10 Grupos Especiais (Janeiro 22) PDF
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Segurança Cardiovascular
O fato bem conhecido de que os exercícios com pesos podem induzir grande
aumento de pressão arterial, e a imagem de um levantador de peso realizando uma
prova com carga máxima, talvez expliquem o conceito que muitos profissionais de
saúde ainda têm no sentido de que o treinamento com pesos seria uma atividade de
alto risco cardiovascular. No entanto, a baixa incidência de acidentes cardiovasculares
no treinamento com pesos, e o melhor conhecimento da fisiologia dos exercícios
resistidos vieram trazer mais tranqüilidade para os profissionais atualizados. Para
compreender o que ocorre com os exercícios resistidos, inicialmente é conveniente
relembrar os principais mecanismos de acidentes cardiovasculares na atividade física: o
aumento da pressão arterial e o aumento da freqüência cardíaca.
Um erro freqüente é imaginar que pesos leves são mais seguros. Com pesos
mais leves se fazem mais repetições, o que aumenta a freqüência cardíaca e a pressão
arterial, e além disto, se ao final da série ocorrer isometria e apnéia, a pressão arterial
aumentará mais do aumentaria com mais peso e menos repetições. Em todo o mundo,
a maioria dos pesquisadores que estudam os efeitos dos exercícios com pesos em
pessoas idosas estão utilizando cerca de 80 % de carga máxima, para repetições entre
seis e oito, evidentemente sem isometria e sem apnéia. Apenas para referência, útil
para pessoas que não têm familiaridade com o treinamento com pesos, este nível de
carga no exercício de "leg press" pode significar cerca de 50 quilos para pessoas
idosas.
MUSCULAÇÃO
Estudos epidemiológicos sugerem que a atividade física pode diminuir de 30 a 58% o risco
de desenvolver diabetes (BASSUK, 2005; TUOMILEHTO, 2001; KNOWLER, 2002). Uma
pesquisa realizada na Suécia, por exemplo, concluiu que dieta e/ou exercício com
conseqüente redução de peso corporal, são capazes de reduzir em até 50% os riscos de
desenvolver DM2, em homens com tolerância à glicose diminuída (ERIKSSON &
LINDGÄRDE, 1991). Na China, estudo parecido demonstrou que 6 anos de atividade física
foram capazes de reduzir a incidência de DM em quase 50% (PAN et al.1997).
No mesmo ano, DUNSTAN et al. (2002) verificaram que o treinamento de força de alta
intensidade (3 séries de 8-10 repetições máximas em oito exercícios) foi efetivo no controle
glicêmico e no ganhos de força de indivíduos idosos com DM2. O treinamento de força
aliado à reeducação alimentar melhorou o percentual da hemoglobina glicosilada e
diminuiu a gordura abdominal reduzindo assim o risco de complicações cardiovasculares.
CONCLUSÃO
Quando a musculação foi utilizada com intensidades adequadas (repetições até a falha
concêntrica) houve uma melhor resposta nos indicadores de diabetes. Principalmente pela
eficiência em promover o ganho de massa muscular e perda de gordura corporal, fatores
que contribuem com a captação de glicose (YKI-JARVINEN e KOIVISTO, 1983). Neste
sentido, podemos sugerir que o treinamento de força com alta intensidade é uma ótima
opção para o tratamento do DM. Inclusive com vantagem expressiva quando comparado
ao aeróbio, principalmente na perda de gordura e ganho de massa muscular. Além disso, a
musculação atua beneficamente em algumas variáveis que são fundamentais para atenuar e
até mesmo curar a diabetes, como: o aumento do número de proteínas transportadoras de
glicose-4 (CAUZA et al., 2005); aumento da síntese de glicogênio (EBERLING, 1996);
aumento da atividade da hexokinase (COGGAN, 1993); diminuição da liberação dos ácidos
graxos livres (IVY et al. 1999) e aumento da entrada de glicose no músculo por meio de
uma maior capilarização e um maior fluxo sanguíneo (SALTIN, 1977). Entretanto é
necessária uma prescrição embasada nos princípios do treinamento, em conhecimentos
científicos específicos para essa população e principalmente por um professor especializado
e formado em Educação Física.
PRÁTICA
Ao lidar com diabéticos devemos estar bem atentos ao seu estado nutricional. É essencial
averiguarmos se o aluno se alimentou bem antes da atividade física.
O grande risco para o diabético é a hipoglicemia. Quando o açúcar no sangue está muito
baixo o diabético pode perder a lucidez.
Ficar sonolento, abobado, respostas monossilábicas, suor excessivo... são sintomas comuns.
Nesta hora o mais importante é colocarmos alguma coisa doce em seus lábios: açúcar
simples, mel, sacarose(comprimidos)...
É comum o diabético ficar resistente e não querer. Nesta hora devemos forçar a barra. O
risco de hipoglicemia é muito maior do que o de hiperglicemia.
- Redução do fluxo sanguíneo para o útero (o sangue é desviado para os músculos ativos),
podendo levar à hipóxia fetal (insuficiência de oxigênio). Tal redução está diretamente
relacionada à intensidade e duração do exercício;
- Hipertermia fetal, a qual consiste em elevação acentuada da temperatura interna da
gestante, que geralmente ocorre em exercícios aeróbicos prolongados, ou atividades físicas
sob condições de estresse e calor;
- Redução da disponibilidade de carboidratos para o feto, pois o metabolismo materno
passa a utilizar maior quantidade deste substrato, contudo esta afirmação ainda necessita de
maior comprovação;
- Possibilidade de abortamento durante o primeiro trimestre;
- Risco de indução ao trabalho prematuro de parto.
Recomendações quanto à prática de atividades físicas para gestantes sem fatores de risco
adicionais
Modificações Gravídicas
- Aumento uterino em até 1000 vezes (seu peso pode chegar a 6kg);
- Com o crescimento uterino, há relaxamento dos ligamentos intercostais e a ascensão do
diafragma, levando à expansão da caixa torácica;
- Hiper-relaxamento ligamentar;
- Instabilidade das articulações dos joelhos e dos tornozelos;
- Maior mobilidade da coluna e do quadril;
- Projeção do corpo à frente, com a distensão dos músculos abdominais devido ao aumento
do volume uterino;
- Diminuição do comprimento do passo;
- Para manter o equilíbrio, a gestante aumenta a base de sustentação através do afastando
dos pés. Esta posição acentua a lordose lombar, a qual é compensada pelo aumento na
cifose torácica acompanhada da rotação dos ombros e projeção da cabeça à frente 11.
Considerações finais
O número de mulheres grávidas que participam de atividades físicas tem aumentado a cada
ano, com isso fica cada vez mais importante estabelecer orientações básicas e prudentes
acerca do exercício durante a gestação. A falta de literatura sobre o impacto do exercício no
feto tem preocupado médicos e profissionais de Educação Física, principalmente no tocante
ao comprometimento do suprimento sanguíneo placentário.
Não podemos desconsiderar que a atividade física regular pode representar um papel
importante na manutenção da capacidade funcional, do peso corporal e do bem-estar geral
da gestante.
A atividade física de intensidade leve a moderada é considerada segura e eficiente para
grávidas saudáveis, todavia há inúmeras recomendações quanto à sua prática. Mulheres
fisicamente ativas durante a gravidez têm mais facilidade de aprimorar sua condição física
após o parto. E bem verdade que, existem vários relatos de atletas que foram campeãs logo
após o nascimento dos seus filhos. Outro fator interessante é a crescente comprovação de
que os exercícios podem ajudar no trabalho de parto e, se todos os cuidados necessários
forem tomados, a gestante poderá desfrutar de todos os benefícios do exercício
Como vimos, os exercícios físicos (Fielding, 1995; Kohrt, 1995; Lohman et al, 1995;
Martin & Houston, 1987; Smith & Raab, 1986; Stone, 1988) fazem parte tanto da profilaxia
da osteoporose, na juventude e na idade adulta, como também do tratamento. A exata
maneira pela qual os exercícios físicos exercem estímulos ao aumento da massa óssea ainda
não está esclarecida. Sabe-se que dois fatores são importantes: a tensão dada pelo suporte
de cargas e a contração muscular, sendo o primeiro mais atuante do que o segundo. Pessoas
acamadas que realizavam 4 horas diárias de exercício intenso em cicloergômetro, deitados
de costas, não conseguiram reverter a perda óssea da inatividade. Por outro lado, pessoas
nas mesmas condições que conseguiam permanecer em pé durante 3 horas diárias,
impediram a perda óssea. Estudos com atletas também permitiram algumas observações
importantes: o aumento da densidade óssea ocorre nas regiões estimuladas por sobrecarga
gravitacional ou por contrações musculares razoavelmente intensas. Verificou-se que a
natação produz massa óssea ligeiramente acima do normal, discretamente superada
por "jogging" e caminhadas. Futebolistas e corredores de velocidade vem a seguir,
com maior massa óssea. Acima desses atletas aparecem os corredores de longa
distância, e com ainda maior massa óssea, os atletas treinados com pesos. Os mais
altos níveis de densidade óssea ocorrem entre levantadores de peso. Essas
observações permitem concluir que os efeitos osteogênicos dos exercícios parecem
ser máximos nos esforços curtos de alta intensidade ou nos esforços moderados de
longa duração. Atividades muito suaves ou sem ação da gravidade não produzem
aumento significativo de massa óssea. A possibilidade de que fatores genéticos e nutricionais
fossem variáveis de confusão na comparação entre atletas e sedentários parece ser anulada
pela observação de que tenistas e outros atletas com padrão assimétrico de desempenho,
apresentam maior massa óssea no membro dominante. Tenistas chegam a apresentar 30 %
mais espessura na cortical dos ossos do braço e ante-braço dominantes em relação ao lado
oposto. Maior densidade óssea no ante-braço ocorre apenas nas atividades que envolvem
esforços intensos com as mãos.
Atualmente sabe-se que os exercícios com pesos não são apenas os mais eficientes
para aumentar a massa óssea, mas também para aumentar a massa e a força dos músculos
esqueléticos. Adicionalmente, melhoram a flexibilidade e a coordenação, evitando quedas
em pessoas idosas, que poderiam produzir fraturas em ossos osteoporóticos. Outra
qualidade dos exercícios com pesos que justifica a sua utilização nas faixas etárias onde a
osteoporose constitui problema, é a sua segurança. A incidência de lesões é muito reduzida
em função da ausência de choques entre pessoas, de movimentos violentos, e mínimo risco
de quedas. Também se demonstrou que a segurança cardiológica nos exercícios com pesos
bem orientados é superior à de exercícios de média intensidade realizados de maneira
contínua, onde o aumento da freqüência cardíaca pode ser fator patogênico importante.
• Repetições entre 8 e 12
• Iniciar com 6
• Regredir e voltar até 12 novamente
• Não realizar séries abertas
• Evitar isometria e apnéia
Hipertensos e cardíacos
Diabéticos
Hipertireoidismo
Gestantes
Hérnia de disco
Osteoporose