Trabalho de Extensão - IMPRIMIR

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS DE BELÉM-PA
CURSO DE AGRONOMIA
EXTENSÃO RURAL

ALEX FELIX DIAS – 2016006152


EVELLYN GARCIA BRITO – 2016006653
MAICON FERNANDES AMADOR – 2016007196
WELLINGTON DOS SANTOS SILVA - 2016008200

PROJÉTO DO JARDIM DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO


FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR VIRGILIO LIBONATI, BELÉM-
PARÁ, UMA FORMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Docente: Mauricio Willians de Lima

BELÉM-PA

Fevereiro/2019
1. Introdução

Na Constituição de 1988, a saúde foi instituída como um direito, garantido mediante


políticas sociais e econômicas. Ao ser compreendida como resultante das condições de
alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho e transporte, emprego e
lazer, liberdade, posse da terra e acesso aos serviços de saúde, impôs a integração de um
conjunto de políticas públicas implementadas por diferentes setores de governo. Nesse
contexto, a educação ambiental nas escola surge como uma tendência que tem como base
a necessidade de diminuir a intervenção antrópica que ocorre desde os primórdios da
história da humanidade, onde o homem ocupou um espaço exacerbado no meio ambiente
e dele tenta se fazer dono, esquecendo que é apenas uma espécie ocupante e, assim como
outros seres vivos e portanto, precisa do meio ambiente em equilíbrio para a sua própria
sobrevivência, sendo que os recursos naturais usados adequadamente podem ou poderiam
suprir tais demandas (CARVALHO, 1995).

Com intuito de esclarecer alguns termos sobre a educação ambiental, fazendo o uso
desses conceitos e buscando colocá-los em prática, é que entra o âmbito escolar, lugar
onde boa parte da população se insere em alguma etapa da vida. É através da educação
ambiental que se busca a alternativa de sensibilizar e frear nossas ações errôneas, que nos
levaram a essa brusca realidade de desequilíbrio ambiental, que para muitos ainda não
parece preocupar (CARVALHO-SOUZA et al, 2012).

Estamos está chegando num ponto cada vez mais crítico, pois o aumento do consumo
e exploração incontrolável de produtos e recursos naturais do planeta só agravam a vida
na terra, deixando em dúvida o futuro. E para reverter essas situações, precisamos pensar
na educação ambiental, frisando a sustentabilidade ambiental, envolvendo todos os
setores a sociedade: econômica, política, saúde, etc.

Se for exercida a educação ambiental com foco na sustentabilidade Ambiental,


proporcionando qualidade de vida e atendendo as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade de gerações futuras. Para resolver esse problema, toda
sociedade precisa educar suas ações, estabelecer limites de consumo, e isso envolve não
só os consumidores do meio ambiente, mas também organizações governamentais e
privadas que possam auxiliar no desenvolvimento de práticas ecologicamente corretas e
com práticas que não agridem o meio ambiente.

Chegamos a uma educação voltada para o interesse com o amanhã e os recursos


naturais que garantem que ele chegue. Atualmente é comum percebermos que as escolas
valorizam atitudes sustentáveis e promovem atividades sobre a importância de preservar
o meio ambiente, é comum que nas escolas hoje faça parte do currículo dos alunos
trabalharem com sucata e a reutilização de alguns materiais, além de reaproveitar aquilo
que seria jogado no lixo, os alunos aprendem a dar mais importância àquilo que pode
tornar-se um novo produto e ainda por cima diminuir a quantidade de lixo produzida pela
sociedade, além disso, quando o professor é capaz de transmitir para seus alunos a
mensagem de preservação e com isso multiplicar a mensagem, que será passada à família
e àqueles aos quais tiverem contato com o aluno que, contagiado e motivado pelas ações
apreendidas na escola irá atuar como multiplicador da mensagem.

Segundo Varine (2000, p. 62), "a natureza é um grande patrimônio da sociedade


Consequentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a
preocupação da preservação dessa sua riqueza". Para o autor, se o meio ambiente está
sendo atacado, agredido, violentado, devendo-se isso ao veloz crescimento da população
humana, que provoca decadência de sua qualidade e de sua capacidade para sustentar a
vida, não basta apenas denunciar os estragos feitos pelo homem na natureza, é necessário
um processo educativo, com atitudes pró-ambientais e sociais. É claro que o crescimento
da população, por si só não pode ser considerado o grande mal que ataca e destrói o meio
ambiente, as necessidades dessa população em comer, vestir-se, locomover-se são os
fatores que interferem no meio ambiente, pois todo esse consumo é feito de forma
desordenada, e sem consciência de que é necessário um compromisso com o lixo
produzido, além disso, não existem políticas eficazes para administrar essa produção de
insumos, a nossa sociedade não foi educada para lidar com o lixo e desta forma, esse
conceito de responsabilidade ambiental é novo aos nossos olhos, e se moldando ao passo
que as escolas adotam esse interesse em educar seus alunos para que as gerações
seguintes recebam e administrem melhor essa questão.
Levando em consideração tais fatos é possível identificar pontos que são considerados
necessários tanto no meio escolar quanto no universitário, pois o direito de condições
sociais favoráveis que é regido pela constituição, precisam ser mantidos, é um dos meios
é manutenção de áreas de uso constante através de boas práticas como construção de
jardins, que visão muito mais do que só o carácter estético, mas também questões sociais
e ambientais, como preservação da área, lazer e educação ambiental, portanto, à hora de
realizar uma estratégia de desenvolvimento adotado é agora, novas habilidades e
capacidade de domínio deve ser renovada sobre a natureza.

2. Justificativa

O presente trabalho tem o pretexto de ensinar de maneira mais prática sobre educação
ambiental, falando sobre a importância da reciclagem e reutilização. Dessa forma, se
mostrara maneiras de aplicar seu conhecimento adquirido nas aulas. A escolha do uso de
jardim no trabalho se dá, por causa do seu menor custo de manutenção e maior uso de
plantas perenes em relação a uma horta. Além disso, o trabalho tem foco em deixar a
escola com um maior atrativo.

3. Área de implantação
A área escolhida para a implantação do projeto do jardim foi a Escola Estadual de
Ensino Fundamental e Médio Professor Virgilio Libonati (Figura 1), localizada no bairro
da Terra Firme, Avenida Tancredo Neves antiga Perimetral, número 2501, complemento
estrada principal do Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia. As dimensões
para o projeto foram de 6,20 x 5 m, além da escolha das plantas ornamentais, frutíferas e
medicinais que irá compor o delineamento.
Durante o levantamento de dados para a realização do projeto, verificou-se que o
solo predominante da área é latossolo. Porém, a adubação deste solo será conforme a
planta ornamental ou frutífera necessitar.
Fonte: Goog

Figura 1: Localização da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Virgilio Libonati.

4. Planejamento do Jardim

O trabalho é dividido em 4 etapas, sua primeira seria com o apoio dos professores da
escola, onde se administrará aulas sobre educação ambiental, sua importância e aplicação
através da reciclagem, reutilização e preservação de áreas naturais. No segundo
momento, se mostrará produção de mudas ensinado sua funcionalidade, a produção de
adubos orgânicos demonstrando sua importância na diminuição de lixo orgânico. Já na
terceira parte, será o esquadrejamento da área evidenciando a forma de escolha da área e
espécies a se trabalhar. E na quarta etapa se faz a implantação relatando sobre as
características das plantas e as formas de fazer um jardim em casa, para que os alunos
possam propagar a ideia.

Dessa forma se ensinará o cuidado com o meio ambiente e seus ciclos da vida.
Nesse sentido, se tentará a formação de indivíduos mais ligados ao meio em que vivem.
De forma que, por meio da prática estará exercitando o lado de construção e imaginação
de jardins em áreas comuns, e através da teoria se aperfeiçoará os conhecimentos de
biologia. Sendo que esse processo pode ser feito durante a semana com algumas
mudanças, mas o ideal seria trabalhar no mês para que os alunos não saiam prejudicando
no semestre, assim trabalhando em algumas aulas. É importante que todas as turmas
façam parte do trabalho ou que tenho ao menos as aulas, para maior impacto.

5. Construção do Jardim

O preparo da área se inicia com sua demarcação, onde se faz o esquadrejamento


(piquetiamento) para a posterior construção dos canteiros e vias de acesso. A partir dessa
marcação, pode se levantar os canteiros respeitando o arranjo feito no croqui. Para jardins
o canteiro é delimitado por uma barreira, sendo feita por tijolos, madeira e como
alternativa para diminuir custos e como medida ecológica usa-se garrafas pet (Figura 2).

Fonte: http://aproveitaerecicle.blogspot.com/2013/04/jardim-de-pet.html

As plantas ornamentais necessitam solos de boa qualidade química, física e


biológica, uma forma de atender essa demanda é o uso de compostos orgânicos. O
composto utilizado na área poderia ser produzido na Horta do Instituto de Ciências
Agrárias (UFRA - Belém), formado por cama de aviário, folha e galhos triturados e
grama. Devido essa composição, esse composto agregado ao solo da área vai gerar
porosidade, liberação de compostos orgânicos para a adubação e uma macro e
microfauna mais rica. Através dessa prática, pode-se mostrar os valores da reciclagem e
sua importância para o meio ambiente.
Concomitantemente ao planejamento e construção do jardim, se faz a produção de
mudas a qual pode ser feita no setor de Plantas Ornamentais no Instituto de Ciências
Agrárias (Ufra - Belém), ou aquisição das mudas por meio de viveiristas. Posteriormente,
com a ajuda do croqui se faz a plantação, respeitando o espaçamento de cada espécie e
suas características. Na implantação pode se fazer uma adubação química, apenas para
alavancar o desenvolvimento e adaptação da planta.

Após a implantação devem ser feitos tratos culturais para a manutenção das
plantas. Um importante trato cultural é a irrigação, se a implantação for feita no período
mais chuvoso não se faz necessidade desse trato, porém se feita na época mais seca ele
não pode faltar. A limpeza da área também é de grande importância, retirando plantas
indesejadas evitando a competição com a cultura, podendo ser feita uma vez ao mês.
Dessa forma, fazendo a manutenção da área vai se manter sua beleza.

5.1. Composição de cada canteiro

Canteiro central Canteiro 1


- Tijolo ou madeira; - Árvore frutífera: Aceroleira (Malpighia
- Cravo de defunto (Tagetes patula) ou
glabra);
pataqueira (Schizolobium parahyba);
- Piriquitinho (Alternanthera ficoidea);
- Terra, adubo;
- Banco de tronco de árvore;
- Banco de tronco de árvore. - Grama.

Canteiro 2 Canteiro 3
- Árvore frutífera : Amoreira (Morus - Árvore frutífera: Pitangueira (Eugenia
nigra); uniflora);
- Banco de tronco de árvore; - Banco de tronco de árvore;
- Grama; - Grama;
- Cordyline baby. - Abacaxizinho.

Canteiro 4
- Árvore frutífera Aceroleira (Malpighia glabra);
- Alamanda;
- Banco de tronco de árvore;
- Grama.

6. Materiais e Custo
Os materiais a serem utilizados para a implementação do projeto de Jardim na Escola,
levando em consideração diversos aspectos que serão necessários para a implantação,
destacou-se alguns de carácter essencial para que o projeto venha ser realizado,
representado pelo (Quadro 1). Vale ressaltar que no quadro não se estimou a mão de
obra, porém é de grande importância sua presença em uma tabela de custo, isso deve ao
fato de o projeto ser realizado pelos alunos da escola e os implementadores do projeto.
Os valores estimados é caso o projeto seja custeado pelo governo, empresa particular
ou própria sociedade. Mas caso se consiga envolver a UFRA no projeto, através da Pró-
Reitoria de Extensão fazendo o cadastro do projeto para conseguir ajuda em todo o
trabalho. O auxílio da UFRA iria desde a produção de mudas até a disponibilização de
material para realizar as tarefas e mão de obra. Nesse sentido, em um trabalho cunho
social é importante a procura de parcerias que viabilizem sua execução.

QUADRO 1

Item Quantidade Custo (R$) Total por item


(R$)

Kits de Jardinagem Pçs.


(Pazinha larga, Pazinha estreita 4 32,00 128,00
e Ancinho)

Arrancador de Inço 3 8,00 24,00

Enxada 2 40,00 80,00

Ancinho metálico 1 26,00 26,00

Sacho Coração 3 30,00 90,00

Rastelo ou Vassoura de
1 30,00 30,00
Jardinagem
Carrinho de mão 1 130,00 130,00

Cavadeira Articulada 1 65,00 65,00

Vanga quadrada 1 42,00 42,00

Mudas -- -- --

Adubo orgânico 165 L 3,00 495,00

Fio de nylon 1 10,00 10,00

Total + 10% R$ 1.232,00


7. Referencias
APROVEITA E RECICLA. Disponível em: < http://aproveitaerecicle.
blogspot.com/2013/04/jardim-de-pet.html>. Acesso em: 25 fevereiro 2019.

CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a Formação do Sujeito Ecológico. São


Paulo: Cortez, 5ª edição. 2011. 258 páginas.

CARVALHO-SOUZA, G. F. A percepção de crianças sobre o lixo marinho: uma


abordagem lúdica na popularização das ciências. Revista Eletrônica do Mestrado de
Educação Ambiental Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental REMEA,
2012.

GOOGLEMAPS. Disponível em: <https://www.google.com/maps/place/ E.E.E.F.M.


+Professor+Virgilio+Libonati+-+UFRA/@-1.4526102,48.4438635,15z/data =!4m5!
3m4!1s0x0:0xdc8b41c7bae1d189!8m2!3d-1.4526102!4d-48.4438635>. Acesso em: 25
fevereiro 2019.

VARINE, Hugues de. O Ecomuseu. Ciências e Letras, n. 27, p. 61-90, 2000.

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