhor Jesus,
devemos também usar o nosso espírito. Invocar o nome de Jesus é algo
muito simples e prático, porém pouco invocamos. O motivo de não
praticarmos é que Satanás quer calar-nos; ele quer calar a boca de todos os
cristãos. Em Gênesis 4 vemos um contraste entre a descendência de Caim e
a descendência de Sete. Enquanto Caim e sua descendência estavam
procurando algo para substituir Deus, Sete e sua descendência estavam
dependendo do Senhor, pois viram que eram frágeis (Enos, o nome do filho
de Sete, significa frágil) e, assim, começaram a invocar o nome do Senhor
(v. 26).
Precisamos ver que como vasos de barro somos frágeis, mas pelo fato
de termos o Espírito em nós, temos um tesouro dentro de nós (2 Co 4:7).
Deus sabe que somos frágeis, mas Ele já nos deu o Seu Espírito. Por meio
do Espírito que hoje habita em nosso espírito somos fortalecidos. Este
Espírito é o mesmo que habitava nos cristãos na época de Atos. Embora
fossem perseguidos por causa do Senhor, eles não desanimavam. Naquela
época eles nem tinham o Novo Testamento escrito. Talvez tivessem
algumas partes do Antigo Testamento. Não tinham os recursos nem as
facilidades que temos hoje, porém a vida deles era bastante vitoriosa. Que
faziam? Será que eles eram melhores que nós? Será que a carne deles era
melhor que a nossa? Não, eles simplesmente usavam o espírito e invocavam
o nome do Senhor em todo lugar (1 Co 1:2). Vemos isso claramente na
experiência de Estêvão (At 7:54-60). Debaixo de uma perseguição furiosa,
ele estava cheio do Espírito Santo, orando e invocando o nome do Senhor.
Como ele poderia suportar aquele apedrejamento? As pedras que recebeu
não o abalaram, mas a sua atitude, as suas palavras, a sua oração certamente
abalaram aqueles perseguidores. A Bíblia diz que Estêvão naquela hora
estava invocando: “Senhor Jesus”. Embora ele tenha adormecido no corpo,
ele foi vitorioso em seu espírito. Certamente o testemunho dele deve ter
impressionado Paulo. Mais tarde, o próprio Paulo tornou-se alguém que
invocava o nome de Jesus (22:16), e até mesmo aconselhou seu jovem
cooperador Timóteo a estar junto com todos aqueles que invocam o nome
do Senhor (2 Tm 2:22).
O Senhor sempre foi tão rico para com todos os que O invocavam. Será
que Ele mudou? Se o Senhor é tão maravilhoso, poderoso, atuante e
disponível, por que ainda vivermos uma vida tão miserável, fraca, seca,
faminta e desesperada? O Senhor é o Espírito, e hoje Ele está em nós.
Precisamos conhecer Seu trabalhar em nosso interior. Quanto mais tivermos
comunhão com Ele, mais cheios do Espírito Santo seremos. Quanto mais
comunhão com Ele, mais seremos enriquecidos com Seus elementos.
Experimentaremos vida, vigor, frescor e novidade interior.
Seguir a unção
Pelo fato de habitar em nós, o Espírito Santo está se movendo em nosso
interior. A esse mover interior do Espírito em nós chamamos de unção. No
Antigo Testamento vimos que a unção estava relacionada com a obra de
Deus. Tudo o que era ungido era separado, santificado e consagrado a Deus.
Qualquer coisa, objeto ou pessoa ungida, não era mais comum. Por isso,
sacerdotes, reis e profetas foram ungidos para servir a Deus.
O propósito de Deus ao ungir alguém é capacitar essa pessoa para servi-
Lo. Em 2 Coríntios 3:5 lemos que a suficiência dos apóstolos vinha de
Deus. Eles reconheciam que sem Deus nada podiam fazer na obra de Deus.
E você? Será que tem tentado fazer algo para Deus sem ter Ele próprio
como o conteúdo da Sua obra? Ou tem tentado usar toda a sua força para
fazer aquilo que Deus não quer que você faça? A obra de Deus não é por
força nem por poder, mas pelo Seu Espírito.
Na obra de Deus em nossa vida diária, precisamos aprender a seguir a
unção interior. Em 1 João 2:27 está escrito: “Quanto a vós outros, a unção
que Dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as
coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos
ensinou”. Vemos aqui que a unção nos ensina a respeito de todas as coisas.
Se somos carentes quanto a esse tipo de experiência, é porque não temos
procurado ter comunhão com Deus em todas as questões; não temos
exercitado nosso espírito.
Normalmente só buscamos a orientação de Deus quando não temos mais
saída. Só quando nos encontramos em uma situação muito difícil é que
recorremos a Deus, orando de maneira desesperada: “Ó Senhor, preciso
tanto de Sua orientação...”. Nas situações comuns achamos que não
precisamos buscar a Deus, nem seguir o sentimento interior que Ele nos dá.
Por exemplo, quando vamos comprar roupas, tudo o que nos interessa é se
temos dinheiro e se gostamos da roupa que queremos comprar. Satisfeitas
essas duas exigências, logo compramos o que queremos. Semelhantemente,
ao escolher o curso que vai fazer, você pode estar apenas pensando naqueles
que estão na moda, que levam o tempo mínimo para concluir ou nos que os
outros desejam que você faça. Isso se aplica a outras situações tipo: Onde
passar férias? Que devo fazer neste final de semana? etc. Muitos jovens
perdem a oportunidade de ter a rica experiência de ouvir o próprio Deus
falando com eles, ensinando-lhes que caminho seguir, porque tão logo surge
uma dúvida quanto ao que fazer, logo buscam a resposta de alguém:
“Irmão, que devo fazer?... que curso devo fazer?... que você acha disso?”.
Não há nada contra consultar alguém mais experiente, mas o que você
não pode perder é a experiência de ouvir o que Deus acha, o que Deus
pensa sobre tal assunto. Quero ajudá-los a consultar Deus em tudo o que
vocês forem fazer. Temos o Espírito em nós, só que não O usamos. Quantas
experiências ricas teríamos se tão-somente seguíssemos o ensinamento da
unção em nosso interior. Se a cada atitude procurássemos ver ou perceber o
que a unção quer ensinar-nos, quão cheios de vida seriamos! Se você, ao
sair para fazer compras, orasse assim: “Senhor Jesus, que tal se sairmos
juntos para fazer algumas compras?”. Você também poderia dizer-lhe:
“Senhor, essa cor está bem?”. A mesma coisa quanto ao fazer um curso ou
uma viagem: “Senhor Jesus, o que Tu achas desse curso, devo fazê-lo ou
não?”. “Senhor, onde ir nas minhas férias? Quantos dias devo permanecer
lá?”.
Aleluia! Hoje já possuímos a unção que vem do Santo (1 Jo 2:20).
Possuímos tal Espírito maravilhoso em nós. Deus tão-somente espera que
usemos tudo aquilo que Ele já nos deu. Se desprezamos ou não usamos esse
sentimento interior que se move em nós, somos devedores ao que Deus
investiu em nós. Além disso nossa vida parecerá um deserto: rotineira e sem
valor. Deus nos deu um espírito para usarmos. Sem usá-lo como podemos
ouvir a Sua voz? Se ficamos apenas arrazoando em nossa mente sobre o que
se deve fazer ou sobre aonde ir, perderemos a doçura de ter o falar de Deus,
a orientação de Deus, o guiar de Deus e o ungir de Deus. Quando você usa
seu espírito e segue o sentimento da unção interior desfrutará paz e força
interiores. Você saberá exatamente quando Deus está falando com você e
descobrirá o que Lhe agrada e qual é a Sua vontade.
Seguir a unção do Espírito pode parecer algo difícil para você. Alguns
podem até pensar: “Como vou saber que foi Deus que falou comigo?”. Não
fique preocupado, apenas exercite. Você perceberá quando Deus estiver
falando com você, e isso o encherá de alegria e paz interior. Colossenses
3:15 ensina que a paz de Cristo é o árbitro em nosso coração. Se toda esta
geração de jovens exercitar o espírito, uma “usina nuclear” será acionada:
“Saia da frente..., porque ninguém segura”. Vocês estarão experimentando a
glória permanente, que não se desvanece. Serão enchidos de Deus e da Sua
plenitude. Serão saturados do Espírito Santo. Quando alguém tocar em
vocês, será como quem toca em “tinta fresca”. As pessoas perceberão que
vocês não são mais comuns. Portanto, quanto mais seguirmos o
ensinamento da unção nas coisas mínimas do viver diário, como
vestimenta, corte de cabelo, atitudes, palavras etc., mais desenvolveremos
essa sensibilidade de vida e mais conheceremos o próprio Deus. Louvado
seja o Senhor!
Capítulo Cinco
O MELHOR INVESTIMENTO