Cap24 vs. Final Revisada Autores PDF
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Capítulo 24
Carbonatação do Concreto
Oswaldo Cascudo
Helena Carasek
Universidade Federal de Goiás
24.1 Introdução
Este capítulo discorre sobre a temática da carbonatação e de sua ação nas
estruturas de concreto. Seu conteúdo aborda inicialmente a conceituação geral do
fenômeno, com o enfoque nos mecanismos químicos envolvidos e na alteração da
microestrutura do concreto. Aspectos do transporte do CO2 por difusão são consi-
derados, assim como se destacam os principais fatores intervenientes na carbona-
tação, desde aqueles ligados às condições ambientais até os que são associados às
características do concreto e à sua execução.
Também se enfoca no capítulo a relação da carbonatação com o estado de
passivação do aço e, portanto, o seu papel como agente iniciador da corrosão das
armaduras. No decorrer do conteúdo, caracteriza-se bem a frente de carbonatação
como o modo pelo qual o ataque se dá no concreto, apresentando-se alguns dos
principais modelos matemáticos usados na previsão de vida útil de estruturas, con-
siderando a carbonatação como agente indutor da corrosão do aço no concreto.
No tocante ao estudo e avaliação da carbonatação, discutem-se ensaios de la-
boratório e procedimentos práticos comumente empregados em inspeções estruturais,
bem como são apresentadas algumas técnicas mais sofisticadas voltadas a investiga-
ções aprofundadas do fenômeno. Por fim, são tecidas considerações sobre formas de
controle e mitigação da carbonatação, ressaltando-se as técnicas de realcalinização.
Ressalta-se, portanto, neste capítulo, a relação da carbonatação com a deterio-
ração das estruturas de concreto (armado e protendido) produzida pela corrosão das ar-
maduras. No entanto, o viés da carbonatação não é sempre negativo. É preciso destacar
que a carbonatação incidente em materiais cimentícios resulta na captura de CO2 do
ambiente. Considerando que o gás carbônico é um dos principais gases responsáveis
pelo aquecimento global do planeta, então, do ponto de vista ambiental, tem-se na síntese
da reação de carbonatação um efeito benéfico, desde que se excluam desse processo os
materiais ou sistemas armados (que contenham uma fase metálica). Dada a sua relevân-
cia no contexto da sustentabilidade, esse tema tem sido bastante estudado na atualidade1.
1
Podem ser citados alguns trabalhos sobre a captura de CO2 por materiais cimentícios: Neves Júnior
(2014), Pacheco-Torgal, Shi e Palomo (2019), e Possan (2019).
1
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
Ca ( OH )2 → Ca 2+ + 2OH − Eq. 2
Numa etapa posterior, completando-se então o processo, o Ca2-3 reage com
o Ca , Por exemplo, formando o carbonato de cálcio, segundo a Equação 3.
2+
2
Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
Podem ser citados alguns trabalhos sobre a captura de CO2 por materiais cimentícios: Neves Júnior
(2014), Pacheco-Torgal, Shi e Palomo (2019), e Possan (2019).
Ressalta-se que alguns produtos enumerados neste capítulo, tais como: C4AHx, C4ACH11 e C-S-H,
apresentam a notação de química do cimento, em que C = CaO, A = Al2O3, S = SiO2, H = H2O e C = CO2
= CO2. AFt e AFm são termos empregados também na química do cimento para designar os produtos
que podem ter componentes químicos variáveis, mas que são estruturalmente similares à etringita e ao
monossulfato hidratado, respectivamente.
Como discutido nos subitens 24.5.1 e 24.6.3, essa linha divisória entre as regiões carbonatada e não
carbonatada não é, a rigor, tão precisa, havendo na realidade uma alteração gradual entre essas duas
regiões, pela existência de uma zona de transição conhecida como “zona parcialmente carbonatada”.
3
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Figura 3 – Morfologia de um C-S-H carbonatado com aspecto de fibras dissolvidas ou fundidas pela
reação com CO2. Imagem obtida por MEV – elétrons secundários, Castro (2003).
24.3
Difusão do CO2 e Fatores Intervenientes na
Carbonatação
24.3.1 Mecanismo de difusão do CO2 no concreto
Conforme visto no item anterior, o processo de carbonatação passa pela
dissolução do CO2 na fase líquida intersticial, para que então as reações químicas
ocorram. O avanço do gás carbônico para camadas mais profundas do concreto,
por sua vez, dá-se pelo mecanismo de difusão. Havendo uma eventual camada
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Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
superficial seca do concreto ou mesmo poros sem umidade, o que ocorre é uma
difusão molecular do CO2. Na fase líquida por sua vez, quando se têm os poros
parcialmente ou plenamente saturados de água intersticial, o mecanismo que con-
duz o gás carbônico para o interior do concreto é o transporte difusional do íon
carbonato (CO 2-3). Inicialmente o CO2 na forma gasosa se dissolve na solução do
poro, como mostrado na Equação 1, produzindo então o íon carbonato, que se
difunde em meio aquoso.
É importante registrar que existe uma grande diferença entre as taxas de
difusão do CO2 no ar e na água. Segundo Bakker (1988), a velocidade de difusão
do gás carbônico na água é cerca de 104 vezes mais baixa do que no ar. Devido
ao concreto ser um material microporoso, a penetração de CO2 será determinada
pela forma da estrutura do poro e se os poros do concreto são preenchidos por
água ou não. Se os poros estiverem secos, o CO2 se difundirá no interior deles,
mas a carbonatação não ocorrerá pela falta de água. Isto é o caso, na prática, de
um concreto seco em estufa. Caso os poros estejam totalmente preenchidos com
água, não haverá quase carbonatação, devido à baixa taxa de difusão do CO2 na
água. Finalmente, se os poros estiverem apenas parcialmente preenchidos com
água (Figura 4), que é normalmente o caso próximo à superfície do concreto,
a frente de carbonatação avança até profundidades onde os poros do concreto
apresentem essa condição favorável. Esta é a situação efetivamente deletéria
sob o ponto de vista da despassivação da armadura, assunto a ser tratado no
Item 24.4.
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Concentração de CO2 no ar
Tipo de Ambiente
(em volume)
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Figura 9 – Influência do teor de adições e da cura úmida na permeabilidade do concreto, CEB (1993).
Segundo Salta (1996 apud Pina, 2009), o efeito negativo de concretos com
adições minerais (menor “reserva alcalina”), no caso de cinzas volantes, só se faz
sentir para concretos com teores de cinzas superiores a 30% e, no caso de sílica
ativa, esse efeito só é notável nos concretos de baixa resistência. No caso de con-
cretos com escória de alto-forno, Bauer (1995) constatou a queda no desempenho
em relação à carbonatação, muito embora tenha verificado vantagens importantes
no tocante ao ataque por cloretos.
Castro (2003) estudou o efeito de cinco adições diferentes na carbonatação.
De modo geral, os concretos com metacaulim e com sílica ativa apresentaram os
melhores desempenhos quanto à carbonatação, sendo superiores ao desempenho
do concreto de referência (sem adições), como ilustrado na Figura 10. Os concre-
tos com escória de alto-forno, cinza de casca de arroz e cinza volante resultaram
em valores médios globais de coeficiente de carbonatação mais altos do que o
concreto de referência, contudo tais valores não se mostraram tão mais altos do
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Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
que a situação de referência. Os bons resultados dos concretos com sílica ativa e
metacaulim foram relacionados à microestrutura mais compacta e densa desses
concretos, que, consequentemente, dificultaram a difusão do CO2.
Para combater o efeito prejudicial das adições, ou seja, a queda da “reserva
alcalina”, quando se empregam concretos com altos teores de adição mineral, vem
sendo estudada desde a década de 80 a incorporação de cal hidratada ao concreto.
A ideia é repor a alcalinidade do sistema pelo aumento do teor de hidróxido de
cálcio, como forma de incrementar o tempo necessário para as reações do CO2, vi-
sando desse modo à redução da velocidade de avanço da frente de carbonatação. O
teor utilizado de cal hidratada geralmente oscila em torno de 20%, Cadore (2008).
Pesquisas nacionais realizadas na UFSM têm mostrado que a incorporação de cal
hidratada em concretos com altos teores de adição mineral garante a redução das
profundidades carbonatadas.
15
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
24.4
Interferência da Carbonatação no Estado de
Passivação do Aço e na Iniciação da Corrosão
da Armadura
24.4.1 Estado de passivação das armaduras
O concreto representa um meio altamente alcalino, com pH em geral varian-
do de 12,5 a 13,5. Mesmo considerando o emprego de cimento contendo adições
minerais, o pH é pouco afetado por esses materiais. Sellevold e Nielsen (1987 apud
Helene, 1993) destacam que em concretos com adições, cujos teores (referentes à
massa total do ligante - cimento e adições) são de até 30%, para cinza volante e sílica
ativa, e de até 70% para a escória de alto-forno, o pH nunca resulta inferior a 11,7.
Essa alta alcalinidade provém da fase líquida constituinte dos poros do
concreto, a qual, com base nas informações de Constatiner e Diamond (1995), é
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Figura 15 – Gradiente de pH na frente de carbonatação, Gonçalves, Salta (1996) apud Pina (2009).
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22
Quadro 2 – Modelos de previsão do avanço da frente de carbonatação com o tempo.
Resistência (fck)
x ( t ) = K CO t
2 Concentração
Empírico-
Helene, 1997 CO2
Determinístico CCO
2
K CO = ( 6,7882 − 0,1131. f ck ) ⋅ Tipo de cimento
2
0,1 Adição
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
n
2.k1 .k2 Deff .Cs ⎛t ⎞
x (t ) = ⋅ t ⋅⎜ 0 ⎟
a ⎝t⎠ Umidade Relativa
Temperatura
DURACRETE, Empírico- k1,k2= fatores referentes a influência da execução (cura) e condições climáticas (UR e T); Concentração
1998 Determinístico Deff = coeficiente de difusão efetivo com condições ambientais e de execução definidas; CO2
Cs= diferença de concentração de CO2 entre o ambiente e a frente de carbonatação; Coeficiente de
a = quantidade de CO2 para completa carbonatação; difusão do CO2
t0 = período de referência (1 ano);
n = fator de idade, referente a dependência do Deff em relação ao tempo e exposição;
Umidade Relativa
Água/aglome-
1,1 W /B − 0,34 rante
x ( t ) = 839 (1− RH ) CCO n t
2 Concentração
ak' C
Jiang et al., 2000 Numérico CO2
a = grau de hidratação do cimento;
Grau de hidra-
k’= coeficiente relacionado a reatividade da carbonatação;
tação
n= parâmetro relacionado ao sistema de poros do concreto;
Tipo de cimento
Continua...
Quadro 2 – Modelos de previsão do avanço da frente de carbonatação com o tempo. Continuação.
1
Umidade Relativa
k fc 1 3
2
2 ⎤
⎛ 20 ⎞ ⎛ t ⎞2
⎡⎛
k .F 2 ⎞ ⎛ kCO2 .CCO⎞2 ⎛ kUR .(UR − 0,58) ⎞ ⎥ Exposição
x ( t ) = kc ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ exp ⎢⎜ ad ⎟ +⎜ ⎟ −⎜ ⎟ ⋅ kce Concentração CO2
Possan, 2010 Probabilístico ⎝ f ck ⎠ ⎝ 20 ⎠ ⎢⎝ 40 + f ck ⎠ ⎜ 60 + f ck ⎟ ⎜
⎝ ⎠ ⎝ 100 + f ck ⎟⎠ ⎥ Resistência (fck)
⎣ ⎦
Tipo de cimento
kc, kfc, kad, kco , kUR, kce = fatores variáveis em relação ao tipo de cimento, fck, adições pozolânicas, teor de CO2,
2 Adição
umidade relativa e exposição da chuva, respectivamente;
−1
x ( t ) = 2.K e .K c .RNAC ,O
.CCO .W ( t ) ⋅ t
2
Umidade Relativa
Cura
fib-Model Code, Empírico- Ke= função do meio ambiente, umidade relativa; Concentração CO2
2010 Determinístico Kc= função do período de cura; Precipitação
RNAC,O-1= inverso da resistência à carbonatação efetiva do concreto; atmosférica
W(t)= função meteorológica, precipitação atmosférica;
Umidade Relativa
0
⎛ k ⎞ Temperatura
K1 2 ⎡⎣CO2 ⎤⎦
x ( t ) = ⎜ K 0 .ϕ pc .(1− RH ) 2 .( k3 .T + k4 ) + θ . ε r ( 0 ) .Dair ⎟ ⋅ ⋅ t Porosidade
⎝ ⎠ ⎡CH ⎤0 + 3 ⎡CSH ⎤0
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Difusão efetiva
Jiang et al., 2018 Numérico Dano por fadiga
k0, k1, k2, k3, k4 = coeficientes de ajustes em função das características do concreto;
Concentração CO2
|er (0)|.Dair= difusividade efetiva do CO2;
Conteúdo dos
jpc= porosidade da pasta de cimento endurecida;
produtos de
q = coeficiente do gradiente de dano por fadiga;
hidratação
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Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
Continua...
24
Quadro 2 – Modelos de previsão do avanço da frente de carbonatação com o tempo. Continuação.
x (t ) = k t
⎛ w⎞
k = 18,39 ⎜ ⎟ − 4,48 → Cimento Portland
⎝ c⎠ Água/cimento
⎛ w⎞ ⎛ w⎞ Percentual de
k = −4,57 ⎜ ⎟ F + 10,94 ⎜ ⎟ + 6,72 − 4,82 → Cinza Volante substituição do
Zhou et al., 2019 probabilístico ⎝ c⎠ ⎝ c⎠ material cimentí-
⎛ w⎞ ⎛ w⎞ cio suplementar
k = −3,72 ⎜ ⎟ G + 11,89 ⎜ ⎟ + 2,58 = 6,08 → Escória de alto forno
⎝ c⎠ ⎝ c⎠ utilizado
⎛ w⎞ ⎛ w⎞
k = 11,30 ⎜ ⎟ F − 7,60 ⎜ ⎟ G + 3,37 − 0,61→ Cinza volante e Escória
⎝ c⎠ ⎝ c⎠
Umidade Relativa
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
x (t ) = k t Temperatura
Conteúdo de
Liu et al., 2020 Numérico ⎛W ⎞ 0,538 cimento
K = K x .⎜ − 0,106⎟ . C 2 − 508,351× C − 1195,624 .( F + 112,46 ) .(T − 277,662 ) . CCO . RH 2 − 125,41RH + 2351,806
2
⎝C ⎠
( ) ( )( ) Conteúdo de
Kx= coeficiente referente a composição química, tipo de cimento, adição, aditivo; adição
Umidade Relativa
−0,4227 0,7154 1,3401
⎛ RH ( t ) ⎞ ⎛ T (t ) ⎞ ⎛ WC ⎞ Temperatura
Chen et al., 2021 Probabilístico x ( t ) = 0,10292 ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ CCO ( t ) t × 0,876 Água/cimento
⎜⎝ 0,35 ⎟⎠ 2
⎝ 45 ⎠ ⎝ 10 ⎠ Concentração CO2
Figura 16 – Ábaco proposto por Helene (1997) para a obtenção da espessura mínima
de cobrimento, com relação à carbonatação em faces externas dos componentes estruturais
de concreto expostos à intempérie, em função do tipo de concreto (C10 a C50) e da vida útil
de projeto desejada (1 a 100 anos).
Cs
K CO = ( 6,7882 − 0,1131⋅ f ck ) ⋅ Eq. 12
2
0,1
Onde:
Cs = concentração de CO2 do ambiente (% em volume).
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Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
24.5.2.2
Modelos de carbonatação dos estudos de Cascudo,
Carasek e Castro
Os modelos de carbonatação relatados neste tópico foram obtidos a par-
tir do monitoramento da frente de carbonatação em protótipos de vigas durante
cerca de 20 anos, sob processo de envelhecimento natural em ambiente externo
abrigado da região metropolitana de Goiânia-GO, na Região Centro-Oeste brasi-
leira. Foram concebidos 18 diferentes concretos, com as seguintes especificações:
3 relações água/ligante (0,40; 0,55 e 0,70) e 6 diferentes composições com adições
minerais (concretos com sílica ativa – 10%, metacaulim – 10%, cinza de casca de
arroz – 10%, cinza volante - 25% e escória de alto-forno – 65%, além da situação
de referência – sem adições, sendo os teores expressos em substituição parcial à
massa de cimento). Como foram simuladas duas situações antagônicas de cura
do concreto, uma para simular uma cura ótima (umidade relativa superior a 90%)
- chamada de cura úmida, e a outra para simular situações correntes de obra em
que não se executa qualquer procedimento de cura (denominada cura seca), então
o programa experimental gerou 36 situações individuais de análise da carbonata-
ção. Os concretos traduzem uma amplitude de características e propriedades muito
grande, com valores médios de resistência à compressão variando de 19MPa a
55MPa (nas idades de avaliação entre 28 e 182 dias).
Os modelos empíricos-determinísticos produzidos ao longo do tempo foram
obtidos a partir de correlações matemáticas dos dados experimentais da espessura
carbonatada com a raiz quadrada do tempo (em anos), seguindo o modelo de Tuutti
(e = k .√t). Os ajustes dessa função linear (em relação aos pontos experimentais)
foram excelentes, uma vez que os valores de R2 obtidos foram, invariavelmente,
próximos de 1. Na Figura 17, tem-se uma sinopse desses modelos, separados pelas
variáveis/condições experimentais, considerando 10 anos de análise (embora o estu-
do esteja próximo de 20 anos, como comentado anteriormente). Os números ao lado
das siglas dos vários concretos com adições minerais destacam o coeficiente médio
de carbonatação (k) para as várias situações de ensaio. É importante salientar, por
fim, que foi empregada solução de fenolftaleína visando à medida da espessura car-
bonatada (conforme descrição constante no Quadro 4 deste capítulo) e que os pro-
tótipos de viga do estudo eram peças armadas, com cobrimento nominal de 25mm.
A partir dos modelos comportamentais da carbonatação natural, apresen-
tados na Figura 17, e tendo-se os resultados da carbonatação acelerada para esses
mesmos concretos e condições de cura, obtidos do estudo inicial de Castro (2003),
construiu-se a correlação da Figura 18. Essa correlação confronta os valores de “k”
do processo acelerado (kc) e do processo natural (kn) após 10 anos de exposição. A
carbonatação acelerada foi realizada sob as seguintes condições: temperatura igual
a (281)ºC, umidade relativa igual a 65% e teor de CO2 entre 5% e 6%. Dessa figura
é possível deduzir que o processo acelerado produziu uma cinética de avanço da
frente de carbonatação cerca de 7,5 vezes a que se verifica no processo natural
(em média), ou seja, algo como 650% superior, o que ratifica a intensidade dos
métodos acelerados de laboratório.
26
Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
Figura 18 – Correlação dos valores do coeficiente de carbonatação acelerada (kc) e natural (kn),
tendo-se as seguintes condições para o processo acelerado: temperatura igual a (281)ºC, umidade
relativa da câmara igual a 65% e teor de CO2 entre 5% e 6%.
27
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
24.5.2.3
Modelos de carbonatação versus modelos preditivos
de vida útil – Bases para uma abordagem baseada em
desempenho
Os modelos que avaliam a velocidade do avanço da frente de carbonatação
no concreto (como os que foram expostos) podem ser considerados modelos de
vida útil para estruturas de concreto na medida em que preveem o tempo demanda-
do para que um determinado agente agressivo crie condições favoráveis para o iní-
cio de um fenômeno patológico importante, dentro da premissa básica comentada
no subitem 24.4.2, da garantia de durabilidade ocorrer apenas dentro do período de
iniciação do fenômeno. É o que alguns chamam de “vida útil de projeto”, ou seja,
o período de tempo dentro do qual há efetivo controle das variáveis, a partir de
decisões e especificações tomadas na etapa de projeto. Diferentemente, se houver
uma situação em que um fenômeno patológico de maior amplitude se instale, cuja
natureza caótica dos eventos torne imprevisível e incontrolável os efeitos desse fe-
nômeno, não é mais possível haver garantia de durabilidade. No caso em questão,
o grande desafio é a modelagem da carbonatação, pois a maior extensão de tempo
para que a frente carbonatada atinja as armaduras significa mais tempo para que
se tenha iniciado o fenômeno caótico da corrosão e, portanto, maior durabilidade
para as estruturas de concreto.
Os modelos preditivos de comportamento são muito pertinentes e devem
ser cada vez mais estimulados, de modo a representar ferramentas aprimoradas e
confiáveis para se estimar vida útil de estruturas de concreto. A adoção de mode-
los preditivos de vida útil na etapa do projeto da estrutura resgata o conceito do
Projeto de Durabilidade e dos estados limites de durabilidade, que são conteúdos
contemporâneos, que devem balizar a vida útil de uma estrutura. Isto pressupõe a
especificação do concreto dentro desse cenário dos modelos preditivos e/ou dos
indicadores de durabilidade, cuja perspectiva de garantia da durabilidade é, sem
dúvida, real. Toda essa visão traz contribuições significativas para a durabilidade,
uma vez que incorpora valores técnicos inseridos em uma abordagem baseada
no desempenho, com avanços importantes em relação às abordagens meramente
prescritivas.
No campo da previsão da vida útil residual de estruturas de concreto (para
obras já em serviço), cabe uma consideração final. É bastante pertinente, dentro
dessa perspectiva, a implantação de sistemas de monitoramento da durabilidade
estrutural, como forma de acompanhamento e controle dos processos de deterio-
ração. Isto permite identificar problemas ainda em seus estágios iniciais, assim
como propicia monitorar a evolução do dano. Se analisados de forma eficiente
e racional, os dados coletados (oriundos desses sistemas de monitoramento) po-
dem ser empregados na estimativa da vida útil residual da estrutura. Um método
alternativo e de grande potencial dentro desse contexto analítico de dados é o que
aplica os conceitos do aprendizado de máquina (machine learning), uma vez que
se tem a possibilidade da avaliação de informações bastante complexas, atrelada
a resultados e interpretações razoavelmente precisos. Dessa forma, a previsão de
28
Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
vida útil residual pode vir acompanhada de diretrizes norteadores de condutas téc-
nicas associadas ao término das condições de serviço ou ao fim da vida útil total
do sistema estrutural (associada ao limite de ruptura), tudo em tempo real, sem in-
tervenção humana direta. A antecipação a situações críticas associadas à segurança
estrutural, como decorrência de problemas graves de durabilidade, representa uma
contribuição bastante importante no campo da análise e controle de riscos Neto;
Cascudo; Carasek (2021).
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Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
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Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
não deve ser negligenciada, uma vez que as condições de umidade interna iniciais
do material interferem na cinética das reações de carbonatação, Pauletti (2009).
Nessa linha, Jungblut (2019) estudou a influência de 4 procedimento diferentes
de precondicionamento na carbonatação, a saber: ISO 1920-12, EN 13295 (norma
europeia), AFNOR XP P 18-458 (norma francesa) e RILEM TC 116-PDC. A auto-
ra identificou diferenças significativas nos resultados de carbonatação, dependen-
do dos trabalhos prévios de sazonamento e do tipo de concreto, tendo destacado os
procedimentos ISO 1920-12 (2015) e AFNOR XP P 18-458 (2008) como os que
geram os resultados mais precisos (por produzirem menor variabilidade).
O método ISO 1920-12 (2015) de carbonatação acelerada atualmente está
sendo objeto de um PEP (programa de ensaio de proficiência), envolvendo a com-
paração de resultados nacionais no âmbito de um projeto intitulado: Rede Sibratec
de Desempenho Habitacional – RSDH (amparado por um edital da FINEP), con-
forme apresentado por Cascudo e Oliveira (2021). A instituição líder desse inter-
laboratorial de carbonatação é a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio
do LABITECC – Laboratório de Inovação Tecnológica em Construção Civil, e a
perspectiva é o pleito posterior, por parte das instituições participantes do PEP, da
acreditação desse ensaio junto ao INMETRO. Esta é mais uma ação nacional que,
certamente, somada às anteriores, contribuirá para a normalização futura do ensaio
de carbonatação acelerada no Brasil.
A norma ISO 1920-12 (2015) prevê duas alternativas de corpo de pro-
va de concreto (CPs): cúbico de 10cm de lado ou prismático com dimensões de
10cm x 10cm x40 cm. As condições de cura e precondicionamento dos CPs, bem
como as prescrições gerais do ensaio, segundo o referido método, são destacadas
no Quadro 3.
Quadro 3 – Prescrições da ISO 1920-12 (2015) para o ensaio de carbonatação acelerada do concreto.
Método I
Prescrições
SO 1920-12
31
Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
3
Como discutido nos subitens 24.5.1 e 24.6.3, essa linha divisória entre as regiões carbonatada e não
carbonatada não é, a rigor, tão precisa, havendo na realidade uma alteração gradual entre essas duas
regiões, pela existência de uma zona de transição conhecida como “zona parcialmente carbonatada”.
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Cap. 27 – Reação Álcali-Agregado no Concreto
Figura 19 – Análise da carbonatação do concreto por meio do emprego dos indicadores timolftaleína
(azul) e fenolftaleína (vermelho carmim), onde se vê na parte do concreto de cobrimento uma frente
de carbonatação incipiente na região de aspersão da timolftaleína, Cascudo (1997).
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Concreto Ciência e Tecnologia 3ª Edição (2022)
ocorre a análise, isto porque se tem uma avaliação executada com maior rigor das
alterações de pH, ou seja, à menor redução de pH, tem-se o registro por parte do
indicador. Ao se comparar as medidas da frente de carbonatação realizadas com
os indicadores amarelo de alizarina e fenolftaleína, tem-se que a profundidade
da frente obtida com o primeiro indicador apresenta-se um pouco superior (mais
profunda) à determinada com o uso da fenolftaleína, com diferenças da ordem de
10%. Para a mesma situação, então, havendo indicação mais profunda da carbona-
tação dada por um determinado tipo de indicador, tem-se, consequentemente, um
alerta mais veemente do risco de despassivação da armadura. Tal fato também é
verdade comparando-se a timolftaleína e a fenolftaleína, onde a primeira resulta
em espessuras carbonatadas maiores que a segunda para a mesma situação de
análise (veja a Figura 19), denotando a timol, neste caso, ser mais favorável no
tocante à segurança.
Essa questão da maior segurança consoante à mais alta faixa de viragem
de pH se respalda no fato de que, havendo indicação de maiores espessuras carbo-
natadas, consequentemente a “zona parcialmente carbonatada” (como comentada
no subitem 24.5.1 e mostrada na Figura 23) estará inserida (parcial ou totalmente)
na parte do concreto indicada como carbonatada, pois os pHs dessa zona inter-
mediária estarão provavelmente mais baixos do que os pHs típicos do ponto de
viragem do indicador. Isto é favorável à segurança notadamente porque na “zona
parcialmente carbonatada” os pHs podem estar mais baixos do que aqueles carac-
terísticos da faixa crítica de despassivação do aço (pH de 11,5 a 11,8), faixa esta
abaixo da qual não se garante a estabilidade da película de passivação da armadura
(como discutido no subitem 24.4.2).
Uma última observação importante sobre as medidas de carbonatação diz
respeito à relação entre a espessura carbonatada e a espessura de cobrimento.
Numa avaliação correta da carbonatação, este é o parâmetro que efetivamente
deve ser inferido, não devendo ele nunca ser igual ou superior a um, sob pena
da frente de carbonatação ter atingido a armadura e de se ter uma despassivação
iminente ou mesmo já ocorrida. A magnitude da espessura carbonatada, tomada
isoladamente, não tem um significado consistente caso não se tenha a referência
da espessura do cobrimento.
No Quadro 4, tem-se um resumo dos principais indicadores de pH usados
para a avaliação do avanço da frente de carbonatação no concreto, destacando-se
a fórmula química, a coloração típica, a faixa de pH e a forma de preparação da
solução de cada um deles.
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Quadro 4 – Principais indicadores de pH usados para a avaliação da carbonatação do concreto, Castro (2003).
Dissolver 0,4g do
reagente em
Timolftaleína 600cm3 de etanol
e diluir em 400cm3
incolor/azul de água destilada c
faixa de pH 9,3 – 10,5
dissolver 1g do
Amarelo de alizarina GG reagente em
(ácido meta-nitrobenzeno-azo-salicílico) 100cm3 de etanol
C.I. 14025 e diluir em 900cm3
amarelo claro/amarelo escuro de água destilada d*
faixa de pH 10,1 – 12,0
Dissolver 0,5 g do
Amarelo de alizarina R reagente em
(ácido para-nitrobenzeno-azo-salicílico) 800cm3 de etanol
C.I. 14030 e diluir em 200cm3
amarelo/vermelho alaranjado de água destilada c
faixa de pH 10,1 – 12,0
*Acredita-se que uma menor diluição em água, ou o preparo de solução semelhante a do amarelo de alizarina R, seja mais adequado. Isso permitiria uma evaporação.
mais rápida da solução excedente aspergida no corpo de prova, facilitando o processo de verificação da frente de carbonatação.
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seções prévias deste capítulo, existe uma zona “parcialmente carbonatada” onde
o valor do pH é intermediário entre o máximo de 12 a 13 (típico do concreto não
carbonatado) e o mínimo em torno de 9 (característico do concreto carbonatado),
zona essa normalmente não identificável usando o indicador fenolftaleína. Chang
e Chen (2004) também utilizaram FTIR e concluíram que a profundidade carbona-
tada no concreto é igual a duas vezes a profundidade medida com fenolftaleína. Na
Figura 23, tem-se um desenho esquemático de um perfil de concreto carbonatado,
ressaltando a zona parcialmente carbonatada.
Villain, Thiery e Platret (2007) empregaram a densimetria por radiação
gama (gammadensimetry) para monitorar a evolução da frente de carbonatação
em função do tempo, em corpos de prova submetidos a ensaios acelerados em
laboratório. Trata-se de um método não destrutivo que se baseia na absorção de
raios gama emitidos por uma fonte radioativa e identifica a evolução da densi-
dade da amostra. Para ensaios acelerados de carbonatação, onde não ocorre a
secagem dos corpos de prova ao longo do tempo, a variação da densidade pode
ser atribuída ao CO2 total fixado. Assim, o perfil de carbonatação é obtido pela
diferença entre as densidades dos concretos não carbonatado e carbonatado no
instante avaliado.
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24.7
Controle e Mitigação da Carbonatação no
Concreto
Foi implantada na Europa a série de normas EN 1504, as quais trazem uma
nova abordagem para produtos e sistemas destinados à proteção e reparo de estru-
turas de concreto. A parte 9 dessa norma (EN 1504 – 9) define bases gerais para
uso de produtos e sistemas para reparo e proteção do concreto e foi dividida em 11
princípios. O princípio 7 (RP) trata da preservação ou restauração da passividade
das armaduras, por meio da criação de condições químicas nas quais a superfície
da armadura mantém-se na condição passiva ou é retornada a essa condição. Ela
trata das duas formas de despassivação: carbonatação e cloretos. No caso especí-
fico da carbonatação, assunto deste capítulo, são aplicáveis os métodos 7.1 a 7.4,
listados no Quadro 5.
Visando evitar que a frente de carbonatação atinja a armadura, podem ser
utilizados produtos de películas superficiais (tintas e vernizes) e argamassas ci-
mentícias modificadas. Esses produtos caracterizam-se por apresentar elevados
coeficientes de resistência à penetração do CO2. No caso das argamassas cimentí-
cias, esta técnica se enquadra no método 7.1 da EN 1504 - parte 9.
No entanto, em uma estrutura onde a frente de carbonatação já tenha atin-
gido a armadura o aumento do cobrimento ou o uso de películas não são mais ade-
quados. Para esses casos específicos é necessário que se restabeleça o pH do con-
creto visando ao resgate do estado passivo das armaduras, caso em que são usadas
as técnicas de realcalinização (princípios 7.3 e 7.4 prescritos na EN 1504-9).
Resistência à carbonatação:
Classes R4 (> 45 MPa) ou R3 (> 25MPa)
Aumento do cobrimento com um
Resistência à carbonatação:
7.1 revestimento adicional de argamassa e
Classes R4 ou R3 (dk < concreto de controle)
concreto
Aderência (ruptura adesiva):
Classes R4 (> 2,0MPa) ou R3 (> 1,5MPa)
Resistência à carbonatação:
Classes R4 (> 45MPa) ou R3 (> 25MPa)
Resistência à carbonatação:
7.2 Substituição do concreto carbonatado
Classes R4 ou R3 (dk < concreto de controle)
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(a) (b)
Figura 25 – (a) Execução da técnica de realcalinização eletroquímica, mediante projeção da
polpa de celulose saturada com a solução alcalina aplicada sobre a malha metálica na superfície
carbonatada do concreto; (b) verificação da eficácia da técnica de realcalinização eletroquímica por
meio de fenolftaleína. (http://www.savcor.com.au/art/ assets/docs/gis/crm/realk.pdf)
24.9 Referências
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