Naturalismo PDF
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1) Sabe-se que o principal autor do naturalismo no Brasil é Aluísio de Azevedo. Diante da afirmativa,
aponte quais assuntos esse autor retratava em suas obras?
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3) Além de Aluísio de Azevedo cite outros autores que fizeram parte do Naturalismo no Brasil.
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O Naturalismo no Brasil
Naturalmente, a literatura naturalista ganhou força entre os escritores, principalmente em território
brasileiro, onde a escravidão e desigualdade social eram temas da realidade, mas pouco explorados. Foi no
final do século XIX que o Naturalismo começou a marcar sua presença na literatura brasileira. Na época,
grandes mudanças e revoluções aconteciam no Brasil, como a abolição da escravatura e a Proclamação da
República. E foi influenciado por essas lutas e por Émile Zola e Eça de Queiroz, que o maior representante
dessa escola no país, o maranhense Aluísio Azevedo, criou o romance “O Mulato” (1881), marco inicial do
Naturalismo brasileiro, e a conhecida obra “O Cortiço” (1890).
Assim como em outros países, as obras de Aluísio e de outros escritores naturalistas brasileiros não
se preocupava em levar entretenimento aos leitores, como acontecia com o Romantismo, escola literária
antecedente, mas sim em narrar a triste realidade vivida no país, como a discriminação racial e social.
O que mais chama atenção nas obras de Aluísio é que ele retrata personagens historicamente
apagados da sociedade e, como consequência do ambiente vivido, compartilham das mesmas fraquezas e
vícios que a nobreza. Apesar da grande importância de Aluísio para lançar o Naturalismo no Brasil, outros
escritores também se destacaram na escola literária, como é o caso de Adolfo Caminha, Horácio de
Carvalho, Inglês de Souza, Raul Pompeia e Emília Bandeira de Melo.
Influência Darwinista
A teoria de Charles Darwin foi uma grande influência para a criação do Naturalismo. Nela, Darwin defende
que o homem não possui o livre arbítrio em suas escolhas e comportamentos, mas que tudo é
consequência de sua herança familiar e ambiente social vivido. Ou seja, apenas quem já está inserido em
um contexto social favorável está apto a grandes conquistas e respeito social.
Ênfase animalesca
Em suas crônicas, a escola naturalista trata o homem como uma criatura governada por impulsos e
desejos primitivos, como a de um animal. A partir do instinto e da necessidade, o indivíduo deixa de ser
civilizado para dar espaço às suas mais diversas vontades primitivas.
Determinismo
O Naturalismo reforça e defende que o indivíduo, assim que nasce, não tem controle sobre a sua história e
se torna um simples figurante dela. Seu comportamento e personalidade é o reflexo das influências do
ambiente em que está inserido, e não se sua própria consciência.
Cientificismo excessivo
Nas obras naturalistas, o autor tenta desvendar e defender teorias sobre o homem e seu comportamento,
fazendo experiências, levantando teorias e investigando causas, assumindo, então, uma postura
relacionada ao positivismo.
Predominância do cotidiano
Ao contrário do Romantismo, escola literária antecedente, o Naturalismo relata temas que são
frequentemente vividos na sociedade do século XIX e a entre as diferenças de comportamento e
permissão entre as classes sociais, sempre sobressaindo aqueles que são considerados inferiores.
Realismo e Naturalismo
Algumas instituições costumavam estudar o Realismo e Naturalismo em conjunto. Isso porque ambas
possuem características extremamente parecidas e, ainda, consideram o Naturalismo uma ramificação
do Realismo, ou seja, uma divisão mais radicalizada e extremista.
De fato, as premissas entre as escolas literárias são semelhantes, no entanto, uma diferença crucial
faz com que existam as duas classes. Enquanto o Naturalismo mostra o homem e sociedade como um
produto da natureza, mostrando sua agressividade, necessidades primitivas e características
comportamentais animalescas, o Realismo expõe a realidade de um ponto de vista social, ou seja, retrata o
homem em interação com seu meio social.
De maneira simplificada, o Naturalismo propõe o estudo do homem biológico e suas ações a partir
da hereditariedade. Já o Realismo expressa o homem psicológico e a maneira que ele lida com a sociedade
a sua volta.