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Fichas de avaliação Ficha de avaliação n.

° 5

Ficha de avaliação n.° 5

Nome: N.° Turma:

Data: Avaliação: Professor:

Grupo I
Texto 1
A Zona Sul Portuguesa (ZSP) é uma área tectónico-estratigráfica constituída essencialmente
por rochas metamórficas (fig. 1).

Fig. 1. Geologia simplificada da Zona Sul Portuguesa.

De NE para SW identificam-se quatro domínios, dispostos por ordem decrescente de idade:


Domínio de Pulo do Lobo – estrutura antiforma com rochas metamórficas com foliação no se-
tor norte, que se vai tornando menos notória para sul, até se encontrar rochas sedimentares.
Faixa Piritosa – sequência complexa de rochas metamórficas, como xistos e quartzitos, entre
os quais se encontra um complexo vulcano-sedimentar, resultante da acumulação de materiais
vulcânicos ácidos e básicos.
Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (GFBA) – que inclui três grandes formações rochosas,
sucessivamente mais recentes, de NE para SW: Formação de Mértola, Formação de Mira e Forma-
ção da Brejeira. Estas unidades, constituídas por xistos e quartzitos (resultado do metamorfismo de
argilitos, arenitos e grauvaques), formaram-se por deposição de sedimentos numa profunda bacia
oceânica, há 330 Ma a 310 Ma. À medida que os continentes que a rodeavam se aproximavam, a
pressão alterou e dobrou as rochas sedimentares, dando origem às atuais rochas metamórficas.
Setor Sudoeste (SW) – constituído por arenitos e siltitos, que se encontram intercalados com
xistos argilosos e, por vezes, com quartzitos.
Baseado em Oliveira, J. T. et al. (2013). Geologia da Zona Sul Portuguesa, com enfase na estratigrafia, vulcanologia
física, geoquímica e mineralizações da Faixa Piritosa. In R. Dias, A. Araujo, P. Terrinha, J.C. Kullberg (Eds), Geologia de
Portugal – volume 1: Geologia Pré-mesozoica de Portugal (pp. 673-765). Lisboa: Escolar Editora. ISBN: 9789725923641
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1. Os xistos do GFBA apresentam uma textura , o que indicia, essencialmente,


a influência de pressão a atuar sobre os minerais.
(A) granoblástica … tectónica (C) foliada … tectónica
(B) foliada … litostática (D) granoblástica … litostática
2. As rochas mais antigas do Pulo de Lobo ocupam o núcleo da dobra, constituindo um ,
no qual se verifica, de norte para sul, um grau de metamorfismo .
(A) sinclinal … menor (C) anticlinal … maior
(B) sinclinal … maior (D) anticlinal … menor
3. No domínio de Pulo do Lobo encontram-se rochas vulcânicas básicas interestratificadas
(anfibolitos), que resultaram do metamorfismo de antigas rochas da crusta oceânica.
Considere as afirmações seguintes e selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Os anfibolitos contêm minerais máficos herdados dos seus protólitos.
II. O metamorfismo pode modificar a proporção inicial de isótopos das rochas devido à ação
dos fluidos associados.
III. O grau de metamorfismo das rochas pode ser usado para determinar as condições
paleoambientais de sedimentação.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

4. Estabeleça a correspondência correta entre as descrições relativas a diferentes tipos de


rochas metamórficas, na coluna I, e a designação correspondente, na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Rocha existente na auréola de metamorfismo resultante (1) Mármore
de argilitos. (2) Ardósia
(b) Rocha resultante da recristalização de minerais (3) Micaxisto
carbonatados por ação de temperaturas elevadas. (4) Gnaisse
(c) Rocha de baixo grau de metamorfismo em que poderá (5) Corneana
existir andalusite.

5. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com as rochas da Zona Sul Portuguesa,


selecione as duas que estão corretas.
I. O tipo de metamorfismo que originou as rochas da ZSP foi essencialmente de contacto.
II. No sul da formação de Pulo do Lobo pode encontrar-se silimanite.
III. As rochas metamórficas resultaram essencialmente do metamorfismo de rochas
sedimentares detríticas.
IV. Próximo do maciço de Monchique, que constitui uma das intrusões magmáticas,
é possível encontrar corneanas.
V. A deposição dos sedimentos que viriam a originar as rochas do GFBA ocorreu,
sucessivamente, de sudoeste para nordeste.

6. Explique de que modo, a partir do estudo dos minerais polimorfos de silicato de alumínio de
uma rocha metamórfica, se pode inferir a profundidade a que a mesma se formou.
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Texto 2
Um dos locais de referência da ZSP é a ponta do Telheiro, onde se encontram, essencialmente,
xistos depositados em ambientes marinhos profundos, do Paleozoico Superior, com estruturas de
deformação com direção geral NW-SE, observando-se dobras com plano axial vertical.
Sobre as rochas da ZSP encontram-se depósitos areníticos depositados em clima árido do
Mesozoico Inferior (Triásico), constituídos por estratos detríticos sub-horizontais que apresentam,
em alguns locais, falhas. Estes formam uma clara discordância litológica e geométrica com as ro-
chas mais antigas (fig. 2).
A B
Grés de Silves Me-
sozoico (Triásico)

Formação da Brejeira
Paleozoico (Carbónico)

Fig. 2. Zona Sul Portuguesa (ZSP). A Praia do Telheiro. B Falha nos grés de Silves.
7. As rochas da Formação da Brejeira foram sujeitas a forças e a deformação que atingiu
os grés de Silves ocorreu num regime .
(A) distensivas … distensivo (C) compressivas … compressivo
(B) distensivas … compressivo (D) compressivas … distensivo
8. As forças que atuaram nas deformações da Formação da Brejeira teriam orientação
(A) NE-SW, provocando uma deformação plástica nas rochas, em profundidade.
(B) NE-SW, provocando uma deformação elástica nas rochas, à superfície.
(C) NW-SE em rochas sujeitas a um comportamento dúctil.
(D) NW-SE em rochas sujeitas a um comportamento frágil.

9. A falha visível na figura 2B é considerada e, se a deformação tivesse ocorrido em


profundidade, poderia ter dado origem a um .
(A) normal … cisalhamento (C) inversa … dobramento em antiforma
(B) normal … estiramento (D) inversa … dobramento em sinforma
10. As rochas da Formação da Brejeira resultaram de processos de metamorfismo
(A) de contacto que afetaram grandes extensões de depósitos sedimentares.
(B) de contacto que levaram à formação de rochas com textura foliada.
(C) regional que provocaram a recristalização de rochas sedimentares detríticas.
(D) regional que originaram o aparecimento de rochas com elevado grau de metamorfismo.

11. Ordene as afirmações seguintes, identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir


a sequência correta dos acontecimentos geológicos da praia do Telheiro.
A. Deformação de rochas com comportamento dúctil.
B. Deposição de sedimentos argilosos.
C. Deformação de rochas com comportamento frágil.
D. Atuação de tensões diferenciais em profundidade.
E. Emersão e deposição de areias.
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12. Com base na figura 2, explique a afirmação: “O tipo de forças que atuou no Paleozoico já não
existia no Mesozoico Inferior.”

Texto 3
A Faixa Piritosa Ibérica (FPI) localiza-se na região SW da Península Ibérica e integra a Zona Sul
Portuguesa (fig.3). Na FPI ocorrem jazigos de sulfuretos polimetálicos, nos quais predomina a pirite
(FeS2), que foram extensamente explorados nos últimos 2000 anos. Estes jazigos resultam de ati-
vidade vulcânica ocorrida num antigo oceano. Desta atividade, encontra-se hoje um complexo vul-
cano-sedimentar, que contém rochas vulcânicas ácidas e básicas e sedimentos siliciosos.
Em Portugal, várias áreas mineiras foram exploradas, umas até à exaustão do recurso (S.
Domingos) e outras por perda do interesse económico (Caveira, Lousal e Cercal). A diminuição da
atratividade económica resulta do facto de, nos anos 80 do século passado, se ter iniciado o apro-
veitamento de enxofre como subproduto das plataformas de extração de petróleo. A consequência
foi o encerramento sucessivo das explorações mineiras de pirite portuguesa.
Atualmente, encontram-se em atividade as minas de Aljustrel e de Neves-Corvo. Aljustrel iniciou
a atividade aproveitando a pirite como fonte de enxofre, usando-a, agora, como fonte de cobre e
zinco. A mina de Neves-Corvo iniciou a atividade como fonte de cobre (a partir de 1988), estanho
(entre 1990 e 2005) e zinco (a partir de 2006).

Fig. 3. Geologia simplificada e principais explorações na Faixa Piritosa Ibérica.

Baseado em https://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/2392/1/36027.pdf [consult. mar 2022]

13. De acordo com o texto, os recursos explorados na faixa piritosa são


(A) renováveis, associados a concentrações de minérios iguais ao seu clarke.
(B) renováveis, associados a reservatórios de rochas que constituem a ganga e o minério.
(C) não renováveis, associados a concentrações de minérios superiores ao seu clarke.
(D) não renováveis, associados a reservatórios de rochas que constituem a ganga.

14. A exploração no Cercal deixou de ter interesse, pois


(A) esgotou-se o recurso com a exaustão de exploração.
(B) deixou de ser uma reserva.
(C) apesar de continuar a ser uma reserva, perdeu interesse económico.
(D) esgotou-se o recurso e, consequentemente, a reserva.
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15. As rochas magmáticas existentes na zona resultaram da consolidação de magmas


(A) basálticos e riolíticos.
(B) a diferentes profundidades.
(C) associados a limites convergentes com subducção.
(D) com um teor em sílica de cerca de 55%.

16. A NW de Aljustrel ocorre a falha da Messejana, que mostra componente de movimento


horizontal. Esta deformação pode estar associada a limites
(A) transformantes, com a possibilidade de ocorrência de cisalhamento em profundidade.
(B) transformantes em que ocorre descida do teto em relação ao muro.
(C) convergentes em que ocorre subida do teto em relação ao muro.
(D) convergentes, com a possibilidade de ocorrência de dobramento em profundidade.

17. Explique a influência da exploração petrolífera no encerramento da maioria das minas de pirite
em Portugal.

Grupo II encontram-se na tabela I.

A determinação da permeabilidade de materiais


geológicos pode ser demorada e complexa, pelo que
se pode recorrer a métodos mais expeditos, como a
determinação da porosidade e da porosidade eficaz,
como está descrito no dispositivo experimental da figu-
ra 4.
Procedimento
• Numa proveta adicionaram-se seixos de dimensões
aproximadas, noutra areia grosseira e noutra areia
argilosa.
• As provetas foram enchidas com água até ao topo do
sedimento (passo 1). Foi registado o volume gasto, a
que corresponde o volume de vazios (Vv).
• A água foi recuperada para uma segunda proveta
(passo 2). Foi registado o volume escoado (Ve).
Com os resultados experimentais e com recurso às
fórmulas a seguir apresentadas, foi determinada a po-
rosidade e a porosidade eficaz, sendo esta última uma
forma de expressão da permeabilidade. Os resultados

Fig. 4. Dispositivo experimental.

Vv(volumes vazios) Ve(volumes de água escoada)


P(porosidade) = x 100 PE(porosidade eficaz) =
Vt(volume total) Vt(volume total)

Tabela I. Resultados experimentais.

Seixos Areia grosseira Areia argilosa


Porosidade (%) 30 20 40
Porosidade eficaz (%) 80 20 0
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1. Considere as afirmações seguintes, relativas à atividade experimental realizada, e selecione


a opção que as avalia corretamente.
I. A porosidade eficaz é diretamente proporcional à porosidade.
II. Sedimentos de grande tamanho e bem calibrados têm permeabilidade elevada.
III. Quanto menor for o tamanho dos sedimentos, menor é a sua porosidade.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

2. Os resultados da experiência sugerem que valores elevados de porosidade eficaz estão


associados a
(A) sedimentos bem calibrados. (C) sedimentos mal calibrados.
(B) porosidades elevadas. (D) porosidades quase nulas.

3. Relacione a porosidade da areia argilosa com a sua reduzida porosidade eficaz.

Grupo III
As minas de Neves-Corvo localizam-se no concelho de Castro Verde. Entre os 400 e os 700
metros de profundidade, em rochas metamórficas, são extraídos sulfuretos metálicos, uma família
de minerais de enxofre, dos quais é recuperado cobre, estanho e zinco.
Em 1979, iniciou-se a monitorização da água subterrânea na área da mina, principalmente atra-
vés da monitorização do nível hidrostático. Em 1985 estavam já definidos os aquíferos que a explo-
ração interseta (fig. 5). À superfície, e até 50 metros de profundidade, encontra-se um aquífero livre,
com águas bicarbonatadas, que depende de uma zona de meteorização superficial, a que se segue
uma área fraturada/microfraturada.
A partir dos 400 metros de profundidade encontra-se um aquífero cativo, constituído por água
fóssil (água em aquíferos ao longo de um extenso período de tempo geológico). Com composição
cloretada-sódica, apresenta elevadas pressões e encontra-se em fissuras e microfissuras asso-
cia– das à mineralização. Frequentemente, esta água é contemporânea da sedimentação, de epi-
sódios de metamorfismo ou de diferenciação magmática.
SO NE
(m)
1200 Aquífero Complexo superficial
livre

1000
Rochas mineralizadas

800
Rochas metamórficas
600 Falhas
Aquífero
400 confinado

0 200 m

Fig. 5. Aquíferos na área das minas de Neves-Corvo.

Baseado em Lunding Mining (2018). Hidrogeologia de Neves-Corvo: Montorização de águas subterrâneas e impactes
da exploração mineira e recuperação das condições hidrogeológicas originais.
Disponível em https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/apresentacao_lundinmining.pdf [consult. mar 2022]
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1. As rochas localizadas entre os aquíferos descritos são


(A) totalmente impermeáveis, já que não estão fissuradas.
(B) impermeáveis, embora as falhas possam apresentar permeabilidade.
(C) permeáveis, já que apresentam falhas.
(D) permeáveis, pois o aquífero superior é livre.

2. A pressão da água do aquífero cativo é


(A) igual à da pressão atmosférica.
(B) igual à do aquífero livre.
(C) superior à do aquífero livre.
(D) inferior à da pressão atmosférica.

3. Presentemente, a recarga do aquífero cativo é e a água nele presente tem


circulação .
(A) direta … elevada
(B) direta … reduzida
(C) inexistente … elevada
(D) inexistente … reduzida

4. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra corresponde
um só número.
A zona acima do nível hidrostático, zona de (a) , permite a circulação de água, se a rocha
for (b) , num aquífero (c) . Os furos (d) permitem a subida de água até á
superfície, mas, em períodos de seca, isso já não acontece, pois diminui a espessura da zona
de saturação com a (e) do nível piezométrico.

(a) (b) (c) (d) (e)


1. aeração 1. permeável 1. livre 1. num aquífero livre 1. subida
2. saturação 2. porosa 2. cativo 2. artesianos 2. descida
3. evapotranspiração 3. argilosa 3. livre ou cativo 3. repuxantes 3. manutenção

5. Explique em que medida o quimismo da água do aquífero cativo apoia a hipótese de que se
trata de água de origem marinha.

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