Trabalho Completo
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E A RESPONSABILIDADE CIVIL
Luanda 2017
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
3. CONCLUSÃO.............................................................................................................10
4. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
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2. A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO E A RESPONSABILIDADE
CIVIL
Causas de extinção:
- O Divórcio.
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2.1.1 Separação judicial de pessoas e bens
Os seus efeitos legais são muito diferentes dos do divórcio, sobretudo o que se
refere aos efeitos pessoais:
Deriva de uma declaração feita pelo tribunal quando alguém desaparece sem
saber o paradeiro havendo fortes indícios da sua morte.
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A morte é presumida porque não há verificação directa do caso mas faz-se
derivar da presunção os mesmos efeitos jurídicos da morte.
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A moral não pode ser generalizada, é personalíssima devendo-se a humilhação,
vergonha, situações vexatórias, a posição social ou cargo exercido pelo ofendido e a
repercussão negativa do ato, inclusive quando há má-fé, unicamente para atingir a honra
e a boa fama do individuo. Já o dano material tem natureza ressarcitória, visto que
atingem directamente ao património, por uma acção ou omissão indevida de terceiros,
podendo-se apurar o prejuízo pelo dano efectivo e o lucro frustrado, com base em seu
valor económico.
Paulo Lobo (2008, p. 143), conceitua o casamento como sendo "um acto jurídico
negocial, solene, público e complexo, mediante o qual um homem e uma mulher
constituem família por livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do
Estado".
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Os cônjuges se obrigam na prática, pela manutenção do lar, educação dos filhos
advindos dessa união, compromisso com os votos firmados e convívio harmonioso.
Assim, o casamento gera efeitos jurídicos amplos, trazendo deveres de fidelidade
recíproca; vida em comum no domicílio conjugal; mútua assistência; sustento, guarda e
educação dos filhos; respeito e consideração mútuos, e a quebra desses deveres, pode
motivar a separação-sansão.
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Nesse sentido os ensinamentos de Carolina Valença Ferraz (2001) ressalta que
"o fim da sociedade conjugal com base no descumprimento dos deveres matrimoniais
gera a obrigação de reparar em face da presença dos pressupostos da responsabilidade
civil: acto ilícito, nexo de causalidade e dano."
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É verdadeiramente clássica a controvérsia acerca da natureza jurídica do
casamento, como contrato, instituição, ou de contrato especial (híbrido), com liberdade
volitiva na escolha do cônjuge e do regime de bens, vertendo para uma natureza
institucional com a celebração das núpcias.
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O Direito de Família repara os danos morais causados pela violação do dever
conjugal, ou por conduta considerada desonrosa e que tornem insuportável a vida em
comum. Importante que haja a distinção entre os danos acarretados pelo
descumprimento de dever conjugal e os prejuízos oriundos da ruptura do casamento,
onde apenas os prejuízos morais são capazes de gerar responsabilização civil, ficando os
demais para reparação material.
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3. CONCLUSÃO
Por todo exposto, conclui-se que é possível a indemnização por dano moral e
material no âmbito do direito de família, ainda que vinculada no processo de dissolução
do casamento. Embora o Poder Judiciário não possua respostas conclusivas, a sociedade
e o direito evoluem nesse sentido, desobrigando aos cônjuges a manutenção de uma
relação falida com fins meramente sociais.
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4. BIBLIOGRAFIA
http://www.gddc.pt/CPLP/divorcio.html
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GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. 7ª edição, São Paulo:
Saraiva, 2002.
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Civil em Vigor, 24ª. Ed. Saraiva.
LÔBO, Paulo. Direito civil: famílias. São Paulo: Saraiva, 2008.
LOPES, Teresa Ancona. "Abandono Moral", Jornal do Advogado - OAB/SP n.
289.
OLTRAMARI, Vitor Ugo. O Dano Moral na Ruptura da Sociedade
Conjugal – Forense, 2005.
Direito civil – Responsabilidade Civil. 30a edição, v. 4. São Paulo: Saraiva,
2000.
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indenização pela dissolução culposa da sociedade conjugal. In: Âmbito
Jurídico
SANTOS, Regina Beatriz Tavares da Silva Papa dos. Reparação civil na
separação e no divórcio. São Paulo: Saraiva, 1999.
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estável. São Paulo: Revista dos Tribunais 775/138.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil – direito de família. 3 ed., v. 6, São
Paulo: Atlas: 2003.
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