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A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO

E A RESPONSABILIDADE CIVIL

Nome: Celsa Garneira


Docente
________________________

Luanda 2017
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

2. A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO E A RESPONSABILIDADE CIVIL..............2

2.1 Sobre a dissolução...................................................................................................2

2.1.1 Separação judicial de pessoas e bens................................................................3

2.1.2 Declaração judicial de presunção de morte.......................................................3

2.2 O instituto da reparação civil do dano moral e material no âmbito do direito de


família............................................................................................................................4

2.3 As obrigações e deveres decorrentes do casamento................................................5

2.4 Dano moral por descumprimento dos deveres conjugais........................................6

2.5 Distorções da culpa na dissolução do casamento e o dano moral...........................7

3. CONCLUSÃO.............................................................................................................10

4. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata da temática da reparação por dano moral e material no


divórcio, dando ênfase à responsabilidade civil. Procura-se debater o casamento, suas
obrigações, deveres e possíveis consequências decorrente do seu descumprimento,
inclusive, após a nova lei do divórcio.

Apesar do ordenamento jurídico actual não mais sustentar a indissolubilidade do


casamento, ainda existem questões afectas aos vínculos afectivos, responsabilidade civil
e a dissolução de união conjugal de bastante complexidade quando se trata a
possibilidade de reparação por dano moral e material.

O interesse estatal na indissolubilidade do casamento tornou-se ultrapassado,


fazendo com que a legislação evolua no sentido de proporcionar o divórcio
independente de motivação ou demonstração de culpa.

Desta forma, a culpa passaria a ser analisada, principalmente, para apuração da


responsabilidade civil na indemnização por dano material ou moral decorrente da
violência, sofrimento ou humilhação sofrida pelo cônjuge ofendido.

Ainda no presente, analisaremos o instituto da reparação civil no direito de


família, as obrigações e deveres decorrentes do casamento e o dano moral pelo seu
descumprimento, considerando a legislação vigente.

Embora o ordenamento jurídico e o poder judiciário não consiga reparar a saúde


psicológica e traumas sofridos pelo cônjuge ofendido, a indemnização pecuniária seria
capaz de reduzir o prejuízo sofrido pelo dano moral e psicossocial, bem como inibir
futuras condutas similares.

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2. A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO E A RESPONSABILIDADE
CIVIL

2.1 Sobre a dissolução

O casamento dissolve-se pela morte dos cônjuges, pela declaração judicial da


presunção de morte de um dos cônjuges e pelo divórcio. Este último, regulado nos
artigos 78º a 111º do Código da Família, Lei nº 1/88, de 20 Fevereiro, pode ser obtido
por duas modalidades: pedido por ambos os cônjuges com base no mútuo acordo ou por
apenas um dos cônjuges, com base nos fundamentos da lei. O divórcio por mútuo
acordo fundamenta-se na deliberação comum e pessoal dos cônjuges de porem termo à
vida conjugal e poderá ser requerido pelos cônjuges casados há mais de três anos e que
tenham completado 21 anos de idade. Esta modalidade de divórcio poderá ser decretada
por via judicial ou através de órgão do registo civil.

Cada um dos cônjuges poderá requerer o divórcio litigioso sempre que se


deteriorem de forma completa e irremediável, os princípios em que se baseava a sua
união e o casamento tenha perdido o sentido para os cônjuges, para os filhos e para a
sociedade, ou quando por causa grave ou duradoura, esteja comprometida a comunhão
dos cônjuges e impossibilitada a realização dos fins do casamento, isto é, quando
tiverem sido violados os deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e
assistência.

Causas de extinção:

Segundo art. 74º- as causas de extinção do vínculo do casamento são:

- A morte de um ou dos dois cônjuges simultaneamente;

- A declaração judicial de presunção de morte (que se equipara a morte);

- O Divórcio.

Noutros códigos considera-se também como causa de extinção do casamento, a


declaração de nulidade do matrimónio pela via judicial, mas o vício vai se reportar ao
próprio acto que deu origem ao casamento sendo que então estaremos perante um
casamento inválido, ao contrário do que se verifica naqueles casos em que há um
casamento válido mas que vai ser dissolvido ou por morte ou por divórcio.

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2.1.1 Separação judicial de pessoas e bens

Era um instituto reconhecido no antigo código e que se baseava no facto de não


ser reconhecida a dissolução do casamento por divórcio, sendo somente permitido aos
cônjuges a sua separação legal.

A separação judicial mantém o vínculo matrimonial entre os cônjuges sendo


assim uma forma de suspensão da vida conjugal que não dissolve o casamento.

Os seus efeitos legais são muito diferentes dos do divórcio, sobretudo o que se
refere aos efeitos pessoais:

- Divórcio: dissolve o vínculo do casamento;

- Separação: suspende alguns deveres recíprocos dos cônjuges;

- Deixam de estar sujeitos a dever de coabitação e assistência, sem prejuízo do direito a


alimento;

- A mulher continua a ter direito ao nome do marido, perdendo, o só em caso de


comportamento indigno ou decisão judicial.

Já no campo patrimonial os afectos do divórcio ou da separação são os mesmos,


assim como também aos filhos é direito sucessório. Como situação familiar de carácter
estável, a separação de pessoa e bens estava mesmo sujeita a registo e constituía um
estado civil. Mas era uma situação transitória e que poderia terminar com a morte de um
ou dos dois cônjuges, para reconciliação ou pela conversão em divórcio.

2.1.2 Declaração judicial de presunção de morte

Deriva de uma declaração feita pelo tribunal quando alguém desaparece sem
saber o paradeiro havendo fortes indícios da sua morte.

arts. 76º- e 77º-, tem como pressuposto:

-O decurso do prazo de 3 anos sobre as últimas notícias;

-A existência de fortes indícios de que ocorreu a morte.

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A morte é presumida porque não há verificação directa do caso mas faz-se
derivar da presunção os mesmos efeitos jurídicos da morte.

Os seus efeitos legais são os seguintes:

-Dissolução do casamento a partir da sentença do trânsito em julgado da decisão;

-No caso de reaparecimento do cônjuges os efeitos da sentença que declarou a


dissolução do casamento mantém-se salvo se os ex-cônjuges quiserem a revalidação do
casamento e se nenhum deles tenha contido outro casamento.

Se o casamento for reavaliado é para todos os efeitos não tivessem havido


dissolução neste caso a revalidação tem efeitos retroactivos.

2.2 O instituto da reparação civil do dano moral e material no âmbito do


direito de família

A evolução da sociedade e do direito demonstrou a necessidade de se


regulamentar o direito de família, a separação e o divórcio. Nessa perspectiva o
legislador previu situações que, ocorridas, tornam insuportável a vida comum entre os
cônjuges.

O direito angolano, no que se refere ao dever de indemnizar, positivou que


"aquele que, por acto ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo."

Logo pode-se considerar dentre os ilícitos passíveis de reparação o adultério, não


mais como crime tipificado no código penal angolana, mas como situação gravosa na
relação conjugal; a tentativa de morte, a sevícia ou a injúria grave; o abandono
voluntário do lar conjugal; a condenação por crime infamante; a conduta desonrosa ou
qualquer outro motivo que o juiz considere pela impossibilidade da vida em comum.

O dano moral corresponde aos efeitos maléficos marcados pela dor ou


sofrimento do indivíduo. Trata-se de um padecimento íntimo, humilhação, vergonha,
constrangimento de quem é ofendido em sua honra ou dignidade, o vexame e a
repercussão social do acto.

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A moral não pode ser generalizada, é personalíssima devendo-se a humilhação,
vergonha, situações vexatórias, a posição social ou cargo exercido pelo ofendido e a
repercussão negativa do ato, inclusive quando há má-fé, unicamente para atingir a honra
e a boa fama do individuo. Já o dano material tem natureza ressarcitória, visto que
atingem directamente ao património, por uma acção ou omissão indevida de terceiros,
podendo-se apurar o prejuízo pelo dano efectivo e o lucro frustrado, com base em seu
valor económico.

A extensão do dano deve ser demonstrada de forma precisa, bem como a


indemnização pretendida, visando a recomposição efectiva do património, não havendo
impedimento a cumulação de pedido de indemnização por eventuais danos morais ou à
imagem que derivaram do mesmo facto gerador.

O ordenamento jurídico admite a reparação do dano moral e material no âmbito


familiar, ainda que praticado pelo cônjuge. Assim, é plenamente aceitável pelo direito
pátrio a responsabilização civil do cônjuge ou companheiro, por ilícito absoluto ou
infracção à regra do direito de família quando fato ocorrer na convivência do casal, pela
infracção aos deveres do casamento, ou por dano decorrente do divórcio.

2.3 As obrigações e deveres decorrentes do casamento

O ordenamento jurídico estabelece casamento como sendo uma comunhão plena


de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges, regulamentado pelo
Estado, constituído com o objectivo de constituição de uma família e baseado em um
vínculo de afecto.

Paulo Lobo (2008, p. 143), conceitua o casamento como sendo "um acto jurídico
negocial, solene, público e complexo, mediante o qual um homem e uma mulher
constituem família por livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do
Estado".

Pelo casamento, tanto o homem quanto a mulher assumem mutuamente a


condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família,
monogamia, liberdade de união e comunhão de vida, renunciando aos institutos
egoísticos ou personalistas, em função de um bem maior.

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Os cônjuges se obrigam na prática, pela manutenção do lar, educação dos filhos
advindos dessa união, compromisso com os votos firmados e convívio harmonioso.
Assim, o casamento gera efeitos jurídicos amplos, trazendo deveres de fidelidade
recíproca; vida em comum no domicílio conjugal; mútua assistência; sustento, guarda e
educação dos filhos; respeito e consideração mútuos, e a quebra desses deveres, pode
motivar a separação-sansão.

De certa forma, os deveres e obrigações vinculam os cônjuges que optaram


voluntariamente pelo constituição do casamento, sendo o descumprimento uma grave
conduta por parte do cônjuge ofensor.

2.4 Dano moral por descumprimento dos deveres conjugais

O casamento possui efeitos de ordem pessoal, social e patrimonial, decorrentes


dos deveres e obrigações, cuja violação possibilita ao cônjuge ofendido a requerer a
separação ou divórcio, por se tornar insuportável a vida em comum, e, eventualmente, a
requerer danos morais e materiais, se houver.

A responsabilidade civil a ser aplicada nos casos de separação ou divórcio pelo


descumprimento das obrigações do matrimónio, assim, como em qualquer caso, exige a
demonstração da acção ou omissão do agente; ocorrência de dano; culpa e do nexo de
causalidade, onde o cônjuge ofensor poderá ser obrigado a indemnizar o cônjuge
ofendido.

Assim são os ensinamentos de BITTAR (1998):

(...) as lesões ao corpo, ou a parte do corpo (componentes físicos), ou ao psiquismo


(componentes intrínsecos da personalidade), como a liberdade, a imagem, a
intimidade. São morais os danos a atributos valorativos (virtudes) da pessoa como ente
social, ou seja, integrada à sociedade; vale dizer, dos elementos que a individualizam
como ser, como a honra, a reputação, as manifestações do intelecto.

A indemnização além de compensar a dor, vexame, sofrimento ou humilhação


que afecta a integridade psíquica e bem-estar do cônjuge inocente, possui natureza
preventiva ou social, pois inibe o cônjuge ofensor a repetir a conduta no futuro, gerando
nele um processo de conscientização com imediatos reflexos sociais.

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Nesse sentido os ensinamentos de Carolina Valença Ferraz (2001) ressalta que
"o fim da sociedade conjugal com base no descumprimento dos deveres matrimoniais
gera a obrigação de reparar em face da presença dos pressupostos da responsabilidade
civil: acto ilícito, nexo de causalidade e dano."

Constata-se, portanto, que a legislação actual é suficiente para se garantir a


devida reparação por danos morais ao cônjuge inocente em divórcio ou separação
litigiosa em que houve sofrimento, angústia e desequilibro em seu bem-estar e a sua
integridade psíquica em razão do ato culposo do cônjuge descumpridor dos deveres e
obrigações matrimoniais.

2.5 Distorções da culpa na dissolução do casamento e o dano moral

É importante considerar possíveis distorções acerca da culpa na dissolução da


entidade conjugal, com a atribuição de proporções maiores que as reais em razão do
abalo psíquico-emocional sofrido.

A separação judicial requerida por um dos cônjuges poderia ser culposa,


fundamentada em grave descumprimento de dever conjugal; por ruptura, em
decorrência da separação de facto por um ano consecutivo; e remédio, embaçada em
doença mental grave de um dos cônjuges que perdure por mais de dois anos.

A Lei estabelece duras penas ao autor de acção com fundamento na separação de


facto, também elimina a maior parte das punições, com o acolhimento de sugestões
legislativas. Cada uma dessas espécies tem um sentido próprio, tendo em vista a
diversidade de fundamentos e consequências da separação, havendo que se falar em
responsabilidade apenas na modalidade culposa.

Ademais, quando a separação de facto ou a moléstia mental desfaz a comunhão


física e espiritual entre os cônjuges não pode haver mal pior do que a manutenção
forçada do casamento.

É inegável que perpetuar um convívio desarmónico e perturbador na esperança


de manter a qualquer custo um relacionamento proporcionará na evolução de um clima
de falsidade e desrespeito mútuos, podendo, inclusive, afectar o desenvolvimento e a
educação dos filhos, se houver.

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É verdadeiramente clássica a controvérsia acerca da natureza jurídica do
casamento, como contrato, instituição, ou de contrato especial (híbrido), com liberdade
volitiva na escolha do cônjuge e do regime de bens, vertendo para uma natureza
institucional com a celebração das núpcias.

A doutrina e jurisprudência estampam notória divergência, trazendo elementos


subsistentes a todas as teorias, mas nenhuma delas são capazes de repudiar a
indemnização civil simplesmente porque a legislação já prevê outros meios de punição
do cônjuge culpado pela separação.

Yussef Said Cahali (1999) assinala a crescente manifestação doutrinária em


favor do ressarcimento do sofrimento moral em razão da infracção grave dos deveres
conjugais e adverte que apenas impor o encargo alimentar em favor do cônjuge
inocente, como se tudo pudesse e devesse ser compensado pela paga alimentar, que em
tempos mais distantes, era quase sempre devida e necessária.

"Durante muitas décadas e dentro da filosofia de que o casamento deveria ter a


duração da própria existência terrena dos cônjuges, não eram muitos os processos
judiciais de separação, eis que escassas as causas justificadoras do antigo desquite e se
determinado matrimónio batesse às portas do Judiciário, com efeito, que a culpa
separatória restava usualmente compensada pelo crédito alimentício prestado em favor
do cônjuge inocente." (CAHALI, 1999).

A ordem judicial de reparação pelo dano moral é sanção atribuída ao ofensor,


para compensar o ofendido pelos reflexos negativos por ele sentidos em sua
personalidade, independentemente de haver repercussão em sua situação profissional,
económica, política ou social. Seu objectivo é reparar a dor, o padecimento espiritual e
emocional infligido à vítima de um evento danoso.

Como bem direcciona actualizada doutrina, a responsabilidade civil subjectiva é


pressuposto de dano moral, que não se sanciona pelo facto meramente objectivo, sendo
necessário imputar dolo ou culpa, ao agir do cônjuge. E busca compensar o real
sofrimento do cônjuge judicialmente declarado vítima de violação a honra conjugal ou a
sua integridade moral e psíquica.

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O Direito de Família repara os danos morais causados pela violação do dever
conjugal, ou por conduta considerada desonrosa e que tornem insuportável a vida em
comum. Importante que haja a distinção entre os danos acarretados pelo
descumprimento de dever conjugal e os prejuízos oriundos da ruptura do casamento,
onde apenas os prejuízos morais são capazes de gerar responsabilização civil, ficando os
demais para reparação material.

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3. CONCLUSÃO

Por todo exposto, conclui-se que é possível a indemnização por dano moral e
material no âmbito do direito de família, ainda que vinculada no processo de dissolução
do casamento. Embora o Poder Judiciário não possua respostas conclusivas, a sociedade
e o direito evoluem nesse sentido, desobrigando aos cônjuges a manutenção de uma
relação falida com fins meramente sociais.

É por estarem desobrigados a essa perpetuação hipócrita que os cônjuges


incorrem em culpa quando não cumprem os deveres e obrigações decorrentes do
casamento, com fins de evitar qualquer dano psíquico ao outro. Tal responsabilização
não visa obrigar a manutenção de um relacionamento a qualquer custo, tanto que o
próprio ordenamento evoluiu para que a dissolução ocorra por simples manifestação de
vontade, independente de culpa ou motivo. O intuito é tão só inibir viés ofensivo
daqueles que se utilizam da convivência, intimidade, confiança, companheirismo e
fidelidade, para cometer verdadeiros absurdos, e, até, crimes puníveis no âmbito do
direito penal.

A polémica e controvérsia do tema estão distantes de ter fim, ao contrário,


possibilitará um debate acirrado entre os profissionais e estudiosos da área de família,
operadores e cientistas do direito.

Portanto, é importante destacar que a legislação vigente possibilita a reparação


por dano moral e material no direito de família, uma vez que o homem em sociedade e
suas relações conjugais estão acima de qualquer paradigma religioso ou moral, tendo o
mesmo compromisso para evitar o sofrimento moral, espiritual e psíquico que podem
acometer o cônjuge por condutas que podem ser evitadas ou desnecessárias.

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